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segunda-feira, 25 de junho de 2012

LIÇÃO 01 - COM SUBSIDIOS .



Lição 1
1 ° de Julho de 2012
NO  MUNDO TEREIS AFLIÇÕES

TEXTO AUREO
Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo(Jo 16.33).
VERDADE PRÁTICA  Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.
              LEITURA DIARIA
SEGUNDA – João 16.33- No mundo tereis aflições
TERÇA – Romanos 8.22- O sofrimento da criação
QUARTA – Mateus 9.23- Sofrimento de ordem espiritual
QUINTA – Genesis 3.17-19; Romanos 5.12- O sofrimento de ordem pecaminosa
SEXTA – Genesis 6.1-12- A corrupção do gênero humano
SABADO – 1Corintios 15.35-38- Esperamos a plena glorificação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE(LEIA NA SUA BÍBLIA). João 16.20,21, 25-33
               OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as aflições do tempo  presente.
Responder "por que o crente sofre?".
Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.
                INTRODUÇÃO
O crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não, então por que o sofrimento assalta-lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as "aflições do tempo presente". Veremos que elas, conforme ensinou Jesus (joao 16,33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.


A PALAVRA AFLIÇÃO SIGNIFICA: Agonia, angustia, ansiedade, tribulação. Nós como servos do Senhor, não estamos livres de aflições, pois, o próprio Jesus, o Filho de Deus teve que enfrentá-la em todo o Curso de sua vida.

VEJAMOS:
Os sofrimentos de Cristo, primeira fase: 
Mateus 26.37 – COMEÇOU A ENTRISTECER-SE. Os sofrimentos físicos e espirituais de Cristo começaram no Getsêmani.  “Seu sangue tornou=se em grande gotas de sangue”(Lc 22.44). Sob grande pressão, os pequenos vasos capilares das glândulas sudoríparas podem romper-se e dar-se a mistura de sangue com suor.
Os sofrimentos de Cristo, segunda fase: 
Mateus  26.67. CUSPIRAM-LHE... DAVAM MURROS...O ESBOFETEAVA. Depois da sua prisão à noite e do abandono pelos seus discípulos(vv 55-57), Jesus é conduzido perante Caifás e ao Sinédrio Judaico, vedam seus olhos, zombam seguidamente dEle, cospem e batem na sua face.
Os sofrimentos de Cristo, terceira fase:
Mateus 27.2. O ENTREGARAM A PILATOS. De manhã, Jesus, açoitado e exausto, é conduzido através de Jerusalém para ser interrogado por Pilatos. Soltam a Barrabás(v 20). Jesus é novamente açoitado e entregue para ser crucificado(v 26).
Os sofrimentos de Jesus, quarta fase:
Mateus 27.26. E TENDO MANDADO AÇOITAR A JESUS. (1) No açoitamento romano, a vitima era despida e amarrada numa coluna, ou então ela curvava-se sobre um tronco, com as mãos atadas nele. O instrumento de tortura consistia num curto cabo de madeira no qual estava presas várias tiras de couro com pequenos pedaços de ferro ou osso presos nas pontas. Os golpes eram aplicados nas costas da vitima por dois algozes, um de cada lado da vitima. Os cortes eram tão profundos que apareciam as veias, as artérias, e, as vezes, até certos órgãos internos. Muitas vezes a vitima morria durante o açoitamento ou flagelação.
(2) A flagelação era uma tortura pavorosa. O fato de Jesus não poder levar a cruz deve ter sido por causa do seu horrível sofrimento, resultante deste castigo(v 32; Lc 23.26 – Ver ainda Isaias 53.5).
Os sofrimentos de Cristo, quinta fase:
Mateus 27.28,29. UMA CAPA DE ESCARLATE... UMA COROA DE ESPINHO. Desamarraram as mãos de Jesus e o puseram em meio à tropa romana(v 27). Os soldados colocam uma capa sobre Ele, põem um caniço na sua mão e uma coroa de espinho na sua cabeça(v 29). Os soldados escarnecem dEle e batem no seu rosto e na sua cabeça, fazendo penetrar profundamente os espinhos no couro cabeludo(v 30)
Os sofrimentos de Cristo, sexta fase:
Mateus 27.31. HAVENDO-O CRUCIFICADO. Levando a pesada cruz nos ombros, Cristo lentamente inicia a caminhada rumo ao Gólgota. O peso da cruz somado ao seu esgotamento físico o faz cair. Esforça-se para levantar-se, porém não consegue. Obrigam a Simão de Cirene a levar a cruz.
Os sofrimentos de Cristo, sétima fase:
Mateus 27.35. HAVENDO-O CRUCIFICADO. No Gólgota, põem a cruz no solo e deitam Jesus sobre ela. Estendem seus braços ao longo dos braços da cruz e pregam um cravo de ferro, quadrado e pesado, que atravessa sua mão(ou punho), primeiro a mão direita e em seguida a esquerda. Os cravos penetram também na madeira. A seguir estendem seus pés e o crava na cruz, com cravos maiores que os das mãos.
Os sofrimentos de Cristo, oitava fase.
Mateus 27.39. BLASFEMAVAM DELE. Agora, Jesus, cheio de ferimentos e coberto de sangue, é um espetáculo patético para o povo que assiste ao ato. As dores são atrozes em todo o seu corpo, ficando naquela posição horrível, por várias horas; os braços estão afadigados; sente grandes câimbras  nos músculos e rasga-se a pele de suas costas. Começa outra agonia – uma dor insuportável no peito, causada pela compressão dos fluidos no coração. Sente uma sede abrasadora(João 19.28) e está consciente do sofrimento e do escárnio dos que passam junto a cruz(vv 39-44).
Os sofrimentos de Cristo, nona fase.
Mateus 27.46. POR QUE ME DESAMPARASTE?  Este brado de Cristo assinala o ponto culminante dos seus sofrimentos pelo mundo perdido. Seu brado em aramaico(“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”) Testemunha que Jesus experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-se substituto do pecador. Esta é a pior tristeza, angustia e dor que Ele sente. Está ferido pelas transgressões dos deres humanos(Is 53.5) e se dá em resgate de muitos(Mt 20.28; 1Tm 2.6). Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado pela humanidade inteira(2Co 5.21).  Jesus morre abandonado, para que nunca sejamos abandonados(cf Sl 22). Assim, mediante seus sofrimentos, Cristo redime a raça humana(1Pd 1.19).
Os sofrimentos de Cristo, décima fase.
Mateus 27.50. JESUS, CLAMANDO OUTRA VEZ. Cristo profere suas últimas palavras, bradando alto: “está consumado”(João 19.30).  Esse brado significa o fim de seus sofrimentos e a consumação da obra da redenção. Foi paga a dívida do pecado humano, e o plano da salvação cumprido. Feito isso, Jesus faz uma oração final: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”(Lc 23.46).

I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE
1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com "dores de parto" pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22 ). Quantas calamidades nos abatem por causa da degradação ambiental. São tragédias assombrosas que ceifam milhares de vidas. As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em áreas de riscos contribuem para a ocorrência de tragédias. Tais aflições também afetam os crentes fiéis.
2. De ordem econômica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44).
3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiei não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e são consequências  da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; jo 5.14,15).

O Sofrimento de cada dia
“Os dias em que vivemos são maus...”  (Ef 5.15-17)
Como é real e aplicável aos dias atuais esta declaração do Senhor! Refletindo sobre a vida, não foi difícil encontrar subsídios que materializam esta triste verdade. O povo do Senhor não está isento dos muitos problemas que assolam a população brasileira. É a condição financeira que entra em colapso, impossibilitando honrar os compromissos; o emprego que não existe; a violência; assaltos; filhos problemáticos e rebeldes; casamento que não funciona; drogas; sexo; inimizades dentre outros que compõe uma longa lista.

As conseqüências são as mais diversas possíveis, a começar pela fé que abalada, escancara a porta principal da vida para o desespero, perde-se por completo a visão da soberania de Deus; transformados em homens comuns, são despidos da esperança, vazios, desafeiçoados, irritados, ranzinzas, maldizentes, faltos de amor, cegos; carnais... Derrotados!
“Os dias em que vivemos são maus...”
Mas, será que esta situação desastrosa justifica a aparente derrota? É evidente que não! Afinal o Senhor chamou homens fortes para compor um exército de vencedores que andam sobre as dificuldades, no entanto, não se deixam tomar por elas (Is 40.31); estrangeiros de passagem por uma terra na qual são odiados e perseguidos pelo rei das trevas (Mt 24.9; 1Pe 2.11). 
O que esperar de bom então em dias maus? A misericórdia do Senhor!
Os filhos de Deus foram provados de muitas formas, mas, firmes ficaram e foram aprovados.

“...Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!”. (Hb 11.35-38)
Está fraco? Sem forças? Abatido? Não negue ao Senhor! É tempo de levantar a cabeça e andar; Paulo afirmou:
“Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim”. (2Co 12.10)
Porquê alguns sucumbe? Provavelmente, edificaram suas casas sobre a areia! Sem o devido alicerce da comunhão verdadeira com Deus. É a vida cristã aparente; desprovida do Espírito e da genuína filiação. Estes, mesmo apresentando-se como pessoas dinâmicas no Reino, são desconhecidos pelo Pai Eterno. Quando os problemas vêm como um forte vento, logo são abatidos e derrotados.
Os filhos genuínos do Senhor são fortes, inabaláveis, preparados para vencerem as maiores dificuldades que possam sobrevir à vida. Estes não negam a sua filiação e a exemplo de Cristo Jesus, vão até às últimas conseqüências, esperando no amparo incontestável do Pai Celeste. Mas, como ser assim, semelhante a Cristo?
O principio é amar a Deus e buscá-lo em primeiro lugar.
“...amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força...” (Mc 12.33); Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça...” (Mt 6:33)

SINOPSE DO TÓPICO (1)
As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.

REFLEXÃO
"O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual?"
Eliezer de Lira e Silva

II. POR QUE O CRENTE SOFRE?
1. A queda. O sofrimento é  algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1—7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23).
3. O novo nascimento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: "A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor". Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 1 5.35-58).
              
                              VEJAMOS SOBRE O SOFRIMENTO DO CRENTE:
Jó 2.7,8 "Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza."
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.

                                   POR QUE OS CRENTES SOFREM?
São diversas as razões por que os crentes sofrem.
(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12; ). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).

(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., conseqüência de seus próprios atos. A lei bíblica "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.

(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo.
 (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como "o deus deste século" (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver principalmente Jó 1—2). Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era "um mensageiro de Satanás, para me esbofetear" (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra "os príncipes das trevas deste século" (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; 6.11 ) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.
(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).

(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque "nós temos a mente de Cristo" (ver 1Co 2.16 ). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos ( 1Pe 2.21). Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: "quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?" (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: "chorai com os que choram" (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).

SINOPSE DO TÓPICO  2
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.

REFLEXÃO
"A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no Crente uma natureza oposta a da queda.
Eliezer de Lira e Silva.

III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: "Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias" (SI 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque "a terra é do Senhor e toda a sua plenitude" (1Co 10.26).
2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 1 2.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor,muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o "fruto pacífico de justiça" (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles  que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto"(Rm 8.28).
3-  Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da "sombra e água fresca", mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia  e a proteção do Criador dos céus e da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 1 78 da Harpa Cristã: "Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minha alma salvou/ tenho doce paz!".
        VEJAMOS SOBRE AFLIÇÕES:
Mateus 5.10. PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTICA. Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça, sofrerão perseguição.
1 – Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos, sofrerão impopularidade, rejeição e criticas(Ap 2; Ap 3.1-4, 14-22). O mundo lhes moverá perseguição e oposição(Mt 10.22; Mt 24.9; João 15.19), e as vezes por parte de membros da igreja professa(At 20.28-31; 2Co 11.3-15; 2Tm 1.15; 2Tm 3.8-14 e 4.16). A experimentar tal sofrimento, o cristão deve rogozijar-se , por que Deus outorga a maior benção áqueles que sofrem mais(Mt 5.2; 2Co 1.5; 2Tm 2.12; 1Pd 1.7 e 4.13).

2 – O cristão deve precaver-se da tentação de transigir-se quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento ou algum prejuízo(Mt 10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2Tm 2.12). Os princípios do reino de Deus, nunca mudam: “a todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguição”(2Tm 3.12). A promessa aos que sofrem por causa da justiça é que dos tais é o Reino dos céus.

João 15.20 – TAMBÉM VOS PERSEGUIRÃO. Enquanto os seguidores de Cristo estiverem neste mundo, serão odiados, perseguidos, caluniados e rejeitados por amor a Ele. O mundo é o grande opositor a Cristo e o seu povo no decurso da história.
1 – O verdadeiro crente deve compreender que o mundo – inclusive as falsas igrejas e organizações religiosas, sempre se oporão a Deus e os princípios de seu Reino; assim o mundo continuará sendo até o fim, o iníquo e perseguidor dos crentes fieis(Tg 4.4; Mt 5.10).

2 – A razão por que os crentes sofrem é por serem basicamente diferentes. Não são do mundo e foram escolhidos do meio do mundo(v 19). O padrão, valores e modo de viver dos fieis, entram em conflito com os modos iníquos da sociedade perversa em meio à  qual vivem. Recusam tal transigência com os padrões ímpios, e, em contrário a isso, apegam-se às coisas que são de cima e não as que são de baixo(Cl 3.2).

Atos 14.22 – POR MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um dia entrarão no Reino dos céus, hão de “sofrer muitas tribulações” ao longo do caminho. Por viver em meio a um mundo hostil, tem que se enganjar na luta espiritual contra o pecado e o poder de Satanás(Ef 6.2; Rm 8.17; 2Ts 1.4-7; 2Tm 2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma continua batalha contra o mal.
1 – Os que são fieis a Cristo, à Sua Palavra e aos caminhos da justiça, terão problemas e aflições neste mundo(João 16.33). Somente o crente morno ou de meio termo, viverá em paz com esse mundo(Ap 3.14-17)

2 – O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes, continuarão como adversário do Evangelho de Cristo  até quando o Senhor derrubar  o sistema maligno desse mundo na sua vinda(Ap 19.20). Entremente, a esperança do crente “está reservada nos céus”, e está prestes a se revelar no último tempo(Cl 1.51Pd 1.5). A esperança do crente não consiste nesta vida, nem neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para levá-lo consigo(João 14.1-3; 1João 3.2,3).
                            
                              SOFRER POR CRISTO E PELO EVANGELHO
Romanos 8.36 – COMO OVELHAS PARA O MATADOURO. As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 34, 35, tem sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos(At 14.22; 2Co 11.23-39; Hb 11.35-38). Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades, não significam, de certo, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar(v 35). Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e consolo de Deus((2Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais do que vencedores por meio de Cristo(vv 37-39; Mt 5.10-12; Fl 1.29).

Atos 12.2. E MATOU Á ESPADA A TIAGO. Deus permitiu que Tiago, irmão de João(cf Mt 4.21) morresse. Mas enviou um anjo para livrar Pedro da prisão(At 12.13-17). São os caminhos misteriosos de Deus para com seu povo, que levaram Tiago a morrer, enquanto Pedro escapou para continuar seu ministério. Tiago teve a honra de ser o primeiro dos apóstolo que morreu como mártir. Morreu da mesma maneira que seu Senhor: Pela causa de Deus(cf Mc 10.36-39).

Atos 9.16 – PADECER PELO MEU NOME. A conversão de Paulo inclui não somente a ordem de pregar o evangelho. Mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo. Paulo foi informado desde o principio que ele sofreria muito pela causa de Cristo. No reino de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de Deus(At 14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2Tm 2.3), e o meio de ter um ministério frutífero(João 12.24; 2Co 1.3-6), resulta em recompensa abundantes no céu(Mt 5.12; 2Tm 2.12;). A morte precisa atuar no crente para que a vida de Deus  flua dele para os outros(Rm 8.17,18,36,37; 2Co 4.10-12).

Hebreus 11.35 – UNS FORAM TORTURADOS. Deus permitiu que alguns dos seus filhos fieis experimentassem grandes sofrimentos e provações. Embora desfrutassem da comunhão com Deus, Ele não livrou a todos do sofrimento e da morte(vv 35-39).
1 – Note, que, pela fé, “alguns escaparam do fio da espada”(v 34), e também pela fé, “alguns foram mortos a fio da espada”(v 37). Pela fé, um foi livrado; e também pela fé outro foi morto(cf 1Reis 19.10; Jr 26.23; At 12.2). A fé verdadeira não somente levará o crente a fazer  grandes coisas para Deus(vv 33-35), mas, também, as vezes,  o levará a sofrimento, perseguições, aflições e privações(vv  35-39; cf Sl 44.22; Rm 8.36).
2 – A fidelidade a Deus  não garante conforto nem livramento da perseguição neste mundo. A fidelidade nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de Deus nos tempos de perseguição, de provações ou sofrimento(cf Hb 12.2; Jr 20.1,7,8; Jr 37.13; Jr 38.5; 2Co 6.9).

1Pedro 2.21 – TAMBEM CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS. A maior glória e privilégio para qualquer crente é sofrer por Cristo e pelo evangelho. Sofrendo assim o crente segue o exemplo de Cristo e dos apóstolos(Is 53; Mt 16.21; Mt 20.28; At 9.16; Hb 5.8).
1 – O cristão deve estar disposto a sofrer(1Pd 4.1; 2Co 11.23), isto é, participar dos sofrimentos de Cristo(1Pd 4.13; 2Co 1.5; Fp 3.10), e deve saber de antemão que o sofrimento fará parte de seu ministério(2 Co 4.10-12; cf 1Co 11.1).

2 – O sofrimento de Cristo é chamado:
 sofrimento “segundo a vontade de Deus” (1Pd 4.19);
” por amor do seu nome”(At 9.16); 
“pelo evangelho”(2Tm 1.8);
“por amor da justiça”(1Pd 3.14);
e “pelo Reino de Deus”(2Ts 1.5).

3 – Sofrer por Cristo é uma maneira de se chegar à maturidade espiritual(Hb 2.10); de obter a benção de Deus(1Pd 4.14) e de ministrar vida ao próximo(2Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição prévia para ser glorificado com Cristo(Rm 8.17), e de alcançar a “glória eterna”(Rm 8.18). Nesse sentido o sofrimento pode ser considerado um dom precioso(Fp 1.29).

4 – O crente por viver por Cristo e pelo evangelho, não deve motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por amor a Cristo.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.

REFLEXÃO
"Deus usa os 'espinhos e cardos que infestaram a Criação desde a Queda para nos ensinar; castigar; santificar, e transformar, preparando-nos para aquele novo céu e nova terra. Isso é algo que eu bem entendo: as maiores bênçãos de minha vida emergiram do sofrimento, e tenho visto o mesmo processo repetido em incontáveis vidas/'
Charles Colson e Nancy Pearcey

CONCLUSÃO:
Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!

4.12 A ARDENTE PROVA. O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta tríbulações e aflições neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao evan­gelho. Aqueles que se dedicam a Jesus Cristo com uma fé firme e leal, que andam segundo o Espírito e que amam a verdade do evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na realidade, sofrer por amor à justiça é evi­dência de que nossa devoção a Cristo é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8*17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do creme podem ser um sinal de que ele está agradando a Deus e sendo-lhe fiel. As aflições freqüentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e Sata­nás (1.6-9; Ef 6.12). Através de severas provas, o Se­nhor permite que o crente compartilhe do seu sofrimen­to e assim forma nele a excelência de caráter que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece fiel a Cristo, é considerado bem aventurado “ porque sobre você "repousa o Espírito da gló­ria de Deus"' (ver v. 14 ; cf. 2.21 ).

4.13 ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPAN­TES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de Deus que o sofrimento pela causa de Cristo faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver Mi 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24: Hb 10-34). Daí. não se deve invejar os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.

4.14 O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Aque­les que sofrem por causa da sua lealdade a Cristo são bem aventurados (cf. Mt 511.12; 1 Pe 3.14; 4.13), por­que o Espírito Santo estará com eles de modo especial. Suas vidas estarão cheias da presença do Espírito Santo para neles operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcio­nar-lhes um antegozo da glória do céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).

ELABORADO PELO EV: NATALINO DOS ANJOS
FONTE DE PESQUISA:
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.





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