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segunda-feira, 16 de julho de 2012

LIÇÃO 04 - COM SUBSIDIOS



Lição 4: Superando os traumas da violência social
Data: 22 de Julho de 2012

TEXTO ÁUREO
A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência(Gn 6.11).

VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Cristo deve acolher, com amor e hospitalidade, toda pessoa vítima de violência.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 6.11-13 O mundo antigo destruído pela violência
Terça - Gn 49.5 Irmãos violentos
Quarta - Sl 10.18 A justiça evita a violência
Quinta - Lm 2.6 A violência divina
Sexta - Zc 4.6 A violência deve dar lugar ao Espírito
Sábado - Is 10.33 O Senhor abate violentamente a altivez

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 6.5-12.(LEIA NA SUA BIBLIA)



INTERAÇÃO
Professor, a violência é um fenômeno desencadeador de sofrimentos e perdas na vida de qualquer pessoa, cristã ou não. Ela faz chorar, sofrer, irar-se e, até mesmo, revoltar-se. Tudo isso é humano e legítimo. Não há nada de demoníaco ou patológico nessas reações. Naturalmente, como qualquer revolta em relação a injustiça, a violência nos desafia a viver uma radicalidade do Evangelho até as últimas consequências. Pois é um processo doloroso saber que, mesmo servindo um Deus soberano e bondoso, podemos perder nosso ente querido vítima das maiores barbáries praticadas por aqueles que não têm o amor de Cristo no coração. É possível perdoar atos violentos? O que as Escrituras nos mostram? Qual a origem da violência? Essas sãos questões da vida que precisam ser respondidas!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Explicar a origem da violência.
  • Compreender que a violência é um problema de todos.
  • Conscientizar-se do papel acolhedor da igreja.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, inicie o primeiro tópico destacando a origem da violência. Explique que o ato violento na história humana é oriundo da rebelião do primeiro casal, no Éden, mas multiplicou-se através de Caim, Lameque e todo o gênero humano. Após esse destaque, peça aos alunos que comentem os efeitos da violência na sociedade em que vivemos. Em seguida, conclua o tópico afirmando a necessidade da igreja conscientizar-se do seu papel acolhedor às pessoas vítimas da violência.

COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Violência: Qualidade do que é violento; ação de empregar força física ou intimidação moral contra alguém; ato violento.
Ocupando grande parte dos noticiários, a violência aflige a todos, inclusive o crente. Sua origem é de ordem espiritual e deve ser tratada a partir daí. Por isso, na lição de hoje, veremos o que a Palavra de Deus ensina a seu respeito e como devemos agir, a fim de minorar os seus efeitos. Não podemos ficar indiferentes aos seus males, porque enquanto permanecermos neste mundo, estaremos sujeitos às suas consequências. Todavia, não devemos esquecer-nos de que a nossa vida está escondida em Deus e nele estaremos sempre seguros.

I. A VIOLÊNCIA IMPERA SOBRE A TERRA

1. A origem da violência. As Escrituras Sagradas mostram que a violência é o resultado direto da rebelião de Adão e Eva contra Deus (Gn 3.4-24; 6.5). Neles, toda a humanidade fez-se pecadora (Rm 3.23). Logo após a queda, seus filhos apresentaram ofertas ao Senhor: as de Abel foram aceitas, mas as de Caim, rejeitadas (Gn 4.3-5). Isso levou Caim a matar Abel, protagonizando o primeiro homicídio da história. Estava inaugurada a violência sobre a face da terra.
O Rompimento da comunhão –
Gn 3.1-8 -  Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.
Gn 6.5 -  E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.

O rompimento da comunhão foi o inicio de todo mau.
Gn 4.3-5  E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.
Gn 4.8 E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.

4.3-5 UMA OFERTA AO SENHOR. O Senhor aceitou a oferta de Abel, porque este compareceu diante dEle com fé genuína e consagração:

 (Hb 11.4;  Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim,  pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda  fala).     
(1Jo 3.12;  Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.   ).

A oferta de Caim foi rejeitada porque ele estava destituído de fé sincera e obediente, e porque as suas obras eram más (vv. 6,7; ).
Deus tem prazer em nossas ofertas e ações de graça tão somente quando  nos esforçamos para viver uma vida reta, de conformidade com a sua vontade:
 ( Dt 6.5 Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração,  e de toda a tua alma, e de todo o teu poder).

Gn  4.10 A VOZ DO SANGUE DO TEU IRMÃO CLAMA A MIM. A morte de Abel e o cuidado de Deus por ele, demonstra que Deus, no decurso de todas as eras, observa atentamente todos os que  sofrem por viver em retidão diante dEle. Deus conhece o sofrimento desses justos e o dia chegará em que Ele agirá em favor deles, para fazer justiça e eliminar todo mal (Hb 11.4; 12.24).

Gn  4.11 AGORA MALDITO ÉS TU. Caim foi amaldiçoado por Deus no sentido de Deus já não abençoar seus esforços para extrair da terra o seu sustento (vv. 2,3). Caim não se humilhou com  tristeza e arrependimento diante de Deus, pois afastou-se do Senhor e procurou viver sem a sua ajuda (v. 16).

Gn  4.15 UM SINAL EM CAIM. Talvez esse sinal deva ser entendido como posto em Caim para assegurá-lo da promessa de Deus. Caim não sofreu pena de morte nesse tempo. Posteriormente, quando a iniqüidade e a violência da raça humana tornou-se extrema na terra, a pena da morte foi instituída (9.5,6).

Gn  9.6 QUEM DERRAMAR O SANGUE DO HOMEM, PELO HOMEM O SEU SANGUE SERÁ DERRAMADO. Por causa do apelo à violência e ao derramamento de sangue que surge no coração humano (cf. 6.11; 8.21), Deus procurou salvaguardar a intocabilidade da vida humana, reprimindo o homicídio na sociedade. Ele assim fez, de duas maneiras:  
(1) Acentuou o fato de que o ser humano foi criado à imagem de Deus (1.26), e assim sua vida é sagrada aos seus olhos;
 (2) instituiu a pena de morte, ordenando que todo homicida seja castigado com a morte (cf. Êx 21.12,14; 22.2; Nm 35.31; Dt 19.1-13; ver Rm 13.4 nota). A autoridade para o governo usar a espada , i.e., a pena de morte, é reafirmada no NT (At 25.11; Rm 13.4; Mt 26.52).

Gn  4.16 SAIU CAIM DE DIANTE DA FACE DO SENHOR. Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus. A motivação básica de todas as sociedades humanistas está em superar a maldição, buscar o prazer e reconquistar o paraíso , sem submissão a Deus. Noutras palavras, o sistema mundial fundamenta-se no princípio da auto-redenção da raça humana, na sua rebelião contra Deus (ver 1 Jo 5.19 nota).
Rm 3.23 -  Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

2. A multiplicação da violência. O ato de Caim revela a natureza da humanidade que, agora arruinada pelo pecado, comete violência sobre violência (Sl 14.1-3; Rm 3.10-18). Sua disposição para o mal é evidenciada em Lameque que, além de matar dois homens, louva os próprios crimes (Gn 4.23). A violência generalizou-se de tal forma, que constrangeu a Deus a destruir o mundo antigo pelas águas do dilúvio (Gn cap. 6). Apenas Noé e sua família são poupados. Foi com pesar que o Senhor decretou o fim da primeira civilização humana: “Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn 6.7).
Sl 14.1-3 -  Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus.Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.
Rm 3.10-18  Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.

Gn 4.23 E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar.

Gn 6.5 A MALDADE DO HOMEM SE MULTIPLICARA. Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupiscência carnal (v. 2) e a violência (vv. 11,12). A degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência. Hoje em dia, a imoralidade, a incredulidade, a pornografia e a violência dominam a sociedade inteira (ver Mt 24.37-39).

Gn 6.6 ENTÃO, ARREPENDEU-SE O SENHOR. Deus se revela, já nestes primeiros caps. da Bíblia, como um Deus pessoal para com o ser humano, e que é passível de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da humanidade.
(1) Aqui, a expressão arrependeu-se significa que, por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as pessoas; sua atitude de misericórdia e de longanimidade passou à atitude de juízo.
(2) A existência de Deus, o seu caráter e seus eternos propósitos traçados, permanecem imutáveis (1 Sm 15.29; Tg 1.17), porém, Ele pode alterar seu tratamento para com o homem, dependendo da conduta deste. Deus altera, sim, seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx 32.14; 2 Sm 24.16; Jr 18.7-10; 26.3,13,19; Ez 18.4-28; Jn 3.8-10).
(3) Essa revelação de Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro que Ele, em relação à sua criação, age pessoalmente, como no recesso de uma família. Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e solicitude divina ante a penosa situação da raça humana (Sl 139.7-18).

Gn 7.6 O DILÚVIO DAS ÁGUAS VEIO SOBRE A TERRA. O dilúvio foi o castigo divino universal sobre um mundo ímpio e impenitente. O apóstolo Pedro refere-se ao dilúvio para relembrar a seus leitores que Deus outra vez julgará o mundo inteiro no fim dos tempos, mas agora por fogo (2 Pe 3.10).
 Tal julgamento resultará no derramamento da ira de Deus sobre os ímpios, como nunca houve na história (Mt 24.21). Deus conclama os crentes atuais, assim como Ele fez com Noé na antiguidade, para avisarem os não-salvos sobre esse dia terrível e instar com eles para que se arrependam dos seus pecados, e se voltem para Deus por meio de Cristo, e assim sejam salvos

Gn 7.11,12 SE ROMPERAM TODAS AS FONTES DO GRANDE ABISMO. Dois eventos cataclísmicos precipitaram o dilúvio: a implosão dos imensos reservatórios de águas subterrâneas, talvez causada por terremotos e maremotos, produziu ondas gigantescas em série, geradas nos oceanos, além das chuvas torrenciais que caíram sobre a terra por quarenta dias (v. 12).
(1) Em conseqüência disso, todos os seres viventes fora da arca, que normalmente viviam na terra seca, morreram, tanto homens como animais (vv. 16,17; 7.21,22; Mt 24.37-39; 1 Pe 3.20; 2 Pe 2.5).
 (2) A água elevou-se a ponto de cobrir todos os altos montes, que havia debaixo de todo o céu (vv. 19,20); i.e., a terra inteira foi coberta pelas águas. Isto significa um dilúvio universal, e não apenas uma gigantesca inundação local, confinada a uma pequena porção da terra (2 Pe 3.6). Foi somente depois de 150 dias que a água começou a baixar (v. 24). A arca finalmente repousou numa das montanhas de Arará (na Armênia), a uns 800 km de onde começou o dilúvio (8.4).
(3) A terra enxugou, e Noé desembarcou da arca 377 dias depois de iniciado o dilúvio (8.13,14).
(4) Em 2 Pedro 3.6 está escrito que o mundo antediluviano pereceu . Esta palavra sugere que, devido às tremendas convulsões ocorridas na terra, sua topografia antediluviana foi grandemente modificada, tanto física quanto geologicamente, em relação à terra que agora existe (2 Pe 3.7a).

Gn 7.23 TODA SUBSTÂNCIA QUE HAVIA SOBRE A... TERRA, E FORAM EXTINTOS... FICOU SOMENTE NOÉ E OS QUE COM ELE ESTAVAM. O relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da salvação (Hb 11.7).
(1) O dilúvio, trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus.
 (2) O apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio às águas do dilúvio, i.e., seu livramento da morte, figurava o batismo cristão ( 1 Pe 3.20,21).

3. A violência na sociedade atual. Apesar das políticas públicas contra a violência, as estatísticas envolvendo assassinatos, lesões corporais, estupros, roubos, etc, aumentam anualmente de forma assustadora. Vivemos dias semelhantes aos de Noé. Por isso, a Igreja de Cristo, como sal da terra e luz do mundo, deve postar-se como a voz profética de Deus contra todos os tipos de violência. Não podemos nos conformar com o presente século:
 (Rm 12.1,2 - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Desde que o primeiro casal pecou, a violência impera sobre a Terra através da maldade humana.

II. VIOLÊNCIA, UM PROBLEMA DE TODOS
1. Quando o crente é perseguido. Há formas de violência que, embora não agridam fisicamente, são mental e emocionalmente destrutivas. Entre as mais comuns, encontram-se a tortura psicológica e o assédio moral, ambos extremamente danosos, podendo levar a vítima a danos irreversíveis (Sl 73.21). O que dizer, portanto, das perseguições que muitos crentes piedosos sofrem no trabalho e na escola em virtude de sua postura moral e espiritual?
Quando isso acontecer, lembre-se das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.10-12). O Senhor é poderoso para transformar esse quadro e mostrar a todos que Ele zela por seus filhos

 (Sl 42.5   Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face).
Sl; 62.5  O minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança).

PARA O CRENTE MEDITAR:
Sl 62.1 DELE VEM A MINHA SALVAÇÃO. Este salmo expõe um princípio que todo crente deve adotar. Em tempos difíceis, de aflição, ou oposição da parte dos inimigos, devemos voltar-nos para Deus como nosso verdadeiro refúgio e libertador. Todo aquele que confia em Deus deverá dizer:
 (1) Não permitirei que nenhuma aflição, crise, ou sofrimento abale a minha confiança em Deus (vv. 2,6). Não somente dEle vem o meu livramento (v. 1), mas Ele mesmo é a minha salvação e a minha fortaleza (vv. 6,7).
 (2) Nos tempos de preocupação ou ameaças, eu lhe entregarei os meus cuidados e, em fervente oração, lhe falarei tudo o que há no meu coração ( Fp 4.6 nota).
(3) Esperarei no Senhor para que Ele aja em meu favor, seguro de que Ele responderá com misericórdia e compaixão, tendo em vista os meus apertos (vv.11,12).

2. A ação do bom samaritano. O Senhor Jesus contou, certa vez, uma parábola cujos personagens centrais são um samaritano e um israelita que fora espancado por salteadores (Lc 10.25-37). A vítima foi ignorada até mesmo por um levita e por um sacerdote (10.31,32). Todavia, o samaritano, alguém abominado pela nação judaica (Jo 4.9), compadeceu-se do israelita, socorreu-o e responsabilizou-se por seu tratamento. Nessa parábola, há uma importante mensagem para a Igreja de Cristo. Devemos cuidar e amparar as vítimas da violência.

Lc 10.30 A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO. A parábola do Bom Samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo.
(1) A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido.
 (2) Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37)

(cf. Mt 25.41-46  Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

(cf. 1 Jo 3.16-20 - Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações;Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas).

3. A Igreja deve denunciar a violência através de ações. Todas as pessoas, crentes ou ímpias, estão sujeitas à violência. Por isso, a Igreja do Senhor deve empreender ações para auxiliar as vítimas a superarem os traumas provenientes de atos violentos. Em primeiro lugar, clamemos a Deus para que a nossa cidade tenha paz e que os homens públicos cumpram o seu dever com ações preventivas contra a violência (1 Tm 2.1,2,8). Em segundo lugar, preparemo-nos para acolher devidamente os que sofreram algum tipo de violência, oferecendo-lhes conforto espiritual, moral e emocional (Lc 10.36,37).

1Tm 2.1-2 - Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;  v.8 - Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.

Lu 10.36,37 - Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

Mt  5.13 SAL DA TERRA. Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.
 (1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16 nota).
 (2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).

Mt 5.14-16   Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A ação do bom samaritano nos estimula a perceber que a igreja deve denunciar os atos de violência através de sua ação acolhedora.

CONCLUSÃO

A VIOLÊNCIA NA BÍBLIA
Na Bíblia, a violência tem sua origem na Queda de Adão e Eva, quando esses decidiram trilhar caminho próprio, ao invés de irem após a orientação divina (Gn. 3.4-24; 6.5).

Após a Queda, os filhos de Adão e Eva perderam o respeito pela vida, Caim, com inveja do seu irmão Abel, o assassinou (Gn. 4.3,4).
 Lameque retrata a condição atual humana decaída, pois, além de matar dois homens, ainda se vangloriou do seu feito (Gn. 4.23).

A expansão da violência foi tamanha na antiguidade que, de acordo com o relato de Gn. 6, Deus precisou punir a humanidade, salvando apenas a família de Noé (Gn. 6.7).

O Antigo Testamento está repleto de histórias de violência, o contexto das sociedades daquele tempo estava respaldado na guerra. Mas Deus não incentiva à violência, nem mesmo em relação “à vara” para a correção das crianças, criticada infundadamente, pois nada tem a ver com espancamento (Pv. 29.15).

A Bíblia não aprova a violência contra crianças, cônjuges, idosos, ou de natureza sexual. Jesus se posicionou contra todo tipo de violência (Mt. 5.21-23; 7.1-5).

A violência contra a mulher é reprovada na instrução de que o homem deve amar sua esposa como Cristo amou a Sua igreja (Cl. 3.19).

A violência de pais contra filhos é censurada, já que esses são orientados a não irritá-los (Cl. 3.21).
Os patrões não devem subverter os direitos dos seus empregados, pois isso é abuso, e também violência (Cl. 4.1).

Na perspectiva bíblica, a violência tem raízes profundas, seus frutos são manifestos em palavras de ira e blasfêmias (Ef. 4.31,32), não condizentes com aqueles que expressam a fé em Cristo.
Você já foi vítima de alguma forma de violência? Saiba que Deus se importa com você. Ele o ajudará a superar os traumas e dará novo rumo para a sua vida. Não se desespere, nem se deixe vencer pela tristeza. Afinal, temos conosco, e em nós, o divino Consolador. Somente Ele pode transformar nosso pranto em riso. Amém.


Tipos de Violência

 ° Violência Física - Violência física é o uso da força com o objectivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objectos e queimaduras por objectos ou líquidos quentes. Quando a vítima é criança, além da agressão activa e física, também é considerado violência os factos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis.

Violência Psicológica - A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida.

Violência Verbal - A violência verbal normalmente se dá concomitante à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar. Em decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à violência masculina, a mulher tende a se especializar na violência verbal mas, de fato, esse tipo de violência não é monopólio das mulheres.

Violência Doméstica - A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente. Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns.
 Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima. Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico.

Violência Nas Escolas “ Bullying”, ou mais conhecido como violência verbal e/ou física gerada na comunidade escolar, tem vindo a aumentar de ano para ano, cada vez mais intensificada e sem fim à vista. O nome “bullying”, que provem do Inglês, foi inserido na nossa lingua há relativamente pouco tempo, tão recente até que muitos ainda desconhecem tal palavra .

 Violência Urbana Violência urbana é a expressão que designa o fenômeno social de comportamento deliberadamente transgressor e agressivo ocorrido em função do convívio urbano. A violência urbana tem algumas qualidades que a diferencia de outros tipos de violência; e se desencadeia em conseqüência das condições de vida e do convívio no espaço urbano. Sua manifestação mais evidente é o alto índice de criminalidade; e a mais constante é a infração dos códigos elementares de conduta civilizada.
 A violência urbana é determinada por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade. No entanto, ela incorpora modelos copiados dos países de maior influência na esfera internacional .

Violência no Trânsito Hoje está muito comum a violência no trânsito,ocorrem muitos acidentes! As pessoas não respeitam as leis de trânsito e colocam muitas vidas em risco! E muitas vezes acabam brigando por bobeira, em vez de respeitar a vez de cada um.

TIPOS DE VIOLÊNCIA COMETIDA CONTRA A MULHER
A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma seqüência crescente de episódios, do qual o homicídio é a manifestação mais extrema.

Violência de gênero
Violência de gênero consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. A violência de gênero é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder.

Violência intrafamiliar
A violência intrafamiliar é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consangüinidade, e em relação de poder à outra. O conceito de violência intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também às relações em que se constrói e efetua.

Violência doméstica
A violência doméstica distingue-se da violência intrafamiliar por incluir outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados. Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.

Violência física
Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em relação a outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física.
Esta violência pode se manifestar de várias formas: • Tapas• Empurrões• Socos• Mordidas• Chutes• Queimaduras• Cortes• Estrangulamento • Lesões por armas ou objetos• Obrigar a tomar medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos.• Tirar de casa à força• Amarrar• Arrastar• Arrancar a roupa• Abandonar em lugares desconhecidos• Danos à integridade corporal decorrentes de negligência (omissão de cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros).

Violência sexual
A violência sexual compreende uma variedade de atos ou tentativas de relação sexual sob coação ou fisicamente forçada, no casamento ou em outros relacionamentos.
A violência sexual é cometida na maioria das vezes por autores conhecidos das mulheres envolvendo o vínculo conjugal (esposo e companheiro) no espaço doméstico, o que contribui para sua invisibilidade. Esse tipo de violência acontece nas várias classes sociais e nas diferentes culturas. Diversos atos sexualmente violentos podem ocorrer em diferentes circunstâncias e cenários. Dentre eles podemos citar:
• Estupro dentro do casamento ou namoro;• Estupro cometido por estranhos;• Investidas sexuais indesejadas ou assédio sexual, inclusive exigência de sexo como pagamento de favores; • Abuso sexual de pessoas mental ou fisicamente incapazes; • Abuso sexual de crianças; • Casamento ou coabitação forçados, inclusive casamento de crianças;
• Negação do direito de usar anticoncepcionais ou de adotar outras medidas de proteção contra doenças sexualmente transmitidas; • Aborto forçado; • Atos violentos contra a integridade sexual das mulheres,  inclusive mutilação genital feminina e exames obrigatórios de virgindade; • Prostituição forçada e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual; • Estupro sistemático durante conflito armado.

Violência psicológica
É toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano á auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
• Insultos constantes • Humilhação • Desvalorização • Chantagem • Isolamento de amigos e familiares • Ridicularização • Rechaço • Manipulação afetiva • Exploração • Negligência (atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros) • Ameaças • Privação arbitraria da liberdade (impedimento de trabalhar, estudar,  cuidar da aparência pessoal, gerenciar o próprio dinheiro, brincar, etc.) • Confinamento doméstico • Criticas pelo desempenho sexual • Omissão de carinho • Negar atenção e supervisão

Violência econômica ou financeira
São todos os atos destrutivos ou omissões do(a) agressor(a) que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. Inclui:
• Roubo • Destruição de bens pessoais (roupas, objetos, documentos, animais de estimação e outros) ou de bens da sociedade conjugal (residência, móveis e utensílios domésticos, terras e outros) • Recusa de pagar a pensão alimentícia ou de participar nos gastos básicos para a sobrevivência do núcleo familiar • Uso dos recursos econômicos da pessoa idosa, tutelada ou incapaz, destituindo-a de gerir seus próprios recursos e deixando-a sem provimentos e cuidados

Violência institucional
Violência institucional é aquela exercida nos/ pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional. Esta violência poder ser identificada de várias formas:
• Peregrinação por diversos serviços até receber atendimento • Falta de escuta e tempo para a clientela • Frieza, rispidez, falta de atenção, negligência • Maus-tratos dos profissionais para com os usuários, motivados por discriminação, abrangendo questões de raça, idade, opção sexual, deficiência física, doença mental • Violação dos direitos reprodutivos (discrição das mulheres em processo  de abortamento, aceleração do parto para liberar leitos, preconceitos acerca dos papéis sexuais e em relação às mulheres soropositivas [HIV], quando estão grávidas ou desejam engravidar) • Desqualificação do saber prático, da experiência de vida, diante do saber científico.

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E. B. D e PESQUISADOR
FONTE DE PESQUISA: BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.

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