Lição 1
1 ° de Julho de 2012
NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES
TEXTO AUREO
Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo
tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo(Jo 16.33).
VERDADE PRÁTICA Mesmo
sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas
as coisas.
LEITURA DIARIA
SEGUNDA – João 16.33- No mundo tereis aflições
TERÇA – Romanos 8.22- O sofrimento da criação
QUARTA – Mateus 9.23- Sofrimento de ordem espiritual
QUINTA – Genesis 3.17-19; Romanos 5.12- O sofrimento de
ordem pecaminosa
SEXTA – Genesis 6.1-12- A corrupção do gênero humano
SABADO – 1Corintios 15.35-38- Esperamos a plena glorificação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE(LEIA NA SUA BÍBLIA). João
16.20,21, 25-33
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as aflições do tempo presente.
Responder "por que o crente sofre?".
Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz
do Senhor no sofrimento.
INTRODUÇÃO
O crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não,
então por que o sofrimento assalta-lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as
"aflições do tempo presente". Veremos que elas, conforme ensinou
Jesus (joao 16,33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente
mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também
poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na
graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
A PALAVRA AFLIÇÃO SIGNIFICA: Agonia, angustia, ansiedade, tribulação. Nós como servos do Senhor, não estamos livres de aflições, pois, o próprio Jesus, o Filho de Deus teve que enfrentá-la em todo o Curso de sua vida.
VEJAMOS:
Os sofrimentos de Cristo, primeira fase:
Mateus 26.37 – COMEÇOU A ENTRISTECER-SE. Os sofrimentos
físicos e espirituais de Cristo começaram no Getsêmani. “Seu sangue tornou=se em grande gotas de
sangue”(Lc 22.44). Sob grande pressão, os pequenos vasos capilares das
glândulas sudoríparas podem romper-se e dar-se a mistura de sangue com suor.
Os sofrimentos de Cristo, segunda
fase:
Mateus 26.67.
CUSPIRAM-LHE... DAVAM MURROS...O ESBOFETEAVA. Depois da sua prisão à noite e do
abandono pelos seus discípulos(vv 55-57), Jesus é conduzido perante Caifás e ao
Sinédrio Judaico, vedam seus olhos, zombam seguidamente dEle, cospem e batem na
sua face.
Os sofrimentos de Cristo, terceira
fase:
Mateus 27.2. O ENTREGARAM A PILATOS. De manhã, Jesus,
açoitado e exausto, é conduzido através de Jerusalém para ser interrogado por
Pilatos. Soltam a Barrabás(v 20). Jesus é novamente açoitado e entregue para
ser crucificado(v 26).
Os sofrimentos de Jesus, quarta
fase:
Mateus 27.26. E TENDO MANDADO AÇOITAR A JESUS. (1) No
açoitamento romano, a vitima era despida e amarrada numa coluna, ou então ela
curvava-se sobre um tronco, com as mãos atadas nele. O instrumento de tortura
consistia num curto cabo de madeira no qual estava presas várias tiras de couro
com pequenos pedaços de ferro ou osso presos nas pontas. Os golpes eram
aplicados nas costas da vitima por dois algozes, um de cada lado da vitima. Os
cortes eram tão profundos que apareciam as veias, as artérias, e, as vezes, até
certos órgãos internos. Muitas vezes a vitima morria durante o açoitamento ou
flagelação.
(2) A flagelação era uma tortura pavorosa. O fato de Jesus
não poder levar a cruz deve ter sido por causa do seu horrível sofrimento,
resultante deste castigo(v 32; Lc 23.26 – Ver ainda Isaias 53.5).
Os sofrimentos de Cristo, quinta
fase:
Mateus 27.28,29. UMA CAPA DE ESCARLATE... UMA COROA DE
ESPINHO. Desamarraram as mãos de Jesus e o puseram em meio à tropa romana(v
27). Os soldados colocam uma capa sobre Ele, põem um caniço na sua mão e uma
coroa de espinho na sua cabeça(v 29). Os soldados escarnecem dEle e batem no
seu rosto e na sua cabeça, fazendo penetrar profundamente os espinhos no couro
cabeludo(v 30)
Os sofrimentos de Cristo, sexta
fase:
Mateus 27.31. HAVENDO-O CRUCIFICADO. Levando a pesada cruz
nos ombros, Cristo lentamente inicia a caminhada rumo ao Gólgota. O peso da
cruz somado ao seu esgotamento físico o faz cair. Esforça-se para levantar-se,
porém não consegue. Obrigam a Simão de Cirene a levar a cruz.
Os sofrimentos de Cristo, sétima
fase:
Mateus 27.35. HAVENDO-O CRUCIFICADO. No Gólgota, põem a cruz
no solo e deitam Jesus sobre ela. Estendem seus braços ao longo dos braços da
cruz e pregam um cravo de ferro, quadrado e pesado, que atravessa sua mão(ou
punho), primeiro a mão direita e em seguida a esquerda. Os cravos penetram
também na madeira. A seguir estendem seus pés e o crava na cruz, com cravos
maiores que os das mãos.
Os sofrimentos de Cristo, oitava
fase.
Mateus 27.39. BLASFEMAVAM DELE. Agora, Jesus, cheio de
ferimentos e coberto de sangue, é um espetáculo patético para o povo que
assiste ao ato. As dores são atrozes em todo o seu corpo, ficando naquela
posição horrível, por várias horas; os braços estão afadigados; sente grandes
câimbras nos músculos e rasga-se a pele
de suas costas. Começa outra agonia – uma dor insuportável no peito, causada
pela compressão dos fluidos no coração. Sente uma sede abrasadora(João 19.28) e
está consciente do sofrimento e do escárnio dos que passam junto a cruz(vv
39-44).
Os sofrimentos de Cristo, nona fase.
Mateus 27.46. POR QUE ME DESAMPARASTE? Este brado de Cristo assinala o ponto culminante
dos seus sofrimentos pelo mundo perdido. Seu brado em aramaico(“Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?”) Testemunha que Jesus experimentou a separação
de Deus Pai, ao tornar-se substituto do pecador. Esta é a pior tristeza,
angustia e dor que Ele sente. Está ferido pelas transgressões dos deres
humanos(Is 53.5) e se dá em resgate de muitos(Mt 20.28; 1Tm 2.6). Aquele que
não conheceu pecado, Deus o fez pecado pela humanidade inteira(2Co 5.21). Jesus morre abandonado, para que nunca
sejamos abandonados(cf Sl 22). Assim, mediante seus sofrimentos, Cristo redime
a raça humana(1Pd 1.19).
Os sofrimentos de Cristo, décima
fase.
Mateus 27.50. JESUS, CLAMANDO OUTRA VEZ. Cristo profere suas
últimas palavras, bradando alto: “está consumado”(João 19.30). Esse brado significa o fim de seus
sofrimentos e a consumação da obra da redenção. Foi paga a dívida do pecado
humano, e o plano da salvação cumprido. Feito isso, Jesus faz uma oração final:
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”(Lc 23.46).
I. AS AFLIÇÕES DO
TEMPO PRESENTE
1. De ordem natural.
Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos
alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do
homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com "dores de parto"
pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22 ). Quantas calamidades nos abatem
por causa da degradação ambiental. São tragédias assombrosas que ceifam
milhares de vidas. As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em
áreas de riscos contribuem para a ocorrência de tragédias. Tais aflições também
afetam os crentes fiéis.
2. De ordem econômica.
Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise
econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram
cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam
todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um
salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao
redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44).
3. De ordem física.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite,
hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do
século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiei
não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de
hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as
enfermidades também atingem os salvos e são consequências da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as
doenças acometem igualmente o servo de Deus é impossível ignorar que há
enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt
9.32,33; jo 5.14,15).
O Sofrimento
de cada dia
“Os
dias em que vivemos são maus...”
(Ef 5.15-17)
Como é real
e aplicável aos dias atuais esta declaração do Senhor! Refletindo sobre a vida,
não foi difícil encontrar subsídios que materializam esta triste verdade. O
povo do Senhor não está isento dos muitos problemas que assolam a população
brasileira. É a condição financeira que entra em colapso, impossibilitando
honrar os compromissos; o emprego que não existe; a violência; assaltos; filhos problemáticos e rebeldes;
casamento que não funciona; drogas; sexo; inimizades dentre outros que compõe
uma longa lista.
As conseqüências são as mais diversas possíveis, a começar pela fé que abalada, escancara a porta principal da vida para o desespero, perde-se por completo a visão da soberania de Deus; transformados em homens comuns, são despidos da esperança, vazios, desafeiçoados, irritados, ranzinzas, maldizentes, faltos de amor, cegos; carnais... Derrotados!
As conseqüências são as mais diversas possíveis, a começar pela fé que abalada, escancara a porta principal da vida para o desespero, perde-se por completo a visão da soberania de Deus; transformados em homens comuns, são despidos da esperança, vazios, desafeiçoados, irritados, ranzinzas, maldizentes, faltos de amor, cegos; carnais... Derrotados!
“Os
dias em que vivemos são maus...”
Mas, será
que esta situação desastrosa justifica a aparente derrota? É evidente que não!
Afinal o Senhor chamou homens fortes para compor um exército de vencedores que
andam sobre as dificuldades, no entanto, não se deixam tomar por elas (Is
40.31); estrangeiros de passagem por uma terra na qual são odiados e
perseguidos pelo rei das trevas (Mt 24.9; 1Pe 2.11).
O que
esperar de bom então em dias maus? A misericórdia do Senhor!
Os filhos de Deus foram provados de muitas formas, mas, firmes ficaram e foram aprovados.
“...Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!”. (Hb 11.35-38)
Os filhos de Deus foram provados de muitas formas, mas, firmes ficaram e foram aprovados.
“...Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!”. (Hb 11.35-38)
Está fraco?
Sem forças? Abatido? Não negue ao Senhor! É tempo de levantar a cabeça e andar;
Paulo afirmou:
“Porque,
quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim”. (2Co 12.10)
Porquê
alguns sucumbe? Provavelmente, edificaram suas casas sobre a areia! Sem o
devido alicerce da comunhão verdadeira com Deus. É a vida cristã aparente;
desprovida do Espírito e da genuína filiação. Estes, mesmo apresentando-se como
pessoas dinâmicas no Reino, são desconhecidos pelo Pai Eterno. Quando os
problemas vêm como um forte vento, logo são abatidos e derrotados.
Os filhos
genuínos do Senhor são fortes, inabaláveis, preparados para vencerem as maiores
dificuldades que possam sobrevir à vida. Estes não negam a sua filiação e a
exemplo de Cristo Jesus, vão até às últimas conseqüências, esperando no amparo
incontestável do Pai Celeste. Mas, como ser assim, semelhante a Cristo?
O principio é amar a Deus e buscá-lo em primeiro lugar.
O principio é amar a Deus e buscá-lo em primeiro lugar.
“...amar
a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força...” (Mc 12.33); “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça...” (Mt
6:33)
SINOPSE DO TÓPICO (1)
As aflições do tempo presente são representadas pelas crises
de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o
servo de Deus.
REFLEXÃO
"O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana
e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que
contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade
atual?"
Eliezer de Lira e Silva
II. POR QUE O CRENTE
SOFRE?
1. A queda. O
sofrimento é algo comum a todos os
homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda
humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe
a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão
igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
2. A degeneração
humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração
moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn
4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o
mundo pelo dilúvio (Gn 6.1—7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção
humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos
que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade
atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23).
3. O novo nascimento
e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no
crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter
nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento,
pois, como disse Agostinho de Hipona: "A permanência da concupiscência em
nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o
pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que
damos a Deus a prova real do nosso amor". Assim, experimentamos o
sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que
espera a sua plena glorificação (1 Co 1 5.35-58).
VEJAMOS SOBRE O SOFRIMENTO DO
CRENTE:
Jó 2.7,8 "Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e
feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E
Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no
meio da cinza."
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não
passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na
realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo
16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que
passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó,
Jeremias e Paulo.
POR QUE OS CRENTES
SOFREM?
São diversas as razões por que os crentes sofrem.
(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da
queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a
tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A
Bíblia afirma o seguinte: "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
por isso que todos pecaram" (Rm 5.12; ). Realmente, a totalidade da
criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra
(Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza
e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).
(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes
sofrem, i.e., conseqüência de seus próprios atos. A lei bíblica "Tudo o
que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7) aplica-se a todos de
modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves
danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos
ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de
acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado
providente de Deus.
(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por
habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão
os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da
iniqüidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever
orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.
(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo.
(a) As Escrituras
claramente mostram que Satanás, como "o deus deste século" (2Co 4.4),
controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe
permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem
reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver
principalmente Jó 1—2). Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada
estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia
que o seu espinho na carne era "um mensageiro de Satanás, para me
esbofetear" (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra
"os príncipes das trevas deste século" (Ef 6.12), é inevitável a
ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual
(Ef 6.10-18; 6.11 ) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever
revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a
permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.
(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os
crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e
retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento
por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver
Mt 5.10). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a
sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando
naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).
(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente
também sofre porque "nós temos a mente de Cristo" (ver 1Co 2.16 ).
Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso,
compartilhamos dos seus sofrimentos ( 1Pe 2.21). Por exemplo, assim como Cristo
chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se
recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (Lc 19.41), também devemos
chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na
lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23) a sua
preocupação diária pelas igrejas que fundara: "quem enfraquece, que eu
também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?" (2Co
11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve
ser uma parte natural da nossa vida: "chorai com os que choram" (Rm
12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para
sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus,
pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o
seu consolo (2Co 1.5).
SINOPSE DO
TÓPICO 2
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se
compreender a realidade do sofrimento.
REFLEXÃO
"A experiência pessoal e genuína do novo nascimento
gera no Crente uma natureza oposta a da queda.
Eliezer de Lira e Silva.
III. O CRESCIMENTO E
A PAZ NAS AFLIÇÕES
1. A soberania divina
na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe
que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o
vaso é nas mãos do oleiro (jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista:
"Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a
minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias" (SI 31.7). Querido
irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra,
cuida inteiramente de você e dos seus, porque "a terra é do Senhor e toda
a sua plenitude" (1Co 10.26).
2. Tudo coopera para
o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável
(Rm 1 2.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor,muitas vezes, usa a
provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o "fruto pacífico
de justiça" (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como
pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim,
podemos dizer inequivocamente que "todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados por seu decreto"(Rm 8.28).
3- Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o
sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo,
parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o
conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos.
O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da "sombra e água
fresca", mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante
(Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e da terra.
Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede
todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 1 78 da Harpa
Cristã: "Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo
minha alma salvou/ tenho doce paz!".
VEJAMOS SOBRE AFLIÇÕES:
Mateus 5.10.
PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTICA. Todos que procuram viver de acordo com a
Palavra de Deus, por amor à justiça, sofrerão perseguição.
1 – Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da
justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo se recusam a transigir com a presente
sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos, sofrerão
impopularidade, rejeição e criticas(Ap 2; Ap 3.1-4, 14-22). O mundo lhes moverá
perseguição e oposição(Mt 10.22; Mt 24.9; João 15.19), e as vezes por parte de
membros da igreja professa(At 20.28-31; 2Co 11.3-15; 2Tm 1.15; 2Tm 3.8-14 e
4.16). A experimentar tal sofrimento, o cristão deve rogozijar-se , por que
Deus outorga a maior benção áqueles que sofrem mais(Mt 5.2; 2Co 1.5; 2Tm 2.12;
1Pd 1.7 e 4.13).
2 – O cristão deve precaver-se da tentação de transigir-se
quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o
constrangimento ou algum prejuízo(Mt 10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2Tm 2.12). Os
princípios do reino de Deus, nunca mudam: “a todos os que piamente querem viver
em Cristo Jesus padecerão perseguição”(2Tm 3.12). A promessa aos que sofrem por
causa da justiça é que dos tais é o Reino dos céus.
João 15.20 – TAMBÉM
VOS PERSEGUIRÃO. Enquanto os seguidores de Cristo estiverem neste mundo,
serão odiados, perseguidos, caluniados e rejeitados por amor a Ele. O mundo é o
grande opositor a Cristo e o seu povo no decurso da história.
1 – O verdadeiro crente deve compreender que o mundo –
inclusive as falsas igrejas e organizações religiosas, sempre se oporão a Deus
e os princípios de seu Reino; assim o mundo continuará sendo até o fim, o
iníquo e perseguidor dos crentes fieis(Tg 4.4; Mt 5.10).
2 – A razão por que os crentes sofrem é por serem
basicamente diferentes. Não são do mundo e foram escolhidos do meio do mundo(v
19). O padrão, valores e modo de viver dos fieis, entram em conflito com os
modos iníquos da sociedade perversa em meio à
qual vivem. Recusam tal transigência com os padrões ímpios, e, em
contrário a isso, apegam-se às coisas que são de cima e não as que são de
baixo(Cl 3.2).
Atos 14.22 – POR
MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um
dia entrarão no Reino dos céus, hão de “sofrer muitas tribulações” ao longo do
caminho. Por viver em meio a um mundo hostil, tem que se enganjar na luta
espiritual contra o pecado e o poder de Satanás(Ef 6.2; Rm 8.17; 2Ts 1.4-7; 2Tm
2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma continua batalha
contra o mal.
1 – Os que são fieis a Cristo, à Sua Palavra e aos caminhos
da justiça, terão problemas e aflições neste mundo(João 16.33). Somente o
crente morno ou de meio termo, viverá em paz com esse mundo(Ap 3.14-17)
2 – O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes,
continuarão como adversário do Evangelho de Cristo até quando o Senhor derrubar o sistema maligno desse mundo na sua vinda(Ap
19.20). Entremente, a esperança do crente “está reservada nos céus”, e está
prestes a se revelar no último tempo(Cl 1.51Pd 1.5). A esperança do crente não
consiste nesta vida, nem neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para
levá-lo consigo(João 14.1-3; 1João 3.2,3).
SOFRER POR CRISTO E PELO
EVANGELHO
Romanos 8.36 – COMO
OVELHAS PARA O MATADOURO. As adversidades alistadas pelo apóstolo nos
versículos 34, 35, tem sido experimentadas pelo povo de Deus através dos
tempos(At 14.22; 2Co 11.23-39; Hb 11.35-38). Nenhum crente deve estranhar o
fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo.
Aflições e calamidades, não significam, de certo, que Deus nos abandonou, nem
que Ele deixou de nos amar(v 35). Pelo contrário, nosso sofrimento como
crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e
consolo de Deus((2Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas
adversidades e que seremos mais do que vencedores por meio de Cristo(vv 37-39;
Mt 5.10-12; Fl 1.29).
Atos 12.2. E MATOU Á
ESPADA A TIAGO. Deus permitiu que Tiago, irmão de João(cf Mt 4.21)
morresse. Mas enviou um anjo para livrar Pedro da prisão(At 12.13-17). São os
caminhos misteriosos de Deus para com seu povo, que levaram Tiago a morrer,
enquanto Pedro escapou para continuar seu ministério. Tiago teve a honra de ser
o primeiro dos apóstolo que morreu como mártir. Morreu da mesma maneira que seu
Senhor: Pela causa de Deus(cf Mc 10.36-39).
Atos 9.16 – PADECER
PELO MEU NOME. A conversão de Paulo inclui não somente a ordem de pregar o
evangelho. Mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo. Paulo foi
informado desde o principio que ele sofreria muito pela causa de Cristo. No
reino de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de Deus(At
14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2Tm 2.3), e o meio de ter um ministério
frutífero(João 12.24; 2Co 1.3-6), resulta em recompensa abundantes no céu(Mt
5.12; 2Tm 2.12;). A morte precisa atuar no crente para que a vida de Deus flua dele para os outros(Rm 8.17,18,36,37;
2Co 4.10-12).
Hebreus 11.35 – UNS
FORAM TORTURADOS. Deus permitiu que alguns dos seus filhos fieis
experimentassem grandes sofrimentos e provações. Embora desfrutassem da
comunhão com Deus, Ele não livrou a todos do sofrimento e da morte(vv 35-39).
1 – Note, que, pela fé, “alguns escaparam do fio da espada”(v
34), e também pela fé, “alguns foram mortos a fio da espada”(v 37). Pela fé, um
foi livrado; e também pela fé outro foi morto(cf 1Reis 19.10; Jr 26.23; At
12.2). A fé verdadeira não somente levará o crente a fazer grandes coisas para Deus(vv 33-35), mas,
também, as vezes, o levará a sofrimento,
perseguições, aflições e privações(vv
35-39; cf Sl 44.22; Rm 8.36).
2 – A fidelidade a Deus
não garante conforto nem livramento da perseguição neste mundo. A
fidelidade nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de Deus nos tempos
de perseguição, de provações ou sofrimento(cf Hb 12.2; Jr 20.1,7,8; Jr 37.13;
Jr 38.5; 2Co 6.9).
1Pedro 2.21 – TAMBEM
CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS. A maior glória e
privilégio para qualquer crente é sofrer por Cristo e pelo evangelho. Sofrendo
assim o crente segue o exemplo de Cristo e dos apóstolos(Is 53; Mt 16.21; Mt
20.28; At 9.16; Hb 5.8).
1 – O cristão deve estar disposto a sofrer(1Pd 4.1; 2Co
11.23), isto é, participar dos sofrimentos de Cristo(1Pd 4.13; 2Co 1.5; Fp
3.10), e deve saber de antemão que o sofrimento fará parte de seu ministério(2
Co 4.10-12; cf 1Co 11.1).
2 – O sofrimento de Cristo é chamado:
sofrimento “segundo a
vontade de Deus” (1Pd 4.19);
” por amor do seu nome”(At 9.16);
“pelo evangelho”(2Tm 1.8);
“por amor da justiça”(1Pd 3.14);
e “pelo Reino de Deus”(2Ts 1.5).
3 – Sofrer por Cristo é uma maneira de se chegar à
maturidade espiritual(Hb 2.10); de obter a benção de Deus(1Pd 4.14) e de
ministrar vida ao próximo(2Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de Cristo
é uma condição prévia para ser glorificado com Cristo(Rm 8.17), e de alcançar a
“glória eterna”(Rm 8.18). Nesse sentido o sofrimento pode ser considerado um
dom precioso(Fp 1.29).
4 – O crente por viver por Cristo e pelo evangelho, não deve
motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por amor a Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de
Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles
que O amam.
REFLEXÃO
"Deus usa os 'espinhos e cardos que infestaram a
Criação desde a Queda para nos ensinar; castigar; santificar, e transformar,
preparando-nos para aquele novo céu e nova terra. Isso é algo que eu bem
entendo: as maiores bênçãos de minha vida emergiram do sofrimento, e tenho
visto o mesmo processo repetido em incontáveis vidas/'
Charles Colson e Nancy Pearcey
CONCLUSÃO:
Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de
qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No
entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem,
desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de
Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o
coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!
4.12 A ARDENTE PROVA. O NT salienta o fato de que o
crente fiel experimenta tríbulações e aflições neste mundo ímpio, controlado
por Satanás e hostil ao evangelho. Aqueles que se dedicam a Jesus Cristo com
uma fé firme e leal, que andam segundo o Espírito e que amam a verdade do
evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na realidade, sofrer por amor
à justiça é evidência de que nossa devoção a Cristo é genuína (cf. Mt 5.10-12;
At 14.22; Rm 8*17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do creme
podem ser um sinal de que ele está agradando a Deus e sendo-lhe fiel. As
aflições freqüentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e Satanás
(1.6-9; Ef 6.12). Através de severas
provas, o Senhor permite que o crente compartilhe do seu sofrimento e assim
forma nele a excelência de caráter que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece
fiel a Cristo, é considerado bem aventurado “ porque sobre você "repousa o
Espírito da glória de Deus"' (ver v. 14 ; cf. 2.21 ).
4.13 ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPANTES DAS
AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de Deus que o sofrimento pela causa
de Cristo faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver
Mi 5.10-12;
At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24: Hb 10-34).
Daí. não se deve invejar os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.
4.14 O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que
sofrem por causa da sua lealdade a Cristo são bem aventurados (cf. Mt 511.12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o Espírito Santo
estará com eles de modo especial. Suas vidas estarão cheias da presença do
Espírito Santo para neles operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes
um antegozo da glória do céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).
ELABORADO PELO EV: NATALINO DOS ANJOS
FONTE DE PESQUISA:
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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