ESTUDOS NO EVANGELHO DE MATEUS – CAP 8, 9 E 10
MATEUS 8.10 TANTA FÉ.
A fé do centurião ia além de qualquer outra que Jesus vira entre os judeus,
porque reunia o cuidado amoroso pelo próximo e uma grande confiança em Cristo.
O relato deste fato, bem como a aplicação que Cristo dele fez, concernente aos
judeus incrédulos (vv.11,12), é uma advertência ao crente, de que ele pode ser
privado das bênçãos divinas por apegar-se a tradições humanas ou deixar de crer
no poder de Deus.
MATEUS 8.22 DEIXA AOS
MORTOS SEPULTAR OS SEUS MORTOS. Esta expressão de Jesus significa: Deixa os
espiritualmente mortos sepultar os fisicamente mortos . O discípulo do
versículo 21 provavelmente queria ficar com seu pai idoso e incrédulo até que
este morresse.
MATEUS 9.11 JESUS
COMENDO COM PECADORES. Temos nos versículos 11,12, a regra para nos orientar em
nosso contato com os incrédulos. Esse contato não deve ser para busca de
prazer, nem para estreita comunhão, mas para mostrar-lhes o caminho da salvação
(v. 12; Sl 1.1). Em nenhuma hipótese o crente deve namorar ou casar com um
não-crente (ver 1 Co 7.39)
MATEUS 9.15 E ENTÃO
JEJUARÃO. Fica claro que Jesus esperava que os crentes jejuassem depois da sua
partida. Os dias da ausência do Noivo são a presente era, que começou no
momento da ascensão de Jesus até à sua volta. A igreja espera essa volta do
Noivo (25.6; ver Jo 14.3). O jejum nesta era é, portanto:
(1) um sinal do anseio do crente pela volta do seu Senhor;
(2) uma preparação
para sua volta;
(3) um pesar por sua ausência;
(4) um sinal de tristeza pelo pecado e decadência do mundo
(ver 6.16 nota).
MATEUS 9.17 VINHO
NOVO EM ODRES VELHOS. Este versículo é interpretado de várias maneiras pelos
comentaristas.
(1) O vinho novo era suco fresco de uva. À medida que ele
começava a fermentar, os odres novos (feitos de peles) esticavam-se sem se
romper, ao passo que se fossem odres velhos se romperiam. O vinho novo
representava o evangelho como sendo uma mudança fermentadora que as antigas
formas do judaísmo não podiam comportar. Há dúvidas sobre este ponto de vista,
pois aqueles que estão familiarizados com o processo da fermentação declaram
que até mesmo odres bem novos e fortes se romperiam pela ação violenta da
fermentação, uma vez lacrados (ver Jó 32.19).
(2) Uma segunda interpretação entende que a parábola
ressalta a importância de se conservar tanto o vinho novo quanto os odres novos
(v. 17).
(a) O vinho novo era suco fresco de uva , não fermentado,
representando a mensagem salvífica original de Jesus Cristo e o poder do Espírito
Santo, demonstrados no dia de Pentecoste. O empenho máximo de Jesus era que o
evangelho original, juntamente com o poder redentor do Espírito Santo, não
sofressem qualquer mudança, corrupção ou perda. Esta interpretação tem o amparo
da solicitude de Cristo, no sentido de que o evangelho (o vinho novo) não seja
alterado pelos ensinamentos (o fermento) dos fariseus e do judaísmo (o fermento
como elemento fermentador e modificador da massa, cf. 16.6,12; Êx 12.19; 1 Co
5.7).
(b) Nos tempos antigos, a fim de conservar a doçura do suco
por um período adequado de tempo, o povo coava ou fervia o suco, engarrafava-o
e o colocava num lugar fresco. Eram
necessários odre novos, porque estariam livres de toda matéria residual
fermentadora, tal como células maduras de levedura. Se colocado em odres
velhos, o vinho novo começaria mais facilmente a fermentar por causa dos
resíduos fermentadores existentes nos odres. A fermentação resultante passaria,
então, a causar a perda, tanto do vinho novo quanto dos odres (que se romperiam
por causa da pressão). Columela, o grande especialista romano em agricultura,
do século I d.C., escreveu que, para se conservar o vinho novo sempre doce ,
deve-se colocá-lo num vasilhame novo, lacrado (Da Agricultura, 12.29)
MATEUS 9.17 VINHO NOVO...
SE CONSERVAM. A ênfase de Cristo recai aqui sobre a preservação do vinho novo
pelo tempo que for possível.
MATEUS 9.37 A SEARA É
REALMENTE GRANDE. Jesus admoesta a todos os crentes a estarem sempre
conscientes de que os perdidos têm uma alma eterna, de valor incalculável, e
que terão que passar a eternidade no céu ou no inferno, e que muitos poderão
ser salvos se alguém tão somente lhes anunciar o evangelho (ver 10.28).
MATEUS 9.38 ROGAI, POIS, AO SENHOR DA SEARA. Este
versículo contém um dos princípios espirituais de Deus. Antes de Deus realizar
uma obra, geralmente Ele conclama seu povo à oração. Uma vez o povo em oração,
Deus realiza a obra. Portanto, Deus se limita às orações do seu povo. Fica
claro, no contexto (9.35; 10.1,8), que o tipo de obreiro que Jesus deseja no
seu reino é aquele que
(1) ensina e prega o
evangelho do reino (9.35),
(2) cura os enfermos (9.35; 10.1,8) e
(3) expulsa os espíritos imundos (10.1,8).
MATEUS 10.1 PODER SOBRE OS ESPÍRITOS IMUNDOS. Jesus quer que seus
seguidores lutem contra as forças do mal, expulsando os espíritos malignos e
curando os enfermos. Essa demonstração de autoridade divina no conflito
espiritual é a continuação da manifestação do reino de Deus na terra.
MATEUS 10.7 PREGAI... O REINO. O contexto (vv. 1,8) deixa claro que
a pregação do reino de Deus deve ser acompanhada da manifestação do poder de
Deus contra as forças do pecado, da enfermidade e de Satanás . O propósito de
Cristo é que o reino de Deus e o seu poder estejam próximos (i.e., presentes )
para levarem a salvação, a graça e a cura ao povo de Deus. Quando o reino dos
céus não se manifesta entre o povo de Deus, os fiéis devem abandonar o
mundanismo e tudo quanto não agrada a Deus, buscar primeiro o reino de Deus e a
sua justiça (6.33), e orar Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade (6.10;
cf. Mc 9.29)
MATEUS 10.19 O QUE HAVEIS DE FALAR. Exemplos do cumprimento desta
promessa de Cristo estão em Atos 4.8-12,19,20; 21.39 22.21; 23.1,6; 24.10-21;
26.1-29. Depois do Pentecoste, o Espírito foi derramado em toda a sua
plenitude, outorgando aos crentes poder para testemunhar (At 1.8).
MATEUS 10.23 CIDADES DE ISRAEL. Cristo provavelmente quis dizer aos
seus discípulos que o evangelho continuaria a ser proclamado aos judeus até a
sua volta.
MATEUS 10.26 NÃO OS TEMAIS. O trabalho dos discípulos por Cristo, e
sua luta contra Satanás, expo-los-á aos contra-ataques deste (vv. 16-25), mas
eles não deverão temer, porque o Espírito Santo e o Pai os susterá (vv. 20,
29-31). Devem permanecer fiéis à Palavra de Cristo, pregando-a com franqueza, clareza
e destemor.
MATEUS 10.28 INFERNO. A palavra traduzida inferno (gr. gehenna) nesta
passagem (ver Jr 7. 31) refere-se a um lugar de tormento eterno e de fogo
inextingüível, reservado aos ímpios (cf. Mc 9.43, 48). A Bíblia ensina que a
existência do homem não termina com a morte, mas que continua para sempre, ou
na presença de Deus, ou num lugar de tormento. A respeito do estado dos
perdidos, na outra vida, devemos notar os seguintes fatos:
(1) Jesus ensinou que há um lugar de castigo eterno para
aqueles que são condenados por rejeitarem a salvação (5.22, 29, 30; 10.28;
18.9; 23.15, 33; Mc 9.43, 45, 47; Lc 10.16, 12.5; 2 Ts 1.8,9).
(a) Trata-se da terrível realidade do inferno, como o lugar
onde o fogo nunca se apaga (Mc 9.43);
(b) O fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos
(25.41); um lugar de pranto e ranger de dentes (13.42,50);
(c ) um lugar onde os perdidos ficarão aprisionados nas
trevas (22.13); e
(d) um lugar de tormento e angústia e de separação do céu
(Lc 16.23).
(2) O ensino nas Epístolas é do mesmo teor. Fala de um
julgamento vindouro da parte de Deus. Da sua vingança sobre os que desobedecem
ao evangelho (2 Ts 1.5-9). Fala de uma separação da presença e da glória do
Senhor (2 Ts 1.9), e da destruição dos inimigos de Deus (Fp 3.18,19; ver também
Rm 9.22; 1 Co 16.22; Gl 1.9; Hb 10.27; Jd 7; 2 Pe 2.4; Ap 14.10; 19.20; 20.10,
14).
(3) A Bíblia ensina que é inevitável o castigo dos
malfeitores. O fato predominante é a condenação, o sofrimento e a separação de
Deus, eternamente. O cristão sabe que essa doutrina não é agradável, nem de
fácil entendimento. Mesmo assim, ele deve submeter-se à autoridade da Palavra
de Deus e confiar na decisão e na justiça divinas.
(4) Devemos sempre ter em mente que Deus enviou seu Filho
para morrer por nós, para que ninguém pereça (Jo 3.16). É intenção e desejo de
Deus que ninguém vá para o inferno. Quem for para o inferno é porque rejeitou a
salvação provida por Deus (Rm 1.16; 2.10). O fato e a realidade do inferno
devem levar todo o povo de Deus a aborrecer e repelir o pecado com toda
veemência; a buscar continuamente a salvação dos perdidos, e a advertir todos
os homens a respeito do futuro e justo juízo de Deus (ver Ap 20.14).
MATEUS 10.31 MAIS VALEIS VÓS. Jesus ensina que os fiéis filhos de
Deus têm grande valor para seu Pai celestial.
(1) Isto significa que Deus se importa com você e com suas
necessidades pessoais; Ele anseia tanto pelo seu amor e a comunhão com você que
enviou Jesus para morrer na cruz por você (ver Jo 3.16). Você nunca está longe
da sua presença, cuidados e solicitude. Ele conhece todas as suas necessidades,
provações e tristezas (6.8).
(2) Você é tão importante para Deus que Ele preza sua
fidelidade, seu amor e sua lealdade para com Ele, acima de todas as coisas
terrestres.
(3) Quando você tem fé inabalável em Cristo, comprovadamente
genuína em meio às provações e aflições, é glória e honra para Ele. Leia as
promessas que se acham nos Sl 91.14-16; 116.15; Is 49.16; Mt 11.28,29; Lc
12.32; Jo 13.1; 14.3; 17.24; Rm 8.28; 1 Jo 4.19.
MATEUS 10.32 CONFESSANDO A JESUS DIANTE DOS HOMENS. Confessar (gr.
homologeo) a Cristo significa reconhecê-lo como Senhor da nossa vida, e isso
abertamente diante de outras pessoas, até mesmo daqueles que se opõem a seus
caminhos e aos seus padrões.
MATEUS 10.34 NÃO VIM TRAZER PAZ. Embora Jesus Cristo seja chamado o
Príncipe da Paz (Is 9.6; cf. Mt 5.9; Rm 5.1), e embora a verdade deva ser
proclamada com amor (Ef 4.15), há um sentido em que a sua vinda e a proclamação
do evangelho provocam divisões.
(1) A fé em Cristo fazseparação entre o crente, o pecador e
o mundo (vv. 32-37; Lc 12.51-53; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO
CRENTE).
(2) A proclamação da
Palavra de Deus e a sua verdade motivarão oposição, divisão e perseguição
(12.24; 14.4-12; 27.1; At 5.17; 7.54-60; 14.22).
(3) Viver segundo os retos padrões de Cristo resultará em
zombaria e deprezo (5.10,11).
(4) A defesa da fé apostólica do NT provocará divisões (Fp
1.15-17; 2 Co 11.12; ver 2 Tm 1.15).
(5) Os ensinamentos de Cristo a respeito da paz e da união
devem ser mantidos em harmonia com essa verdade, de que Ele não veio trazer
paz, mas espada (v. 34; ver Jo 17.21)
MATEUS 10.41 UM PROFETA... UM JUSTO. Jesus fala em receber alguém
que é profeta e justo; aqueles que são mais freqüentemente perseguidos por
causa da sua posição firme em favor da piedade e por causa da sua proclamação
da verdade (ver 5.10). Por essa razão, aqueles que acolhem o profeta de Deus e
recebem a sua mensagem, receberão o galardão especial da parte de Deus.
(1) Isto significa que se nossa dedicação à verdade e à
justiça é tão sólida que dedicamos nossa vida à assistência, cooperação e ao
conforto dos ministros de Deus que são realmente justos, nosso galardão será o
mesmo daquele profeta ou justo que ajudamos.
(2) Por outro lado, não devemos apoiar, assistir ou cooperar
com pastores e pregadores que não proclamam a verdade de Deus de conformidade
com a revelação do N T, ou que não vivem uma vida piedosa, segundo os padrões
justos de Deus. Se apoiarmos tais pessoas, participaremos do juízo que virá
sobre elas.
FONTE DE PESQUISA;
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
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