O JULGAMENTO FINAL
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
TEXTO ÁUREO
“Porquanto tem
determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão
que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At
17.31).
VERDADE PRÁTICA
Que ninguém se iluda!
O Julgamento Final não é uma hipótese. É algo já determinado por Deus, a fim de
que a sua justiça seja plenamente notória, reconhecida e exercida em todo o
Universo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 12.48 Os
que rejeitam a Cristo serão réus no Juízo Final
Terça - Rm 2.16 Os
segredos do coração serão julgados no Juízo Final
Quarta - 1 Co 6.3 Os
anjos maus serão julgados no Julgamento Final
Quinta - 2 Tm 4.1 Os
julgados no Julgamento Final
Sexta - 1 Pe 4.5 Tudo
esta preparado para o Julgamento Final
Sábado - Ap 20.4 A
realidade do Julgamento Final
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 20.11-15.
11 - E vi um grande trono branco e o que estava assentado
sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para
eles.
12 - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras.
13 - E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o
inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as
suas obras.
14 - E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte.
15 - E aquele que não foi achado escrito no livro da vida
foi lançado no lago de fogo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Distinguir os diversos tipos de julgamentos bíblicos.
Descrever os objetivos do Julgamento Final.
Citar os fundamentos do Julgamento Final.
SÍNTESE TEXTUAL
O vocábulo grego
traduzido por “tribunal” no Novo Testamento é “bema”, cujo significado literal
é “passo”, representando “uma medida pequena”.
A expressão em Atos 7.5 “bema
podos” traduzido por “julgarei” é no grego “o espaço de um pé”, referindo-se à
plataforma oficial de onde se proferia discursos (At 12.21), juízos e sentenças
(Jo 19.13), ou onde o réu comparecia (At 25.6).
Portanto, a palavra se refere
ao “tribunal” ou a um “trono de julgamento”.
O Novo Testamento menciona três
tipos de tribunais:
humano (1 Co 4.3),
de Cristo e de Deus (2 Co 5.10; Rm
14.10),
bem como cinco categorias de julgamentos:
das nações (Mt 25.31-40),
de
Israel (Ez 20.34-38; Ml 3.2-5),
dos crentes nos céus (2 Co 5.10),
dos anjos (1
Co 6.3; 2 Pe 2.4; Jd v.6)
e do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
Neste último,
serão julgados todos os homens não inscritos no Livro da Vida (Ap 20.12,15).
Após o julgamento, o destino ou estado final destes são identificados como
“fogo e tormento eterno”(Mt 25.41,46) e, “segunda morte” (Ap 21.8).
COMENTÁRIO
Introdução
Terminada a Segunda
Guerra Mundial, os aliados reuniram-se na cidade alemã de Nuremberg, a fim de
julgar os líderes nazistas por haverem estes cometido o mais hediondo crime
contra a humanidade. Apesar de vários assessores de Hitler serem punidos com a
morte, outros criminosos, igualmente culpáveis, conseguiram fugir ao
julgamento, e refugiarem-se em confortáveis anonimatos.
No Julgamento Final, entretanto, ninguém escapará à justiça
divina. Contra esta não há casuísmo nem brechas jurídicas. Os culpados serão,
severamente, lançados no lago de fogo, onde serão atormentados pelos séculos
dos séculos.
Nesta lição, estaremos considerando o Julgamento Final.
Veremos por que este será instaurado e como atuará.
I. O JULGAMENTO FINAL
1. Definição. O
Julgamento Final é a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as
coisas temporais que, conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura
moral o que esta tiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena.
2. No Antigo Testamento. Embora seja o Julgamento Final
tratado, implicitamente, do primeiro ao último livro do Antigo Testamento, foi
o profeta Daniel que discorreu, de forma mais explícita, acerca deste ato que
haverá de realçar a supremacia e a singularidade da justiça divina: “Naquele
tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E
muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e desprezo eterno. Os sábios, pois, resplandecerão como o
resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como
as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12.1-3).
3. No Novo Testamento. No Sermão Profético, o Senhor deixa
bem claro que o Julgamento Final não é uma mera hipótese; é uma realidade: “E,
quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele,
então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas
diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as
ovelhas” (Mt 25.31-41).
Paulo, Pedro e João tratam do Julgamento Final como algo
integrante do plano redentivo de Deus. Na presente era, o Todo-Poderoso,
através de seu Filho, oferece gratuitamente a salvação a todos os que creem,
mas, na vindoura, haverá de condenar a quantos rejeitaram o Senhor Jesus e a
graciosa salvação que ele consumou na cruz (2 Tm 4.1; 1 Pe 4.5; Ap 20.4).
4. Nosso Credo. O Credo das Assembleias de Deus no Brasil
afirma de forma bem clara e irrespondível: “Cremos no Juízo Vindouro que
justificará os fiéis e condenará os infiéis”.
II. OBJETIVOS DO JULGAMENTO FINAL
Tem o Julgamento
Final vários objetivos conforme revelam-nos as Sagradas Escrituras:
1. Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada e
acatada por todos. Quando intercedia por Sodoma e Gomorra, indaga Abraão ao
Senhor: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). Esta mesma
pergunta é feita ainda hoje por milhões de seres humanos inconformados com a
situação a que este mundo chegou. No Julgamento Final, contudo, mostrará Deus
que a sua justiça haverá de prevalecer de forma absoluta tanto sobre os vivos
como sobre os que já tiverem morrido. Nosso Deus não compactua com a
impunidade.
2. Punir os que rejeitaram a Cristo Jesus e sua tão grande
salvação. Os que aceitam a Cristo Jesus são automaticamente justificados pela
fé diante de Deus. Todavia, aqueles que rejeitam a sua justiça, hão de ser
lançados no lago de fogo (Ap 20.15; Mt 25.41). Jamais entraremos nos céus
fiados em nossa justiça que, aos olhos de Deus, não passa de trapos de
imundície (Is 64.6).
3. Destruir a personificação do mal. Afirma Paulo aos irmãos
de Corinto que iremos julgar os anjos: “Não sabeis vós que havemos de julgar os
anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Co 6.3). O apóstolo
refere-se, logicamente, aos anjos que acompanharam o ungido querubim em sua
estúpida rebelião contra Deus; aos tais reservou o Senhor o lago de fogo (Mt
25.41). E, assim, estará sendo destruída, de uma vez por todas, a
personificação do mal. Aliás, o Diabo há de ser lançado no eterno tormento
antes mesmo da instauração do Julgamento Final (Ap 20.10-12).
III. OS FUNDAMENTOS DO JULGAMENTO FINAL
Se os falhos e
imperfeitos julgamentos humanos têm os seus fundamentos, o que não diremos do
Julgamento Final que será efetuado pelo justíssimo Deus. Vejamos, pois, em que
consistem os fundamentos do Julgamento Final.
1. A natureza justa e santa de Deus. Em sua primeira carta,
João oferece-nos uma das mais belas definições essenciais do Todo-Poderoso:
“Deus é amor” (1 Jo 4.8). Contudo, não podemos esquecer-nos de que Deus possui
uma natureza santa e justa. Todas as vezes que a sua santidade é ferida, sua
justiça reclama, de imediato, uma reparação. Por conseguinte, estes dois
atributos de Deus: a justiça e a santidade acham-se a fundamentar o Julgamento
Final. Neste, todos os que porfiaram em menosprezar a santidade de Deus terão
de se haver ante a sua justiça (Rm 2.5-10).
2. A Palavra de Deus. Além da natureza santa e justa de
Deus, o Julgamento Final terá como fundamento a Palavra de Deus. Os que hoje a
desprezam, serão por ela julgados conforme realçou o Senhor Jesus Cristo: “Quem
me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a
palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (Jo 12.48).
3. A consciência das criaturas morais. Os impenitentes
também serão julgados por sua própria consciência que, embora falha, não deixa
de ser um dos fundamentos do Julgamento Final: “Os quais mostram a obra da lei
escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.15). A lei moral
divina acha-se gravada na consciência de todo o ser humano. É um dos “livros” a
ser aberto no dia do juízo (Ap 20.12).
IV. COMO SE DARÁ O JULGAMENTO FINAL
1. O Julgamento Final
terá início logo após o Milênio. O Apocalipse mostra que, terminados os mil
anos, Satanás será temporariamente solto, e sairá a seduzir as nações, buscando
induzi-las a se revoltarem contra o Cristo de Deus. Mas eis que sairá fogo do
céu, e destruirá por completo os que se houverem levantado contra o Senhor (Ap
20.7-10).
2. Em seguida, terá início o Julgamento Final, que o Livro de
Apocalipse descreve de forma vívida:
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre
ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o
mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno
foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi
achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.11-15).
CONCLUSÃO
Hoje, através de
Cristo Jesus, somos justificados por Deus. A partir do momento em que, pela fé,
recebemos a Jesus como o nosso único e suficiente Salvador, passamos a ser
vistos por Deus como se jamais tivéssemos cometido qualquer pecado; passamos a
ser vistos como santos.
Se você ainda não recebeu a Jesus, faça-o agora mesmo!
Somente Ele pode justificar-nos.
Querido Jesus, agradecemos-te, porque morreste na cruz, para
que fôssemos plenamente justificados. E, agora, com base no teu precioso
sangue, nenhuma condenação pesa sobre nós. Como a tua graça é maravilhosa! Tu
nos livraste da ira vindoura.
FONTE:
LIÇÕES DA CPAD.
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
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