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quarta-feira, 26 de junho de 2013

A VIDA EDIFICADA SOBRE A ROCHA

A vida edificada sobre a Rocha 

A vida edificada sobre a Rocha

TEXTO AUREO

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. M t 7.24

VERDADE APLICADA

A vida cristã deve estar fundamentada em Cristo e não nos alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama e da popularidade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

► Mostrar que é prudente edificar sobre a Rocha que é Cristo;
► Explicar que edificar sobre a areia, significa não obedecer aos ensinamentos de Cristo;
► Alertar para os resultados práticos da obediência a Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 7.24 - Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
Mt 7.25 - E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e com bateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Mt 7.26 - E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Mt 7.27 - E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e com bateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Depois da ilustração dos dois caminhos e das duas árvores, Jesus encerra sua mensa­gem descrevendo dois construtores e duas casas. Os dois caminhos ilustram o começo da vida de fé, e as duas árvores ilustram o crescimento e os resultados dessa vida de fé aqui e agora. As duas casas, por sua vez, ilustram o fim dessa vida de fé, quando Deus julgará todas as coisas. Há falsos profetas junto à porta que conduz para a estrada es­paçosa, facilitando a entrada de todos. Mas, no final desse caminho, há destruição. O teste final não é o que pensamos de nós mes­mos, ou o que os outros pensam de nós, mas sim: o que Deus dirá?
Como se preparar para esse julgamen­to? Fazendo a vontade de Deus. A obediên­cia a sua vontade é a prova da verdadeira fé em Cristo. Tal prova não consiste em pala­vras, não é dizer: "Senhor, Senhor" e não obedecer a suas ordens. Como é fácil apren­der um vocabulário religioso, até memori­zar versículos bíblicos e canções, e ainda assim não obedecer à vontade de Deus. Quem é, verdadeiramente, nascido de novo tem o Espírito de Deus habitando dentro de si (Rm 8:9), e o Espírito permite que conhe­ça a vontade do Pai. O amor de Deus em seu coração (Rm 5:5) motiva-o a obedecer a Deus e a servir aos outros.
Nem palavras nem atividades religiosas substituem a obediência. A pregação, a ex­pulsão de demónios e a operação de mila­gres podem ter inspiração divina, mas não garantem a salvação. É bem possível que até mesmo Judas tenha participado de algumas ou talvez de todas essas atividades, mas, mesmo assim, não era um cristão verdadeiro. Nos últimos dias, Satanás usará "prodígios da mentira" para enganar as pessoas (2 Ts 2:7-12).
É preciso ouvir a Palavra de Deus e praticá-la (Tg 1:22-25). Não se deve apenas ouvir (ou estudar) o que está escrito. O ouvir deve redundar em ações. É isso o que significa construir a casa na rocha. Não se deve con­fundir esse símbolo com a "rocha" de 1 Coríntios 3:9ss. Ao pregar o evangelho e ganhar almas para Cristo, Paulo fundamentou a igreja local de Corinto em Jesus Cristo, pois ele é o único alicerce verdadeiro da igreja local.
O alicerce da parábola em questão é a obediência à Palavra de Deus - obediência que comprova a fé verdadeira (Tg 2:14ss). Os dois homens da história tinham vários aspectos em comum. Ambos desejavam construir uma casa e ambos a fizeram de forma a parecer bela e forte. Porém, quando veio o julgamento (a tempestade), uma delas caiu. Qual era a diferença? Por certo, não era a aparência exterior. A diferença estava no alicerce: o construtor bem-sucedido "ca­vou, abriu profunda vala" (Lc 6:48) e alicerçou sua casa numa fundação sólida.
Uma falsa profissão de fé só dura até o julgamento. Algumas vezes, esse julgamen­to manifesta-se nas provações da vida. Como é o caso da pessoa que recebeu a semente da Palavra de Deus num coração sem pro­fundidade (Mt 13:4-9) e, quando vieram as provações, falhou em seu compromisso. Muitos que declaram sua fé em Cristo aca­bam por negá-la, quando a vida torna-se es­piritualmente difícil e custosa.
Mas o julgamento ilustrado nessa passa­gem provavelmente se refere ao juízo final de Deus. Não se deve tentar encontrar nes­sa parábola toda a doutrina ensinada nas epístolas, pois Jesus estava apenas ilustran­do um ponto principal: a declaração de fé será testada de uma vez por todas diante de Deus. Os que creram em Cristo e provaram sua fé pela obediência não terão coisa algu­ma a temer, pois sua casa está alicerçada na rocha e resistirá. Mas os que dizem crer em Cristo e não obedecem à vontade de Deus serão condenados.
Como testar a profissão de fé? Não é pela popularidade, pois o caminho espaço­so que conduz à destruição está cheio de gente. Também há muitos que dizem: "Se­nhor, Senhor", mas isso não lhes garante a salvação. Nem mesmo a participação em atividades religiosas numa igreja é garantia de salvação.

Introdução
Essa parábola é mais um extraordinário exemplo da maneira poética que o Senhor Jesus Cristo usou em grande parte de seus sermões. Nesta parábola, em especial, Mateus destaca a doutrina de que no âmbito espiritual, acima de todas as demais, ser apenas ouvinte não possui valor algum se o discurso não resultar em atitudes. E salienta que a maneira do cristão viver não será bem sucedida se ele não tiver sua vida fundamentada sobre a Rocha, que e Cristo.
1. A construção sobre a Rocha (Mt 7.24,25)
Essa parábola também é conhecida como a dos Dois Construtores. Ela é o final de uma série de discursos feitos por Jesus, no conhecido Sermão da Montanha, e tanto cristãos, quanto não cristãos, reconhecem igualmente como uma das declarações mais importantes, em todos os tempos, do caráter moral da raça humana. É nesse memorável discurso, que encontramos as qualidades que Deus conclama a seus filhos a porem em prática na vida. Construir sobre a Rocha é fazer exatamente como Jesus ensinou.

1.1. É prudente construir sobre a Rocha
Jesus começa dizendo que ‘“todo aquele que escuta essas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente". O prudente não procura o perigo, é cauteloso, é sensato e ajuizado. Suas atitudes são louváveis. É admirado por todos e caminha na segurança de suas decisões. Sabe viver e ensinar de modo bom e justo, e busca saber o entendimento verdadeiro do sentido da vida. Por isso, o Senhor Jesus é bem claro em afirmar que todo o homem que ouve e pratica as suas palavras pode ser denominado como prudente.


1.2. É ouvinte e praticante quem constrói sobre a Rocha
Ouvir e praticar. Sem dúvida o maior desafio dos discípulos de Jesus em todos os tempos. Tiago 1 22-25 diz: "E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito”. Então, aquele que edifica sobre a Rocha (Jesus), é comparado a alguém que dá a devida atenção à mensagem do Senhor e a vive na prática, e nela se firma sem ser mero ouvinte.
Se ouvíssemos um sermão a cada dia da semana e um anjo do céu for o pregador, não nos conduziria nunca para o céu se nos apoiarmos somente no ouvir. Os que são somente ouvidores enganam-se a si mesmos; e o engano de si mesmo será achado, afinal, como o pior engano. Se nos elogiarmos a nós mesmos é nossa própria falta. A verdade não lisonjeia a ninguém, tal como está em Jesus. a palavra da verdade deve ser cuidadosamente ouvida, com atenção, e exporá diante de nós a corrupção de nossa natureza, as desordens de nossos corações e de nossa vida; nos dirá claramente o que somos. Nossos pecados são as manchas que a lei deixa ao descoberto; o sangue de Cristo é o lavamento que ensina o evangelho, mas ouvimos em vão a Palavra de Deus e em vão olhamos para o espelho do Evangelho se vamos embora e esquecemos nossas manchas em lugar de tirá-las lavando-as, e esquecemos nosso remédio em vez de recorrer a ele. isso acontece com os que não escutam a palavra como deveriam. Ao ouvir a palavra, olhamos dentro dela em procura de conselho e guia, e quando a estudamos, torna-se nossa vida espiritual. Os que se mantêm na lei e na palavra de Deus são e serão abençoados em todos seus caminhos. Sua recompensa de graça no além estará relacionada com sua paz e consolo presentes.
Cada parte da revelação divina tem seu uso, levando o pecador a Cristo para salvação, e guindo-o e exortando-o a andar em liberdade pelo Espírito de adoção, conforme aos santos mandamentos de Deus. Note-se a distinção: o homem não é abençoado por suas obras, senão em sua obra. Não é falar senão andar o que nos levará ao céu. Cristo se tornará mais precioso para a alma do crente que, por Sua graça, se tornará mais idônea para a herança dos santos em luz.

1.3. Está preparado para o dia da angústia.
Jesus continuou dizendo que “Desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha”. Quem ouve e pratica os ensinos maravilhosos de Jesus não é derrotado pelas angústias dessa vida. As palavras de Cristo se tornam alicerces, sendo a base da própria vida. São verdadeiros construtores competentes, que edificam suas casas sobre a solidez da Rocha.
R.N. Champlin diz que: ventos, chuvas, rios, são turbulências. Outros intérpretes fazem desses símbolos de turbulência, comparações com as tentações, com as perseguições, com as heresias da igreja, etc. Outros ensinam que estão subentendidas três provas diversas, como: 1. Chuva: as aflições temporais; 2. Rio: as provas que resultam no maltrato por parte de outros homens; 3. Vento: as tentações e as provas que se originam em Satanás ou nos demônios. Mas, provavelmente, Jesus falou em termos gerais, que incluem essas ideias, mas sem fazer referência exata ou intencional a essas coisas.

2. A edificação sobre a areia (Mt 7.26).
Esse texto foi descrito em paralelismo clássico: revelando a sabedoria de quem constrói sobre a rocha (Jesus) e a insensatez de quem constrói sobre a areia (alicerces humanos). “E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”. Um “homem insensato” tem seu sentido principal de alguém que é embotado, pesado e estúpido. E para efeito de comparação, pode ser aplicado à alma e a mente do ser humano que ouve a mensagem do evangelho, mas não consegue praticar os ensinos da Palavra de Deus.

2.1. Edificar sobre a areia é desobedecer à Palavra.
Em Mateus 7.21-23 está escrito que nem todo que diz: “Senhor, Senhor” entrará no Reino de Deus, porque pregou a Palavra, expulsou demônios, orou pelos enfermos, mas não provou a fé salvadora que leva à obediência a Deus. Fazer uso da Palavra para edificar e orientar a outros e não praticá-la é um a grande insensatez. Em l Coríntios 9.27, Paulo diz: “Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.

Paulo se distancia nitidamente desse cristianismo acomodado ao dizer “Eu de minha parte”. Essa diferença está inequivocamente clara em toda a sua atitude de vida, que causava tanta espécie nos coríntios. Na sequência Paulo formula com uma aspereza assustadora: “Esbofeteio meu corpo e o trato como escravo.”

Será que, apesar de tudo, aparece aqui em Paulo a hostilidade ao corpo, comum no final da Antiguidade? Paulo, no entanto, permanece também agora na ilustração do esporte, no qual justamente o corpo é especialmente valorizado. Contudo, fazem parte do esporte o treinamento e a ascese. Afinal de contas, no esporte se ―esbofeteia o corpo com suas demandas e sua frouxidão; ele é transformado em ferramenta absolutamente obediente, em ―escravo do atleta. Paulo, porém, não é apenas ―atleta. Como apóstolo ele é até “arauto”, que “chama outros para a luta”. O que aconteceria se ele próprio fracassasse e fosse ―desaprovado, pessoalmente “desqualificado”? Isso não pode ocorrer em circunstância alguma. Por essa razão ele exercita o treinamento e a ascese com máxima dureza. Faz parte disso tudo aquilo que os coríntios estranham em Paulo. Quando, diferente de outros apóstolos, segue pelo mundo solitário, sem casamento, quando não aceita dinheiro das igrejas, mas ganha o sustento com o trabalho de suas mãos, além de realizar todo o serviço de apóstolo, então está levando uma vida exteriormente pobre e cheia de renúncias. Seu corpo inúmeras vezes se rebela e apresenta suas reivindicações de cuidado e descanso. Então, porém, ele esbofeteia esse mendigo inoportuno, mostrando a seu corpo que não lhe compete ser ―senhor, mas escravo servidor. É precisamente assim que sua vida deve ser. Quem chama outros ―para a luta tem de estar diante deles como lutador exemplar. Ao mesmo tempo, porém, está em jogo a salvação do próprio apóstolo. A frase final deixa mais uma vez claro o que Paulo havia dito no v. 23 com relação a todo o seu ministério: ―Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar participante dele.

2.2. O portunistas de plantão
Muitos homens e mulheres estão fazendo uso da Palavra de Deus, mas visando o seu próprio benefício, iludindo os fieis e se aproveitando dos incautos. Esses são oportunistas de plantão que usam o Evangelho como trampolim para galgar posições de destaque na sociedade, dizendo se preocupados com as ovelhas, mas são os seus nomes e bens que crescem a cada dia. Mas nada ficará encoberto. Não se deve brincar com a verdade, pois o nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29). Muitos ignoraram o que o Apóstolo Paulo ensinou em Gálatas 6.7: “Não erres: Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear isso também ceifará”.

A exortação é intensificada: Não vos enganeis: de Deus não se zomba (Deus não se deixa escarnecer [RC])! A mesma exclamação também se encontra em 1Co 6.9 e 15.33, dirigindo-se, como aqui, não contra zombadores de fora, nem contra o escárnio aberto de Deus por meio de palavras. Atitudes desse tipo também eram rejeitadas pelos gálatas. Em sua opinião eles justamente estavam no ponto de aumentar decisivamente a sua devoção. Contudo, por meio daquilo que realizavam com seus mestres, zombavam de Deus. O mais tardar no juízo final Deus resgatará a honra que lhe cabe e dará a resposta pertinente. A Bíblia fala do juízo muitas vezes pela metáfora da colheita. É o que faz também a frase proverbial seguinte, que todo agricultor poderá confirmar: pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Toda a série de obras da carne de Gl 5.19-21, as brigas de Gl 5.15, as gabolices de Gl 5.26, o esquecimento de Deus de Gl 6.7 são sementes que produzirão uma colheita correspondente. Não há como esquivar-se disso.

2.3. A ilusão de construir sobre a areia.
A vida de um cristão deve estar pautada nas palavras de Jesus. Cristo é o seu maior mestre, pois Ele abalou os alicerces da história humana através de sua própria história. Seu viver e pensamentos atravessaram gerações, varreram os séculos, embora nunca tenha sido essa a sua preocupação. A cultura humana construída há milênios tem o seu valor para humanidade, no entanto, a experiência humana tem revelado que muitos se firmaram em princípios que não foram aprovados por Deus. Ignorando a maior necessidade, o alicerce na Rocha (Jesus Cristo).
A “casa” são todas as nossas realizações como cristãos. Com essa semelhança, fica claro que não podem os negligenciar a obediência e os princípios que, na realidade, são verdadeiros sustentáculos. Vale tanto para a vida espiritual quanto para a secular. Sem o princípio do alicerce, as edificações não terão firmeza diante dos desafios dos vendavais. Ouvira Palavra e cumpri-la é o verdadeiro alicerce para todo crente fazer sua edificação.

3. Resultados práticos da obediência a Cristo.
Muitos cristãos procuram atalhos para viver o evangelho. Na verdade, o “mundo evangélico” está transbordando de métodos e fórmulas para uma vida bem sucedida. No entanto, a vida cristã autêntica só poderá ser experimentada a partir da obediência aos ensinos de Jesus. Ensinos que modificam a ética e o comportamento morais das pessoas, que se tornam íntegras, honestas e incorruptíveis, cujos atos e atitudes são irrepreensíveis, contagiando o ambiente em que vivem com honestidade e retidão.

3.1. Alcança a felicidade plena (Mt 5.1-12)
As bem-aventuranças, que representam a primeira parte do Sermão da Montanha, resumem e destilam as qualidades que Deus deseja para os seus filhos na vida diária, de sua jornada rumo ao Céu. São características que produzem felicidade no interior dos cristãos. A prática dessas virtudes faz nascer, nos crentes, o caráter ideal que Jesus pretendia para eles ao convidá-los a segui-lo, pois pretendia iniciá-los num período de transformação interior necessária. Aqui descobrimos a imagem do Filho de Deus (Rm 8.29) e a perfeição que o Pai exige de seus filhos (Mt 5.48). Na verdade, esse é o caráter que produz felicidade plena, que conscientiza o cristão, que 'ser’ e não ‘ter’ é primordial para ser feliz. O evangelho sempre valorizou mais o caráter do que talento, embora a igreja de hoje, tenha feito ao contrário. Os cristãos precisam entender que, embora ele não utilize todos os talentos que existem no mundo, precisará de todos os aspectos do caráter quando colocar seus talentos em ação.

Ninguém achará felicidade neste mundo ou no vindouro se não buscar em Cristo pelo governo de sua palavra. Ele ensinou qual era o mal que eles deviam aborrecer, e qual é o bem que deviam buscar e no qual abundar.
Aqui nosso Salvador dá oito características da gente bem-aventurada que para nós representam as graças principais do cristão.

1) Os pobres de espírito são bem-aventurados. Estes levam suas mentes a sua condição quando é baixa. São humildes e pequenos segundo seu próprio critério. Vêem sua necessidade, se lamentam por sua culpa e têm sede de um Redentor. O reino da graça é desses tais; o reino da glória é para eles.

2) Os que choram são bem-aventurados. Parece ser que aqui se trata dessa tristeza santa que opera verdadeiro arrependimento, vigilância, mente humilde e dependência contínua para ser aceito pela misericórdia de Deus em Cristo Jesus, com busca constante do Espírito Santo para limpar o mal residual. O céu é o gozo de nosso Senhor; um monte de gozo, rumo ao qual o nosso caminho atravessa um vale de lágrimas. Tais doentes serão consolados por seu Deus.

3) Os mansos são bem-aventurados. Os mansos são os que se submetem silenciosamente a Deus; os que podem suportar insultos; são calados ou devolvem uma resposta branda; os que, em sua paciência, conservam o domínio de suas almas, quando escassamente têm possessão de alguma outra coisa. Estes mansos são bem-aventurados ainda neste mundo. A mansidão fomenta a riqueza, o consolo e a segurança, ainda neste mundo.

4) Os que têm fome e sede de justiça são bem-aventurados. A justiça está aqui colocada por todas as bênçãos espirituais. Estas são compradas para nós pela justiça de Cristo, confirmadas pela fidelidade de Deus. Nossos desejos de bênçãos espirituais devem ser fervorosos. Embora todos os desejos de graça não são graça, contudo, um desejo como este é um desejo dos que são criados por Deus, e Ele não abandonará a obra de Suas mãos.

5) Os misericordiosos são bem-aventurados. Devemos não somente suportar nossas aflições com paciência, senão que devemos fazer tudo o que pudermos por ajudar os que estejam passando misérias. Devemos ter compaixão pelas almas dos próximos, e ajudá-los; compadecer-nos dos que estão em pecado, e tratar de tirá-los como brasas fora do fogo.

6) Os limpos de coração são bem-aventurados, porque verão a Deus. Aqui são plenamente descritas e unidas a santidade e a felicidade. Os corações devem ser purificados pela fé e mantidos para Deus. Cria em mim, oh Deus, um coração limpo. Ninguém senão o limpo é capaz de ver a Deus, nem o céu é prometido para o impuro. Como Deus não tolera olhar para a iniqüidade, assim eles não podem olhar para Sua pureza.

7) Os pacificadores são bem-aventurados. Eles amam, desejam e se deleitam na paz; e lhes agrada ter quietude. Mantêm a paz para que não seja perdida e a recuperam quando é quebrantada. Se os pacificadores são bem-aventurados, aí dos que quebrantam a paz!

8) Os perseguidos por causa da justiça são bem-aventurados. Este ditado é peculiar do cristianismo; e se enfatiza com maior intensidade que o resto. Contudo, nada há em nossos sofrimentos que possa ser mérito ante Deus, mas Ele verá que os que perdem por Ele, ainda a própria vida, não percam finalmente por causa dEle.
Bendito Jesus, quão diferentes são tuas máximas das dos homens do mundo! Eles chamam ditoso ao orgulhoso, e admiram o alegre, o rico, o poderoso e o vitorioso. Alcancemos nós misericórdia do Senhor; que possamos ser reconhecidos como seus filhos, e herdemos o reino. Com estes deleites e esperanças, podemos dar as boas-vindas com alegria às circunstâncias baixas e dolorosas.

3.2. Aprende a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16)
Nas palavras de Jacques Ellul, ser sal da terra se refere de forma precisa ao livro de Levítico 2.13 (Temperem com sal todas as suas ofertas de cereal. Não excluam de suas ofertas de cereal o sal da aliança do seu Deus; acrescentem sal a todas as suas ofertas.), onde nos é dito que o sal é o símbolo da Aliança. O cristão é então, diante dos homens e da realidade espiritual de nosso mundo, símbolo visível da Nova Aliança que Deus fez através de Jesus Cristo com este mundo. Com a capacidade de temperar e preservar a vida neste planeta, ou seja, que em suas vidas e em suas palavras ele faça aparecer essa Aliança aos olhos dos homens. E como luz do mundo deve prevalecer e dominar sobre as trevas. Dando sentido à história com a sua presença como igreja. Acrescentando que, por ser luz, tem a capacidade de trazer revelação sobre este mundo, além do testemunho de salvação de que os cristãos são os instrumentos.
Como sal e luz no mundo, o cristão deve criar elos de forma autêntica, ser guiado pela verdade que é Cristo, abraçar, encarar e lidar com situações negativas, superando os problemas, resolvendo-os ou transformando-os. Ser voltado para o crescimento, que nos leva a progredir. E por fim, que nos leve a transcender, ou seja, enxergar melhor a nós mesmos e as situações como um todo.

Vocês são o sal da terra. A humanidade, na ignorância e maldade, era como um monte enorme, prestes a apodrecer, mas Cristo enviou seus discípulos para sazoná-la, por suas vidas e doutrinas, com o conhecimento e a graça. Se não são como deveriam ser, são como sal que perdeu seu sabor. Se um homem pode adotar a confissão de Cristo e, contudo, permanecer sem graça, nenhuma outra doutrina, nenhum outro médio o faz proveitoso. Nossa luz deve brilhar fazendo obras tais que os homens possam vê-las. O que há entre Deus e nossas almas deve ser guardado para nós mesmos, mas o que, de si mesmo, fica aberto à vista dos homens, devemos procurar que se conforme a nossa profissão e que seja elogiável. Devemos apontar à glória de Deus.

3.3. Vida cristã transformada (Mt 5.17-7.1-28)
Com os ensinos de Cristo, o crente passa entender as Escrituras e busca cumprir a Lei de Deus (Mt 5.17-20), porque aprende que ela é mais real e duradoura que as estrelas do céu. Valoriza os sentimentos e o valor das palavras diante dos homens (Mt 5.21-26); protege o coração para não ser corrompido pelo desejo ardente do corpo (Mt  5.27-32);  compreende que as palavras não devem ser manipuladoras, um sim e um não é suficiente (Mt 33-37); que  amar aos inimigos e os que os  perseguem em atitude de oração é ser semelhante ao Altíssimo (Mt 5.43-48); que o mundo não é um palco (Mt 6.1-4); que a oração deve ser simples (Mt 6.5-18); que a vida deve ser um culto a D eus (Mt 6.19-34); que a conduta simples (Mt 7.1-12), e a autenticidade os guiará a uma vida bem sucedida (Mt 7.13-23).

Conclusão
Quando o Senhor Jesus concluiu o Sermão do Monte com a parábola dos dois construtores, do prudente e o insensato, a multidão maravilhada se entusiasmou pela sua autoridade de mestre. Pois Ele não ensinava como os seus oponentes religiosos, que citavam outros rabinos para a fim de apoiar seus ensinos particulares. Jesus na verdade falava com autoridade divina. Naquele dia, foi como a melhor aula que o povo já havia ouvido. Portanto, que possamos fundamentar as novas vidas nos ensinos incomparáveis de Jesus, que é a Rocha verdadeira.

Editora Betel 2º Trimestre de 2013, ano 23 nº 87 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Pontos salientes da nossa fé, doutrinas essenciais para a prática de uma vida cristã sadia e equilibrada.
FONTE: 
http://www.revistaebd.com/p/licoes-comentadas-ebd-betel.html

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