ESTUDO NO EVANGELHO
DE MATEUS – CAP. 02 e 03
Mateus 2.1 OS MAGOS
DO ORIENTE. Esses homens eram provavelmente membros de uma classe religiosa
culta, da região hoje chamada Irã, então chamada Pérsia. Especializavam-se na
astrologia, na medicina e nas ciências naturais. Naquela época, a astrologia
era uma ciência pura, que nada tinha a ver com a astrologia de hoje um ramo do
espiritismo. A visita dos magos ocorreu quando Jesus tinha entre 40 dias e 2
anos de idade (cf. 2.16). A importância deste fato é que:
(1) Jesus é digno de honrarias reais; e
(2) os gentios, e não somente os judeus, estão incluídos no
plano divino da redenção (cf. 8.11; 28.19; Rm 10.12).
Mateus 2.4 OS PRÍNCIPES DOS SACERDOTES E OS ESCRIBAS.
(1) Os príncipes (ou principais) dos sacerdotes eram os
ministros do templo, encarregados do culto.
(2) Os escribas foram
primeiramente copistas das Escrituras nos tempos do A T. Depois tornaram-se
mestres da Lei e, daí, serem chamados doutores da lei (22.35).
(3) Os escribas juntamente com os
príncipes dos sacerdotes integravam o sinédrio, que era o supremo tribunal dos
judeus. O sinédrio era composto de aproximadamente setenta e um membros,
encarregados dos negócios civis e religiosos dos judeus.
(4) Sob o governo romano, o
sinédrio teve ampla liberdade de funcionamento.
Mateus 2.13 FOGE PARA O EGITO. A tentativa de
Herodes de matar Jesus e o método adotado por Deus de proteção ao Menino,
revelam várias verdades a respeito de como Deus guia e protege o seu povo.
(1) Deus não protegeu José, Maria e o Menino sem a
cooperação deles (vv. 13,19,20,22). A proteção dependia da obediência à
orientação divina, que neste caso envolvia fugir do país (v. 14).
(2) Deus pode permitir que certas coisas de difícil
compreensão ocorram em nossa vida, para o cumprimento de propósitos seus. No
sentido literal, Cristo começou a sua vida como refugiado e estrangeiro noutro
país (vv. 14,15). Para nossa compreensão limitada, pareceria mais fácil Deus
afastar Herodes imediatamente, evitando assim a fuga para o Egito com todas as
provações envolvidas em tais circunstâncias.
(3) Mesmo depois da solução de um problema difícil, haverá
outros a serem enfrentados (vv. 19-23). A proteção e os cuidados providenciais
divinos sempre serão necessários, porque o inimigo do crente nunca cessa seus
ataques contra os fiéis (Ef 6.10-18; 1 Pe 5.8;)
Mateus 2.16 MANDOU MATAR TODOS OS MENINOS.
Belém, com seus arrebaldes, não era grande. Pro-vavelmente continha entre mil e dois mil habitantes;
nes-te caso, o número de meninos mortos seria cerca de vinte.
Mateus 2.22 AVISADO... POR DIVINA REVELAÇÃO.
Esses dois avisos da parte de Deus (vv. 12,22) nos ensinam que Deus vela por
aqueles que Ele ama e Ele é quem melhor sabe frustrar os planos dos ímpios e
livrar seus fiéis das mãos dos que lhes querem fazer mal.
Mateus 3.2 ARREPENDEI-VOS. O significado básico
de arrependimento (gr. metanoeo) é voltar-se ao contrário ; dar uma volta
completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e,
através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6).
(1) A decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em
Cristo importa em aceitar a Cristo não somente como Salvador da penalidade do
pecado, mas também como Senhor da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento
envolve uma troca de senhores; do senhorio de Satanás (Ef 2.2) para o senhorio
de Cristo e da sua Palavra (At 26.18).
(2) O arrependimento é uma decisão livre, da parte do
pecador, possibilitada pela graça divina capacitadora que lhe é concedida
quando ele ouve o evangelho e nele crê (At 11.21;).
(3) A definição da fé salvífica como mera confiança em
Cristo como Salvador é totalmente inadequada, ante a exigência do tipo de
arrependimento feita por Cristo. Definir a fé salvífica sem incluir um
rompimento total com o pecado é distorcer fatalmente o conceito bíblico da
redenção. A fé que inclui o arrependimento é uma condição imutável para a salvação
(cf. Mc 1.15; Lc 13.3,5; At 2.38; 3.19; 11.21).
(4) O arrependimento foi uma mensagem básica, primeiro:
(a) na pregação dos
profetas do AT (Jr 18.8; Jl 2.12,13; Ml 3.7; Ez 18.21),
(b) de João Batista (3.2),
(c) de Jesus Cristo (4.17; 18.3; Lc 5.32) e
(d) dos cristãos no
NT (At 2.38; 8.22; 11.18; 2 Pe 3.9). A pregação do arrependimento sempre deve
acompanhar a mensagem do evangelho (Lc 24.47)
Mateus 3.7 FARISEUS E SADUCEUS. Dois dos mais
proeminentes grupos religiosos judaicos eram os fariseus e os saduceus.
(1) Os fariseus eram um grupo religioso que procurava
observar todo o AT, e ao mesmo tempo suas interpretações puramente humanas.
Para eles, a salvação consistia na obediência à letra dessas leis e regras. A
sua religião era exterior na sua forma, e sem qualquer piedade interior, i.e.,
no coração (23.25). Estavam em constante oposição a Jesus e à sua mensagem, o
qual ensinava que a religião deve ter sua sede no coração e no espírito, indo
além da obediência legalista do homem aos mandamentos das Escrituras (cf. 9.14;
23.2-4; Lc 18.9-14).
(2) Os saduceus eram os liberais da época. Não criam no sobrenatural.
Externamente demonstravam obediência à lei de Deus, mas na prática negavam os
seus ensinamentos. Rejeitavam as doutrinas da ressurreição, dos anjos, dos
milagres, da imortalidade e do juízo vindouro. Tinham uma vida mundana e
moralmente relaxada. Eles, também, perseguiam a Jesus Cristo (16.1-4).
Mateus 3.8 FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO.
(1) O arrependimento genuíno será acompanhado pelo fruto da
justiça (cf. 23.23; Lc 3.10-14; At 26.20).
(2) A verdadeira fé salvífica e a conversão devem evidenciar-se
por meio de vidas que deixam o pecado e dão frutos agradáveis a Deus (ver Jo
15.16).
(3) Aqueles que dizem crer em Cristo e ser filhos de Deus,
mas cuja vida não produz bons frutos, serão como árvores que são cortadas e
lançadas ao fogo (vv. 8-10,12).
Mateus 3.11 ELE VOS BATIZARÁ COM O ESPÍRITO SANTO.
João Batista ensina que a obra do Messias vindouro inclui batizar seus
seguidores com o Espírito Santo e com fogo batismo este que outorga grande
poder para vivermos por Ele e testemunhar dEle (ver Lc 3.16, nota sobre o
batismo no Espírito Santo).
Mateus 3.13 O BATISMO DE JESUS. Jesus foi
batizado por João pelas seguintes razões:
(1) Para cumprir toda a justiça (v. 15; cf. Lv 16.4; Gl
4.4,5). Cristo, mediante o batismo, consagrou-se publicamente a Deus, e assim
cumpriu a justa exigência de Deus.
(2) Para identificar-se com os pecadores embora o próprio
Jesus não precisasse de arrependimento de pecado (2 Co 5.21; 1 Pe 2.24).
(3) Para associar-se com o novo movimento da parte de Deus, pelo
qual Ele chamava todos ao arrependimento. Este movimento teve início com João
Batista como o precursor do Messias (Jo l.23,32,33).
Mateus 3.16 O
ESPÍRITO DE DEUS DESCENDO... SOBRE ELE.
(1) Tudo quanto Jesus fez sua pregação, seu sofrimento, sua
vitória sobre o pecado Ele o fez pelo poder do Espírito Santo. Se Jesus nada podia
fazer sem a operação do Espírito Santo, quanto precisa o povo de Deus da
capacitação do Espírito Santo! (cf. Lc 4.1,14, 18; Jo 3.34; At 1.2; 10.38).
(2) O Espírito veio sobre Jesus para dotá-lo de poder para
efetuar a obra da redenção (ver Lc 3.22).
(3) O próprio Jesus posteriormente iria batizar seus
seguidores com o Espírito Santo a fim de que eles também tivessem a capacitação
do Espírito (ver 3.11; At 1.5,8; 2.4).
Mateus 3.17 ESTE É O
MEU FILHO AMADO. O batismo de Jesus é uma grandiosa manifestação da
realidade da Trindade.
(1) Jesus Cristo, declarado igual a Deus (Jo 10.30), é
batizado no Jordão.
(2) O Espírito Santo, que também é igual ao Pai (At 5.3,4),
desce sobre Jesus em forma de pomba.
(3) O Pai declara que se compraz em Jesus. Temos, portanto,
neste ato três pessoas divinas iguais. Contraria a integridade das Escrituras
explanar este evento de qualquer outra maneira. A doutrina da Trindade mostra
que as três pessoas divinas subsistem em tal unidade que constituem o Deus uno
(ver Mc 1.11; cf. Mt 28.19; Jo 15.26; 1 Co 12.4-6; Ef 2.18; 1 Pe 1.2).
É IMPORTANTE FAZER A LEITURA ACOMPANHADA DAS REFERENCIAS
BIBLICAS.
FONTE DE PESQUISA: BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário