Lição 2
8 de Julho de 2012
A
ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE
TXTO AUREO
“O
Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a
cama"(SI
41.3 - ARA).
VERDADE PRATICA
Deus
nem sempre cura as nossas enfermidades, mas concede-nos forças
para
que, mesmo no leito de dor, continuemos a glorificar o seu nome.
LEITURA D ARIA
Segunda - Ex 1 5.26 Deus cura as nossas enfermidades
Terça - SI 91.1,2 Deus, refúgio e fortaleza em meio à dor
Quarta - J ó 19.25 Esperança e fé em meio às enfermidades
Q u i n t a
- S i 12 5.1 Confiança inabalável
Sexta - I s 38.2,3 Dor e choro na enfermidade incurável
Sábado - Is
38.5 Deus responde o clamor pela cura.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías
38.1-8(Leia na sua Bíblia).
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a
origem das enfermidades.
Discutir a
respeito das principais doenças da vida moderna.
Conscientizar-se
do que devemos fazer diante da dor e do sofrimento.
INTRODUÇÃO
Nessa lição,
veremos que pessoas santas e fiéis ao Senhor padeceram por causa de doenças e
enfermidades, mas pela fé receberam forças para
vencer o sofrimento. A Palavra de Deus garante- nos que um dia, nós os
salvos em Jesus Cristo, seremos transformados, receberemos um novo corpo e nunca mais
morreremos (1 Co 15.52). Todavia, enquanto estivermos nesse mundo, vivendo em
um corpo corruptível, estaremos sujeitos a dores e enfermidades. Muitos cristãos,
equivocadamente, acreditam que a enfermidade na vida do crente sempre é fruto
de algum pecado oculto ou até mesmo obra do Diabo, mas raramente essas são as
reais causas( Jo 1 1.4).
I- A ORIGEM DAS ENFERMIDADES
1. A queda e as enfermidades. Muitas
pessoas insistem em afirmar que o crente fiel jamais pode ser acometido por
enfermidades. Porém, a Bíblia menciona diversos casos de homens tementes a Deus
que sofreram com as enfermidades. A pergunta então é inevitável: Qual é a
origem das doenças, já que Deus não criou o homem para enfermar ou morrer? Antes
da queda, Adão desfrutava de uma saúde perfeita e deveria viver eternamente em
comunhão com o
Criador. Mas ele pecou, desobedecendo a Deus. Como o "salário do pecado é
a morte", Adão enfermou no corpo, na alma e no espírito (Rm 6.23 cf. Gn
3.19). A enfermidade é conseqüência direta desse rompimento da relação entre
Deus e a humanidade, e não deve ser
confundida com a vontade doTodo-Poderoso. Todavia, isso não significa que toda vez
que uma pessoa adoece é
porque está em pecado. Certa vez, diante de um homem cego, os discípulos de
Jesus perguntaram-lhe: "Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que
nascesse cego?" Oo 9.2). Eles acreditavam que a cegueira daquele homem era
resultado de alguma desobediência específica. Porém, Jesus lhes disse:
"Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras
de Deus" (Jo 9.3). Pode parecer estranho aos nossos olhos, mas aquela
enfermidade era para que o nome de Jesus fosse glorificado. Quem sabe você não está
sendo acometido de alguma doença para que o nome do Senhor seja glorificado na
sua vida?
2.
Provados pelas enfermidades. Quem não quer desfrutar de uma boa saúde?
Algumas enfermidades geram limitações que nos impedem até mesmo de realizarmos
a obra do Senhor. V Porém, o Pai Celeste permite algumas vezes que sejamos
provados para que a nossa fé cresça mediante uma maior experiência e comunhão
com Ele. O corpo pode estar debilitado pela doença, mas o espírito, como resultado
da confiança em Deus, está forte. Na Bíblia, temos muitos exemplos de homens
fiéis que foram acometidos por enfermidades:
Ezequias (2 Rs 20.1-1 1),
J ó(Jó1 .1-22), Timóteo (1 Tm 5.23). Nos momentos de dor e
aflição, corra para os braços do Pai Celeste! Muitos pensam que chorar
é sinal de fraqueza, mas não o é. Chore, e coloque diante do
Senhor toda a sua dor e sofrimento (1 Pe 5.7). Deus é o dono da vida. A
palavra final é sempre dEIe!
3.
Enfermidades de origem maligna. Existem enfermidades cuja
origem é maligna? Sim, a Bíblia relata vários casos (Mc 9.17; Lc 13.10-17).
Porém, o inimigo das nossas almas não pode tocar na vida e na saúde de ninguém
sem a permissão de Deus (Jó 2.6). A
enfermidade física não significa necessariamente que alguém esteja
experimentando alguma forma de "possessão demoníaca"(1 Jo 5.1 8; 2 Ts
3.3).
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Deus não criou o homem
para enfermar ou morrer. A enfermidade
é conseqüência direta do
rompimento da relação entre Deus e a
humanidade.
REFLEXÃO
"A depressão é uma
doença. Chegou a ser considerada
por alguns
especialistas como a doença do século.
Eliezer de Lira e Silva.
II.
AS DOENÇAS DA VIDA MODERNA
1.
Depressão.
É comum as pessoas confundirem depressão
com tristeza. Contudo existe
uma grande diferença. A depressão não é somente uma tristeza, embora o
desalento, sem uma causa aparente, seja um dos seus muitos sintomas. A depressão
é uma doença. Chegou a ser considerada por alguns especialistas como a doença
do século. Vários são os fatores que podem causá-la: medicamentos, doenças
físicas, período pós parto, etc. Muitos ainda teimam em afirmar que o crente
jamais fica deprimido, porém, basta ler a Bíblia para encontrar casos em que
servos de Deus enfrentaram
essa terrível enfermidade
(1 Rs 19.4,9,10). Caso você também esteja passando por um período de depressão,
não se constranja. Ore ao Senhor e não deixe de procurar ajuda médica (Mt 9.1
2).
Definição:
“Estado
de desencorajamento, de perda de interesse, que sobrevêm após perdas,
decepções, fracassos, estresse físico ou psíquico. A psiquiatria classifica em
duas vertentes: depressão endógena e depressão exógena. A primeira seria
decorrente de predisposições hereditárias e biológicas e a Segunda, devido a
fatores ambientais externos, como o estresse e circunstâncias desagradáveis”.
Segundo a OMS, a depressão mata por ano um milhão de pessoas (de crianças a
idosos, sendo o número de mulheres maior – pós parto) – segundo os cálculos, 10
a 15% dos deprimidos tentam o suicídio.
Questionamento:
“Crente
pode sofrer depressão? Como alguém que possui o Espírito Santo de Deus pode
dizer que sente um vazio no peito e tem vontade de morrer? Seria esse um estado
de pecado ou de possessão demoníaca? O Psicanalista evangélico Heitor Antônio
da Silva afirma: “Tenho tratado de pastores em profunda crise e já vi até
diáconos se suicidando”.
Casos Bíblicos:
Em várias
passagens da Bíblia há relatos de sintomas de depressão, como tristeza,
amargura e melancolia. Além dos salmistas, que deixam transparecer esses
sentimentos, muitos outros personagens bíblicos viveram momentos depressivos,
embora tenham recuperado a alegria de viver.
1 – De ordem espiritual – Saul - 1 Sm 15. 24-30, 16.14-23, 18.12 etc. “
A causa do mal que lhe sobreveio não foi de origem orgânica, sentimental ou
financeira, mas devido à desobediência às ordens do Senhor, o que provocou o
afastamento do Espírito Santo e a entrada de um espírito maligno em sua vida.
Sl 32. 1-5.
2 – Perdas pessoais e materiais – Jó Era temente a Deus, mais foi vítima
de desgraças que o deixaram sem filhos, sem bens e doente. No início,
demonstrou-se pronto a enfrentar com fé as adversidades, mas, depois, mergulhou
em lamentos e queixas chegando a amaldiçoar seu nascimento (cap 3), questionar
a vida (cap 14), e perder as esperanças (cap 17), olhar com saudosismo o
passado (cap 29) e chorar por sua condição de miséria (cap 30).
3 – Perseguição – Elias, Davi - 1 Rs 19.4, Sl 102, Sl 6, Sl 13 – O
profeta, após um episódio vitorioso diante dos profetas de Baal, teve medo da
morte e fugiu. Foram 40 dias sozinho, desesperado, sentindo-se fracassado e
também desejando a morte. Davi também foi muito pressionado pelos inimigos.
4 – Decepção – Jonas, Jeremias - Quando chegou a Nínive, mostrou-se
deplorável. Não conformado com a salvação que Deus trouxera àquele povo, ficou
irritado e de tão desgostoso por sentir-se falho como profeta – já que
inicialmente iria anunciar a destruição da cidade – quis morrer. Jeremias
passou por dolorosa experiência como profeta. Nas chamadas “lamentações”, Ele
demonstra decepção e amargura pelos sofrimentos em sua missão.
5 – Estresse – Moisés - Nm 11.10-15 O escolhido por Deus para libertar
seu povo das mãos de faraó demonstra não mais aguentar o cargo e chega a pedir
a morte.
6 – Doença – Ana - 1 Sm 1.7 Estéril, ela não suportava as provocações da
outra esposa de seu marido. Vivia depressiva, “chorava e não comia”.
Analise seus sintomas
A presença de apenas 1 ou 2 sintomas não são necessariamente
classificados como depressão. O diagnóstico correto deve sempre ser dado por um
médico psiquiatra. Dependendo do número dos sintomas, de sua frequencia e
intensidade, a depressão pode ser classificada como leve, moderada ou grave. Se
você sofre de, pelo menos, quatro destes sintomas ao mesmo tempo, deve procurar
um profissional da saúde.
1. Apatia, desinteresse, desmotivação; 2. Dificuldade de realizar
tarefas cotidianas; 3. Incapacidade de tomar iniciativas; 4. Perda do prazer;
5. Excessiva preocupação consigo mesmo; 6. Pessimismo; 7. Retraimento social;
8. Desinteresse sexual; 9. Alterações do apetite e do peso (normalmente reduz,
mas pode aumentar); 10. Perturbações do sono; 11. Cansaço e fadiga mesmo sem
fazer grandes esforços; 12. Dificuldade de concentração; Enfraquecimento da
memória; 13. Pensamentos de morte; 14. Sentimento de desvalia ou culpa; 15.
Sentimento de sofrimento; 16. Irritabilidade, explosões e crises de raiva; 17.
Tonturas, falta de ar, dores difusas pelo corpo. Estes sintomas constam no Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders. (Associação Psiquiátrica
Americana).
A DOENÇA TEM CURA
Deus pode fazer um milagre sem uso de nada como
pode fazer um milagre através da Palavra, da terapia, da fé, da família, da
Igreja, dos remédios, da mudança de hábito etc.
Conheça os sintomas da doença
- Insônia; – Desânimo; – Choro; – Pessimismo; – Alteração no apetite; –
Irritabilidade; – Sensação de cansaço ou inutilidade; – Baixa na libido; –
Sentimento de inferioridade ou culpa; – Dificuldade de concentração; –
Pensamento de morte ou suicídio.
Atitudes que ajudam
1. Escute a pessoa deprimida. Você não precisa ter as respostas nem
tentar resolver seus problemas. Apenas escute.
2. Tenha paciência. Não é fácil agüentar alguém se queixando todo dia
das mesmas coisas. Mas é importante não transformar toda conversa numa
discussão.
3. Ofereça seu apoio. Como ocorre com qualquer outra doença, transmitir
simpatia e compreensão pode contribuir para a recuperação do paciente.
4. Entenda que depressão é doença. O desânimo e as queixas refletem um
desequilíbrio químico no cérebro. Não adianta ficar fazendo graça para tentar
animar a pessoa nem dizer para ela reagir. A solução depende mais de tratamento
adequado do que de força de vontade.
5. Seja carinhosa! Elogie as qualidades de quem você ama! Faça com que a
pessoa se sinta importante e querida.
6. Informe-se sobre a doença. Assim, ficará mais fácil compreender o que
se passa com o deprimido.
7. Envolva a pessoa deprimida nas soluções de pequenos problemas
diários. Isso ajudará a levantar sua auto-estima.
8. Se o caso for grave, jamais
deixe a pessoa sozinha!
2.
Síndrome do pânico.
A síndrome é basicamente um conjunto de sinais e sintomas que pode ser
produzido por mais de uma causa. Quem padece da síndrome do pânico — um pavor
repentino e incontrolável — apresenta os seguinte sintomas: taquicardia, sudorese,
aumento da pressão arterial e tontura, É preciso muita oração, apoio da família
e da igreja, além de tratamento
médico especializado. Recitar
textos bíblicos que falam
a respeito da segurança
em Deus ajuda aqueles que estão enfrentando o problema (SI 3.5). Deve,porém,
ficar claro que a síndrome do pânico é uma doença, logo não significa falta de
fé ou covardia.
Síndrome do pânico é um ataque repentino de pânico, ou seja, de
repente sente-se algumas alterações no corpo, que causam desconforto e medo de
morrer de um ataque cardíaco, derrame ou coisa parecida. Neste momento, a
pessoa se desconecta do mundo e passa a perceber somente as reações do seu
corpo. Uma vez em pânico ela vai sentir sensações sufocantes como dor no peito,
falta de ar, formigamento nas mãos e passa a acreditar que esta tendo um treco,
são sensações horríveis e reais. É muito comum a pessoa sair abruptamente do local
e procurar ajuda num pronto socorro. O estresse é um dos principais causadores
da sindrome do panico, sendo responsavel por 80% dos crises de panico. As
drogas representam outro enorme fator de risco. Desde os “energéticos”, na
realidade estimulantes do sistema nervoso, até, evidentemente, as drogas
ilícitas. A sindrome do panico acomete, principalmente, mulheres ( na proporcao
de 2:1 em relação aos homens) no final da adolescência e início da juventude,
mas pode ocorrer em qualquer idade.
A partir da primeira
crise sindrome do panico é comum o medo e a ansiedade antecipatória de ter
outra parecida. A pessoa passa a ter medo de sentir medo e começa a restringir
alguns locais ou situações que possam colocá-lo novamente em pânico, é o que chamamos
de fobia. Além desta ansiedade e de várias fobias, o portador também se
preocupa em evitar lugares cheios demais, ou muito fechados que não dá para
fugir se precisar de ajuda imediata, agorafobia.
Muitas vezes o portador
de pânico pode ser visto como uma pessoa medrosa, fraca e às vezes as pessoas
não têm muita paciência, principalmente se já foram feitos vários exames e nada
foi detectado.
SINTOMAS DA SÍNDROME DO PÂNICO
A pessoa está numa
situação de tranqüilidade. Em casa, vendo TV, lendo ou conversando com
amigos.De repente “aquilo” VEM! Uma sensação horrível de terror, vindo
aparentemente do nada, toma conta dela. O coração dispara, há sensação de
sufocação, tontura, tremores, as pernas ficam bambas e ele acha que vai morrer,
ter um ataque cardíaco, ficar louca ou perder o controle. Essa sensação
terrível, das mais angustiantes narradas pelo ser humano, dura cerca dez
minutos entre o inicio e o final. É o chamado ataque de pânico. Se esta pessoa
apresentar um único ataque seguido de medo de ter outro ou se os ataques se
repetirem ela desenvolve o Transtorno de Pânico.
Os principais sintomas da
sindrome do panico são: taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza
nas pernas, ondas de calor e frio, tontura, sensação que vai desmaiar, ter um
enfarto, derrame, pressão na cabeça, sensação que o ambiente é estranho
(perigoso), perigo de morte, medo de sair de casa, medo de fazer as coisas mais
simples como viajar, dirigir, ir a lugares com muita gente, cinema, feiras e
etc.
CAUSAS DA SÍNDROME DO
PÂNICO
O estresse é um dos
principais causadores da sindrome do panico, sendo responsavel por 80% dos
crises de panico. As drogas representam outro enorme fator de risco. Desde os
“energéticos”, na realidade estimulantes do sistema nervoso, até,
evidentemente, as drogas ilícitas.
- Abuso de medicamentos,
doenças físicas, drogas ou álcool.
- Reação a um stress ou
situação difícil.
- Predisposição genética
Estes são
alguns dos sintomas da síndrome do pânico:
·
Tonturas que levam ao pânico.
·
Arrepios e calores seguidos de
ansiedade.
·
Falta de ar e apertos na garganta e
no peito.
·
Falta de conexão com o que se passa à
sua volta.
·
Preocupações obsessivas e pensamentos
indesejados.
·
Batimento cardíaco muito rápido e
formigueiros no corpo.
·
Um medo aterrorizador que o pânico
vai fazer você passar dos limites.
Estas são algumas situações que podem acontecer a pessoas que tem
síndrome do pânico:
·
Ir parar ao pronto-socorro ou ao
hospital porque pensou que estava a ter um ataque cardíaco, mas afinal era
ansiedade.
·
Medo de parar de respirar porque tem
um aperto no peito e a respiração irregular.
·
Medo dirigir e ficar parada no
trânsito, numa ponte ou num sinal vermelho.
·
Nervosismo e medo de perder o
controlo e ficar maluca.
·
Ter pensamentos ansiosos que não
consegue parar.
·
Desconforto em lugares fechados como
shoppings, super mercados, cinemas, transportes públicos.
·
Nervosismo e ansiedade em situações
que antes eram normais.
3.
As doenças psicossomáticas. As doenças psicossomáticas manifestam-se
quando os desajustes do sistema emocional
transformam-se em doenças
físicas. Estando o sistema emociona!
abalado, possivelmente
haverá reflexos no corpo. A pessoa emocionalmente fragilizada ou estressada pode
vir a ter dor de estômago, insônia, fadiga, artrite e dores de cabeça. As
causas de tais sintomas não se encontram em nosso físico, mas na mente. A fé em
Jesus Cristo e na sua Palavra é um excelente remédio para ajudar-nos a manter a
saúde física e mental. Orar e meditar na Palavra de Deus também
é uma forma eficiente de cuidado
com a saúde (Pv 4.20-22).
O termo “doença psicossomática” é bastante utilizado quando uma doença física ou não, tem seu princípio na mente. O que leva os pacientes de vários hospitais a uma consulta em conjunto com um psicólogo, psicoterapeuta ou psicanalista.
Essa conduta, que pode partir dos médicos que acompanham o caso, gera muitas dúvidas ao paciente. “Como algo é psicológico se dói no corpo?” O fato de que uma pessoa tenha uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade não existem. Pelo contrário, o corpo realmente está em sofrimento, com dores, feridas, descontroles e descompensações orgânicas, que inclusive são até dificilmente controladas com medicamentos e os recursos da medicina tradicional.
As doenças psicossomáticas podem se manifestar em diversos sistemas que constituem nosso corpo, como por exemplo: gastrointestinal (úlcera, gastrite, retocolite); respiratório (asma, bronquite); cardiovascular (hipertensão, taquicardia, angina); dermatológico (vitiligo, psoríase, dermatite, herpes, urticária, eczema); endócrino e metabólico (diabetes); nervoso (enxaqueca, vertigens); das articulações (artrite, artrose, tendinite, reumatismos).
É comum, nos casos de doenças psicossomáticas, que o paciente enfrente dificuldades no diagnóstico e até insucesso dos tratamentos propostos, gerando uma passagem por vários médicos especialistas em busca da cura ou alívio.
O diferencial mais importante para se considerar uma doença como psicossomática é entender que a causa principal desta descompensação física que aparece no corpo, está dentro do emocional da pessoa, ligada, portanto à sua mente, aos seus sentimentos, à sua afetividade. E esta variável emocional se torna importante tanto no desencadeamento de um episódio, de uma crise, quanto no aumento e/ou manutenção do sintoma, conforme cada pessoa.
A mente e o corpo formam um sistema único e os mecanismos inconscientes são muito presentes nesta ligação. Por isso é comum a sensação inicial de que os sintomas “vieram de repente”, “ou não existir nenhum motivo para que os sintomas aparecessem”. É difícil para um paciente com gastrite identificar quais podem ter sido as causas emocionais de desencadeamento de uma nova crise. A ansiedade e a irritabilidade são sentimentos comuns nos quadros psicossomáticos, e há uma tendência a identificar e culpabilizar eventos externos pelo problema, aumentando a sensação de impotência diante das dificuldades.
É importante deixar claro que o corpo também deve ser cuidado com os tratamentos adequados (A pessoa com gastrite deve procurar o médico e realizar exames solicitados, tomar os remédios prescritos, fazer uma dieta alimentar caso seja indicada). O aconselhável é um atendimento psicológico associado, que possibilite auxiliar o sujeito a nomear os sofrimentos que vivencia, para além do real do seu corpo. A importância deste tipo de abordagem nos transtornos psicossomáticos também se deve ao fato romper uma possível evolução crônica do problema, que limite progressivamente a vida social e emocional da pessoa.
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O crente fiel não está
imune a depressão, síndrome do pânico
ou as doenças chamadas
psicossomáticas.
III
O QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO.
1.
Não culpar ou questionar a Deus. Muitos crentes ao enfrentar
uma enfermidade culpam ao Senhor e, martirizando-se, questionam: "Por que
Deus?" Assim agiu o rei Ezequias, mas Deus acrescentou-Lhe mais quinze
anos (ls 38.5). Contudo, durante esse período de sobrevida, ele cometeu um de
seus maiores erros (ls 39.1 - 8). Não podemos nos esquecer de que somos pó e
que um dia ao pó haveremos de retornar (Gn 3.19). Diante da vontade do Todo Poderoso,
portemo-nos humildes e não autossuficientes.
2„
Confiar em meio à dor.
A dor e o sofrimento não devem afastar-nos da presença do Pai Celeste; ambos
devem servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor. Até mesmo diante
da morte, o crente verdadeiro pode temer, todavia, não se assombra e continua a
confiar:"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo [...] (SI 23.4 - ARA).
3.
A espera de um milagre.
Deus é imutável! Ele continua a operar milagres e maravilhas. Todavia, não
podemos nos esquecer da sua soberania. Ele opera quando quer e a sua maneira de
agir é única. Não desista, continue a confiar no poder do Altíssimo, pois sua
esperança não será frustrada (Pv 23.18). O homem sem Deus desconhece o seu
futuro, mas o crente tem a certeza da vida eterna e sabe que o Todo-Poderoso
jamais nos deixará: "O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança
permanecerá para sempre" (SI 3 7.18).
A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS.
(1) O problema das enfermidades e das doenças está
fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às consequências
da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das
doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas
espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas
causas são de dois tipos:
(a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual
do homem (e.g., Jo 5.5,14), e
(b) Satanás
(e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11; At 19.11,12).
(2) A provisão de Deus através da redenção é tão abrangente
quanto as conseqüências da queda. Para o pecado, Deus provê o perdão; para a
morte, Deus provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade,
Deus provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante
a sua vida terrestre, Jesus ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra
de Deus, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino
de Deus (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o
povo (4.23,24).
A REVELACÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA.
A vontade de Deus no tocante à cura divina é revelada de
quatro maneiras principais nas Escrituras.
(1) A declaração do próprio Deus. Em Êx 15.26 Deus prometeu
saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus
mandamentos ( Êx 15.26,). Sua declaração abrange dois aspectos:
(a) "Nenhuma das
enfermidades porei sobre ti [como
julgamento], que pus sobre o Egito"; e
(b) "Eu sou o
SENHOR, que te sara [como Redentor]". Deus continuou sendo o Médico dos
médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se
dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl
103.3).
(2) O ministério de Jesus. Jesus, como o Filho encarnado de
Deus, era a exata manifestação da natureza e do caráter de Deus (Hb 1.3; cf. Cl
1.15; 2.9). Jesus, no seu ministério terreno (4.23,24; 8.14-16; 9.35; 15.28; Mc
1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de Deus na prática (Jo
6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de
Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
(3) A provisão da expiação de Cristo. (Is 53.4,5; Mt
8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de Cristo foi um ato perfeito e
suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo. Assim
como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás
para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos
como bênçãos irmanadas, destinadas por Deus para nos redimir e nos dar saúde
(cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e
apropriar-se da plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do
corpo.
(4) O ministério contínuo da igreja. Jesus comissionou seus
doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino
de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para
fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o
ministério de cura divina que Jesus iniciara teve prosseguimento através da
igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30;
5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16).
O NT registra três maneiras como o poder de Deus e a fé se manifestam através
da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a
confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos
presbíteros (Tg 5.14-16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à
igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta
"oração da fé".
IMPEDIMENTOS À CURA. Às vezes há, na própria pessoa,
impedimentos à cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5.16);
(2) opressão ou
domínio demoníaco (Lc 13.11-13);
(3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7);
(4) insucessos no
passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7);
(5) o povo (Mc
10.48);
(6) ensino
antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13);
(7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da
fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16);
(8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de
operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 6.8;
8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4);
(9) incredulidade (Mc
6.3-6; 9.19, 23,24); e
(10) irreverência com
as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida
a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl
4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, Deus resolve levar seus amados
santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).
O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA. O que
deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?
(1) Ter a certeza de que está em plena comunhão com Deus e
com o próximo (6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7 nota).
(2) Buscar a presença de Jesus na sua vida, pois é Ele quem
comunica ao coração do crente a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9;
Fp 2.13; ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira).
(3) Encher sua mente e coração da Palavra de Deus (Jo 15.7;
Rm 10.17).
(4) Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo
15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças Deus quer
efetuar na sua pessoa.
(5) Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos
familiares e amigos (Tg 5.14-16).
(6) Assistir a cultos em que há alguém com um autêntico e
aprovado ministério de cura divina (cf. At 5.15,16; 8.5-7).
(7) Ficar na expectativa de um milagre, i. e., confiar no
poder de Cristo (7.8; 19.26).
(8) Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo
tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).
(9) Saber que a demora de Deus em atender as orações não é
uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, Deus tem em mente um propósito
maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4,
14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).
(10) Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, Deus
nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na
palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos
médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).
A dor e o sofrimento não
devem nos afastar de Deus, mas devem
servir para que
aprendamos a confiar ainda mais no Senhor.
REFLEXÃO
"Nos novos céus e
nova Terra de Deus, o sofrimento, tampouco subsistirá. O sofrimento é fundamentalmente
contrário à vontade de Deus.
Vernon Purdy
CONCLUSÃO
O crente não está imune
as enfermidades. Mas a nossa vitória
sobre as doenças está na
confiança em Deus. Ele nos ama e jamais
nos abandona em meio à
dor e ao sofrimento. Se você tem sido
assolado pelas
enfermidades, não se desespere! Confie no Senhor e
ouça a sua voz: "Não
temas, pois, porque
estou
contigo" (Is 43.5).
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
FONTE DE PESQUISA: BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
FONTE DE PESQUISA: BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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