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segunda-feira, 19 de março de 2012

LIÇAO 13 - SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE

LIÇÃO 13
SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE
Texto Áureo: Jo. 10.10 – Leitura Bíblica: Jo. 15.1-11

Pb. José Roberto A. Barbosa

INTRODUÇÃO
A Teologia da Ganância deturpa a Palavra de Deus, há uma negação do evangelho de Jesus Cristo. Os pregoeiros da falsa prosperidade se apegam mais a Abrãao do que a Cristo, tendo em vista que a mensagem do Mestre vai de encontro aos princípios deles. Na lição de hoje pretendemos resgatar o cristocentrismo evangélico, destacando Sua suficiência para as nossas vidas, cuja abundância nos traz vida eterna.

1. EM JESUS HÁ PROSPERIDADE
Jesus não dá prosperidade aos crentes, Ele, e somente Ele, já é a verdadeira prosperidade. Aos invés de pregarem a Cristo, os adeptos da prosperidade ufanam-se nos desafios que Deus fez a Abraão e da prosperidade material que este alcançou. Mas esquecem de que o Senhor, ao aparecer para o patriarca, revelou-se como seu galardão e recompensa, isto é, como sua verdadeira prosperidade (Gn. 15.1). A palavra galardão ou recompensa, em hebraico, é sakar, e diz respeito “a manutenção, salário e benefício”. Paradoxalmente, os pregadores televisivos estão centrando-se apenas na benção, se esquecem do Abençoador. Abraão desfrutou de riquezas materiais, mas sabia que Seu maior benefício era o Senhor Seu Deus. Ele não se furtou a sacrificar o seu próprio filho, a fim de demonstrar sua fidelidade ao Senhor (Gn. 22.1,2). Os judeus tinham muita consideração por Abraão, a prova disso é que rejeitaram a Cristo, sobrepondo o nome do patriarca acima do Filho de Deus. Mas Jesus revelou-lhes que Ele era maior que Abraão (Jo. 8.48-49). A superioridade de Cristo é apresentada ao longo de todo evangelho, mas é na Epístola aos Hebreus que essa doutrina é explicitada em profundidade. A maior necessidade do ser humano não é a de um carro novo ou uma mansão para morar. A salvação é sua grande carência, tendo em vista que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23) e que todos pecaram (Rm. 3.23). Diante desse quadro, como escaparemos nós se não atentamos para tão grande salvação providenciada por Deus em Cristo (Hb. 2.1-4). Os adeptos da falsa prosperidade sequer falam a respeito da salvação, a doutrina do novo nascimento está longe dos seus púlpitos. Cristo não apenas é maior que Abraão, Ele é maior do que os anjos (Hb. 1.4), a expressão do Pai, a revelação plena de Deus, se encontra nEle (Hb. 1.1,2). Por isso, escrevendo aos Efésios, Paulo destaca o valor das bênçãos espirituais em Cristo nas regiões celestes (Ef. 1.3). Essa é a maior prosperidade do crente, a convicção de ter sido aceito pelo Senhor, pelas abundantes riquezas da Sua graça (Ef. 2.7)

2. EM JESUS HÁ ABUNDÂNCIA
Cristo nos dá mais do que precisamos, o problema é que as pessoas querem ter mais do que necessitam. A abundância de Cristo é o suprimento que dEle recebemos para viver, produto do trabalho. Nada de vivermos ansiosos pelo que haveremos de comer ou nos vestir, pois o Pai Celestial, como bem lembrou o Senhor Jesus, sabe muito bem que precisamos de tais coisas (Mt. 6.7-15). A Teologia da Ganância deturpou inclusive a passagem bíblica alusiva a esse tema, há os que defendem, citando Mt. 6.33, que ao investirmos no Reino de Deus, receberemos riqueza material. Mas o contexto da passagem destaca “essas coisas”, não “todas as coisas”. Quando encontramos a Cristo, nada mais nos faltará, Ele já nós é suficiente. A Sua graça nos basta, ainda que estejamos fracos, pois o Seu poder se aperfeiçoa em nossas fragilidades (II Co. 12.7-9). A Teologia predominante no Novo Testamento não é a da prosperidade material, muito menos a da miséria total, mas a do contentamento (I Tm. 6.8; Hb. 13.5), que é o antídoto contra a ansiedade pós-moderna (Mt. 6.25; I Pe. 5.7). A busca desenfreada pelo ter é tão intensa que as pessoas não conseguem mais sequer agradecerem a Deus pelo que têm. Não devemos esquecer que a ação de graças é uma demonstração da nossa dependência de Deus, que reconhecemos Sua generosa providência (Fp. 4.6; Cl. 2.7). O crente contente subverte o poderio das trevas, que se alimenta da ganância (II Pe. 2.3), que faz com que as pessoas queiram sempre mais. Estar satisfeito com Cristo é o caminho da plena satisfação, os que estão debaixo dessa verdade são capazes de abundarem em riquezas de generosidade (II Co. 8.1,2). A convicção do crente está no intangível, sua maior esperança, “a certeza de coisas que se esperam” (Hb. 11.1), olhando firmemente para Jesus, o qual, em troca da alegria que estava proposta, suportou a cruz (Hb. 12.2) a fim de nos dar, na eternidade, a imarcescível coroa da glória (I Pe. 5.4).

3. EM JESUS HÁ VIDA
Em Jesus está a verdadeira prosperidade porque Ele é a Vida, todo o dinheiro do mundo é incapaz de adquirir a condição espiritual que recebemos através de Cristo. Paulo diz que não fomos comprados com prato ou ouro, mas por bom preço, o sacrifício de Jesus (I Co. 7.22,23). Quando tomamos nossa decisão ao lado de Cristo passamos a desfrutas de uma nova posição espiritual. Isso porque Ele nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais (Ef. 2.6). No grego do Novo Testamento, o termo zoe - vida espiritual - tem a ver com essa nova condição. Especialmente nos escritos joaninos, aquele que ouve as Palavra de Cristo, já tem a vida eterna (Jo. 5.24; 11.25,26; I Jo. 3.14). A propósito de João, ao escrever o evangelho que traz o seu nome, é produzir vida em seus leitores (Jo. 20.31). Jesus Cristo é a própria Vida Eterna, porque Ele é o Pão da Vida (Jo. 6.35,48), o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo. 14.6), o Autor da Vida (At. 3.15), a Vida dos crentes (Cl. 3.4), e o poder da vida indestrutível (Hb. 7.16). João testemunha que somente Ele tem palavras de vida eterna (Jo. 6.68). Muitas pessoas, no entanto, preferem apenas a vida – bio em grego – isto é, a condição material das possessões e subsistência (I. Jo. 3.17). Tais pessoas se apegam somente às posses, ao que se ver e se pega (I Jo. 2.16). De nada adiante ganhar o mundo inteiro e perder a alma, a vida, que é mais importante (Mc. 8.36). Muitas pessoas estão estraviando as suas vidas, pois colocaram as riquezas materiais acima de tudo, inclusive de Deus, trazendo sobre si perdição e ruína (I Tm. 6.9). A vida de Cristo em nós é a esperança da glória, porque morremos com Ele e a nossa vida está oculta nEle (Cl. 3.3). Ele destruiu a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho (II Tm. 1.10).

CONCLUSÃO
Qual o maior valor na vida de alguém? Seriam os bens que possui, a família? Isso é bastante relativo, tendo em vista que cada pessoa, a partir das suas visões, elege suas prioridades. Para o cristão, sua maior riqueza é Cristo, pois nEle habita toda a plenitude (Ef. 4.14). As pessoas não conseguem encontrar satisfação na vida presente, a razão é muito simples, porque dentro delas há um vazio que somente pode ser preenchido por Aquele que permanece para sempre, que nos dará patrimônio superior e durável. Portanto, não abandonemos a nossa confiança; ela tem grande galardão (Hb. 10.32-35).

Lição 13 - Somente em Jesus Temos a Verdadeira Prosperidade -
Texto Básico: João 15:1-11




" O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir, eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância "(João10:10 )


INTRODUÇÃO


Graças a Deus chegamos ao final de mais um trimestre letivo. Com certeza fomos edificados e exortados por intermédio da cada lição. Aprendemos que a verdadeira prosperidade não significa acúmulo de riquezas e bens materiais, poder adquirido a partir de status social, mas uma satisfação e bem-estar que vem quando nos relacionamos bem com aquilo que temos, quando vivemos satisfeitos em meio a toda e qualquer circunstância. Fazer a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com Ele é o segredo para se ter uma vida próspera. Independentemente das circunstâncias que estejamos passando, temos a certeza que o Bom Pastor e Bispo de nossas almas nunca nos desampara. Ele está conosco em meio aos pastos verdejantes, e não nos abandona quando temos que enfrentar os vales e os desertos da vida. Somente em Jesus temos a verdadeira Prosperidade.


I - A VIDA ABUNDANTE CONSISTE NO EQUILÍBRIO



Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Em que consiste essa abundância? Muitos cristãos interpretam como sendo 'qualidade de vida' econômica e social. Porém, esquecem que o reino de Deus não é comida nem bebida - “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17).


Se a “vida abundante” refere-se às questões de ordem econômica e social, jamais Cristo alertaria para que os seus ouvintes não se inquietassem pelo dia de amanha - "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?" (Mt 6:31) -, pois a vida do ser humano não consiste nas riquezas - "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12:15).


Por que Jesus prometeria riquezas pertinentes a este mundo, se os cuidados deste mundo tornam infrutíferos os homens, o que poderá levá-los a serem cortado da Oliveira? - "Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mc 4:19).


Há também aqueles que apregoam que a “vida abundante” ofertada por Cristo tem em vista o alívio dos sofrimentos causados pela pobreza, enfermidades, condições opressoras de trabalho, injustiças sociais, abusos dos direitos civis, etc., e que a vida prometida por Cristo tem em vista uma melhoria das questões de ordem moral. Chegam a ponto de afirmar que a ‘vida é para a eternidade e a vida em abundância é promessa para o presente momento’, contrariando o que Cristo falou: “no mundo tereis aflições” (João 16:33).


Por certo, essa “vida abundante” que Jesus promete não se refere às condições existenciais do homem, pois todos têm uma expectativa de viver até os setenta anos, sendo que o que disso passar é canseira e enfado. Além disto, o homem comerá do suor do seu rosto, o que implica em enfado e cansaço - "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" (Sl 90:10).


Certamente, a “vida abundante” que Jesus prometeu refere-se ao que o reino de Deus proporciona: “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17), pois em tudo os cristãos foram enriquecidos: “... em toda a palavra e em todo o conhecimento” (1Co 1:5); “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo” (Cl 2:2). O apóstolo Paulo enfatiza que os cristãos são abençoados com todas as bênçãos espirituais - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1:3). E o salmista diz que nada tem falta os que O temem - "Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem" (Sl 34:9).


Com absoluta certeza, a “vida abundante” que Jesus prometeu é a vida eterna, ela sim é abundante – “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna”(1João 2:25).


1. A matéria superestimada. É antibíblica a superestimação dos bens materiais, do físico e do palpável em detrimento das coisas espirituais e do eterno. Isto é uma atitude inerente à filosofia materialista e ao ateísmo.


O materialismo estimula as pessoas a viverem para TER. Porem, a ênfase do cristianismo bíblico está em viver para SER. Somos desafiados a viver para sermos santos, luz do mundo e sal da terra em meio a uma geração que vive para TER.


É evidente que como seres terrenos temos que trabalhar com ousadia, integridade e dedicação para conquistar os recursos materiais necessários para nossa sobrevivência e contribuir para o reino de Deus. Contudo, a Bíblia condiciona a prosperidade do homem a uma vida de obediência ao Senhor. Não é possível ter-se felicidade, bem-estar, alegria, sucesso e êxito se o indivíduo não cumprir a lei do Senhor, não O buscar de todo o seu coração. A Verdadeira prosperidade, portanto, é o resultado da obediência, é fruto de um estado espiritual de comunhão com Deus.


Jesus encontrou pessoas materialistas, como o jovem rico, que preferiu suas próprias riquezas em vez das riquezas do reino. Mas ele também encontrou pessoas como Zaqueu, que foram capazes de trocar o materialismo pelos valores do reino.


2. A matéria negada. Não podemos negar e nem deixar de ser gratos por essa vida, pois, para os crentes e demais homens, ela é um testemunho da bondade e misericórdia de Deus. Os bens materiais, inclusive o dinheiro, são bênçãos que Deus nos concede para usufruirmos dele e beneficiar o próximo e a obra de Deus. Seria hipocrisia de nossa parte negar que o dinheiro é um bem apreciável, pois quanto mais recursos financeiros uma pessoa possui, mais oportunidades ela tem para oferecer uma educação melhor aos seus descendentes, investir em sua saúde, adquirir bens que serão utilizados de forma razoável e confortável, e abençoar a obra de Deus de forma generosa. Mas, precisamos entender também que o dinheiro é um ótimo servo, mas um senhor impiedoso se o colocarmos nessa posição também. Se não tivermos nossas vidas diante de Deus, perderemos o foco da verdadeira prosperidade: um relacionamento com o Doador, e não com a dádiva. Não foi à toa que Jesus falou contra Mamom e os perigos do relacionamento com Ele.


A Bíblia é um verdadeiro manual sobre a questão do dinheiro. Aliás, A Bíblia fala mais sobre o dinheiro do que a respeito do céu. O dinheiro está profundamente conectado à vida espiritual. A ética cristã lida não apenas com a questão de como ganhar o dinheiro, mas também com a maneira certa de usufruí-lo, investi-lo e distribuí-lo.


Não há nada nas Escrituras que condene a posse de dinheiro a não ser o amor a ele (1Tm 6:10). A busca desenfreada da riqueza produz efeitos desastrosos sobre a alma. Quais são os perigos produzidos pelo amor ao dinheiro? Vou citar aqui apenas três:


a) O amor ao dinheiro conduz a pessoa à tentação. O desejo pela riqueza conduz as pessoas à tentação. Que tentação? Vejamos isso à luz dos dois maiores mandamentos da Lei de Deus, segundo Jesus: Respondeu-lhe Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem a lei e os profetas“ (Mt 22.37-40).


Quando você deseja ser rico, esse desejo o domina e o controla. O dinheiro torna-se seu senhor e seu deus. Então você passa a buscá-lo mais do que a Deus e a procurar a sua felicidade mais do que o bem do seu próximo. Dessa maneira, o amor ao dinheiro o leva a violar os dois principais mandamentos da lei de Deus.


b) O amor ao dinheiro coloca laços e ciladas no caminho da pessoa. As riquezas são uma armadilha, pois conduzem à escravidão e não à liberdade. Em vez de saciar, as riquezas produzem outras concupiscências e desejos para serem satisfeitos. Que armadilha é essa? A Bíblia responde: "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda"(Ec 5.10). O amor ao dinheiro tem a capacidade de levar você a desejar sempre mais. Quanto mais você tem, mais quer ter. Você nunca se satisfaz. Esta é a cilada: insatisfação permanente. O dinheiro é um deus; é Mamom. Muitos trocam o Deus vivo por esse deus. Outros sacrificam a família e vendem a própria alma no altar desse deus.


c) O amor ao dinheiro atormenta a pessoa com muitas dores. Há determinados sofrimentos que só os ricos têm. Eles são inquietos, inseguros, medrosos. Vivem perturbados. O rico tem duas grandes perturbações: o desejo desenfreado de ganhar, ganhar e ganhar; e o medo de perder, perder e perder.


Muitos vivem atormentados por esse dilema. Além do mais, o dinheiro nunca serviu para promover a união familiar. As famílias mais desunidas são aquelas que mais dinheiro possuem. O dinheiro não tem liga. Ele divide e separa.


O amor ao dinheiro fez o jovem rico se afastar de Cristo (Mc 10:22). O amor ao dinheiro fez o rico pensar apenas em seus banquetes e desprezar "Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta..." (Lc 16:19-21). O amor ao dinheiro fez Judas trair Jesus e se suicidar (Mt 26:14-16). O amor ao dinheiro fez Ananias e Safira mentirem para o Espírito Santo (At 5:1-11). O amor ao dinheiro fez os ricos reterem com fraude o salário do trabalhador (Tg 5:4). O amor ao dinheiro é a causa de muitas fraudes, casamentos destruídos, divórcios, perjúrios, roubos, sequestros, assassinatos e guerras.


Portanto amado irmão e amigo, fuja do amor ao dinheiro. Um homem feliz é conhecido por aquilo de que ele foge. Há momentos em que fugir é um sinal de covardia, como foi o caso de Neemais. Ele respondeu aos seus inimigos: "[...] homem como eu fugiria?" (Ne 6:11). Mas em outras ocasiões, fugir é sinônimo de sabedoria e prudência. José do Egito fugiu da mulher de Potifar (Gn 39:12). Davi fugiu quando o rei Saul queria matá-lo (1Sm 19:10). Paulo escreve a Timóteo: "Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas" (1Tm 6:11).


Se você se encontra perguntando: Ah!, se eu tivesse isto ou aquilo, se eu tivesse uma casa melhor, um carro mais novo eu seria mais feliz...Fuja! Se você perceber que está olhando a prosperidade do ímpio e dizendo: Ah!, se tivesse o que ele tem eu seria mais feliz... Fuja! Quando você vê uma propaganda, e pensar: Ah!, se eu pudesse comprar esse produto, eu seria mais feliz... Fuja!


Sua felicidade não está nas coisas, mas em Deus. Alguém disse que as pessoas mais felizes são aquelas que voltam para casa com cheiro de graxa. A Bíblia diz que: "Melhor é um bocado seco e tranquilidade que a casa farta de carnes e contendas" (Pv 17:1).


A verdadeira prosperidade é Cristo, nEle repousa todas as riquezas de Deus (Ef 2:7). Com Ele, temos razões para estarmos sempre contentes, trabalhando sempre, com respeito e dignidade (Ef 4:28; 1Ts 2:9; 2Ts 3:8), mas confiando nEle que nos supre do que temos real necessidade (Mt 6:33).


II - CORRIGINDO OS ERROS ACERCA DA POBREZA


1. Pobreza e pecado. Ser pobre não é pecado. Há várias explicações para a pobreza no mundo, mas a pior delas é associar a pobreza à ausência da bênção de Deus. Quando se faz uma leitura correta das Sagradas Escrituras, observa-se que Deus ordena aos ricos que reservem uma parte de suas colheitas aos pobres. Essa ordenança é um sinal claro de que Deus planejou abençoar os pobres utilizando recursos que Ele mandaria a mais para os mais abastados. E Tiago questiona: “Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (Tg 2:5). Como se vê, os pobres são especiais e preciosos para Deus (cf. Lc 4:18;6:20;7:22). Eles, como muita mais frequência, são os mais ricos na fé e nos dons espirituais e os que, na sua necessidade, clamam mais intensamente a Deus, com fome sincera por sua presença, misericórdia e ajuda(Lc 6:20,21). Portanto, jamais se pode avaliar a espiritualidade de uma pessoa pelo que ela possui de bens materiais.


Portanto, é necessário estarmos conscientes de que ser pobre não significa necessariamente estar em pecado. Veja as seguintes passagens da Bíblia: Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra”(Dt 15:11). Disse Jesus: ”Porquanto sempre tendes convosco os pobres...”(Mt 26:11). “O que oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado o honra”(Pv 14:31). “Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo”(Pv 19:1). ”O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez”(Pv 22:2). “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”(Zc 9:9).


2. Pobreza magicamente extinta. Hoje quando se ouve alguns pregadores falando sobre questões financeiras tem-se a impressão de que no Antigo Testamento não havia pobres, que todo Israelita era como Salomão. Desafiam os crentes a não aceitarem dificuldades financeiras e a determinar a prosperidade, exigindo as bênçãos materiais, principalmente as ligadas aoouro e a prata”. Acusam os crentes pobres de falta de fé, até de estarem em pecado, desviadosUsam, com frequência, duas passagens bíblicas: Deuteronômio 28:1-14 e 2Crônicas 1:7-17 para fundamentar seus argumentos em favor da riqueza.


A primeira passagem refere-se à Nação de Israel, com uma condição: obediência - “...quando obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para guardar e fazer”. Observe que a obediência vem antes da bênção e o servir a Deus antes de ser servido.


A segunda passagem refere-se uma promessa pessoal feita por Deus a Salomão - Naquela mesma noite Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: pede o que queres que eu te dê”. Deus, na sua Soberania, quis honrá-lo; deu o que ele pediu e deu, também, o que não pediu - ele não pediu riquezas, porém Deus quis lhe dar - “... e te darei riquezas, e fazendas, e honras, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti não haverá...”. Foi uma promessa pessoal feita a Salomão. Não consta que esta riqueza foi dada para todos os israelitas fiéis.
Salomão tinha centenas, milhares de súditos, entre eles muitos que eram sinceros, fiéis e tementes a Deus, porém a riqueza só foi dada ao rei Salomão. Seus ministros, seus funcionários administrativos, seus soldados, todos os serviçais do Palácio, todos continuaram vivendo com o “salário” que ganhavam, embora sendo israelitas fiéis a seu Deus. Na verdade quem era pobre continuou sendo, quem vivia de salário continuou vivendo de salário, e dando graças a Deus pelo emprego, ou por sua fonte de manutenção. Não adiantava determinar a bênção da riqueza com base na promessa que Deus fez a Salomão.
Portanto, se o crente, fiel e temente a Deus, tem poucos bens, ou mesmo que não tenha bens para administrar, saiba que Deus não tem compromissos de dar riquezas para todos os seus servos. Deus não prometeu que todos os pobres ficariam ricos. O que Deus queria, e quer, é que os necessitados não fossem abandonados - “... pelo que te ordeno, dizendo; livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre da tua terra (Dt 15:11). Não se está falando de estrangeiros, não se está referindo aos que estão lá fora. Lá no passado está se referindo aos filhos de Israel, e hoje, está se referindo à Igreja. Fala-se em “teu irmão”, “teu necessitado”, “teu pobre”, “tua terra”. Jesus disse: “Porque sempre tendes os pobres convosco...”(Mc 14:7; Mt 26:11; João 12:8).
A Teologia da Prosperidade tem feito ricos, pobres da presença de Deus e dos pobres, ricos sem Deus. Por quê? Porque o [amor ao dinheiro] é raiz de todos os males...(1 Tm 6.10a). Tenhamos, pois, cuidado com este falso evangelho, com esta investida materialista travestida de cristã e de evangélica, pois, “… alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6:10b).
III - A VIDA ABUNDANTE NÃO SUPERESTIMA O CORPO E NEM NEGA A ALMA
1. A vida abundante é equilibrada. Somos peregrinos nesta Terra(cf 1Pe 1:17; Hb 11:8-10,13). Mas, muitos que se dizem cristãos vivem, de forma desequilibrada, em busca das coisas efêmeras, como se tudo fosse o aqui e o agora. É bom sabermos que a nossa esperança não está no aqui e agora, pois “os nossos dias sobre a Terra são como a sombra, não há outra esperança”(1Cr 29:15). Em nossa peregrinação pela terra, devemos usar os instrumentos necessários e disponíveis por Deus para que possamos não somente preservar a nossa vida, mas também atingir objetivos. Isso exige de nós equilíbrio, domínio próprio, para sabermos como utilizar esses instrumentos em nossa caminhada. Portanto, devemos buscar o que nos é necessário, nem sermos luxuosos e nem demasiadamente rígidos, sempre buscando os princípios das Escrituras que estabelecem o legitimo uso das coisas.


Embora Deus tenha feito muitas coisas para o nosso deleite, e para que pudéssemos louvá-lo por sua bondade e ser agradecidos, é preciso tomar cuidado para não cometermos abusos, ou seja, usar do pretexto de liberdade e não nos privar de nada. A nossa gratidão deve refrear os desejos carnais dos abusos, pois, não posso estar agradecido pelo “pão, o calçar e o vestir”, e ao mesmo tempo usar estes bens para me deleitar na lascívia. Jamais poderemos dar rédeas soltas aos nossos desejos naturais, pois, ultrapassam os limites da temperança e da moderação.


A moderação é necessária, pois, sem ela convertemos o que o Senhor nos deu para enriquecer a nossa vida, em pedra de tropeço. Em nada devemos ser exagerados, nem no comer, nem no beber, nem em nos deleitar nos prazeres, devemos evitar a tudo quanto possa fazer diminuir a nossa espiritualidade e devoção. Não podemos esquecer do nosso interior e nos preocupar apenas com o exterior, pois, como diz um provérbio antigo, quem põem muita atenção no corpo geralmente se descuida da alma. Sejamos, pois, equilibrados.


2. Bem-estar físico e emocional. Tudo que se fizer será bom, trará bem-estar se fizermos de acordo com a Palavra de Deus. Muitos têm tudo, até dinheiro em demasia, mas não têm o bem-estar emocional. Vivem inquietos, atribulados, apesar e por causa das muitas riquezas, não tendo qualquer alegria ou contentamento verdadeiros, porque não fazem as coisas de acordo com a sã doutrina. Ser próspero é ter bem-estar em tudo o que se faz, ago muito diferente e muito melhor do que possuir bens materiais.


Bem-estar físico. Vivemos em uma sociedade que cultua, entre tantas “divindades”, o corpo. Há academias espalhadas em todos os lugares, oferecendo aos participantes a possibilidade de fazer exercícios que conservarão a estética do corpo perfeito. Infelizmente, há pessoas que se dedicam tanto ao cuidado com o corpo que se esquecem de cuidar de sua alma, de nutrir uma vida espiritual.


Quando nos conscientizamos de que o nosso corpo não deve ser um fim em si mesmo, nossa conduta passa a ser diferente do comportamento que tanto tem caracterizado os nossos dias de culto ao corpo e a tudo o que lhe diz respeito, culto este que tem, inclusive, já invadido a comunidade evangélica. Vivemos, hoje, a época do domínio da moda, da aparência, da beleza estética, com um sem-número de distúrbios e desequilíbrios de toda a sorte. Muitos, até mesmo crentes, na busca do corpo perfeito, deixam de comer ou se submetem às dietas da moda, sem orientação médica, prejudicando a saúde.


A idolatria do Corpo é um erro bíblico que precisa ser evitado. O corpo tem que ser um instrumento para glória de Deus, e não para a glória do homem – “... glorificai, pois, a Deus no vosso Corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”( 1Co 6:20).


É claro que devemos cuidar do nosso corpo que, segunda a Bíblia nos ensina, é o templo do Espírito Santo(1Co 3:16). Mas tudo sem obsessão, com muito zelo e equilíbrio. Como crente em Jesus Cristo, você tem procurado viver de modo equilibrado? Tem procurado realizar uma alimentação saudável? Se alguém viver em um edifício de propriedade de outra pessoa, procurará violar as regras do edifício? Como seu Criador, Deus nos concedeu uma espécie de "manual do fabricante", que é a Sua Palavra. Precisamos ter um corpo sadio, para que nossas faculdades mentais tenham condição de também se desenvolver plenamente, sem o que não poderemos servir a Deus de acordo com a Sua vontade. Ter uma mente sã em corpo são é uma exigência divina para que possamos servir a Deus a contento, de acordo com a excelência da Sua santidade.


3. O bem-estar espiritual. A “Teologia da Prosperidade” tem pregado que o bem-estar espiritual é irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o crente sofre é porque não é próspero. Todavia, a vida cristã não uma sala vip nem uma colônia de férias. O sofrimento é o cálice que o povo de Deus precisa beber, enquanto caminha rumo à glória. A cruz vem antes da coroa, o sofrimento antes da recompensa final. Nós entramos no reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14:22).


Os proponentes dessa falsa teologia ensinam que o crente fiel não pode adoecer – “se adoecer está em pecado, não entendeu o que é viver pela fé, além de estar dominado pelo Diabo”. Propalam que todo cristão deve viver uma vida plena, isenta de doenças; e que, na idade avançada, devem viver sem dor ou sofrimento. Segundo esses "teólogos", quem fica doente não está reivindicando seus direitos como filho de Deus ou não tem fé. Que falácia! Tudo isso porque as suas mensagens visam agradar o ser humano e atendê-lo em suas necessidades restritas a essa vida, como saúde, prosperidade e bem-estar. O ensino bíblico, porém, é claro ao ensinar que “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”(Sl 34:19). Amém!

CONCLUSÃO


Somente em Jesus Cristo temos a verdadeira prosperidade, que está associada a uma comunhão intima e estreita com o Senhor Jesus, que nos promete uma vida abundante, conforme as Escrituras Sagradas. Quando uma pessoa aceita Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor de sua vida, essa pessoa passa a ter uma vida abundante: é liberta da indolência e da desonestidade e os agrilhoes da miséria são quebrados; aquela pessoa que vivia dominada pela preguiça começa a trabalhar com afinco; aquela que vivia desonestamente, agora trabalha com integridade; aquela pessoa que roubava, agora trabalha para suprir suas necessidades e ainda ajudar os necessitados; aquela pessoa que gastava com vícios deletérios, jogos de azar e devassidão, agora só emprega o dinheiro naquilo que é pão, ou seja, naquilo que satisfaz. Assim, a verdadeira prosperidade e a verdadeira riqueza são bênçãos que jorram de Deus para todos aqueles que vivem piedosamente. O apóstolo Paulo escreveu: "De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento" (1Tm 6:6).


Caros irmãos e amigos, agradeço-lhes muito por acompanhar-me durante este 1º trimestre/2012. Para mim, creio que também para todos vocês, foram momentos assaz edificantes e de superlativas aprendizagens. Espero que o conhecimento adquirido ao longo deste trimestre possa nos garantir blindagem contra as investidas dos propagadores da falaciosa “teologia da prosperidade”. “... o Filho de Deus nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro...”(1João 5:20). Que o Deus de Paz “vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém”(Hb 13:21).


Lição 13 - Somente em Jesus Temos a Verdadeira Prosperidade -
LIÇÃO Nº 13 - DATA: 25/03/2012

TÍTULO: “SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE”
TEXTO ÁUREO – Jo 10.10
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 15.-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com



I – INTRODUÇÃO:

· Existe a vida de fé e existe a vida de cruz. Se seguirmos uma delas, com a exclusão da outra, teremos uma vida cristã distorcida. Devemos aprender a não ir para nenhum dos extremos e centralizar nossa caminhada cristã no meio da estrada. Desviarmo-nos demais para cada um dos lados pode fazer com que caiamos ao chão da arena abaixo de nós. Há uma palavra que deve ser nossa senha, se desejamos ter a vitória e queremos conservar as obras de Deus até o fim. EQUILÍBRIO! Que todos nós possamos achá-lo, sob a orientação do nosso Senhor e na Sua Palavra. Amém.


II – OS POBRES:

· O protestantismo atual está à caça dos ricos e influentes da sociedade. Algumas igrejas se autoproclamam como as igrejas das elites. A teologia criada para sustentar esta aberração cristã é chamada de Teologia da Prosperidade que, dentre outras coisas, ensina:

· Ser pobre é uma vergonha

· Ser pobre é ser maldito

· Ser pobre é um castigo divino

· Ser pobre é estar debaixo de um pecado

· Porém, vejamos o que diz a Palavra de Deus acerca dos pobres:

· (1) – São feitos por Deus (Jó 34.19; Pv 22.2)

· (2) – Deus não os esquece (Sl 9.17)

· (3) – Deus ouve-os (Sl 69.33; Is 41.17)

· (4) – Deus mantem seus direitos (Sl 140.12)

· (5) – Deus livra-os (Jó 36.15; Sl 35.10)

· (6) – Deus protege-os (Sl 12.5; 109.31)

· (7) – Deus exalta-os (I Sm 2.8; Sl 107.41)

· (8) – Deus provê para eles (Sl 68.10; 146.7)

· (9) – Deus não despreza suas orações (Sl 102.17)

· (10) – Deus é o refugio deles (Sl 14.6)

· (11) – Os pobres nunca desaparecerão da terra (Dt 15.11; Sf 3.12; Mt 26.11)


II.1 – OS POBRES PODEM SER:

· (1) - Ricos na fé (Tg 2.5)

· (2) – Liberais (Mc 12.42; II Cor 8.12)

· (3) – Sábios (Pv 28.11)


II.2 – OS POBRES DEVEM:

· (1) – Regozijar-se em Deus (Is 29.19)

· (2) – Esperar em Deus (Jó 516)

· (3) – Entregar-se a Deus (Sl 10.14)


II.3 - COISAS QUE LEVAM À POBREZA:

· (1) - Rejeitar A Instrução (Pv 13:18)

· (2) - Palavras Inúteis (Pv 14:23)

· (3) - Amor Ao Sono (Pv 6.10-11; 20:13)

· (4) - Amor Aos Prazeres (Pv 21.17)

· (5) - Oprimir Ao Pobre Em Favor Do Rico (Pv 22:16)

· (6) - Bebedeira, Glutonaria e Sonolência ( Pv 23:21)

· (7) - Seguir Vadios (Pv 28:19)

· (8) - Corrida Atrás De Riquezas (Pv 28:22)

· ENTÃO, O QUE PEDIR A DEUS? (Pv 30:7-9) – Ou seja, EQUILÍBRIO! Devemos orar para termos um salário suficiente para cobrir nossas necessidades e as da nossa família, para ajudar a manter a obra de Deus e auxiliar os necessitados (II Cor 9:8-12)

· Existem somente dois lugares para guardar bens: NA TERRA E NO CÉU. Onde estamos guardando os nossos tesouros?


III – A VIDA ABUNDANTE NÃO SUPERESTIMA O CORPO NEM NEGA A ALMA:

· Os cuidados com a estética do corpo humano dentro dos limites da preservação da saúde, da decência e do pudor, são válidos e aceitáveis. A Bíblia, porém, estimula muito mais o cultivo da beleza interior do que a exterior (Pv 15:13; I Pe 3:3-5 cf I Tm 4.8).

· CORPO SÃO: Manter o corpo saudável não significa horas diárias na academia e dietas ultrarrigorosas. Significa um corpo equilibrado, com os nutrientes de que precisa para vivermos com saúde e todos os sistemas funcionando com eficiência e em harmonia.

· MENTE SÃ: Quando estamos com a mente tranquila e equilibrada, nossos problemas não somem, mas a vida torna-se incrivelmente mais leve e feliz. (Mt 11:28-30)

· CUIDANDO DO CORPO – A NECESSIDADE DE VESTI-LO - Jo 19:23 - Jesus vestia-se bem. Os soldados dividiram entre si “os seus vestidos”. Ele não estava coberto de trapos, caso contrário, os soldados não jogariam sortes para ver com quem ficaria as vestes do Senhor. 

· Segundo os teólogos, Jesus vestia uma túnica, que tinha o nome de TÚNICA INCONSÚTIL. 

· Era uma túnica digna de vestir um Príncipe. Não tinha costura. Era feita já no formato de túnica, e era uma túnica cara. Poderia tê-la trocado por uma meia dúzia, ou mais, de túnicas mais baratas. Porém, preferiu usá-la! Como homem, Jesus tinha bom gosto!

· Há crentes que confundem humildade com mau gosto. Pensam que ser humilde significa andar mal vestidos, ou usar roupas esfarrapadas. Humildade não é aparência exterior. A verdadeira humildade brota do coração. Jesus era humilde por dentro, não apenas por fora. Existem mendigos cobertos de trapos e com o coração repleto de orgulho.

· Nosso Corpo é uma dádiva de Deus e merece o que houver de melhor. Assim, se um servo de Deus tiver condições, deve vestir-se bem e com bom gosto. Um corpo santo merece ser bem cuidado. 

· Vestir-se bem não significa vestir roupas caras. Pagar pela “grife” pode ser vaidade. Muita gente veste-se mal, embora vestindo roupa muita cara. 

· O bem vestir implica também em se ter bom gosto e saber combinar, especialmente as cores e tecidos. Cada um deve vestir-se de acordo com a sua possibilidade.

· Vestir-se bem pode não ser vaidade; vestir-se mal pode não ser humildade! 

· Um servo de Deus pode ter um terno para cada culto, e ser uma bênção; um servo de Deus pode ter apenas um terno para todos os cultos, e ser uma bênção!

· Por isso, cuidemos do corpo físico, mas, acima de tudo, nos preocupemos com a nossa beleza espiritual (Jó 29:14; Sl 45:13; 132:16; 149:4; Pv 1:9; 4:9; Ct 1:10; 6:10; Is 61:10; Zc 3:4; Ez 16:14; II Cor 11:2; Ef 5:27; I Pe 3:3-4; Apc 21:2).


IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

· Deus é um Deus universal! Logo, a Sua mensagem deve ser uma mensagem universal. Se a mensagem de prosperidade para os cristãos é a verdadeira Palavra de Deus a Seus filhos, então essa mensagem devia servir para todo o mundo. 

· Ora, como é que explicamos o ensinamento da Prosperidade (segundo os mestres da fé) à mãe cambojana enquanto acaricia a cabeça do filho que morre de fome? Como explicamos essas doutrinas aos cristãos russos escondidos no campo ou no celeiro, enquanto leem, temerosos, à luz de lanterna ou de velas, a Bíblia mimeografada? Não podemos!

· A verdade é que este evangelho da prosperidade é uma mensagem local. A prosperidade mediante Jesus só pode ser promovida com êxito numa área que, para começar, tenha grande prosperidade básica.

· Leiamos II Cor 4.8-16 - O que Paulo está dizendo (um tanto sarcasticamente) é que agimos como se fôssemos reis, nossas barrigas estão cheias, nossa situação é cômoda, podíamos muito bem pertencer à realeza ou aos ricos (verso 8)

· Porém, Paulo continua (sarcasticamente) a descrever a figura da visão mundana dos seguidores (do verso 9-13)

· Após, o apóstolo deixa de lado o ataque velado e audazmente conta o fato como ele é (versos 14-15)

· E, finalmente, acrescenta: - “ADMOESTO-VOS, portanto, a que sejais MEUS IMITADORES” (verso 16) – Parece que ele estava escrevendo para os adeptos da Doutrina da Prosperidade e aos Mestres da Fé dos últimos dias.

· A experiencia cristã, então, deve ser uma existencia triste e miserável? Não! Que os céus nos livrem!

· Problemas? Sim! 

· Dificuldades? Sim! 

· Mas o Senhor disse que não seríamos provados além do que pudéssemos suportar.

· Provações, tribulações e experiencia são elementos que nos fazem crescer e desenvolver. 

· O Senhor sabe exatamente quanto calor precisamos para chegar ao ponto mais fino da têmpera. O cristão bom, bem temperado, duro como aço é o que consegue a vitória mediante Jesus Cristo.

· Assim, A VIDA DE FÉ deve ser temperada e contrabalançada com A VIDA DE CRUZ, visto que NOSSO PROPÓSITO É A CRUZ e NOSSO PODER É A FÉ.



Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
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LIÇÃO 13 – SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE

INTRODUÇÃO
Não são poucas as pessoas que conceituam qualidade de vida ou vida abundante como: conforto, riquezas, saúde, longevidade, ausência de sofrimento, etc. É o que também crêem e ensinam os adeptos da Teologia da Prosperidade. Contudo, nesta lição, definiremos o verdadeiro significado do termo “vida abundante” que se referiu Jesus em um de seus sermões. Analisaremos também os equívocos cometidos quanto ao conceito de pobreza e riqueza, como supostos aferidores de espiritualidade sadia; observaremos ainda em que realmente consiste a vida abundante prometida por Cristo; e por fim, veremos quais benefícios desta vida, para o cristão, no presente e no futuro.

I – DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO: VIDA ABUNDANTE
Para entendermos o significado da expressão “vida abundante” examinaremos a palavra “vida” e por conseguinte o termo “abundante”, a fim de compreendermos o que Jesus queria dizer com esta expressão:

1.1 No grego, há duas palavras usadas para o termo: “vida”. A primeira é bios: que é a vida comum, não somente aos seres humanos, mas a todos os animais (Gn 2.7;7.22). A segunda é zoeh: que significa a vida que o pecador recebe ao nascer de novo; é a vida sobrenatural que procede do próprio Deus (Jo 5.24; Rm 6.4). Portanto, enquanto bios é a vida extensiva, zoeh é a vida intensiva.

1.2 O adjetivo “abundante” que indica qual tipo de vida a que Jesus se refere, segundo Aurélio, significa: superabundante (em quantidade) e superior em (qualidade); já que Cristo veio redirecionar nossa atenção para valores eternos (Mt 6.19,20). Está claro que ele não se referia a quantidade, mas a qualidade de vida (Gl 2.20).
Diante disso, podemos concluir que a expressão “vida abundante” diz respeito a um nível de vida superior ao da existência. Pois a vida bios, é terrena e passageira. Porém, a vida zoeh é espiritual e eterna. Ela é desfrutada, parcialmente no presente (Pv 15.15), e por conseguinte totalmente no porvir (Cl 3.4), por aqueles que nascem de novo.

II – ERROS ACERCA DA POBREZA E DA RIQUEZA
Infelizmente, não são poucos os equívocos cometidos por alguns cristãos quanto à visão de pobreza e riqueza. Veremos abaixo quatro extremos, que devem ser evitados:

2.1 Pobreza é sinal de piedade. O monasticismo (um movimento religioso surgido do Cristianismo), difundiu a ideia de que um cristão para ser considerado piedoso, para agradar a Deus, devia viver isolado da sociedade e abrir mão de tudo o que possuía, vivendo em pobreza. Esta visão encontra-se totalmente distorcida da Palavra de Deus, visto que a pobreza não pode aferir o caráter de um servo de Deus. Um autêntico homem de Deus é conhecido por sua fé e por suas obras, tal qual a árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt 7.17,18; Lc 6.43,44; Gl 5.22).

2.2 Pobreza é sinal de pecado. Como podemos ver, este pensamento é antagônico ao primeiro. Se pobreza não pode ser evidência de uma vida piedosa, tampouco de uma vida de pecado. Estaria porventura em pecado o mendigo Lázaro que morreu e foi ao Seio de Abraão? (Lc 16.20-22); ou estaria debaixo de maldição o apóstolo Paulo que passou fome, frio e nudez? (II Co 11:27); teria o Filho de Deus pecado por ter preferido ser pobre para que pudesse enriquecer a outros? (II Co 8:9). É evidente que não.

2.3 Riqueza é sinal de comunhão. Este é um pensamento defendido pela Teologia da Prosperidade. No entanto, é um ponto de vista totalmente contrário ao Cristianismo, que ensina a prioridade pelas coisas que são do céu (Mt 6.33); que condena veementemente a riqueza mal adquirida (I Co 6:10) e a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).
2.4 Riqueza é sinal de pecado. Se não encontramos base bíblica para a Teologia da Prosperidade, também não encontraremos para a Teologia da Miséria, que procura demonizar (atribuir características demoníacas) a posse de bens materiais. Não esqueçamos de Jó, um homem riquíssimo de bens materiais, e que era justo (Jó 1.1); ou de Abraão, o pai da fé, que de igual modo era possuidor de grandes riquezas (Gn 13.5,6). Na verdade, os que defendem essa ideia tropeçam numa declaração paulina, citando-a de forma equivocada, como por exemplo: “o dinheiro é a raiz de todos os males”, quando na verdade o apóstolo disse assim: “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (I Tm 6.10). A idolatria não está nas coisas ou pessoas, mas no sentimento que devotamos a elas.

III – EM QUE CONSISTE A VIDA ABUNDANTE
Existe uma compreensão humana errônea acerca de vida abundante. Muitos acreditam que ela está baseada em uma vida de conforto, riquezas, saúde, longevidade, ausência de sofrimento. Assim também pensam e ensinam os seguidores da Teologia da Prosperidade. Mas, será isso mesmo o que alude Jesus quando disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” ?(Jo 10.10b). Vejamos detalhadamente em que esta vida consiste:

3.1 A vida abundante consiste em qualidade de vida. A vida abundante prometida por Jesus, não se caracteriza em conforto, riquezas, posse de bens, como ensinam os Teólogos da Prosperidade. Se assim o fosse, os ricos deste mundo já a possuíam. Também não significa vida longa. Na verdade, esta expressão diz respeito a qualidade de vida (Rm 6.4;7.6), que é oriunda de Cristo - a fonte (Jo 4.14; Jo 14.6; Ap 21.6).

3.2 A vida abundante consiste em vida espiritual. No Éden, o homem desfrutava da vida abundante dada por Deus. Mas, apesar de ser advertido que se pecasse morreria, o homem transgrediu e foi afastado da presença de Deus (Gn 2.16,17; Rm 3.23). Em Adão morremos espiritualmente (Rm 5.12). Todavia, quando o pecador aceita a Cristo como Salvador, a vida espiritual outrora perdida, é restituída (Ef 2.1,5; Cl 2.13). Quando este nasce de novo, pela Palavra e pelo Espírito (I Pe 1.23; Tt 3.5).

3.3 A vida abundante consiste em vida eterna. A vida que Cristo trouxe ao homem foi a vida eterna. Esta é experimentada parcialmente no presente (Jo 3.15,36; I Jo 5.11-13) e completamente no porvir (Lc 18.30; Rm 6.22; Gl 6.8), quando no arrebatamento da Igreja o nosso corpo mortal se revestirá de imortalidade e a nossa corrupção será revestida pela incorruptibilidade. Então, tragada será a morte na vitória. Aleluia! (I Co 15.52-54).

IV – BENEFÍCIOS DA VIDA ABUNDANTE
A vida abundante ou vida eterna por meio de Cristo, inclui todas as condições, todos os efeitos e operações do Espírito Santo sobre o homem, tanto no aspecto presente quanto no futuro. Vejamos alguns benefícios oriundos desta vida:

4.1 No presente
Justificação: Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1);
Regeneração: Milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da qual o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17);
Santificação: É a forma pela qual o nascido de novo é aperfeiçoado à semelhança do Pai Celeste, por meio do sangue de Cristo, da Palavra e do Espírito Santo. “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (I Co 6.11).

4.2 No futuro
Glorificação: No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma. A glória de Cristo será partilhada plenamente com seus santos no arrebatamento da igreja. “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21).

CONCLUSÃO
Como pudemos ver, os Teólogos da Prosperidade afirmam que o cristão não pode ser pobre, nem deve passar privações, sofrimentos e enfermidades, porque Jesus veio trazer vida abundante. Infelizmente, esta visão deturpada têm sido largamente difundida no meio evangélico, através de livros, da mídia televisiva, rádios, etc. No entanto, como vimos, o verdadeiro sentido de vida abundante ultrapassa esse falso conceito, pois diz respeito a qualidade de vida pela regeneração; a vida espiritual de comunhão com Deus; e por fim, a vida eterna, como coroa da justiça prometida aos fiéis que amam a vinda de Cristo (Ap 2.10; II Tm 4.8).



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