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terça-feira, 16 de abril de 2013

AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO - LIÇÃO 03 COM SUBSÍDIOS


ImagemLições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2013
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 3: As bases do casamento cristão
Data: 21 de Abril de 2013
TEXTO ÁUREO
“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).
VERDADE PRÁTICA
O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo.
Sem amor não há casamento feliz.
HINOS SUGERIDOS
299, 398, 531.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 13.4 O valor espiritual do casamento
Terça – Ef 5.25 O amor do marido pela esposa
Quarta – Tt 2.4 O amor da mãe pelos filhos e o marido
Quinta – 1 Pe 3.7 O esposo deve honrar a esposa
Sexta – Ef 5.33 A mulher reverencia o marido
Sábado – 1 Co 7.2 O casamento resguarda da prostituição
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.22-28,31,33.
22 – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
23 – Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 – De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 – Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 – Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 – Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 – Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
31 – Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
33 – Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
OBJETIVOS
Após esta aula, você deverá estar apto a:
  •     Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento.
  •     Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.
  •     Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Amor Conjugal: O amor entre os cônjuges.
Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
Um plano global. Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2.24). É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas, crentes ou não: que a humanidade cresça e, através da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.
Os indicadores da vontade de Deus. Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:
a) A Paz de Deus no coração. Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções (Cl 3.15).
b) O comportamento pessoal. Se alguém não honra os pais, como honrará o seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio a ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina. Tal relacionamento não dará certo.
c) Naturalidade. Procurar “casa de profetas” para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que Deus está de acordo com esta união.
d) Os princípios de santidade. Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina. Portanto, se o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1 Co 6.18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.
O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
O dever primordial do casal. O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrário, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: “vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.
O amor gera união plena. A união é o resultado do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois numa [só] carne” (Ef 5.31). Por isso, o apóstolo Paulo ensina: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (1 Co 7.3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento; marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.
A FIDELIDADE CONJUGAL
Fator indispensável à estabilidade no casamento. Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher (1 Co 6.15-20).
Cuidado com os falsos padrões. O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges. Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.
CONCLUSÃO
Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus. Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia, a sociedade será enferma.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.




LIÇÃO 03 – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO - 
2º TRIMESTRE 2013
(Ef 5.22-28,31,33)
INTRODUÇÃO
 Nesta lição definiremos o termo “base” e sua aplicação no contexto da lição. Destacaremos quais as bases de sustentação de um casamento cristão. Veremos também as caraterísticas do amor ágape destacadas por Paulo na carta endereçada aos coríntios. Por fim, veremos também quais recomendações o apóstolo Paulo dá a mulher e ao marido a fim de que vivam bem e harmoniosamente.
I  - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “BASE”
            O termo “base” do grego “básis” significa literalmente “planta do pé”. O Aurélio diz que a palavra base significa: “tudo quanto serve de fundamento, apoio ou sustentáculo”; parte inferior onde alguma coisa repousa ou se apoia. Figuradamente significa: “origem, princípio, fundamento”. No contexto da nossa lição, diz respeito as colunas de  sustentação em que deve estar fundamentada a família segundo o padrão divino revelado nas Escrituras Sagradas. 
II – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
            O casamento é comparado a uma construção (Pv 14.1). A expressão “edificar” usada no referido texto, no hebraico é bãnãh que significa: “construir, fundar, estabelecer, edificar, reedificar”. A Bíblia nossa “regra de fé e prática”, nos mostra sobre quais bases o casamento cristão deve estar edificado. Vejamos algumas delas:
2.1 A pessoa de Deus (o autor do casamento). A Bíblia nos mostra que Deus é o criador do casamento (Gn 2.18-25). 

Como tal, Ele estabeleceu o padrão para o matrimônio que deve ser: heterossexual (Gn 1.27);  

monossomático (Gn 2.24);  

indissolúvel (Gn 2.24; Mt 19.6) e  

monogâmico (Gn 2.18). 

Portanto, a coluna principal de sustentação do lar é o próprio Deus, visto que Ele se compara a uma rocha que tem o sentido de fundamento (Dt 32.4; I Sm 2.2; Is 44.8) e o lar que nele está edificado não é destruído (Sl 127). 

Também o salmo 128 conhecido como o “salmo da família”, nos mostra claramente os benefícios decorrentes de um lar que tem o Senhor como alicerce: Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.
2.2 APalavra de Deus (a direção para o casamento). Quem constrói o seu casamento sobre o fundamento da Palavra de Deus, manterá seu lar firme, mesmo diante das provações. Jesus afirmou que quem ouve os seus ensinamentos e vive de acordo com eles é “comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24,25). 

Apesar dos temporais, essa casa permanece firme. Mas também, Jesus falou que quem ouve as suas palavras e não as pratica “é semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia” (Mt 7.26,27). 

Esta casa também passou por turbulências, porém diferente da primeira, caiu e grande foi a sua queda (Mt 7.26,27). 

Como podemos ver, da mesma maneira se procede na vida conjugal (Pv 14.1,2). 

A Bíblia tanto orienta como os casados devem comportar-se no casamento, como também instrui aos solteiros quais critérios devem usar para casar-se. Vejamos alguns:
  • Com uma pessoa que tenha a mesma fé (Gn 24.3; 27.46; Jz 14.1-3; I Co 7.39; II Co 6.14-16);
  • Com uma pessoa de bom caráter (Pv 28.2; 16.21; 12.4; 19.14; 31.10);
  • Com uma pessoa de bom testemunho (Pv 22.1; Tt 2.8);
  • Com uma pessoa responsável (I Co 7.32-34; II Ts 3.10);
  • Com um bom filho (Êx 20.12; Ef 6.2).
2.3 O amor (a motivação para o casamento). O Aurélio define a palavra “amor” como: “sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem”. Teologicamente, o amor é definido como “o sentimento que nos constrange a buscar, desinteressada e sacrificialmente, o bem de outrem” (CLAUDIONOR, 2006, p. 43). O livro de cantares nos fala sobre o amor entre um homem e uma mulher. O título hebraico deste livro pode ser traduzido literalmente por “o Cântico dos Cânticos”, expressão esta que significa “O Maior Cântico”. Este livro foi inspirado pelo Espírito Santo e inserido nas Escrituras para ressaltar a origem divina da alegria e dignidade do amor humano no casamento. Em seus versos encontramos expressões amorosas entre Salomão e a sunamita (Ct 2.16; 6.3; 7.10). Portanto deve estar presente no casamento o amor divino (ágape) que é o amor incondicional. A cerca deste amor o apóstolo Paulo dedica um capítulo inteiro (I Co 13).
III - CARACTERÍSTICAS DO AMOR DESCRITAS EM I CORÍNTIOS 13

É sofredor
Ou seja, o amor é paciente ou longânimo, não se ofende no primeiro insulto, é lento para irar-se e recebe as injurias sem retalhar.  Jesus sofreu na cruz do calvário por amor (II Co 1.5; Mt 5.39).
É benigno
Benignidade  é um aspecto do fruto do Espírito. É o Amor em ação (Rm 2.4;11.22, I Co 6.6 , Cl 3.12).
Não é invejoso
O Amor não tem inveja. A inveja é uma paixão de ter aquilo que ele não pode, paixão doentia ( Sl 37.1; Gn 37.11;             Pv 24.1; I Co 3.3).
Não trata com leviandade
Não tem comportamento de orgulho, antes tem seriedade e procede irrepreensivelmente(Pv 21.4; 28.25; II Tm 3.4).
Não se ensoberbece
Não é arrogante, extravagante não se engrandece (Judas 1.16).
Não se porta com indecência
Não éindesejável, não se porta em vexames, não  age impropriamente;
Não busca os seus interesses
Não é egoísta, e nem  pensa em si mesmo (Gl  5.14; 6.2,10).
Não se irrita
Ele não se irrita por qualquer coisa, porém é passivo (I Pe 3.8).
Não suspeita mal
Nãopaga com a mesma moeda, não trama algo malE nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senhor(Zc 8.17;                         Rm 12.17,20,21)
Não folga (regozija) com a injustiça
O amor  jamais se alegra quando outros cometem a maldade, o erro; também não se alegra com a queda alheia, com a fraqueza dos outros, resultado do pecado afim de exaltar-se em sua suposta retidão  (Rm 12.15; Fp 4.8; Ef 4.17; 5.2)
Folga com a verdade
Procura andar na verdade. Não anda na mentira, enganando os outros. (Jo 3.21;  João 14.6; I Pe 2.1).
Tudo sofre
É um fruto do Espirito  que suporta as dificuldades, em algumas traduções é sempre protetor (Jó 42.1-2; Tg 5.11;                  II Tm 2.12).
Tudo crê
Sempre confia espera sempre o melhor.  (II Co 3.4) 
Tudo espera
Olha a  fé no futuro. Tem a característica de paciência (Hb 11.1; Sl 40.1; I Pe 5.7).
Tudo suporta
Sempre persevera. Suporta as circunstâncias no dia a dia; é paciente (Sl 40.1; Tg 1.3).
IV – O COMPROMISSO DO MARIDO E DA MULHER NO CASAMENTO
4.1 Submissão da esposa ao marido (Ef 5.22). A expressão “submissão”no grego é “hupotassõ” que quer dizer: “submeter-se; obedecer”. A recomendação paulina de submissão da esposa ao marido (Ef 5.22; Cl 3.18), foi feita também pelo apóstolo Pedro (I Pe 3.1). 

É necessário entender que Deus estabeleceu a família como unidade básica da sociedade e que toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e da família (Ef 5.23). 

Esta sujeição quer dizer também que a mulher deve cumprir o seu dever para com o esposo, como por exemplo: 
amando-o (Tt 2.4), 
respeitando-o (Ef 5.33), 
ajudando-o (Gn 2.18), 
vivendo de forma pura (Tt 2.5), 
com um espírito manso e quieto (I Pe 3.4), 
sendo uma boa mãe (Tt 2.4) e 
dona de casa (I Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5).
4.2 Amor do esposo para com a esposa (Ef 5.25). Paulo usa o amor de Cristo pela Igreja, para dizer que de forma semelhante o esposo deve amar a esposa. Esse amor é descrito pelo apóstolo como: 
(1) INCONDICIONAL – Cristo amou a Igreja, mesmo com suas fragilidades, de igual modo o marido deve amar a esposa, apesar dos seus defeitos; (
2) PERSEVERANTE – Cristo amou, ama e amará a Igreja, o marido deve manter o seu amor por sua esposa até que a morte os separe;
(3) SANTIFICADOR – o apóstolo diz que Cristo se entregou por sua Igreja “para a santificar”. Portanto o marido que ama a sua esposa mantém o seu lar em santificação, evitando brigas, desavenças, mágoas e infidelidade; 
(4) SACRIFICIAL – Cristo se sacrificou pela Igreja, assim o marido deve amar a esposa, pois ferindo-a, ferirá a si mesmo e amando-a amará a si mesmo (Ef 5.28,29); (5)ROMÂNTICO – Cristo não só se sacrificou pela Igreja como dela cuida e alimenta (Ef 5.29). O marido deve seguir o mesmo padrão, demonstrando seu romantismo por palavras (Ct 2.10,13), mas também por obras, ou seja, dedicando-lhe tempo e agradando-lhe (I Co 7.33).
CONCLUSÃO
            Como pudemos ver, o casamento tal qual uma edificação deve ter uma base sólida as quais são: Deus, a Palavra e o amor. Deste modo, o matrimônio se manterá firme dentro da boa perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.2).
REFERÊNCIAS

  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
  • Bíblia de Estudo da Família.SBB.
  • VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
  • LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS



AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
INTRODUÇÃO
Conforme temos estudado ao longo das primeiras lições, o casamento cristão está fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. Na aula de hoje trataremos, especificamente, a respeito das bases que sustentam o casamento. A primeira delas é a graça, o favor imerecido, a disposição de aceitar o outro, com suas diferenças e particularidades. E não com menor importância, o amor que se sacrifica, que não busca apenas os interesses individuais.

1. O CASAMENTO CRISTÃO
Existe muito idealismo em relação ao casamento, até mesmo entre os cristãos, na maioria das vezes isso se concretiza em um romantismo exacerbado, que, ao invés de ajudar, atrapalha a relação conjugal. O casamento cristão é a união de duas pessoas, um homem e uma mulher, que não são perfeitas, por isso, precisam administrar cada situação, principalmente as mais adversas. Não podemos esquecer que existe uma propensão à carnalidade no ser humano, tanto no homem quanto na mulher (Gl. 5.17), por isso, ambos carecem de arrependimento, e sobretudo, das orientações do Senhor Jesus (Lc. 5.31,32). O casamento cristão, que está pautado em Cristo, busca, na Bíblia, e não nos padrões midiáticos, seu alicerce de sustentação (Jo. 14.6). Em Ef. 5, Paulo destaca que Cristo é a referência, não a sociedade, para as atitudes no casamento. As esposas devem submeter-se ao marido, “como ao Senhor” (v. 22). Os maridos, por sua vez, devem amar a esposa “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Os maridos devem cuidar de sua esposa “como também Cristo o faz com a igreja” (v. 29). Em todas as circunstâncias, devemos considerar que se trata de um mistério, que está diretamente relacionado a Cristo e à igreja (v. 32). É um equívoco da nossa sociedade tentar fundamentar o casamento no sexo e no romantismo. Mesmo na igreja muitos cristãos foram contagiados por essa tendência. Evidentemente o sexo é necessário, e importante dentro do matrimonio (Hb. 13.4), mas não é uma base para o casamento. As pessoas envelhecem, a beleza física se esvai, o fervor sexual arrefece. O romantismo não deve ser desconsiderado, as palavras afáveis contribuem para o crescimento conjugal, mas nem só de romantismo vive o casamento. As pessoas podem perder o bom humor de vez em quando, principalmente nos momentos difíceis, quando filhos adoecem, e as contas chegam à caixa do correio. O casamento cristão é composto por um casal de pessoas pecadoras, uns mais ou menos espirituais, que são desafiados a permanecerem juntas, até que a morte as separe (I Tm. 1.15, 16).

2. SEM GRAÇA, É UMA DESGRAÇA
Diante das adversidades, o casamento
precisa de graça, caso contrário,
permitam-me o trocadilho, se transformará em uma desgraça. Quanto mais espirituais forem os cônjuges, maior será a propensão de andarem no Espírito, de não satisfazerem as concupiscências da carne (Gl. 5.17). Um casamento centrado apenas no eu, nos interesses individuais de apenas um dos cônjuges, resulta em sofrimento para o outro. Há uma tendência, alimentada pela mídia, de fazer com que as pessoas passem a vida inteira procurando uma alma gêmea. Por causa disso, muitos casamentos se desfazem, pessoas passam a vida inteira na busca pelo príncipe encantado. Essas pessoas que querem encontrar uma alma gêmea põem o foco demasiado em seus desejos, entram nas relações querendo sempre autossatisfação, que resulta em frustração (Tg. 4.1-3). Essa é uma tendência da natureza caída, que fará de tudo para minar o casamento, já que tem o egocentrismo como base. Se essa lei do pecado não for controlado pelo Espírito, a vida conjugal poderá ser arruinada (Rm. 7.21-23). Ao invés de sempre querer julgar o outro, o cristão deve antes olhar para si mesmo (Mt. 7.4,5). Muitos maridos e esposas encontram facilmente defeitos nos seus cônjuges, mas têm dificuldade de fazer o mesmo quando olham para eles mesmos. É bom lembrar que não conhecemos os outros, nem mesmo a nós mesmos em completude, apenas em parte (I Co. 13.12). Por isso, ao invés de julgar o outro, precisamos aprender antes a nos avaliar, isso porque se julgássemos a nós mesmos não seríamos julgados, mas quando somos julgados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo (I Co. 11.32). Quando abordado pelo Senhor, Adão quis, imediatamente, colocar a culpa sobre a sua esposa, fugiu da sua responsabilidade pela desobediência (Gn. 3.12). Davi precisou de um Natã para reconhecer o seu pecado e se voltar para o Senhor (II Sm. 12.13). Portanto, o casamento cristão deve basear-se na graça - charis em grego - que é um favor imerecido. Fomos alcançados pela graça e misericórdia de Deus, por isso devemos agir de igual modo em relação ao nosso cônjuge (Lc. 6.36; Tt. 2.11-14). Jesus compadeceu-se das nossas fraquezas, por isso devemos fazer o mesmo (Hb. 4.15), e lembrar que a misericórdia poderá triunfar sobre o julgamento (Tg. 2.13). Para o bem do casamento, todo cristão deve fortificar-se na graça que está em Cristo Jesus (II Tm. 2.1).

3. NÃO SÓ COM PALAVRAS, MAS COM AMOR SACRIFICIAL
A supervalorização do sexo na sociedade contemporânea tem causado muitos males ao casamento. O sexo foi criado por Deus, não apenas para reprodução, mas também para o prazer. O problema é que ele tem sido usado indiscriminadamente, e às vezes, confundido com amor. A expressão “fazer amor” tornou-se sinônima de fazer sexo, ainda que fora dos padrões bíblicos. Deus criou o sexo para a realização dos casais, e este é por ele estimulado (I Co. 7.1-5), mas ninguém deve basear o casamento exclusivamente no sexo. A palavra-chave do casamento, e o seu principal fundamento, é o amor. Isso não diz respeito a qualquer tipo de amor, mas ao agape - o amor sacrificial. Um casamento somente alcançará maturidade quando os cônjuges dependerem menos do eros - o sexo, e mais do agape - o amor desinteressado. É o amor agape que supera as incompatibilidades, pois, definitivamente, o casamento é uma composição de pessoas incompatíveis, ainda que essas possam ser atenuadas se os jovens forem sábios antes da decisão de dizer “sim” (Gn. 24). As imperfeições ficam evidentes antes mesmo da celebração do casamento. Aqueles que dizem “sim” devem estar cientes que precisam fazer concessões. E para ser mais realista, dificilmente as mudanças acontecerão de forma significativa depois do casamento. Por isso, como se costuma dizer aos jovens, “abram bem os olhos antes do casamento, mas feche-os um pouco depois de casados”. Isso porque o casamento é um pacto de sujeição, de disposição para viver não para si mesmo, mas para o outro (Ef. 5.22-25). Jesus é o maior exemplo, tendo em vista que não agradou a Si mesmo (Rm. 15.2,3). O casamento é plano de Deus, e um glorioso ministério, mas o alvo central não é a busca da felicidade. A meta do casamento não é a felicidade, ainda que essa, de uma maneira misteriosa, possa ser encontrada, mesmo na adversidade. O casamento é um ambiente de amor, no qual atitudes de paciência, benignidade, sacrifício, entrega e perdão são manifestas, elementos do fruto do Espírito (Gl. 5.21,22; I Co. 13.4,5). Dizer que se ama não é difícil, e mostrar interesses pelos outros para “fazer amor” também, mas a base cristã para o casamento é o amor-agape, que não se revela apenas em palavras, mas, sobretudo, em obras e em verdade (I Jo. 3.18).

CONCLUSÃO
O casamento cristão é um mistério, tão sublime como a relação entre Cristo e a Igreja, cujo fundamento é a graça e o amor. Como cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelos valores que tentam sustentar o casamento, tais como o individualismo romântico e a sexualidade descompromissada. Um casamento genuinamente cristão aceita o cônjuge com as suas diferenças, e está disposto a sacrificar-se pelo outro, assim como Cristo amou e se entregou a Sua Igreja.

BIBLIOGRAFIA
HARVEY, D. Quando pecadores dizem “sim”. São Paulo: Fiel, 2011.
KELLER, T., KELLER, K. O significado do casamento. São Paulo: Vida Nova, 2012.

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