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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ELIAS, O TISBITA - LIÇÃO 02 - COM SUBSÍDIOS -



Lição 2 - 13 de Janeiro de 2013
ELIAS, O TISBITA

TEXTO AUREO
E ele lhes disse: Qual em o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita” (2 Rs 1.7,8).


VERDADE PRATICA
A vida de Elias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.

LEITUR DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 18.36 - O Deus de Elias
Terça - 1 Rs 18.41-45 - A fé de Elias
Quarta - 1 Rs 1 7.1  - A vocação de Elias
Quinta - 2 Rs 9.35,36 - A natureza do ministério de Elias
Sexta - 1 Rs 18.18 - A função social do profeta Elias
Sábado - Mt 17.10-13 – O lugar de Elias nas Escrituras

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  1 Reis 17.1-7


INTERAÇÃO

Sobre o chamado de Elias — como ele se deu (onde e quando) — as Escrituras silenciam. Em contrapartida, a Bíblia mostra um Elias ousado, temente a Deus e pronto para realizar a vontade divina. Isso é fruto de uma verdadeira vocação divina.
O verdadeiro chamado nasce no coração. Ele arde como chama interior. Porém, se desenvolve para muito além do recôndito da alma. O chamado de Deus na vida de uma pessoa também floresce publicamente. Vai além da família e da igreja local. Esse chamado que inunda à alma, a igreja reconhece, a liderança confirma e Deus usa. Afinal de contas, qual é o seu chamado?

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever a vocação e a chamada de Elias.
Compreender como se deu a atuação do profeta Elias.
Destacar o papel de Elias junto a monarquia e nas Escrituras.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para concluir a lição desta semana, sugerimos uma atividade prática. Você vai precisar de papel ofício e caneta. Distribua-os à classe.
Em seguida solicite a cada aluno para que escreva o que mais gostam de fazer na vida. Logo após, pergunte se o que apontaram tem haver com o chamado pessoal de Deus. Conclua a atividade explicando o quanto eles precisam considerar o chamado do Eterno nas esferas de suas vidas. Afirme que tal chamado pode ou não se dar na esfera eclesiástica, mas também na “secular”.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos mais detalhadamente os fatos relacionados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a identidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisbita, dos moradores de Cileade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um grande espaço na história bíblica posterior. Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.

Palavra chave
Vocação: Escolha, chamamento, disposição.


I - A IDENTIDADE DE ELIAS

1. Sua terra e sua gente.
O relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (1 Rs 1 7.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Cileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.1 7; 2 Rs 1.3,8;9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa!

Davi, Pedro, Paulo, também construíram uma história cheia de sentido e significância. Todos nós deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para a posteridade.

2. Sua fé e seu Deus.
O nome do profeta Elias já revela algo de sua identidade, pois significa Javé é o meu Deus ou ainda Javé é Deus. Elias era um israelita e como tal professava sua fé no Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo.

Com o desenrolar dos fatos vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo” (1 Rs 1 8.36). Deus era o Senhor dos patriarcas; da nação de Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus! Assim como Elias, o crente deve saber de forma precisa quem é seu Deus para que dessa forma possa ter uma fé viva e não vacilante.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Elias era oriundo de Tisbe, lugarejo a leste do Rio Jordão. Seu nome significa “Javé é o meu Deus".

RESPONDA

1. Qual o significado do nome Elias?

II - O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE ELIAS

1. Sua vocação e chamada.
A vocação e chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1).
Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.
De uma forma geral todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.

2. A natureza do seu ministério.
A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs9.37).
Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.
De nada adianta possuir um ministério marcado pela popularidade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
A inspiração e a autoridade encontradas em Elias denotam a natureza divina do seu ministério.

RESPONDA
2. Que fatos autenticam o ministério profético de Elias?

III - ELIAS E A MONARQUIA

1. Buscando a justiça.
Na história do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus.
Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muito clara (1 Rs 21.1 -16). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!

2. A restauração do culto.
Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 18.30).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Elias denunciou que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Senhor.
RESPONDA
3. Descreva a atuação de Elias durante a monarquia na qual viveu.

IV - ELIAS E A LITERATURA BÍBLICA

1. No Antigo Testamento.
Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Elias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico.
Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes “do grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).

2. No Novo Testamento.
Em o Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés falavam com o Salvador acerca da sua “partida” (Mt 1 7.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc 6.15; 8.28).

SINOPSE DO TÓPICO (4)

Com Elias, o Antigo Testamento destaca o desenvolvimento da tradição profética no regime monárquico.

RESPONDA
4. Que fatos podem ser destacados sobre o ministério de Elias no Antigo Testamento?
5. Cite peio menos três referências bíblicas sobre Elias em o Novo Testamento.

CONCLUSÃO

Os comentaristas bíblicos observam que os capítulos 17—22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mostram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação da ira divina. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pecado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Sociológico
 A Profecia entre os Hebreus

Dos nomes hebreus aplicados aos profetas como representantes de um movimento espiritual em Israel, o termo nabhi’foi, sem dúvida alguma, o mais largamente usado.
Originalmente pensava-se que era derivado de uma raiz indicando um ‘orador’, mas agora é sabido que seu significado básico é ‘chamar’.
O nabhi’ era, portanto, um indivíduo que tinha sido chamado por Deus para algum propósito específico, e que assim mantinha um relacionamento espiritual em particular com Ele. O profeta era essencialmente uma figura carismática, autorizado a falar ; aos israelitas em nome do seu Deus. Antes da época de Samuel, tais ! indivíduos eram geralmente designados nados como um ‘homem de Deus’, e na mesma época de Saul e Davi essa expressão era aparentemente  sinônimo de nabhi’.

As declarações dos profetas hebreus eram consequência direta de seu relacionamento espiritual com Deus, e, em essência, abrangiam variações sobre temas teológicos e da aliança cultuados na Lei. De fato, não há uma única doutrina profética que já não tenha sido apresentada, ao menos na forma embrionária, na Tora; deste modo, os profetas podem ser considerados comentadores além de pioneiros doutrinários (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p.21 8).

VOCABULÁRIO

Carismática: Relativo a quem tem carisma. Força divina conferida a uma pessoa.
Recôndito: Oculto, escondido. Eclesiástica: Pertencente ou relativo à Igreja; eclesial.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009.
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1. ed. Rio de Janeiro: 2008.



SUBSÍDIOS
2REIS  17.1 ELIAS. Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. O nome Elias, que significa "o Senhor é meu Deus", fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (18.21,39). Os fatos principais da sua vida acham-se em 1 Rs 17-19; 21.17-29; 2 Rs 1-2.
(1) A vida de Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus de Israel (18.21,36,37). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre Deus e Israel.
(2) O AT no seu final, registra a profecia que Elias reaparecerá "antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR" (Ml 4.5); esta profecia cumpriu-se parcialmente em João Batista (Mt 11.7-14; Lc 1.17) e poderá ter um cumprimento futuro antes da volta de Cristo (cf. Mt 17.11; Ap 11.3-6; ver Ap 11.3).
(3) A fidelidade inabalável de Elias a Deus e ao seu concerto, faz dele para todo o sempre, um exemplo de fé, destemor e lealdade a Deus, ante intensa oposição e perseguição, e um exemplo de resoluta persistência em opor-se às falsas religiões e aos falsos profetas.

2REIS  8.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor do Senhor Jesus Cristo (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17).
(1) Era um verdadeiro "homem de Deus" (17.24), que falava, não para agradar às multidões, mas como um servo fiel de Deus (cf.Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17).
(2) Assim como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro Deus de Israel, todos os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de Cristo contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17; Jd v. 3).

2REIS  18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS. De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18;). A oração de Elias era:
(1) a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18),
(2) a oração de um homem, de natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17),
(3) a oração da fé, sincera e persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18; Hb 11.6), e
(4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)



I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA ELIAS
De repente, Elias é apresentado aos leitores da Bíblia (I Rs 17.1). Como podemos ver, o texto não faz referência de seus ascendentes, contrariando os costumes dos hebreus. Em virtude disso alguns críticos pensam que tais personagens (sem nenhum registro genealógico) eram fictícias. No entanto, os apóstolos e o próprio Jesus Cristo fizeram referência a Elias, dando provas de que ele realmente existiu (Rm 11.2; Tg 5.17; Lc 4.26). Vejamos algumas informações a cerca deste profeta:
1.1 Nome. O nome desse profeta é composto por dois nomes divinos: El Yah. O primeiro significa “Deus”, e o segundo é uma abreviação do nome de Yahweh. Portanto o nome de Elias no hebraico é “Elyahu” que significa: “Jeová é Deus”.
Como podemos ver, o próprio nome de Elias era uma espécie de proclamação de sua mensagem “...Vive o SENHOR Deus de Israel...” (I Rs 17.1). Foi denominado pela maioria dos estudiosos como o “profeta do fogo” (I Rs 18.24,38).
1.2 Lugar de origem. Quanto ao lugar de onde o profeta Elias advém, a Escritura nos diz:“Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (I Rs 17.1-a). O adjetivo “tisbita” indica que ele era natural de Tisbe, que segundo alguns historiadores ficava em Gileade, entre os rios Jarmuque e Jaboque na Transjordânia (MOODY, sd, p. 58).
1.3 Características pessoais. Embora pelos registros bíblicos poucas coisas se saibam sobre a história pessoal e da família de Elias, várias características pessoais podem ser destacadas: vestia-se de uma maneira diferenciada (II Rs 1.8);
(1) era um homem dotado de grande autoridade espiritual, pois do contrário, não teria tido acesso ao rei (I Rs 17.1; 18.15,16); 
(2) era fisicamente forte, visto que correu adiante do carro de Acabe, desde o monte Carmelo até a entrada de Jezreel (I Rs 18.42-46); 
(3) vivia na prática da oração (I Rs 17.20; 18.36-38; 18.42-46); 
(4) no entanto, seu lado humano ficou evidente por seu desencorajamento diante das ameaças de morte por Jezabel (I Rs 19.1-4).
1.4 Vocação e tarefa. 
(1) Elias é considerado como homem de Deus e profeta (I Rs 17.24; 19.10,14; II Rs 1.9). 
(2) Seu ministério foi marcado por operações miraculosas, tais como: cessação da chuva por três anos e meio (I Re 17.1); 
(3) multiplicação da farinha e azeite para seu sustento, da viúva e do seu filho (I Rs 17.14-16); ressurreição do filho da viúva
(4) (I Rs 17.20-23); retorno da chuva (I Rs 18.1; 41-45); 
(5) fez cair fogo do céu (II Rs 1.10); e subiu ao céu num redemoinho (I Rs 2.11). 
(6) Elias foi o instrumento de Deus para tentar fazer com que o Reino do Norte (Israel-Samaria) voltasse para o Senhor a fim de que evitasse o cativeiro Assírio.
1.5 Período que profetizou. Como Elias profetiza durante o reinado de Acabe e parte da administração de Acazias, podemos concluir que ele exerceu seu ministério em (874 a 852 a.C.).
II – A SITUAÇÃO DO REINO DO NORTE NO PERÍODO DE ELIAS
2.1 Situação política. O Reino do Norte (Israel-Samaria) estava passando por um horrível momento de crise política, pois uma sequência de reis perversos haviam assumido o trono: Baasa (I Rs 15.33,34); 
(1) depois Elá seu filho reinou também (I Rs 16.8,13); 
(2) em seguida Zinri (I Rs 16.15,18,19); 
(3) ainda veio Onri que foi constituído pelo povo como rei sobre Israel (I Rs 16.16,22,25); 
(4) e, por fim, reinou Acabe que, segundo o relato bíblico, ultrapassou a maldade dos reis que lhe antecedera (I Rs 16.28-30).
2.2 Situação social. Acabe reinou no período de (874 a 853 a.C.), foi o mais destacado monarca da dinastia de Onri. Herdeiro de um reino que tinha favoráveis relações políticas com as nações circunvizinhas, Acabe expandiu com êxito os interesses políticos e comerciais de Israel, durante os vinte e dois anos de seu reinado. Por toda a nação de Israel, Acabe construiu e fortificou muitas cidades, incluindo Jericó (I Rs 16.34; 22.39). Além disso, ele impôs tributo a Moabe, na forma de gado (II Rs 3.4), o que lhe conferiu favorável balança comercial com a Síria e a Fenícia. Assegurou uma política de amizade com Judá, por meio do casamento de sua filha, Atalia, com Jeorão, filho de Josafá. Mantendo a paz e desenvolvendo um comércio lucrativo, Acabe pôde dar prosseguimento ao programa de construção de Samaria (SCHULTZ, 2009, pp. 208,209).
2.3 Situação espiritual. Embora Onri, rei que antecedera a Acabe, tenha introduzido em Israel a adoração a Baal (I Rs 16.25,26), foi Acabe quem promoveu a adoração a esse ídolo. A Bíblia diz que na grande capital de Samaria ele erigiu um templo dedicado a Baal (I Rs 16.30-33). Centenas de profetas falsos foram levados a Israel, para que o baalismo se tornasse religião do povo governado por Acabe. Diante disso Acabe adquiriu uma má reputação de ser o mais pecaminoso de todos os monarcas que governaram em Israel, pois irritara ao Senhor com a propagação da idolatria (I Rs 16.33).
III – A ATUAÇÃO DE ELIAS NO REINO DO NORTE
A Bíblia nos mostra que a monarquia foi instituída depois de alguns séculos da morte de Moisés (I Sm 8.5-7). No entanto, ele havia profetizado o surgimento do rei entre os hebreus (Dt 17.14) e direcionado por Deus traçou o perfil do monarca quando estivesse no governo: 
(1) ser escolhido pelo Senhor e não ser estrangeiro (Dt 17.15); 
(2) não acumular riquezas e mulheres (Dt 17.16,17); e 
(3) ter uma cópia da Lei sempre ao seu lado para lembrar-se das normas do Senhor ali contidas (Dt 17.18,19). Apesar destas recomendações, muitos reis principalmente do Reino do Norte, procederam impiamente, tanto na área política, quanto social e principalmente religiosa.
3.1 Os profetas e a questão política. A relação entre os profetas e reis foi sempre tensa. Às vezes, os profetas serviam como conselheiros do rei, tais como: Natã, Gade e Isaías (II Sm 7.2,3; 24.18,19; Is 37.21-35). Por outro lado, o Antigo Testamento também apresenta uma longa lista de profetas censurando pecados dos reis entre eles Elias (I Rs 18.17,18).
Por não ser entendido pelo ímpio rei Acabe, o profeta Elias fora acusado de ser um perturbador (I Rs 18.17), simplesmente porque o profeta como porta-voz divino, colocava-se contra as práticas idolátricas deste monarca. Na verdade, Elias responde ao rei quem realmente era que estava causando perturbação a Israel: “Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai...” (I Rs 18.18).
3.2 Os profetas e a questão social. Quanto a justiça social, o assunto recebe um grande destaque na Lei. Ela legisla sobre a necessidade de ser bondoso com o necessitado (Dt 24.14); estabeleceu que o patrão deve cumprir suas obrigações com os assalariados (Dt 24.15); ordenou a respeitar o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva (Dt 24.17) entre outras coisas (Êx 22.22; Dt 23.24,25; Dt 15.1-18). No entanto, o capítulo 21 de I Reis mostra-nos que Acabe junto com sua esposa Jezabel, planejou de maneira criminosa possuir a vinha de Nabote. Visto que Nabote possuía uma vinha junto ao palácio real, e que mesmo sob a proposta de Acabe de adquiri-la por dinheiro ou troca, não a vendeu (I Rs 21.2). O casal então tramou possuir a vinha de Acabe, acusando-o de blasfemar a Deus e ao rei, por testemunhas falsas, o que o levou a morte como punição (I Rs 21.10-14), e em seguida Acabe apoderou-se da vinha (I Rs 21.14-16). Essa injustiça cometida pelo ímpio casal não ficou impune, pois Deus ordenou que o profeta Elias lhes dirigisse uma árdua mensagem (I Rs 21.17-23).
3.3 Os profetas e a questão religiosa. 
(1) O rei Acabe tomara como esposa a Jezabel, uma mulher pagã (I Rs 16.31). 
(2) Ao rei faltavam convicções religiosas, pelo que ela estabelecera a adoração típica dos fenícios em larga escala, em território israelita. E Israel ficou repleto de sacerdotes e profetas de Baal (I Rs 18.22). 
(3) Os profetas de Jeová eram perseguidos e muitos deles morreram por causa disso e outros ocultaram-se em cavernas, a fim de escaparem da morte (I Rs 18.4). 
(4) As ações de Acabe e sua mulher Jezabel influenciaram o povo de Israel negativamente, de modo que o profeta ora a Deus dizendo: “...deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem” (I Rs 19.10). 
(5) Elias, na qualidade de profeta principal da época, tinha a árdua missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (I Rs 18.30).
IV – A MISSÃO DE ELIAS UMA FIGURA DA MISSÃO DA IGREJA
A missão profética da igreja é definida pela palavra grega Kerigmaque é traduzida por “pregação” (Rm 16.25; 1 Co 1.21; 2 Tm 2.17; Tt 1.3), e“proclamação” (Lc 4.18; 1 Ts 2.9 – Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada). É a tarefa exercida pela Igreja de Cristo após sua ascensão, que tem como objetivo dar continuidade ao ministério de Cristo Jesus (Mt 28.19-20; Mc 16.15; At 1.3-5) da seguinte forma: 
(1) proclamando o reino de Deus (Mt 28.19-20; Mt 4.17; Mc 1.15; 16.15); 
(2) denunciando o pecado e chamando os homens ao arrependimento (At 2.38; 3.19), através da mensagem profética de Deus que foi prefigurada nos profetas do A.T (Hb 11.13; Rm 16.25) que vislumbravam a revelação de uma verdade mais plena (pois segundo Hb 10.1, viviam apenas na Sombra), mas agora, revelada na presente dispensação à Igreja de Jesus (Rm 16.26; 1 Co 2.7; Ef 1.9; 3.3,4,9; 5.32; 6.19).
CONCLUSÃO
Como pudermos ver, Deus prepara maravilhosamente os homens para a obra a que os chama. Os tempos de extrema apostasia durante o reinado de Acabe eram adequados para um homem como Elias, ou seja, ele era apto para esses tempos, pois o Espírito do Senhor sabe equipar pessoas para cada ocasião. Como tem capacitado sua Igreja para a
sua principal tarefa: a evangelização.
REFERÊNCIAS
• SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia. CPAD.
• CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

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