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segunda-feira, 12 de março de 2012

LIÇÃO 12 - O PROPOSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE


O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
Texto Áureo: II Co. 9.6 – Leitura Bíblica: Rm. 10.8-14
Pb. José Roberto A. Barbosa


INTRODUÇÃO
A prosperidade material tem seus propósitos, as pessoas querem possuir muito dinheiro por razões diversas. Na aula de hoje, faremos a distinção entre a verdadeira e a falsa prosperidade. É fundamental sabermos distinguir, nesses dias voltados ao consumismo, o que significa ser realmente próspero e suas implicações. Ao final da aula, destacaremos que a verdadeira prosperidade não conduz à ostentação, mas ao serviço a Deus e ao próximo.

1. A FALSA PROSPERIDADE
Nos dias atuais, marcados pelo materialismo e consumismo, as pessoas querem ter cada vez mais. Conseguentemente, testemunhamos a crise do ser, as pessoas valorizam cada vez menos o que as pessoas realmente são. A partir de tal cosmovisão, costuma-se avaliar as pessoas não pelo que elas são, mas pelo que conseguem acumular.  As pessoas são julgadas pelo local onde conseguem morar, pelos restaurantes que pode frequentar, pelos amigos que é capaz de ter e pela marca de veículo que dirigem. Esses objetos têm valor na sociedade e as pessoas, nessa conjuntura, são vistas através dos aparatos que utilizam. Essa é uma percepção equivocada de prosperidade, tendo em vista que, na maioria dos casos, as pessoas que muito têm são as mais tristes. As pessoas mais ricas costumam ser as mais fúteis, gastam boa parte do seu dinheiro em supérfluos. Elas, em sua grande parte, não demonstram interesse pelas verdades espirituais, já que o dinheiro costuma ocupar lugar central em suas existências. Na maioria dos casos, os ricos somente conseguem ver cifras, são incapazes de vislumbrar o valor da arte. Eles não conseguem sequer entender um filme com um enredo complexo ou um livro que exija maior reflexão. A riqueza costuma transformar as pessoas em escravas de uma lógica que lhes nega a criatividade. Como resultado, se alimentam de modismos, passam a viver em função da ostentação, e mais que isso, acabam se tornando insensíveis em relação às realidades sociais. Justificam que os pobres são assim porque merecem, ou porque nada fazem para mudar o quadro em que se encontram. Como resultando, não se interessam pela causa dos mais necessitados, vivem em um mundo a parte, distante das carências dos outros. É raro encontrar um rico que invista em filantropia, a menos que receba algum incentivo fiscal. O receio de ficar pobre, para eles, é uma neurose, por isso, a obsessão pela riqueza os consome. Ter cada vez mais, nesse contexto, se torna uma paranoia, o acúmulo se torna um fim em si mesmo.

2. A VERDADEIRA PROSPERIDADE

A verdadeira prosperidade não está centrada no ter, mas no ser, uma pessoa próspera não tem o dinheiro como valor maior em sua existência. Evidentemente este é necessário a fim de suprir algumas necessidades fundamentais, não podemos nos eximir da realidade do consumo. Principalmente em uma sociedade que vende tudo, especialmente quando o Estado não consegue garantir direitos básicos como educação, saúde e segurança de qualidade.  Aqueles que podem pagar estudam nas melhores escolas, tem os planos de saúde com maiores coberturas, moram em lugares privilegiados. Por outro lado, os mais pobres dependem de um serviço público precário, resultante inclusive de uma política que tem como objetivo o sucateamento a fim de que algumas pessoas se beneficiem dessa precarieadade. A verdadeira prosperidade, no entanto, não é ter muito, mas ser, e principalmente, ser para Deus, pois somente nEle encontramos a realização plena. O encontro com Deus concretiza no ser humano a verdadeira riqueza, somente Ele nos é suficiente, ainda que tudo nos falte (Sl. 23) Na medida em que a riqueza toma conta das igrejas evangélicas, os crentes se tornam menos cristãos e mais adeptos do materialismo e consumismo, por conseguinte, menos espirituais. Os hinos evangélicos atuais já não falam mais dos tempos em que os crentes eram pobres, que eram humilhados por aqueles que tinham riqueza material. Isso porque os bens materiais se tornaram o propósito de muitos crentes. Hoje queremos mostrar ao mundo, e principalmente aos políticos, que somos influentes, que temos os templos mais suntuosos, que agora estamos repletos de prata e ouro. O estilo de vida dos evangélicos em nada se diferencia dos não evangélicos. Eles valorizam as mesmas coisas, querem usufruir das mesmas coisas que os ricos possuem, e justificam dizendo que são filhos do Rei, e que devem determinar e “tomar posse da benção".   Os ricos que amontoam apenas para si mesmos, estão preparando o combustível para a destruição deles mesmos (Tg. 5.3).

3. O PROPÓSITO DA PROSPERIDADE
A Teologia da Ganância se instaurou no Brasil com facilidade porque, diferentemente de alguns países, os crentes não se envergonham de possuírem bastante enquanto outros padecem necessidade. Neste país as pessoas aplaudem os jogadores de futebol que fazem fortuna e ostentam seu dinheiro adquirindo carros luxuosos e iates para se ladearem de mulheres “atraentes”. Enquanto isso, os professores trabalham em condições precárias, recebendo míseros salários. A cultura da ostentação tem a ver com uma falsa percepção do que seja prosperidade e o seu propósito. Ter prosperidade financeira não deve ser motivo de ostentação, mesmo os que muito têm precisam aprender a viver com simplicidade. O ter não pode substituir o ser, além disso, o dinheiro precisa ser investido apropriadamente. Paulo orienta aos crentes da Galácia para que esses se lembrem dos pobres (Gl. 2.10), bem como os de Corinto (II Co. 9.1-3). Evidentemente os crentes vivem em sociedade e precisam arcar com as despesas normais do cotidiano, é preciso ter cuidado para honrar compromissos, e antes de tudo, evitar endividamento desnecessário. Para tanto, recomendamos cautela para avaliar se o dinheiro não está sendo investido indevidamente (Is. 55.1,2). A compra de moradias luxuosas, carros vultosos não é compatível com o estilo de vida de um cristão. Até mesmo o modo de vestir deva ser levado em consideração, ternos e vestidos de alto custo, apenas por causa da marca, e a fim de agradar a alguns, pode se tornar pecado. Pessoas que investem demasiadamente no exterior, na maioria das vezes, ocultam uma ausência de conteúdo, e muita superficialidade, é uma forma de compensação.  O cristão não pode viver de aparências, deve valorizar o ser, e menos o ter. Além disso, sempre vale a pena repetir que ter dinheiro é uma grande responsabilidade. Depois de supridas as necessidades básicas, o investimento deva ser na necessidade das pessoas, incluindo os de casa (II Co. 8.6,7), sem esquecer que o homem bondoso faz o bem a si mesmo (Pv. 11.17).

CONCLUSÃO
A verdadeira prosperidade não leva a pessoa à ostentação, antes a responsabilizar-se pelo Reino de Deus (Mt. 6.33). Algumas igrejas supostamente evangélicas, contaminadas pela ganância, estão incitando seus membros ao consumismo e à ostentação. Os fariseus dos tempos de Jesus davam esmola com uma mão e tocavam trombeta com outra (Mt. 6.2-4), Ananias e Safira quiseram usar o dinheiro que tinham para a ostentação (At. 5.1-11). A Palavra de Deus, porém, nos instrui a fazer boas obras, não para a salvação, mas porque já somos salvos (Ef. 2.8-10), em observância à Palavra do Senhor: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At. 20.35).

Lição 12 - O Propósito da Verdadeira Prosperidade 


Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 12 – O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
INTRODUÇÃO
No decorrer deste trimestre já estudamos diversas lições sobre a Verdadeira Prosperidade. Vimos o verdadeiro conceito de prosperidade no Antigo e Novo Testamento; o perigo das falsas doutrinas da Teologia da Prosperidade; o que é uma igreja próspera; como obter a verdadeira prosperidade, dentre outras. Nesta lição, veremos que Deus é a fonte de toda prosperidade, inclusive financeira; que a Bíblia não condena a riqueza, mas, adverte quanto aos perigos que envolvem a riqueza e o amor ao dinheiro; e o que Deus espera de nós, quando nos faz prosperar.

I – DEUS, O CRIADOR, PRESERVADOR E PROVEDOR DE TODAS AS COISAS
A Bíblia nos deixa bem claro que Deus, além de criador, é o preservador e provedor de todas as coisas. O Seu cuidado para com o homem, bem como pela sua criação, pode ser visto em pelo menos dois aspectos:

1.1. Preservação. Deus, ao criar os céus e a terra (Gn 1.1), não abandonou a sua criação. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando e preservando o que criou. A confissão do salmista Davi é clara: "A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais" (Sl 36.6). O próprio Deus revelou a Jó o seu poder de criar e sustentar todas as coisas (Jó cap. 38-41).

1.2. Provisão. Deus não só preserva o mundo que Ele criou, mas também provê as necessidades de suas criaturas. Quando Ele criou o mundo, criou também as estações (Gn 1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (Gn 1.29,30). Depois que o dilúvio destruiu a terra, Ele renovou a promessa da provisão, dizendo: "Enquanto a terra durar, sementeira e sega, frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão" (Gn 8.22). Além disso, o livro dos Salmos também dá testemunho da bondade de Deus em suprir o necessário para todas as suas criaturas (Sl 104; 145). O próprio Senhor Jesus revelou que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade; mas, principalmente as espirituais (Jo 3.16,17). O apóstolo Paulo diz aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19); e, Tiago diz: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1.17).

II – A BÍBLIA NÃO CONDENA A RIQUEZA, MAS, ADVERTE QUANTO AO SEU PERIGO
Como já estudamos em lições anteriores, a verdadeira prosperidade não consiste em riqueza ou posse de bens terrenos. A prosperidade, à luz da Bíblia, está baseada, principalmente na comunhão com Deus. No entanto, a Bíblia descreve diversos servos de Deus que foram prósperos, tanto espiritual como materialmente, tais como: Abraão (Gn 13.2); Jó (Jó 1.1-3); Salomão (I Rs 10.14-29); José de Arimateia (Mt 27.57); e outros. Isto demonstra claramente que não é pecado ser rico, nem possuir muitos bens. Mas, a Palavra de Deus adverte quanto ao perigo das riquezas e do amor ao dinheiro. Vejamos:

2.1. Advertências sobre os perigos que envolvem as riquezas:
· Jesus disse que dificilmente um rico entrará no céu (Lc 18.24);
· A riqueza pode conduzir a avareza, excluindo-o do reino dos céus (I Co 5.11; 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5);
· Não devemos colocar a nossa confiança nas riquezas (Sl 49.6,7; 52.7; 62.10; Pv 11.28; I Tm 6.17).

2.2. Os males do amor ao dinheiro:
· Leva o homem a esquecer-se de Deus (Dt 8.10,11; Pv 30.9);
· Sufoca a Palavra de Deus no coração (Mt 13.22; Mc 4.19);
· O apóstolo Paulo disse os que querem ser ricos, caem em tentação e em muitas concupiscências; e que o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm 6.9,10).
Devemos entender que tudo quanto possuímos pertence a Deus, pois, todas as coisas são dEle (Sl 24; Rm 11.36), inclusive a prata e o ouro (Ag 2.8). Por isso, devemos servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24); não devemos amar ao dinheiro (I Tm 6.9,10), nem dar lugar a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).

III – O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
A verdadeira prosperidade não tem por objetivo o enriquecimento individual, nem o acúmulo de bens materiais, e sim, o investimento no Reino de Deus e a ajuda aos necessitados. Vejamos os dois principais propósitos da prosperidade:

3.1. Investir no Reino de Deus. A obra de Deus não é feita apenas com jejum e oração, mas também, com recursos financeiros. O próprio Deus disse aos israelitas que levassem os dízimos à casa do tesouro, para que houvesse mantimento em Sua casa (Ml 3.10). Semelhantemente, a Igreja só poderá cumprir a sua missão aqui na terra, se houverem as contribuições. Por esta razão, o apóstolo Paulo ensinou e motivou os cristãos a fazerem coletas e contribuírem financeiramente na obra de Deus (I Co 9.4-14; Fp 4.15-18; I Tm 5.17,18). Analisemos o que a Bíblia nos ensina sobre as contribuições:
· A contribuição deve ser proporcional ao que ganhamos: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (I Co 16.2; cf II Co 8.3,12).
· A contribuição deve ser realizada de forma voluntária, e com alegria: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co 9.7; cf Ex 35.21-29; II Cr 24.10).
· Quando Deus nos dá em abundância, é para que multipliquemos as boas obras:“E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra” (II Co 9.8).
· A colheita é proporcional ao plantio. “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e oque semeia em abundância, em abundância ceifará.” (II Co 9.6).

3.2. Ajudar aos Necessitados. Embora o serviço social seja uma responsabilidade governamental, cada crente individualmente, como representante do Reino de Deus aqui na terra, não deve ser omisso, e sim, estender a mão ao aflito e ao necessitado, como nos recomenda a Palavra de Deus (Mt 5.42; Gl 2.10; Tg 1.27; 2.15,16).

3.2.1. No A.T. Deus condenou a opressão contra os pobres (Sl 72.14; Is 3.15; Am 2.6); prometeu recompensar aqueles que atendessem aos pobres (Sl 41.1; Pv 14.21); e, quando deu a Lei aos filhos de Israel, exigiu que eles lembrassem dos pobres (Ex 23.11; Lv 14.21;19.10; Dt 24.19-22), e que a viúva, o estrangeiro e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22.22; Dt 10.18; 14.29), ou seja, eles deveriam compartilhar de sua prosperidade com os pobres;

3.2.2. Nos Evangelhos. Jesus reconheceu o caráter permanente da pobreza no mundo (Mt 26.11; Mc 14.7). Além de multiplicar pães e peixes para saciar a fome das multidões (Mt 14.13-21; 15.29-39), Ele ensinou sobre o dever de ajudar e socorrer os pobres (Mt 6.1-4; 19.21; 25.31-46; Lc 14.12-14);

3.2.3. Na igreja primitiva. A Igreja do primeiro século, apesar de não possuir muitos bens, estava completamente comprometida com o trabalho social (At 2.42; 4.32). A Igreja fez diversas vezes coletas entre os irmãos com o objetivo de socorrer aos santos que estavam padecendo necessidades (Rm 15.25-27; I Co 16.1-4; II Co 8; 9; Fp 4.18,19).

CONCLUSÃO
Como pudemos observar, Deus é o criador, preservador e provedor de todas as coisas. É Ele que nos faz prosperar. E, embora a riqueza não seja um pecado em si, jamais devemos amar o dinheiro ou confiar nas riquezas. Pelo contrário, devemos entender que tudo pertence a Deus, inclusive nossa vida e nossos bens. Por isso, a verdadeira prosperidade tem como objetivo a ajuda aos necessitados e o investimento no Reino de Deus.



Lição 12 - O Propósito da Verdadeira Prosperidade 

Texto Básico:Rm 10:8-14
“[...] o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará”(2Co 9:6).



INTRODUÇÃO



A Palavra de Deus garante a cada ser humano a possibilidade de auferir bens materiais e de deles usufruir para a satisfação de suas necessidades. Todavia, estabelece que o objetivo do homem e da mulher não deve ser o acúmulo de riquezas para si ou para sua exaltação por causa dos bens que tenha a seu dispor, mas que tudo isto seja um instrumento para que a glória de Deus se manifeste na administração destes bens que lhe forem confiados por Deus, o único e verdadeiro dono de todas as coisas. Não façamos dos bens materiais o objetivo e a intenção de nossas vidas. Quem passa a viver em função dos bens materiais, quem passa a pôr o seu coração nos tesouros desta vida, passa a ser um avarento, um ganancioso e, como tal, será um idólatra(Cl 3:5) e, assim, está fora do reino dos céus(Ap 22:15).


Não se está aqui afirmando que o cristão não deve procurar uma melhoria de vida, um melhor emprego, capacitar-se para obter melhores posições, ou seja, em absoluto se nega ao servo de Deus a busca de melhores oportunidades, um progresso maior, mas se está afirmando, isto sim, que não devemos colocar como alvos únicos e exclusivos de nossas vidas uma prosperidade material, que é efêmera(Pv 27:24). Nunca nos esqueçamos que, se cremos em Cristo só para esta vida, seremos os mais miseráveis de todos os homens!(1Co 15:19).


Quando o homem tenta progredir na vida material tendo consciência de que existe uma dimensão eterna, de que é mero administrador do que Deus lhe confiou, ele jamais se comporta de forma nociva ao seu semelhante, jamais busca usar de todos os métodos, lícitos ou não, visando à acumulação de riquezas, pois tem pleno conhecimento de que nu saiu do ventre de sua mãe e de que nu terminará a sua existência(Jó 1:211Tm 6:7). Como dizem as Escrituras, aqueles que se envolvem na ilusão das riquezas, trazem para si somente males e problemas, já nesta vida, que dirá quando se encontrar com o reto e supremo Juiz de toda a Terra(Pv 28:221Tm 6:9Hb 9:27).


Dentro desta perspectiva, o cristão deve, consciente de que o que tem amealhado de bens materiais, é para ser um instrumento de satisfação da vontade divina. Deve administrar o seu patrimônio de forma a obter o agrado de Deus, fazendo-o conforme a Sua Palavra.


I. A PROSPERIDADE NÃO É UM FIM EM SI MESMA



Quando falamos em prosperidade, falamos de uma mensagem que se tem repetido, às escâncaras, nos púlpitos das igrejas evangélicas de nossos dias. O “evangelho da prosperidade” é proclamado de norte a sul, de leste a oeste, passando pelo centro, como sendo a maior prova do amor de Deus para os nossos corações. Não resta dúvida de que a Bíblia Sagrada contém promessas de prosperidade material para o homem, mas esta prosperidade, como já temos visto neste trimestre, é secundária diante da prosperidade espiritual, que é a efetivamente prometida pelo Senhor.


O que estes propagadores da “Teologia da Prosperidade” esquecem de dizer aos seus ouvintes é que, em vindo a prosperidade material solicitada, o "novo rico" não será um senhor de riquezas, não será sequer o proprietário dos bens que o Senhor lhe conceder.


A mensagem do “evangelho da prosperidade” faz questão de alardear que Deus tem obrigação de nos dar bens e uma vida regalada, pois "Deus é o dono de toda prata e de todo o ouro" e que nós somos "filhos do rei", o que, em parte, é uma realidade e uma verdade constante das Escrituras, mas não dizem que, quando ganharmos toda esta prosperidade, o Senhor continua sendo Senhor, continua sendo o "dono de todo o ouro e de toda a prata", assim como, também, continua sendo o "Rei dos reis" e "Senhor dos senhores", ou seja, ao contrário do que querem fazer crer os evangelistas da prosperidade, ser rico, ser próspero materialmente não é um privilégio ou um direito do cristão, mas, muito mais do que isto, é uma obrigação a mais que o servo do Senhor assume diante do seu Deus. Quem tem riquezas, passa a ser mordomo destas mesmas riquezas diante do Senhor e, como tal, assume muitas outras obrigações.


1. Deus, a Fonte de todo bem. Num mundo dominado pela obsessão do ter e pelo amor ao dinheiro, o cristão apresenta-se como alguém que sabe que tudo pertence a Deus e que somos apenas mordomos, devendo prestar contas ao verdadeiro dono do universo do que nos foi dado para administrar.


Deus é a fonte de todo bem, é o Criador de todas as coisas, razão porque todas as coisas lhe pertencem – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”(Sal 24:1). Ninguém é dono de nada; tudo pertence a Deus, incluindo nossa vida e nosso corpo(cf 1Co 6:19).PortantoDeus é o Senhor de todo bem e que o homem é mordomo de seus bens. O mordomo tem que administrar de acordo com a vontade de seu Senhor, caso contrário dará conta do mau uso que fizer dos bens que lhe foram confiados.
Infelizmente, nestes tempos pós-modermos em que vivemos, o homem tem transformado a sua vida numa constante e frenética busca pelos bens materiais, como se a sua vida terrena fosse perene. A Teologia da Prosperidade inverteu os pólos e colocou o objeto no lugar do sujeito. E o que é pior: acabou por transformar o sujeito em objeto. Deus foi transformado em um objeto e o ser humano em mercadoria. O homem foi "coisificado" para se transformar em uma mercadoria vendável. A busca pelo poder, fama e riqueza converteu-se no principal objetivo desta geração perdida.
Muitas pessoas pensam: “Ah! Se eu morasse naquele bairro, em um apartamento duplex; se eu trabalhasse na empresa que gosto, e tivesse o carro dos sonhos, eu seria feliz!”. Pensam que a felicidade está nas coisas. Pensam que a felicidade está no ter. Assim, só se preocupam com o que é terreno e correm atrás de ilusões. Se essa teoria fosse verdadeira, os ricos seriam felizes e os pobres infelizes. No entanto, a experiência prova o contrário. A riqueza tem sido fonte de angústias. Os ricos vivem tencionados pelo desejo insaciável de ganhar sempre mais e com o pavor de perder o que acumularam. Muitas pessoas que ceifam a própria vida são abastadas financeiramente.
O dinheiro não produz contentamento. O verdadeiro contentamento vem da piedade no coração e não do dinheiro na mão. O contentamento nunca provém da posse de objetos externos, mas de uma atitude interna para com a vida. Alguém disse acertadamente que o contentamento não ocorre quando todos os nossos desejos e caprichos são satisfeitos, mas quando restringimos nossos desejos às coisas essenciais. O contentamento significa uma suficiência interior que nos mantém em paz apesar das circunstancias. O apóstolo Paulo disse: “[...] aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”(Fp 4:11).


2. Despenseiros de Deus. Para que possamos entender o que a Bíblia diz a respeito da conduta do ser humano frente aos bens materiais é imperioso verificarmos a primeira declaração da revelação de Deus ao homem. Em Gn 1:1, a Bíblia deixa claro que Deus criou os céus e a terra, o que repete em Gn 1:31-2:3. Assim, tanto no início quanto no término do relato da criação, a Palavra não deixa qualquer dúvida de que Deus é o Senhor do Universo, ou seja, o dono de tudo. Assim, não deve causar espanto a declaração do salmista (Sl 24:1), segundo a qual “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. Com efeito, por ter criado o mundo e tudo o que nele há, Deus é o legítimo dono de todas as coisas. Se isto é assim, o homem é apenas um administrador da criação. Com efeito, ao criar o homem e a mulher, Deus concedeu a eles o domínio sobre toda a criação(Gn 1:26,28), domínio este que não representa senhorio, mas uma autoridade, uma autorização para administrar a criação terrena (observemos que no mandato dado ao ser humano por Deus não se incluem as criações celestiais. É por isso que o salmista afirma que o homem foi feito pouco menor do que os anjos(Sl 8:5).


Partindo deste pressuposto, não pode o homem achar-se dono de coisa alguma sobre esta terra e deveria comportar-se desta maneira, ou seja, plenamente consciente de que é apenas um administrador daquilo que Deus lhe deu. É exatamente esta a consciência do cristão, a de que é apenas um mordomo, um despenseiro de Deus (1Co 4:1,2Tt 1:7; 1Pe 4:10).


II. A PROSPERIDADE E O SUSTENTO PESSOAL



Apenas os seres espirituais não precisam comer, vestir-se e ter onde se abrigar, como é o caso dos anjos. Mas nós, seres humanos, precisamos subsistir em um mundo que possui regras próprias. Precisamos de abrigo onde reclinar nossas cabeças, comida para manter ativo nossos corpos e vestimentas, para que estejamos protegidos das intempéries naturais, como frio e calor. Deus não despreza essa situação, e nos proporciona o sustento pessoal por meio do trabalho digno.


1. As carências humanas. Carência é algo que todos nós já experimentamos, e cada um respondeu a ela de maneira diferente. Ela não acontece apenas no âmbito material. As necessidades financeiras, as adversidades do dia a dia, a doença, a derrota profissional, as perdas, a solidão são apenas algumas das muitas facetas da carência que abatem o ser humano. Porém, por trás de todas está a pior manifestação desse problema: a carência emocional e espiritual.


A Bíblia nos fornece inúmeros exemplos de vidas que mergulharam em situação de carência extrema.


Abraão experimentou a carência de filhos. Tudo o que o velho Patriarca possuía era uma promessa do Senhor (ler Gn 17:1-6). Porém, Abraão decidiu confiar que ela se cumpriria, em vez de concentrar-se no problema, e viu sua carência se transformar em fartura.


Poderíamos falar da carência de Jó. Lemos na Bíblia que ele era um homem próspero, com filhos e filhas, justo e temente a Deus. Porém, seu império desmoronou, seus filhos foram mortos, e o que era um corpo saudável tornou-se enfermo. Jó não compreendia o motivo de tanto sofrimento, de tanta carência. Contudo, ele tinha plena convicção de sua fé em Deus. Ele confiava nEle de uma maneira superlativa; tanto que fez a seguinte declaração: “Ainda que ele[Deus] me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante dele”(Jó 13:15). E sabemos o resultado da sua fidelidade a Deus. O Senhor lhe concedeu tudo novamente: restaurou a saúde, os negócios, a família. E, mais importante do que essas bênçãos, foi o conhecimento que Jó obteve de Deus ao vivenciar toda aquela situação em que Ele converteu a carência em fartura; daí a declaração do patriarca: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos”(Jó 42:5 NTLH).


Em fim, poderíamos falar situação dramática do profeta Elias. Ele viveu um período de extrema carência por ele mesmo profetizado, em que não haveria chuva nem orvalho. Até mesmo o ribeiro de Querite já havia secado(1Reis 17:7). Sem chuvas, não havia mais água, produtos agrícolas nem rebanhos. Os mantimentos do povo tinham se esgotado, e a escassez se espalhava pela terra de Israel.


Deus vendo a carência dramática de Elias mandou-o à cidade de Sarepta e ali ficasse, a fim de ser sustentado por uma viúva (1Reis 17:9). Deus poderia ter encaminhado Elias ao homem mais rico do local, com uma profecia que anunciasse a Sua vontade e convencesse o homem a manter Elias até quando fosse necessário. Mas Deus ordenou que o profeta buscasse o destino mais improvável, a casa mais humilde – uma viúva sem eira nem beira. O texto bíblico diz que a situação daquela mulher era tão crítica, que ela estava prestes a preparar sua última refeição e aguardar, com o único filho, a morte (ler 1Rs 17:8-16).


Por que Deus enviou o profeta à viúva de Sarepta, que estava vivendo um momento de dificuldade e escassez muito maior que a experimentada por ele? Deus não age com base naquilo que queremos, nos planos que fazemos e que consideramos os mais racionais e lógicos. A lógica de Deus não é, nem de longe, parecida com a nossa. Ela leva em conta nossa obediência e nossa fé, e também o fato de Deus ser onisciente, onipotente, onipresente, enquanto a nossa lógica considera apenas superficialmente as coisas, por meio de nossa visão limitada.


Por que Deus nos conduz a pessoas tão ou mais carentes, necessitadas e desprovidas que nós nos momentos de escassez, como fez com Elias? A lógica divina nos responde: para que possamos aprender a depender somente do Senhor, e de mais nada ou ninguém. Este é o milagre planejado por Ele.


Quando, em meio a uma gigantesca necessidade, Deus nos coloca diante de alguém com uma necessidade maior ainda e afirma que de tal pessoa virá a ajuda, é porque o milagre está sendo preparado, o milagre da dependência total do Senhor. E você sabe por que o Senhor age dessa maneira? Porque assim podemos servir como instrumento para solucionar o problema do outro e, ao mesmo tempo, resolver o nosso. Aconteceu dessa forma com Elias. Enviado a alguém que sofria com extrema carência, foi instrumento de Deus para resolver as dificuldades da viúva e do filho dela e, consequentemente, teve suas necessidades supridas.


2. O cuidado divino. O Eterno, o Guardador da nossa vida, é tão preocupado conosco que realmente não precisamos estar ansiosos por nada. É uma honra para Ele assumir todas as nossas preocupações. Por isso Pedro diz: "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1Pe 5:7).


Quando Rute procurou ansiosamente um campo de cereal maduro para poder sobreviver com sua sogra, está escrito: "Por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz" (Rt 2:3). Isso foi mero acaso, ou foi o Senhor que a dirigiu? Quando Rute voltou para sua sogra Noemi com bastante cevada e lhe contou tudo, será que ela disse: "Oh, que coincidência!"? Não, ela sabia muito bem que isso fora o cuidado de Deus por elas e se regozijou, dizendo: "Bendito seja ele [Boaz] do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos" (Rt 2:20). A graça e o fiel cuidado de Deus estavam por detrás da vida dessas duas mulheres. Portanto, não devemos andar ansiosos por nada desta vida, pois o Pai Celeste está atento a todas as nossas necessidades.


A Bíblia está cheia de exemplos da providência de Deus para com o Seu povo e para com os Seus filhos:


·       Israel esteve por 40 anos no deserto. Nunca faltou pão e água aos israelitas, e suas sandálias não se gastaram nos seus pés (Dt 29:5). Quando Josué e Calebe entraram na Terra Prometida, ainda tinham nos pés as mesmas sandálias que usavam quando saíram do Egito!


·      Nenhum pardal cairá no chão sem o consentimento do Pai. Alguém disse: "Deus participa do funeral de cada pardal". Quanto mais preciosos somos nós do que um pardal (Lc 12:6 e Mt 10:29)?!


·         Ele veste os lírios no campo com glória e esplendor maiores que a glória de Salomão (Mt 6:28-30).


·         Ele que se preocupa com cada boi, quanto maior cuidado tem de nós (1Co 9:9-10)!


·         Ele conta os cabelos da nossa cabeça, e nossas lágrimas são recolhidas por Deus e inscritas no Seu livro (Mt 10:30 e Sl 56:8). Qual pai ou mãe já fez isso, alguma vez, com seus filhos?


·         Aquele que nos guarda não dormita nem dorme (Sl 121:3-4).


·         Ele nos compreende mesmo sem palavras, disse o rei Davi (Sl 139:2).


·         Ele é tão grande que entregou Sua vida por nós (João 10:11), e não cuidaria de nós todos os dias?


·         E em Hebreus 13:5 lemos: "De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei".


·       Não estamos expostos ao destino cruel, nem entregues ao acaso. Pelo contrário, está escrito que Ele – por amor do Seu nome – nos guia pelas veredas da justiça (Sl 23:3).


III. A PROSPERIDADE NA AJUDA DO PRÓXIMO



Deus quer que nós, além de sermos justos em tudo, amemos a beneficência. O Salmo 41:1,2 diz o seguinte: “ Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos”.
Provérbios 19:17 diz: “Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício”. Em outras palavras, quem ajuda o pobre está na verdade, emprestando a Deus; por isso, há bênçãos financeiras reservadas por Deus àqueles que se compadecem dos menos afortunados.
O texto de Efésios 6:8 enfatiza: “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre”. Em Tiago 4:17 lemos: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comente pecado”.
Como você age quando vê um necessitado? Você compartilha o quê com ele? Jamais diga: “eu sou pobre; vou pedir esmola para dois?”. Jamais fale assim, porque senão você continuará sofrendo desse jeito. Certo pregador disse o seguinte: “Aquilo que você faz aos outros, Deus fará a você”. Então, quando você abençoar alguém, prepare-se, porque Deus irá abençoa-lo.  Se você pensa que pobre deveria apenas receber, observe o que Paulo disse da igreja da Macedônia: “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente”(2Co 8:1-3). Observe neste texto que os cristãos pobres da Macedônia ajudaram os mais pobres da Judéia. Portanto, o fato de alguém ser pobre não o torna isento da responsabilidade de contribuir financeiramente com outros em pior situação.
1. Um mandamento divino. Na lei de Moisés foi bem especificado que o fundamento, a essência do relacionamento de Deus com o homem é o amor e que este amor não se limitava tão somente ao interior do homem que aceita Cristo, mas que se espraia aos semelhantes, tanto que Jesus fez questão de complementar a inquirição do doutor da lei com uma afirmação extremamente relevante: “...amarás o próximo como a ti mesmo” (Mt 22:39). O amor ao próximo é determinado pelo Senhor, é seu mandamento – “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”(João 15:12). Quando amamos o próximo da forma determinada na Palavra de Deus, melhoramos sensivelmente o ambiente em que vivemos.


Amar o próximo não é apenas ajudar alguém do ponto-de-vista material, mas, sobretudo, levar este alguém a uma vida de comunhão com Deus, a um equilíbrio em todos os aspectos da sua vida. Medidas emergenciais serão necessárias, como nos mostra a parábola do bom samaritano, mas é extremamente necessário que levemos o próximo a entender que deve, sobretudo, amar a Deus, para que também ame o próximo, como nós o amamos.


Amar o próximo não é dizer a alguém que o ama, mas um amor que se mostra por atitudes concretas, por ações efetivas, por obras. Amor ao próximo não é amor de palavra nem de língua, mas amor por obras e em verdade (1João 3:18). Para Tiago, a fé sem as obras mantém-se no campo da teoria e para nada serve: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhe dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?”(Tg 2:15,16, ARA). O apóstolo Paulo exorta-nos a praticarmos o bem e a sermos ricos em boas obras(1Tm 6:18).


Amar o próximo é sentir compaixão por ele, ou seja, sentir a sua dor, como se fosse nossa e, assim, suprir as necessidades imediatas do nosso semelhante, lembrando que ele é tão imagem e semelhança de Deus quanto nós. O individualismo e o egoísmo têm dificultado, e até impedido, gestos de amor ao próximo, até mesmo entre cristãos. Quem é o nosso próximo? É qualquer ser humano, como bem nos explicitou Jesus na parábola do bom samaritano (Lc 10:30-37), e este amor supera todo e qualquer preconceito, toda e qualquer barreira, toda e qualquer tradição.


2. Quando contribuímos para ajudar o próximo, nossa oferta glorifica a Deus. A generosidade da igreja promove a glória de Deus, pois aqueles que são beneficiários do nosso socorro glorificam a Deus pela nossa obediência. O apóstolo Paulo escreve: “Visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão, quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos”(2Co 9:13, ARA). Paulo destaca dois pontos importantes nesse versículo:


a) Quando a teologia se transforma em ação, Deus é glorificado. Os judeus crentes glorificaram a Deus ao ver que os gentios não apenas confessavam a teologia ortodoxa, mas também agiam de maneira ortoprática(2Co 9:13a).


Jesus falou do sacerdote e do levita que passaram ao largo ao verem um homem ferido(Lc 10:31,32). Não basta ter boa doutrina, é preciso colocar essa doutrina em prática. Os crentes da Judéia glorificaram a Deus não apenas porque os gentios creram, mas, sobretudo, porque obedeceram.


Warrem Wiersbe relata o caso de um cristão rico que, em seu culto doméstico diário, orava pelas necessidades dos missionários que sua igreja sustentava. Certo dia, depois que o pai terminou de orar, o filho pequeno lhe disse: “Pai, se eu tivesse seu talão de cheques, poderia responder as suas orações”(Comentário bíblico expositivo, v. 5.2006:p.867).


b) Quando o amor deixa de ser apenas de palavras Deus é glorificado. Os gentios contribuíram com liberalidade não apenas para os crentes da Judéia, mas, também, para outros necessitados (2Co 9:13b). Eles não amaram apenas de palavras, mas de fato e de verdade (1João 3:17,18). O amor não é aquilo que se diz, mas o que se faz.


CONCLUSÃO



Nesta lição, aprendemos que não podemos perder o foco da verdadeira prosperidade. A questão não é somente prosperar, mas para quê prosperar. O nosso trabalho, dinheiro e bens não devem ser usados apenas para o nosso deleite pessoal, mas, prioritariamente, atender aos propósitos do Senhor. Enfim, a busca pelos bens materiais deve ser com vistas à satisfação de Deus e não a uma incessante corrida pelo prazer, pelo luxo e pela auto-suficiência. A ética cristã prega que não há que se buscar o lucro máximo, mas, bem ao contrário, deve-se buscar o suficiente para se ter uma vida digna, uma vida sossegada, mas sem a “febre do ouro” que tem dominado o mundo de hoje. Diz o sábio Salomão que devemos, sempre, buscar a “porção acostumada de cada dia”(Pv 30:8,9) e ninguém melhor do que Salomão para nos afirmar que a posse de riquezas em demasia não representa bem algum para a alma humana. Que Deus nos ajude.

/luloure.blogspot.com 


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