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segunda-feira, 6 de maio de 2013

A INFIDELIDADE CONJUGAL - LIÇÃO 06 COM SUBSIDIOS




Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
 2º Trimestre de 2013
 Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 6: A infidelidade conjugal
Data: 12 de Maio de 2013

TEXTO ÁUREO
 “O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz” (Pv 6.32).

VERDADE PRÁTICA
 A infidelidade conjugal traz sérias consequências a toda a família. Por isso, Deus abomina tal prática.

 HINOS SUGERIDOS
 75, 111, 334.

 LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Mt 19.6 Deus ajuntou — Não separe o homem
 Terça - Ef 5.25-28 Amor e fidelidade à esposa
 Quarta - Ef 5.22-24 Submissão e fidelidade ao esposo
 Quinta - Ef 6.11 As astutas ciladas do Diabo
 Sexta - Mt 26.41 Vigiar e orar
 Sábado - Êx 20.14 “Não adulterarás”

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28.
 Provérbios 5
1 - Filho meu, atende à minha sabedoria: à minha razão inclina o teu ouvido;
2 - para que conserves os meus avisos e os teus lábios guardem o conhecimento.
3 - Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
4 - mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
5 - Os seus pés descem à morte: os seus passos firmam-se no inferno.

Mateus 5
27 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28 - Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.

 INTERAÇÃO
 Como vai o seu casamento professor(a)? Como vai a sua família? O adultério é um pecado de consequências desproporcionais ao bem-estar da família. Sofre o cônjuge ferido, os filhos e toda a família. Esta, certamente, não é a vontade divina, por isso, a presente lição, além de ensinar aos alunos a respeito do perigo da infidelidade conjugal, é uma ótima oportunidade para todos nós fazermos uma autoanálise. A família é o bem maior que o Senhor nos concedeu. Por isso, vale todo o esforço para aperfeiçoar o relacionamento conjugal e aprofundar o convívio com a família. Pense nisso!

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer que o adultério é um grave pecado.
Elencar as consequências da infidelidade conjugal.
Pontuar alguns conselhos preventivos contra a infidelidade.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Prezado professor, reproduza o esquema abaixo na lousa ou tire cópias. Peça aos alunos para escolherem um dos três temas relacionados a fim de discutirem o assunto em grupo. Na sequência, pergunte até que ponto estas situações podem comprometer a estabilidade de um relacionamento conjugal. Ouça as respostas e finalize a atividade afirmando que podemos nos relacionar com diversas pessoas, pois, afinal de contas, vivemos nesse mundo, mas devemos conhecer o nosso limite. Até onde podemos ir e não ir. A nossa mente e coração devem estar guardados no Senhor, pois, a sua Palavra é a nossa bússola.

 INTERNET
Se bem usada, a internet pode ser uma bênção. Ela proporciona um mundo imenso de novas oportunidades, amizades e empregos. É um espaço virtual que congrega pessoas de diversas origens e tipos.

AMIZADE PROFISSIONAL
Quando trabalhamos numa empresa conhecemos diferentes pessoas. Naturalmente as afinidades aparecem e estabelecemos permanente comunicação com elas. A amizade profissional é uma consequência direta do nosso trabalho.

RELACIONAMENTO NA IGREJA
Na igreja local também nos relacionamos com pessoas distintas. No Departamento dos Jovens, na União Feminina e outros. A igreja local é uma ótima oportunidade de estabelecermos laços fraternos de amizade com pessoas distintas.

 COMENTÁRIO
 introdução
 Palavra Chave

Infidelidade: Procedimento de infiel; deslealdade, traição, perfídia.
 Vivemos num mundo carente de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática socialmente aceitável. Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Lamentavelmente, muitos cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas do Diabo, fazendo da infidelidade conjugal um hábito. Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.

 I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO
 1. Conceito e origem da palavra. A palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave que no tempo da lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22).

2. É preciso vigiar. A infidelidade conjugal é um processo maligno que tem início na mente. No começo, são apenas alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porém, não forem combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em atos vergonhosos. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3; Fp 4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da oração (Mt 26.41). Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus (1Sm 13.14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a um homicídio (2Sm 11). Por isso, vigie.

3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge. Sem a presença de Deus, o casal torna-se vulnerável às investidas do Maligno. Todavia, a comunhão diária com o Senhor, por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum, além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A presença divina auxilia-nos a suportar as crises.
Muitos obreiros, por falta de orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao ministério eclesiástico em detrimento da família. O resultado é que a esposa e os filhos deixam de receber atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus. A família, porém, não pode ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do pastor (1Tm 3.1-7; 5.8; 1Co 7.32-34).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
 O adultério é um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.

II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
 1. Afastamento de Deus. A Palavra de Deus diz que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3). O pecado, a princípio, pode ser até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz sofrimento e muita dor.
A imoralidade sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma forma. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um homem, ou uma mulher, para o inferno, para a perdição eterna (1Co 6.10). Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas (Is 59.1,2).
2. Morte espiritual. O adultério leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos afastamos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e destrói a alma (Pv 6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço pelo seu erro. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal os cônjuges (1Pe 3.7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16).

3. Um lar despedaçado. O adultério aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são sempre os maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados com os pais e tendem a desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus relacionamentos são afetados. Por isso, Deus abomina a infidelidade, a deslealdade (Ml 2.15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa amar o marido (Ef 5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim como o de Cristo pela Igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 A infidelidade conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar.

III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE
 1. Fuja das tentações. É preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma atitude de prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16; 26.41). Ante o perigo, façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao Senhor, rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua fidelidade, foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado, fuja (1Ts 4.3).

2. Honre o seu cônjuge. Há maridos que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo de Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2.15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que, com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia, porém, recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33). Os muitos afazeres levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessários.

3. Aprecie seu cônjuge. Você aprecia seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de Deus nos diz que “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma joia que você protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Há esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancária, da igreja, mas não têm cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais beber água de outra cisterna (Pv 5.1-23).

 SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Alguns conselhos contra a infidelidade no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.

 CONCLUSÃO

Muitas famílias têm sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que tenhamos uma vida conjugal bem-sucedida precisamos investir diariamente em nosso relacionamento. É necessário orar, vigiar e demonstrar afeto, apreço, investir no diálogo franco e não abrir mão do respeito. Temos de conscientizar-nos de que a família e o relacionamento conjugal são prioridades. Uma família bem constituída é uma bênção para a obra de Deus.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 HUGHES, R. K. Disciplinas do Homem Cristão. 3 ed., RJ: CPAD, 2004.
HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
HUGHES, K. & B. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
 Subsídio Vida Cristã
 “UMA META DE VIDA [...]
[...] Nossa igreja evangélica parece uma comunidade de casamentos sãos. É tão boa na superfície “ cursos de extensão, segurança financeira, casas elegantes, igrejas dignas, pessoas bonitas e terapeutas matrimoniais para quando houver uma lombada na estrada. Mas como é que Deus mede nosso casamento? Não é por esses padrões.
O casamento de meus pais estava muito longe do maravilhoso pacote evangélico que descrevi. Contudo, havia autenticidade e beleza nas promessas feitas e mantidas por este casal trabalhador que enfrentou o que pareciam probabilidades insuperáveis. O resultado foi uma colheita de graça, e eu sou parte disto.
Kent e eu somos casados há trinta e oito anos. Temos quatro filhas adultas e dezesseis netos. Juntos tentamos vivenciar as diretivas da Palavra de Deus sobre casamento. Nossas lutas foram muitos diferentes das de meus pais, mas mesmo assim nosso compromisso se fortaleceu, como o de meus pais, num amor profundo e permanente um pelo outro. Nosso compromisso mútuo em viver conforme o plano de Deus para marido e mulher nos capacitou a experimentar uma unidade feliz - algo raro e admirável neste mundo arruinado” (HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.150).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 A infidelidade conjugal
 A infidelidade conjugal é, sem dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria que foi a única opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de divórcio, para que um homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra (a esposa infiel era repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio).
A infidelidade conjugal é prejudicial à família e à relação com Deus. O Antigo Testamento mostra que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta de Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição de sua mulher, Gomer, com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se irritasse muito com Seu próprio povo.

Vigilância dos crentes — Não são poucos os crentes que utilizam a desculpa da “espiritualidade” para se desvencilharem de suas obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude tem uma implicação séria: a tentação de satanás. “Não vos negueis um ao outro, a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente por causa da vossa falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a abstinência sexual das pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela não poderá acontecer; deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida; deve ser para que a pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito específico e elevado. A consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de Satanás. Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados, quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque. Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação, compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas.
Lembremo-nos das duas consequências funestas da infidelidade conjugal: a destruição do lar e o afastamento de Deus. É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma família desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos pecados sexuais e de suas consequências.



SUBSÍDIOS
Lição 06
A INFIDELIDADE CONJUGAL
Texto Áureo: Pv. 6.32 Leitura Bíblica: Pv. 5.1-5; Mt. 5.27,28
INTRODUÇÃO
A infidelidade conjugal é um sério problema, e que compromete o futuro do casamento. Por isso, a igreja precisa aprender a lidar biblicamente com essa realidade. Na aula de hoje trataremos a respeito do conceito bíblico de infidelidade, bem como da sua abordagem, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Ao final, apresentaremos encaminhamentos práticos a fim de evitar a infidelidade no casamento.

1. A INFIDELIDADE CONJUGAL: DEFINIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA
A infidelidade conjugal, no contexto bíblico, diz respeito ao ato sexual de uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. O termo mais específico para a infidelidade conjugal é adultério, tendo em vista que o ato sexual antes do casamento é reconhecido como fornicação. A palavra hebraica no Antigo Testamento para adultério é naaph, que aparecem em dois contextos distintos. No primeiro diz respeito à violação do relacionamento conjugal em que o esposo ou a esposa tem um envolvimento sexual com uma terceira parte. Essa palavra ocorre mais de trinta vezes, principalmente na literatura profética, para se referir ao adultério moral de Israel, seu distanciamento de Deus (Jr. 2.33; 7.9; 23.14; 29.23; Os. 4.2; Ml. 3.5). No Novo Testamento, a palavra grega para adultério é moichos, substantivo associado àqueles que se tornaram culpados em virtude da infidelidade conjugal (Lc. 18.11; I Co. 6.9; Hb. 13.4). Esse termo também é usado metaforicamente, para fazer referência às pessoas que traíram a Cristo, e se envolveram com o mundo (Tg. 4.4). Atrelado a essa palavra encontramos também o termo grego moicheia, que é o pecado físico do adultério (Mt. 15.19; Mc. 7.21; Jo. 8.3; Gl. 5.19). Na língua portuguesa, a palavra adultério vem do grego adulterium, que significa dormir em cama alheia. Mas é preciso ter cuidado para não confundir adultério – moicheia em grego, com imoralidade sexual – porneia em grego, tem a ver com fornicação, ou qualquer tipo de imoralidade sexual (Mt. 5.32).

2. A INFIDELIDADE CONJUGAL NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
O adultério era terminantemente proibido no Antigo Testamento (Dt. 5.18), mais especificamente no Decálogo (Ex. 5.18). O pecado da infidelidade conjugal, ou mais precisamente, do adultério, era tão grave que a punição deveria ser com a morte (Lv. 20.10; Dt. 22.22). A recomendação rabínica era que a morte deveria acontecer por estrangulamento. Nos tempos de Jesus, a punição se dava por apedrejamento, e que os culpados deveriam ser pegos no ato do pecado (Jo. 8.5). O adultério era tido como um crime horrendo no Antigo Pacto (Jó. 31.11), por isso os profetas advertiram o povo de Israel quanto ao envolvimento nesse tipo de pecado (Pv. 2.17). O profeta Natan repreendeu o rei Davi por causa do seu pecado de adultério, seguido de homicídio (II Sm.  12.7), o qual orou a Deus, suplicando perdão (Sl. 51). Os livros sapienciais, com maior propriedade o de Provérbios, trazem instruções a fim de que o homem não se envolva em pecado de adultério (Pv. 6.29-32). A gravidade do adultério é percebida também na Bíblia porque esse pecado justifica o divórcio (Dt. 24.1; Mt. 19.9). Isso porque o adultério compromete os laços conjugais (I Co. 6.15-17; Hb. 13.4) concretizados no enlace matrimonial (Gn. 2.24). Para Jesus, o ato do adultério vai além do contato dos corpos, o olhar desejoso de um homem para um mulher, cometeu pecado em seu coração (Mt. 5.28). A prática constante do adultério pode resultar em apostasia, provocando esfriamento espiritual, e distanciando a pessoa de Cristo (I Co. 6.9,10). O caso de adultério – ou infidelidade conjugal – de Davi, anteriormente mencionado, revela algumas lições: 1) ninguém está imune à tentação, qualquer pessoa pode cair em adultério, até mesmo um guerreiro como Davi (I Sm. 18.7-8; I Co. 10.12); 2) o melhor é permanecer no local planejado por Deus, não se distanciar dos Seus desígnios (I Sm. 11.1); 3) não se deve alimentar pensamentos pecaminosos, que incitem à concretização do adultério (II Sm. 11.2-5; I Co. 6.18); 4) não adianta acobertar o pecado da infidelidade, é preciso buscar arrependimento, e voltar-se para Deus (II Sm. 11.6-13); e 5) Nem tudo está perdido, Deus perdoa o pecado de adultério, e tem poder para restaurar o espírito quebrantado (I Co. 6.11; II Co. 5.17).

3. RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA EVITAR A INFIDELIDADE CONJUGAL
Os cristãos estão sujeitos à infidelidade conjugal, por isso, devem fazer todo o possível para não caírem nesse pecado. As pessoas são diferentes, algumas delas são mais propensas à infidelidade conjugal, essas devem ter cuidado redobrado, estarem atentos aos seus limites (I Co. 10.12). O esposo deve permanecer ciente do seu compromisso com sua esposa, e deve tratá-la com amor, como Cristo se sacrificou pela Sua igreja (Ef. 5.25). É preciso estar atento às fragilidades emocionais, muitos casos de infidelidade conjugal acontecem porque um dos cônjuges se encontra emocionalmente fragilizado. Por isso, quando precisar de aconselhamento, não conte sua situação para uma pessoa do sexo oposto, mesmo que seja um colega de trabalho, ou da igreja. Mais importante que isso, antes de se envolver em um ato de infidelidade conjugal, calcule as consequências, geralmente são desastrosas, principalmente para a vida espiritual (Ap. 22.15). O marido e a esposa têm responsabilidades conjugais no casamento, inclusive em relação ao sexo. O relacionamento sexual, dentro do casamento, deve ser uma prática constante (I Co. 7.5). A partir do livro de Provérbios, que apresenta recomendações práticas a fim de evitar o adultério, extraímos alguns conselhos, particularmente com base em Pv. 2.16,17: 1) Não se entregar às palavras lisonjeias, essa orientação serve tanto aos homens quanto às mulheres, pois a infidelidade conjugal começa com o uso de expressões elogiosas (Pv. 2.16), os lábios que conduzem ao adultério são perniciosos (Pv. 5.3; 6.24; 7.5, 21,23); 2) Não se esqueça de que você é alguém comprometido, tanto com Deus quanto com seu cônjuge (Pv. 2.17). Os cônjuges, mesmo geograficamente distantes, estão unidos através dos laços conjugais. O marido ou mulher não podem trocar  as carícias de amor, por aqueles oferecidos nas ruas, ou outros ambientes pecaminosos (Pv. 7.10-12); 3) Os cônjuges não estão ligados apenas por um contrato, mas por uma aliança, cujo fundamento é a Palavra de Deus (Pv. 2.17). O elo que firma essa aliança é o amor (Fp. 1.9), que deve ser cultivado no casamento cristão, e não pode ser rompido pelo fogo destruidor do adultério.

CONCLUSÃO
A infidelidade conjugal tem causado muitos estragos nos relacionamentos, até mesmo entre os cristãos. É preciso estar atento aos perigos do adultério, suas consequências são desastrosas para a vida do casal, inclusive para os filhos. Marido e mulher devem investir na relação, inclusive sexualmente, evitando, assim, a fragilização que pode conduzir ao pecado. Acima de tudo deve prevalecer o amor-agape, que se sacrifica, e motiva à obediência (Jo. 14.21).

BIBLIOGRAFIA
HUGHES, K., HUGHES, B. Disciplinas da família cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SOARES, E. Casamento, divórcio e sexo à luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

SUBSIDIOS
INTRODUÇÃO


Deus estabeleceu para os crentes normas elevadas de pureza e santidade. Não se espera do ímpio o cumprimento destas normas. O ímpio não é nascido de novo, não foi regenerado e nem é lavado pelo sangue de Cristo. O ímpio é sujo, e dele espera-se maior sujeira ainda (Ap 22. 11b). Mas quanto aos remidos, àqueles que possuem o nome escrito no livro da vida, destes exige-se uma conduta que supere e em muito qualquer padrão imposto pelos homens.
A infidelidade conjugal é uma violação da lei moral de Deus (Ex 20.14), um atentado ao direito do outro cônjuge (Pv 6.34-35), destrói a alma do ofensor (Pv 6. 32 a) e o exclui do reino de Deus (I Co 6.9-10). Nesta lição veremos em que momento ocorre a infidelidade, quais as suas marcas e quais os métodos preventivos que devem ser utilizados a fim de evita-la.

I – QUANDO OCORRE A INFIDELIDADE CONJUGAL
A infidelidade pode ocorrer em dois momentos distintos: Primeiro quando da intenção pelo ato e segundo quando da consumação do ato. Agora é possível intencionar sem consumar o ato propriamente dito mas é impossível consumar sem intencionar. Todavia tanto quem intenciona como quem consuma adultera. Senão vejamos:

1. Quando da intenção pelo ator
“Eu porem, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5. 28).
Este texto trata especificamente da cobiça carnal ou concupiscência. O objeto da condenação aqui não é o pensamento (impuro), repentino, colocado por Satanás na mente de uma pessoa, nem um desejo inconveniente que surge de modo involuntário. Trata-se de um desejo pecaminoso aprovado pela nossa vontade e que gostaríamos de consumar caso tivéssemos a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual fora do casamento, ainda que se dê apenas na esfera da imaginação se não resistido constitui pecado contra Deus.
Há que se ter cuidado também a fim de não ser o agente no despertar de tais desejos. Homens e mulheres devem vestir-se com pudor e modéstia de modo a não atrair a atenção para os seus corpos originando deste modo cobiça ou concupiscência carnal nos outros. Vê-se então que tanto se pode pecar de forma ativa como passiva.

2. Quando da consumação do ato
“Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e,
entrando ela a ele, se deitou com ela…” (II Sm 11. 4).
O adultério (isto é a infidelidade de um cônjuge a outro) é um ato doloso. Ninguém o faz contra a vontade. Ele começa com um desejo impuro no coração para depois se consumar através do ato físico. A consumação do ato físico portanto é o último estágio daquilo que já vinha sendo desejado e alimentado. Não se trata portanto de um desejo involuntário ou de um pensamento não deliberado. A consumação implica num primeiro momento no querer expontâneo e num segundo momento no realizar. No texto supracitado Davi saiu da esfera do pensamento e da vontade entrando na esfera da ação. Ele como rei de Israel determinou aos seus subordinados que trouxessem Bateseba à sua presença e depois se deitou com ela consumando assim o adultério.

II – AS MARCAS DA INFIDELIDADE CONJUGAl
A infidelidade conjugal deixa marcas profundas que só podem ser curadas pela graça de Deus. Nesta lição gostaríamos de destacar pelo menos três destas marcas, a saber:
1. Primeira marca: A opressão
“Ninguém oprima” (I Tes 4. 6 a).
A infidelidade é um ato opressor. Ela abala a estrutura de qualquer homem ou mulher. Deus sabe a dor e angustia que uma traição podem causar. Em Isaías 54. 5-6 Deus se revela a Israel através da figura de um marido apaixonado. Marido este que em muitas ocasiões fora traído pelo seu povo através de adultérios espirituais quando se juntaram a outros deuses.
Se o cônjuge bem soubesse jamais exporia seu parceiro ao opróbrio e a vergonha. Sentimentos são dilacerados, a confiança é abalada ao extremo e as chances de reconciliação evaporam-se tornando-se quase impossível estabelecer uma nova relação.

2. Segunda marca: A violação do direito alheio
“ou engane a seu irmão em negócio algum” (I Tes 4. 6 a). Um outro fator marcante no adultério é que ele viola o direito do
parceiro traído: O direito a exclusividade. A promessa do cônjuge de que se guardaria exclusivamente para o outro é quebrada deixando marcas profundas. Muitos outros direito também são violados: O direito ao amor não dividido, o direito a confiança não abalada, etc. A imoralidade sexual viola o direito do outro seja ele crente ou não.

3. Terceira marca: O desprezo a Deus
“Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem,
mas, sim, a Deus.” (I Tes 4. 8 a).
Tanto a primeira como a segunda marca (opressão e violação do direito), são atentados contra a pessoa ofendida: o parceiro ou a parceira conforme o caso. Neste terceiro item, o objeto da ofensa, não é nem o homem nem a mulher. Paulo diz que quem despreza a exortação quanto a maneira que convém andar e agradar a Deus não despreza o homem mas ao Senhor. Tal homem ou mulher estão passivos do juízo divino visto que Deus é vingador de todas estas coisas (I Tes 4. 6 b). Já Provérbios 13.13 diz que o que despreza a palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado. Os que desprezam a Deus serão por ele desprezados.

III – CONSELHOS PREVENTIVOS QUANTO A INFIDELIDADE
A prevenção é o melhor remédio em todas as situações. Os conselhos abaixo mencionados são extremamente úteis àqueles que desejam se abster da infidelidade conjugal.

1. Primeiro conselho: Seja sóbrio e vigilante
“Vigiai, pois, em todo tempo” (Lc 21. 36).
Somente em estado de prontidão o cristão é capaz de vencer as tentações que lhe sobrevem. Jesus nos advertiu quanto a necessidade de vigilância constante. Ele disse: “Vigiai, pois, em todo tempo” (Lc 21. 36). Em Mateus 26. 41 a ordem era: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o Espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Que ninguém se considere santarrão a ponto de desprezar estas palavras. A carne é fraca fazendo-se necessário a adoção de algumas medidas preventivas. Hei-las:
a) Fuja de filmes, revistas ou qualquer programa de cunho pornográfico;
b) Afaste-se de locais que pôr sua natureza despertam a perniciosidade ou licenciosidade;
c) Não fique a sós com o sexo oposto em lugares fechados ou isolados;
d) Busque diálogos sadios. Evite conversas sensuais ou lascivas;
e) Não se dê a piadas ou brincadeiras relacionadas a questões sexuais;
f) Evite aconselhamento conjugal sem a presença de seu cônjuge; e
g) Não dê asas a imaginação. Ao primeiro sinal desvie os seus pensamentos de qualquer outra mulher que não seja sua própria esposa.

2. Segundo conselho: Fuja da promiscuidade “Fugi da prostituição” (I Co 6. 18 a).
Diante do mar vermelho Deus ordenou a Moisés dizendo-lhe: “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Ex 14. 15 b).
Em relação a Satanás Deus diz: “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4. 7 b). Deus nos manda avançar pela fé em diversas situações. Mas quando se trata de pecados de natureza sexual Deus nos ordena fugir. Entendo que a fuga é a única opção viável para quem deseja ser vencedor sobre as tentações da carne (seja prostituição, adultério, homossexualismo, etc.). Ninguém vence estes pecados pela sua muita força, espiritualidade, sabedoria ou posição social. Eis alguns exemplos:
a) Sansão, o homem mais forte que este mundo já conheceu, mas que diante da tentação caiu prostituindo-se (Jz 16. 1; 16. 4);
b) Davi,  homm  espiritual,  segundo  o  coração  de  Deus, tropeçou diante de Bate-seba (II Sm 11. 1-5);
c) Salomão, o rei mais sábio de todos os tempos, fracassou amando muitas mulheres (I Rs 11. 1-8); e
d) Amnon, filho do rei Davi, príncipe em Israel, um homem de elevada posição social, cometeu um incesto, pagando posteriormente com a própria vida (II Sm 13. 10-14; 28-29).
Todos estes tropeçaram apesar de serem renomados e possuírem qualidades. Todavia a Bíblia nos mostra um homem que não confiou em suas virtudes para vencer pecados sexuais. Diante da mulher de Potifar José encontrou uma única saída: fugiu (Gn 39. 12).

3. Terceiro conselho: Cumpra o teu dever marital
“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (I Co 7. 3).
O marido deve proporcionar à sua mulher prazer e alívio sexual. Da mesma sorte a mulher ao marido. O cônjuge que falha nesta área deixa brechas para o tentador expondo o casamento às tentações no campo do adultério. Claro que isto não serve de pretexto para que o cônjuge não satisfeito tenha liberdade para “pular o muro”. Ambos porém devem dialogar e orar a fim de que problemas desta ordem sejam solucionados de modo a gozarem de um relacionamento plenamente satisfatório.
Os cônjuges também devem ter o cuidado a fim de não privarem um ao outro justificando tais privações debaixo de pretextos espirituais tais como jejuns e orações. É bom que se diga que Paulo permitiu tais privações em um único caso: “para vos aplicardes à oração” e isto por consentimento mútuo. Portanto trata-se de uma decisão do casal e não apenas de uma das partes.

CONCLUSÃO
Como em todos os tópicos e subtópicos anteriores prefiro não expor a minha opinião pessoal em nenhuma matéria aqui tratada. A conclusão não poderia ser diferente. Deixemos que a Bíblia fale ou conclua pôr si mesma:
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porem aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13. 4).
1. Você é fiel a seu cônjuge até no pensamento?
2. Você satisfaz sexualmente o seu cônjuge?
3. Você é partidário da idéia mundana que diz que é melhor duas de vinte do que uma de quarenta?


PROVERBIOS  5.3 OS LÁBIOS DA MULHER ESTRANHA. O livro de Provérbios adverte repetidas vezes quão destrutiva é a imoralidade sexual.
(1) Salomão ressalta que, embora os prazeres enganosos dessa imoralidade sejam atraentes, a entrega aos mesmos leva à ruína (vv. 7-14).
(2) Este capítulo e também 2.16-19; 6.20-35; 22.14; 23.27,28; 29.3; 30.20; 31.3 abordam a quebra das normas divinas da pureza e da castidade.
(3) A resposta à imoralidade sexual é a entrega pessoal a Deus (v. 1) a abstenção sexual disciplinada pré-marital e a satisfação do desejo sexual natural através de uma vida marital santa e amorosa (vv. 15-23;)

PROVERBIOS  5.14 QUASE QUE EM TODO O MAL ME ACHEI.
(1) Deus determinou que quem cede à tentação da imoralidade sexual experimentará profundo desgosto e remorso causados pela ruína da vida familiar e pelo sofrimento pessoal.
(2) A prática sexual pré-marital e a infidelidade conjugal geram conseqüências fatais (vv. 5,11).
(3) Aquilo que talvez começa doce como mel (v. 3), termina amargo como fel. De Deus não se zomba (v. 21); aquilo que é semeado é ceifado.

PROVERBIOS  5.15 BEBE A ÁGUA DA TUA CISTERNA.
(1) O manancial do amor afetivo do homem (vv. 18-20) deve estar na sua própria esposa (cf. Êx 20.17).
(2) Note que o prazer sexual no casamento é legítimo e instituído por Deus (cf. Gn 2.20-25).
(3) Num casal, um cônjuge deve considerar o outro como uma dádiva especial da parte de Deus, e amá-lo com prazer, pureza e ações de graças (19.14).

MATEUS  5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR. Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que Cristo condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado.
(1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3)

1CORINTIOS  6.18 FUGI DA PROSTITUIÇÃO.
(1) A imoralidade sexual é terrivelmente abominável diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato pecaminoso, profana o corpo, que é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20).
(2) Por isso, Paulo admoesta: "Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo presente, aqui, indica que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade sexual.
GENESIS  2.24 DEIXARÁ O VARÃO O SEU PAI E A SUA MÃE. Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra. A prescrição divina para o casamento é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se uma só carne (i.e., unidos em corpo e alma). Este ensino divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade, a fornicação e o divórcio quando antibíblico (Mc 10.7-9; ver Mt 19.9).

EXODO  20.17 NÃO COBIÇARÁS.
(1) A cobiça inclui o de-sejo ou concupiscência por tudo quanto é errado ou que pertence a outra pessoa. Paulo declara que esse mandamento revela a profundidade da pecaminosidade humana (Rm 7.7-13).
(2) Essa lei, bem como as demais, desmascara a depravação do homem e da mulher, e os conclama a buscarem graça e poder moral da parte de Deus (Lc 12.15-21; Rm 7.24,25; Ef 5.3). Somente pelo poder do Espírito Santo é que podemos viver uma vida que agrade a Deus (ver Rm 8.2).

MATEUS  19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7 ; Ml 2.14). Neste particular, Jesus cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), palavra esta que no original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9). O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar.
(1) Quando Jesus censura o divórcio em 19.8,9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do casamento (Dt 24.1). A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8).
(2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova Aliança, os privilégios do crente não são menores. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente (1 Co 7.27,28).

MARCOS  10.11 ADULTERA. Jesus ensina aqui que quem se divorcia por razões não bíblicas e se casa de novo, peca contra Deus, cometendo adultério (ver Ml 2.14 nota; Mt 19.9 nota; 1 Co 7.15). Noutras palavras, Deus não tem obrigação de considerar um divórcio correto ou legítimo, simplesmente porque o Estado (ou qualquer outra instituição humana) o legaliza.

CANTARES  2.7 QUE NÃO ACORDEIS NEM DESPERTEIS O MEU AMOR, ATÉ QUE QUEIRA. Esta frase ocorre três vezes em Cantares de Salomão (ver 3.5; 8.4). É a noiva que a emprega, referindo-se à intimidade física conjugal. Ela não quer que haja qualquer intimidade até que a situação seja propícia, i.e., até que ela e Salomão se casem. Segundo a Bíblia, o único relacionamento sexual lícito é o conjugal.
CANTARES  2.16 O MEU AMADO É MEU, E EU SOU DELE. O amor que os dois enamorados têm um pelo outro é genuíno e fiel. Não há desejo nem espaço para outra pessoa. No casamento, deve haver tal amor mútuo e dedicação, que a fidelidade conjugal seja da máxima importância na vida do casal.

MALAQUIAS  2.14 A MULHER DA TUA MOCIDADE. Muitos homens eram infiéis às suas esposas, com as quais se haviam casado quando jovens. Agora procuravam divorciar-se delas, para se casarem com outras.
(1) O Senhor detesta tal ação, pois é movida pelo egoísmo. Ele declara que, do marido e da mulher, fez um só (v. 15).
(2) Em conseqüência destes pecados e transgressões, Deus lhes virara as costas, recusando-se a atender-lhes as orações (vv. 13,14).

MALAQUIAS  2.16 ABORRECE O REPÚDIO. Deus odeia o divórcio motivado por propósitos egoístas. Quem pratica tal tipo de divórcio, assemelha-se "aquele que encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos olhos de Deus, iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato.

FONTE DE PESQUISA; BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTA
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D. e PESQUISADOR
PASTOR NA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO EM TESOURO MATO GROSSO
CAMPO DE GUIRATINGA.













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