4º Trimestre
de 2012
Título: Os Doze Profetas Menores —
Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo
Comentarista:
Esequias Soares
Lição 6: Jonas — A misericórdia divina
Data: 11 de
Novembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“E Deus viu as obras deles, como se
converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes
faria e não o fez” (Jn 3.10).
VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto Deus ama
e está pronto a perdoar os que se arrependem.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl
85.10 Justiça e amor no Calvário
Terça - Jr 31.3 A grandeza do amor de Deus
Quarta - Lm 3.22 As misericórdias de Deus
Quinta - Mt 12.39,40 O profeta Jonas como
figura de Cristo
Sexta - Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 15.28-3A “justiça” do irmão do
filho pródigo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Jonas 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2.
Jonas 1
1 - E veio a
palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 -
Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até mim.
3 - E Jonas
se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a
Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu
para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
15 - E levantaram
Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
17 -
Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve
Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
Jonas 3
8 - Mas os
homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a
Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas
suas mãos.
9 - Quem
sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de
sorte que não pereçamos?
10 - E Deus
viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se
arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4
1 - Mas
desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo ressentido.
2 - E orou
ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na
minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus
piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes
do mal.
INTERAÇÃO
Nínive era absolutamente odiada pelos judeus.
Como capital do império assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a
impiedade e agudeza de um império perverso. Mas o Altíssimo, cheio de graça e
amor, volta seu olhar para aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o
profeta Jonas. O profeta, sabedor de toda maldade praticada pelos ninivitas,
resistiu ao chamado divino. Entretanto, Deus estava no controle e não demorou
para que o profeta fosse até Nínive levar a mensagem de salvação. Jonas
aprendeu uma extraordinária lição a respeito do grande amor e misericórdia de
Deus. Não podemos nos esquecer que a mensagem da salvação é para toda a
humanidade.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o
contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas.
Conhecer o
atributo da misericórdia divina.
Conscientizar-se
da perenidade da misericórdia Deus.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico
da lição, reproduza o esquema abaixo. Explique para a turma que o livro de
Jonas destaca as duas principais chamadas de Deus na vida do profeta. Na
primeira, ele desobedece e sofre as consequências. Na segunda, ele ouve ao
Senhor e lhe obedece.
A CHAMADA DE JONAS
Primeira chamada (1.1 — 2.10)
•
1.1,2 .............. Chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
•
v.3 .............. Desobediência de Jonas;
•
vv.4-17 .............. Consequências da desobediência de Jonas: para os
outros (4-11); para si mesmo (12-17);
•
2.1-9 .............. A oração de Jonas no meio da calamidade;
•
v.10 .............. O livramento de Jonas.
Segunda chamada (3.1 — 4.11)
•
3.1,2 .............. A chamada de Jonas: “vai à Nínive”;
•
vv.3,4 .............. A missão obediente de Jonas;
•
vv.5-10 .............. Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas
se arrependem (vv.5-9); os ninivitas poupados do juízo divino (v.10);
•
4.1-3 .............. A queixa de Jonas;
•
vv.4-11 .............. A repreensão e a lição de Jonas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Misericórdia:
Sentimento de solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia;
compaixão, piedade.
A história de Jonas, que fascina crianças e
adultos, é mais conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do
grande peixe. No entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior:
a conversão de uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor
Jesus e continuam a impressionar ao longo da história.
I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto
histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que Jonas é da época do império
assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei ninivita impactado com a
pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.C. Nessa
época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tribos do
Norte.
2. Vida
pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de Amitai (1.1). Ele é mencionado
em outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino
do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II (2 Rs
14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na terra de Zebulom (Js 19.13), nas proximidades
de Nazaré da Galileia. Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta
cidade, desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único
profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele
seguiu em direção oposta. Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na
orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela
maioria dos pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença
de Deus? (Sl 139.7-10)
3. Estrutura
e mensagem. O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro breves
capítulos. Apesar de começar com estrutura profética (1.1), a mensagem é
apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da
história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição
e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é
a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema principal do livro de Jonas é a
inefável misericórdia de Deus e a sua soberania sobre as nações.
II. O GRANDE PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica
e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A
língua hebraica não dispõe de termo técnico para “baleia”. Essa palavra é usada
como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As
Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, “grande peixe”, uma vez (1.17;2.1), e
simplesmente dag, “peixe”, três vezes (1.17; 2.1,10). A Septuaginta traduz
ketei megalo por “grande monstro marinho”, e ketos por “monstro marinho”, a
mesma palavra usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40).
2.
Interpretação. Não há indício algum no texto para que ele possa ser
interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc. Rejeitamos todas
essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo
dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus Cristo,
a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como histórico, assim
como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre. O Novo
Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt 12.39-41;
16.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em relação
ao texto de Jonas que fala sobre o “grande peixe”, não há indício algum para
uma interpretação alegórica, mitológica ou lendária.
III. A MISERICÓRDIA DIVINA
1. A
conversão dos ninivitas (3.8,9). O curto relato do livro de Jonas serve como
prenúncio da graça salvadora para todas as nações (Tt 2.11). Os ninivitas foram
salvos pela graça, pois “creram em Deus” (3.5) e “se converteram do seu mau
caminho” (3.10). As obras foram consequência da sua fé no Deus de Israel.
2. O
“arrependimento” de Deus. O arrependimento humano é mudança de mente e de
coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que “Deus se arrependeu”
(3.10), parece confundir-nos um pouco, pois Deus é perfeito e imutável, não
pode mudar, nem alterar a sua mente (Ml 3.6). A explicação para uma declaração
como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos, ou
se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso caso aqui. Quem
mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão é parte do plano divino
(Jr 18.7,8).
3. Explicação
exegética. O texto sagrado declara que “Deus viu as obras deles, como se
converteram do seu mau caminho” (3.10a). O verbo hebraico aqui é shuv,
literalmente: “voltar-se, retornar”, frequentemente usado para indicar o
arrependimento humano. A respeito do “arrependimento” de Deus, que vem na
sequência (3.10b), o verbo é outro, nanam, “ter pena, arrepender-se, lamentar,
consolar, ser consolado” (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr 8.18). Essas nuanças
linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça
uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A misericórdia divina alcançou os ninivitas
segundo a graça do Deus Altíssimo.
IV. A JUSTIÇA HUMANA
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi
bem-sucedido em sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador
de hoje, sem dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A
Bíblia não revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo
afirma, ao dizer que sabia que Deus é “piedoso e misericordioso, longânimo e
grande em benignidade e que te arrependes [niham] do mal” (4.2b).
2. Jonas
esperava vingança? O império assírio foi um dos mais cruéis da história e tinha
domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas esperava uma vingança como
retaliação por terem os assírios massacrado o seu povo? O certo é que, ainda
hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos que se acham afastados
do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais velho do filho pródigo? (Lc
15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt 20.15).
3.
Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina é um dos atributos
que revela a natureza de Deus (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor poupou Nínive da
destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus moradores. O próprio
Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infinita bondade de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A justiça humana é rápida para julgar, mas a
divina é longânima em perdoar.
CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição
prática. O relato em si mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a
justiça humana. Aos ninivitas Deus falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele
fala através de Jesus, que continua a salvar, a curar e a batizar com o
Espírito Santo (Jo 14.16; At 4.12). Ele mesmo disse: “E eis que está aqui quem
é maior do que Jonas” (Mt 12.41 - ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e
maravilhas como nenhum outro antes ou depois dele, e deu oportunidade de
salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim, foi rejeitado pela sua geração (Jo
1.11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus contemporâneos e
elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do profeta e
arrependido de seus pecados.
VOCABULÁRIO
Antropopatismo:
[Do gr. antropos, homem; do gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos
humanos a Deus. Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira
de Deus, o arrependimento de Deus, etc. Tais expressões foram usadas para que o
ser humano viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de
os autores sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que
acontece neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade.
Deus não é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos
são infinitamente perfeitos.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ZUCK, R. B.
(Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
SOARES, E. O
Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
Jonas 2.10 ELE VOMITOU A JONAS NA TERRA. Até aqui, temos na narrativa a ocorrência de sete milagres: Deus
VEJAMOS:
Jonas 4.2 DEUS PIEDOSO. O livro da misericórdia universal de Deus (4.11)
VEJAMOS:
Jonas 4.3 MELHOR ME É MORRER. Jonas ficou tão frustrado e emocionalmente perturbado, que preferiu morrer. De alguma forma, achava que Deus se voltara contra ele e Israel, ao poupar os ninivitas.
Jonas 4.11 NÃO HEI DE EU TER COMPAIXÃO... DE NÍNIVE? Deus expressa seu amor a Nínive.
Cristologia de Jonas
A CHAMADA DO CRENTE:
Mateus 28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.
Jeremias 1.5 ANTES QUE EU TE FORMASSE... TE SANTIFIQUEI. Antes de Jeremias nascer, Deus já havia determinado que ele seria profeta. Assim como Deus tinha um plano para a vida de Jeremias, Ele também tem um para cada pessoa. Seu alvo é que o crente viva segundo a sua vontade e deixe que Ele cumpra seu plano em sua vida. Assim como no caso de Jeremias, viver segundo o plano de Deus pode significar sofrimento; porém Deus sempre opera visando o melhor para nós (ver Rm 8.28).
Isaias 6.5 AI DE MIM! Isaías, ao contemplar a santidade de Deus, imediatamente reconheceu sua própria imperfeição e impureza, sobretudo quanto às suas palavras (cf. Tg 3.1-6). Reconheceu, também, as conseqüências de ver Deus face a face (cf. Êx 33.20) e ficou assombrado. Deus, então, purificou os seus lábios e o seu coração (cf. Lv 16.12; Jr 1.9) e o tornou apto a permanecer na sua presença como servo e profeta do Santo de Israel. Todos
Isaias 6.8 A QUEM
ENVIAREI? Só depois de purificado é que
Isaías foi designado profeta. Esse trecho nos faz lembrar a Grande Comissão
de nosso Senhor ressurreto, que ordenou
proclamar o evangelho da salvação a todo o mundo (Mt 28.18-20). Se aquela ordem
de sair apoderar-se do nosso coração, devemos responder da mesma maneira que
Isaías: eis-me aqui, envia-me a mim.
O QUE TEMOS FEITO DE NOSSA CHAMADA?
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
FONTE DE PESQUISA. BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
SUBSIDIOS PARA A LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O livro de Jonas gira inteiramente em torno das relações
pessoais entre Jeová e Seu servo,
Jonas, filho de
Amitai. Essas relações
se originam numa comissão profética, da qual Jonas
procurou evadir-se. Jonas descobriu que os pensamentos de Deus não eram os seus
pensamentos e que seus caminhos não eram os caminhos de Deus. Mas Deus não
deixou Jonas sozinho. Na primeira metade da história, Deus permite que Jonas
chegue ao extremo de quase perder a própria vida, somente para em seguida
restaurá-lo à posição onde ele se
encontrava antes dele
tentar, por meios
físicos, evitar o mandado de
Jeová. Na segunda
metade da história
o Senhor permite
que Jonas chegue ao
extremo da depressão
mental e espiritual,
somente para revelar a ele a
correção essencial de Seus misericordiosos propósitos.
Esboço do Livro
I. Primeira Chamada de Deus a Jonas (1.1—2.10)
A. Chamada de Jonas: “Vai à Nínive” (1.1-2)
B. Desobediência de Jonas (1.3)
C. Conseqüências da Desobediência de Jonas (1.4-17)
1. Para os Outros (1.4-11)
2. Para Si Mesmo (1.12-17)
D. A Oração de Jonas no Meio da Calamidade (2.1-9)
E. O Livramento de Jonas (2.10)
II. Segunda Chamada de Deus a Jonas (3.1—4.11) A.
A Chamada de Jonas: “Vai à Nínive” (3.1,2)
B. A Missão Obediente de Jonas (3.3,4)
C. Resultados da Obediência de Jonas (3.5-10)
1.Os Ninivitas Arrependem-se (3.5-9)
2.Os Ninivitas Poupados do Juízo Divino (3.10)
D. A Queixa de Jonas (4.1-3)
E. A Repreensão e a Lição de Jonas (4.4-11)
Jonas 1.1 JONAS. Jonas foi um profeta do Reino do Norte, durante o
reinado de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25).
Jonas 1.2 VAI À... NÍNIVE. Jonas foi chamado por Deus para
advertir a Nínive concernente ao juízo divino que estava prestes a se abater
sobre ela em conseqüência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da
Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral (ver Na 1.11; 2.12,13;
3.1,4,16,19). Israel odiava os assírios, e os considerava uma grande ameaça à
sua sobrevivência. (Jn 1.1). Jonas foi chamado para pregar aos inimigos do povo
de Deus,os assírios, que tinham um histórico de crueldades para com os povos dominados.
Tal mensagem era um desafio aos israelitas daqueles dias. Deus era Deus dos
israelitas, e não um Deus que deveria mostrar compaixão para com outras nações.
E Jonas aprendeu isso do próprio Deus: não hei de eu ter compaixão da grande
cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem
discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos
animais?” (Jn 4.11).
Jonas 1.3 JONAS SE LEVANTOU PARA FUGIR. Jonas fugiu da chamada
divina, recusando-se a entregar a mensagem de Deus a Nínive, porque receava que
os seus habitantes se arrependessem, e Deus os livrasse do juízo (ver 4.1,2).
(1) O profeta não queria que o Senhor tivesse misericórdia
de nenhuma nação, exceto Israel, e sobretudo que não tivesse compaixão da
Assíria. Jonas se esquecera de que o propósito supremo de Deus para com Israel
era que este fosse uma bênção para os gentios, e os levasse ao conhecimento de
Deus (Gn 12.1-3; cf. Is 49.3).
(2) Cristo vocacionou a igreja para cumprir uma tarefa
missionária maior do que a de Jonas - ir por todo o mundo, pregando o evangelho
(cf. Mt 28.18-20; At 1.8). Tal como Jonas, muitas igrejas pouco se interessam
pela obra missionária; preocupam-se exclusivamente com a edificação de seu
próprio reino no país onde atuam.
Jonas 1.3 TÁRSIS. Társis ficava ao sudeste da atual Espanha, a uma
distância de aproximadamente 4.000 km de Israel. Era, portanto, um dos lugares
mais remotos em relação à terra santa, em direção oposta a Nínive.
Jonas 1.4 UM GRANDE VENTO. Deus envia uma grande tempestade sobre
o mar Mediterrâneo a fim de persuadir a Jonas a obedecer à chamada divina.
Devido à desobediência de Jonas, as vidas dos marinheiros estavam em perigo. Se
os crentes não estiverem plenamente consagrados a Deus e à sua vontade, suas
famílias e as demais pessoas que os cercam muito poderão sofrer.
Jonas 1.5 JONAS... DORMIA UM PROFUNDO SONO. Enquanto a vida dos
marinheiros corria grande perigo, o servo de Deus dormia. Hoje, muitos são os
crentes que se acham adormecidos e despreocupados, enquanto ao seu redor almas
preciosas perecem nas tempestades da vida.
Jonas 1.7 LANCEMOS SORTES. É provável que os marinheiros tenham
colocado pedrinhas, ou pequenos pedaços de madeira marcados, num vasilhame,
para tirarem um deles. Deus controla a escolha, de modo que a sorte recaiu
sobre Jonas, identificado como o culpado.
Jonas 1.12 LANÇAI-ME AO MAR. A disposição de Jonas em morrer para
salvar os marinheiros indica quão culpado ele se sentia por ter desobedecido a
Deus, e por colocar a vida da tripulação em perigo.
Jonas 1.17 UM GRANDE PEIXE, PARA QUE TRAGASSE A JONAS. Deus providenciou
um grande peixe para salvar a vida de Jonas; de modo milagroso, conservou-o
vivo por três dias no ventre do Peixe.
(1) Os incrédulos e os falsos mestres rejeitam o milagre,
colocando-o na categoria de obra de ficção. Jesus, no entanto, considerou-o um
fato histórico, chegando a citar o incidente para ilustrar sua própria morte,
sepultamento e ressurreição (ver Mt 12.39-41).
(2) Noutras palavras, Jesus pôs a experiência de Jonas na
mesma categoria de sua morte e ressurreição. Ele aceitou-a como milagre de
Deus, operado de conformidade com o seu propósito na história da redenção. Para
todos os crentes genuínos, portanto, fica confirmada a autenticidade do milagre
(ver também a introdução do livro).
Jonas 2.1-10 E OROU JONAS. Esta é a oração de Jonas, pedindo o
livramento da morte, e a subseqüente ação de graças.
(1) Do ventre do grande peixe, Jonas clama ao Senhor, embora
se considerasse quase morto (v. 6), sua oração é ouvida pelo Senhor que, em sua
misericórdia, poupa-lhe a vida.
(2) Os crentes nunca devem perder a esperança, mesmo em
situações que pareçam insuportáveis. Assim como Jonas, os crentes devem clamar
a Deus, pedindo misericórdia e ajuda. Depositemos, pois, nossas vidas em suas
mãos!
Jonas 2.3 TU ME LANÇASTE. Jonas sabia que fora desobediente, e
reconhece ter sido Deus quem o lançara ao mar. Sua maior tristeza e temor era
ser banido eternamente da presença de Deus (v. 4).
Jonas 2.7 EU ME LEMBREI DO SENHOR. "Lembrar-se" do
Senhor significa que Deus se torna uma presença real na vida do crente. É só
clamar a Ele com fé, em qualquer circunstância, para ser ouvido (cf. Dt 8.18).
Jonas 2.7 ENTROU A TI A MINHA ORAÇÃO. Quando os crentes oram,
devem crer que as suas orações chegam até a presença de Deus.
Jonas 2.9 SACRIFÍCIO... AGRADECIMENTO. Enquanto Jonas decidia
oferecer sacrifício em ação de graças (v. 9), Deus interveio em favor do
profeta (v. 10).
Jonas 2.10 ELE VOMITOU A JONAS NA TERRA. Até aqui, temos na narrativa a ocorrência de sete milagres: Deus
(1) provocou a grande tempestade (1.4);
(2) fez a sorte recair sobre Jonas (1.7);
(3) acalmou o mar (1.15);
(4) preparou o grande peixe para engolir o profeta (1.17);
(5) manteve-o com vida no ventre do peixe durante três dias
(v. 6; 1.17);
(6) fez com que o peixe conduzisse Jonas até a praia; e
(7) fez com que o peixe o vomitasse em terra seca.
Jonas 3.2 A PREGAÇÃO QUE EU TE DISSE.
(1) Jonas foi chamado pela segunda vez a pregar o juízo e
condenação contra Nínive (ver v. 4). Sua responsabilidade era entregar a
mensagem, quer os ninivitas a acolhessem, quer não.
(2) Os pregadores do evangelho são chamados de modo
semelhante a pregar "todo o conselho de Deus" (At 20.27; 2 Tm 4.2).
Devem pregar tanto a misericórdia quanto a ira de Deus, tanto o perdão quanto a
condenação; devem, ainda, tomar cuidado para não enfrequecer o evangelho,
evitando temas éticos e as doutrinas consideradas difíceis. Antes, devemos
pregar de tal maneira que os ímpios deixem os seus maus caminhos e se voltem
para Deus(ver At 14.15).
Jonas 3.3 UMA GRANDE CIDADE. A cidade de Nínive tinha mais de 120
mil habitantes (ver 4.11).
Jonas 3.5 OS HOMENS DE NÍNIVE CRERAM EM DEUS.
Arrependimento de
Nínive (3.5-9)
O Livro de Jonas contém o relato do maior reavivamento
registrado na Bíblia: toda a cidade de Nínive abandonou os seus caminhos
iníquos e voltou-se para Deus. Jonas foi também usado como instrumento de
arrependimento para os marinheiros, fazendo
com que eles se voltassem
para o Senhor
depois de o profeta ter
sido jogado ao
mar, aquietando-o. Parece
que ele obteve
mais resultados "por acaso" do que a
maioria dos profetas
obtiveram intencionalmente
(Isaías, Jeremias e
Ezequiel alcançaram poucos
resultados imediatos; Is 6.9-11; Jr 14.1 e ss.; 15.1 e ss.; Ez 3.7).
Questiona-se às vezes se o
arrependimento de Nínive
foi sincero. A
resposta do livro
de Jonas é que
evidentemente Deus o considerou sincero, pois
suspendeu o julgamento que lhes
tinha sido notificado (3.10). Jesus também testificou que "se arrependeram
com a
pregação de Jonas"
(Mt 12.41), o que
Israel deixou de
fazer com a pregação do Messias.
VEJAMOS:
(1) Os ninivitas aceitaram a mensagem de Jonas, crendo já
estarem condenados, a menos que se arrependessem. Como expressão de seu genuíno
arrependimento e humildade, jejuaram (cf. 1 Sm 7.6; 2 Sm 1.12) e vestiram-se de
panos de saco (um tecido grosseiro, geralmente feito de pêlo de cabra; cf. 2 Sm
3.31; 2 Rs 19.1,2).
(2) Jesus declarou que Nínive se levantará no Dia do Juízo
para condenar Israel por causa de sua incredulidade e dureza de coração (Mt
12.41).
Jonas 3.10 DEUS SE ARREPENDEU DO MAL. "Arrependimento"
de Deus (3.9-10)
O livro registra o fato de que Deus também "se
arrependeu" ou "compadeceu- se", conforme a maioria das versões
(Heb. nacham). A mesma palavra é usada para o arrependimento humano (Jó 42.6).
Outra palavra também é usada com o sentido de arrependimento e conversão: shub,
conforme está na frase "e se
converterão, cada um
do seu mau
caminho" (3.8-9). Significa "mudar de idéia". É aqui
empregada como uma expressão antropomórfica a fim de mostrar
o aspecto condicional
do julgamento divino,
o qual depende
das ações do homem. Esse princípio é declarado em Jeremias 18.8. A
afirmação de Números 23.19 (1Sm 15.29) de que "Deus não é homem (...) para
que se arrependa" fala da sua veracidade e do seu caráter imutável. O
julgamento de Deus depende sempre das ações do homem. Por ter o povo se
arrependido, Deus suprimiu o juízo.
VEJAMOS:
(1) O desejo primordial de Deus é usar de misericórdia, e
não executar o castigo que a sua justiça requer. O Senhor é um Deus que se move
de compaixão pelos pecadores que, sinceramente, se arrependem.
(2) Este livro ilustra a verdade bíblica de que Deus não
quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento, recebam o
perdão e a vida eterna (ver 2 Pe 3.9).
4.1 DESGOSTOU-SE JONAS EXTREMAMENTE. Arrependimento de Jonas
(Cps. 2, 4)
Embora o livro
registre o arrependimento inesperado
de um dos
maiores tiranos da história
antiga, sua ênfase
maior está no
arrependimento ou mudança de
Jonas. O arrependimento de
Nínive ocupa um
capítulo, mas a história
da preparação de
Jonas e seu
subseqüente treinamento são apresentados em
três capítulos (1,
2 e 4).
Parece que Deus
teve mais dificuldade em
aperfeiçoar Jonas do
que todo o
povo de Nínive.
Quando o profeta foi
conduzido ao ponto
de obediência, o
reavivamento ocorreu
naturalmente. A preparação de Jonas foi realizada em etapas. A experiência do
peixe preparou-o para Nínive, mas ele precisou de mais treinamento para voltar
a Israel. Se o arrependimento da cidade no capítulo três surpreende a todos, o
profeta desapontado do capítulo quatro causa-nos um choque. Ele parece estar
mais interessado em
que sua profecia
se cumpra, como
um crédito à sua
profissão, do que
a cidade de
Nínive seja poupada
do julgamento divino.
É desse modo que termina a história, deixando o leitor inteiramente desapontado
diante da atitude
do profeta. Jonas
parece ser irremediavelmente egoísta
e fanático, até lembrarmos que ele escreveu o livro, sem "dourar"
a sua própria imagem no final.
Essa imagem foi
obviamente destinada a
impressionar e humilhar Israel,
pois a atitude do profeta foi um reflexo da atitude do povo. Os judeus estavam
tão envolvidos com os seus próprios prazeres e prosperidade do período
áureo de Jeroboão
lI, que tinham
perdido de vista
a sua missão como povo da aliança divina. Jonas
irritou-se porque Deus resolvera perdoar os ninivitas. Ele não queria que o
Senhor poupasse este arquiinimigo de Israel.
VEJAMOS:
(1) O problema fundamental de Jonas era que ele não
priorizava a vontade de Deus. -Preocupava-se mais com a segurança física dos
israelitas.
(2) Os crentes podem estar preocupados com o
"sucesso" da igreja sem que estejam, todavia, no centro da vontade de
Deus, conforme os propósitos e padrões revelados na Bíblia.
Jonas 4.2 DEUS PIEDOSO. O livro da misericórdia universal de Deus (4.11)
Nenhum outro livro
do Antigo Testamento
ensina de maneira
tão enfática a extensão da misericórdia divina às nações
gentias. Essa perspectiva mundial da missão de Israel foi observada
anteriormente por Josué e Salomão (Js 4.24; 1Rs 8.43,60), mas tem sido muitas e
muitas vezes esquecida pela nação no decurso das suas muitas apostasias. Nesse
ponto central da história, Jonas foi usado para conclamar a nação a refletir
sobre o programa divino do julgamento universal dos
malfeitores e sua
oferta universal de
misericórdia para o arrependimento e fé. Frederick Faber,
Voice of Thanksgiving Hymnal (Hinário de
Ação de Graças),
expressou o seguinte:
"Pois o amor
divino excede a mente
humana, e o
coração do Eterno
Deus é de
uma bondade surpreendente".
VEJAMOS:
Deus é "piedoso" (gracioso; anela ajudar-nos);
"misericordioso" (sente compaixão);
"longânimo" (não deseja castigar os ímpios);
"grande em
benignidade" (é compassivo e clemente); e
"te arrependes
do mal" (i.e., deleita-se em abolir seus juízos quando nos arrependemos de
nossos pecados).
Estas características de Deus são reveladas por toda a
Bíblia (ver Sl 103.8; 111.4; 112.4; 145.8)
Jonas 4.3 MELHOR ME É MORRER. Jonas ficou tão frustrado e emocionalmente perturbado, que preferiu morrer. De alguma forma, achava que Deus se voltara contra ele e Israel, ao poupar os ninivitas.
4.6 E FEZ O SENHOR DEUS NASCER UMA ABOBOREIRA. Ao invés de
rejeitar a Jonas por causa de sua atitude, Deus compassivamente procura
convencê-lo, mediante o uso de uma planta de rápido crescimento. Com isto, o
Senhor mostra-lhe que se importava tanto com Israel quanto com as outras
nações.
Jonas 4.9 É ACASO RAZOÁVEL QUE ASSIM TE ENFADES... A ação de Deus,
mediante a aboboreira e o vento quente oriental (vv. 6-9), visava evidenciar o
interesse egoísta que Jonas demonstrava pelo seu próprio bem-estar físico, em
contraste com sua falta de solicitude pelos ninivitas. Jonas preocupava-se mais
com seu próprio conforto do que com a vontade de Deus concernente a Nínive.
Jonas 4.11 NÃO HEI DE EU TER COMPAIXÃO... DE NÍNIVE? Deus expressa seu amor a Nínive.
(1) É o amor do Criador pelas suas criaturas, embora estas
vivam no pecado e rebelião contra as suas leis. É um amor que vai muito além de
qualquer amor humano (cf. Rm 5.8).
(2) O amor de Deus pela humanidade estende-se além do seu
próprio povo, e alcança os perdidos em todos os lugares. Esta verdade foi
plenamente explicitada:
(a) quando Deus enviou seu Filho Jesus para morrer em prol
de toda a humanidade (Jo 3.16); e
(b) quando Jesus enviou os seus discípulos por todo o mundo a pregar o evangelho, e fazer discípulos
em todas as nações (Mt 28.18-20).
Cristologia de Jonas
A ênfase central de Jonas na misericórdia divina estendida a
todas as raças é exemplificada, de maneira
maravilhosa, no ministério
de Jesus. Ele
chamou todas as pessoas ao arrependimento, vindo como "luz para
alumiar as nações, e para glória de teu povo Israel" (Lc 2.32). Após sua
ressurreição, Jesus enviou os Doze para
fazer "discípulos de
todas as nações"
(Mt 28.19). A
relação cristológica mais específica
do livro, porém,
é a experiência
de Jonas no grande peixe como o antítipo de Cristo (Mt
12.40). Foi Jonas o único profeta indicado
por Jesus como
antítipo dele próprio.
Do mesmo modo
que Jonas esteve no
ventre do peixe
(lugar de morte)
durante três dias
e três noites, assim
o Filho do
Homem esteve no
coração da terra.
"Dia e noite"
era uma expressão hebraica
para qualquer parte
de um dia.
Como um antítipo
tem apenas um ponto de
analogia (como uma
parábola), do mesmo modo Jonas tipificou Cristo apenas em
um ponto, sua experiência no abismo da morte por um período de tempo (Jo
11.17,39). Jesus usou a experiência de Jonas para tipificar a maior verdade
bíblica: sua própria ressurreição dentre os mortos.
A CHAMADA DO CRENTE:
Mateus 28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.
(1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a
todos, de conformidade com a revelação no NT, da parte de Cristo e dos
apóstolos (ver Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de
enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).
(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na
remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom
do Espírito Santo (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração
perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu
(At 3.19,20; 1 Ts 1.10).
(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que
observarão os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto
original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o
testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias
espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de
membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que
observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e
vontade (cf. Jo 8.31).
(4) Note-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar
nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou
assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em Cristo devem abandonar o
presente sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2
Co 6.14), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11).
(5) Os que crêem em Cristo e no evangelho devem ser
batizados em água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia
à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar
sem reservas a Cristo e aos propósitos do seu reino (ver At 22.16).
(6) Cristo estará com seus seguidores obedientes, através da
presença e do poder do Espírito Santo (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a
todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder
(Lc 24.49; ver At 1.8)
Jeremias 1.5 ANTES QUE EU TE FORMASSE... TE SANTIFIQUEI. Antes de Jeremias nascer, Deus já havia determinado que ele seria profeta. Assim como Deus tinha um plano para a vida de Jeremias, Ele também tem um para cada pessoa. Seu alvo é que o crente viva segundo a sua vontade e deixe que Ele cumpra seu plano em sua vida. Assim como no caso de Jeremias, viver segundo o plano de Deus pode significar sofrimento; porém Deus sempre opera visando o melhor para nós (ver Rm 8.28).
Isaias 6.5 AI DE MIM! Isaías, ao contemplar a santidade de Deus, imediatamente reconheceu sua própria imperfeição e impureza, sobretudo quanto às suas palavras (cf. Tg 3.1-6). Reconheceu, também, as conseqüências de ver Deus face a face (cf. Êx 33.20) e ficou assombrado. Deus, então, purificou os seus lábios e o seu coração (cf. Lv 16.12; Jr 1.9) e o tornou apto a permanecer na sua presença como servo e profeta do Santo de Israel. Todos
aqueles que se acercam de Deus precisam receber o perdão dos
seus pecados e a purificação do seu coração pelo Espírito Santo (cf. Hb
10.19-22), pois somente Deus pode nos tornar puros como Ele mesmo requer.
O QUE TEMOS FEITO DE NOSSA CHAMADA?
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
FONTE DE PESQUISA. BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário