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sábado, 20 de julho de 2013

JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE - LIÇÃO 04 COM SUBSÍDIOS


JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE
LIÇÃO Nº 04
3º TRIMESTRE DE 2013

Data: 28/07/2013.                           

TEXTO ÁUREO
‘De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo é o nosso modelo ideal de submissão, humildade e serviço.

LEITURA DIÁRIA
Segunda   - Fp 2.5-8  - Cristo: o maior exemplo de humildade.
Terça  - Jo 12.20 28  - Glorifique a Deus na tribulação.
Quarta  - Jo 13,3-7 - Quem ama serve.
Quinta  - Lc 6.27 36   - Amando como Jesus.
Sexta   - Rm 12.9-15 - A verdadeira fraternidade.
Sábado - Fp 2.3 - Considerando o outro superior.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.5-11.
5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 - que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8 - e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
9 - Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10 - para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11 - e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor; para glória de Deus Pai.

INTERAÇÃO
Você concorda que Jesus Cristo é a plena revelação de Deus? Que em Jesus, o Altíssimo se fez Deus Conosco, o Emanuel7 Que o Nazareno é a encarnação suprema do Deus Pai? Mas por que o Altíssimo não escolheu manifestar-se como um político poderoso judeu? Por que Ele não elegeu um sacerdote da linhagem de Arão para salvar ã humanidade? Por que o nosso Deus escolheu alguém que não tinha onde "reclinar a cabeça”? Alguém que em seu nascimento não tinha onde pousar com a sua mãe? A vida de Jesus de Nazaré demonstra, ainda que soberano e glorioso, um Deus que não se revelou plenamente a humanidade exalando opulência, mas simplicidade e ternura. O Pai se fez carne e humilhou-se. Ele revelou-se para o mundo em humilhação. Isto lhe diz alguma coisa?

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o estado eterno da pré  encarnação de Cristo.
Apreender o que a Bíblia ensina sobre o estado temporal de Cristo.
Compreender a exaltação final de Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, a lição a ser estudada nesta semana é bem teológica. As Escrituras apresentam uma doutrina robusta acerca da humanidade e divindade de Jesus Cristo. A história da Igreja apresenta fundamentos sólidos à luz dos concílios ecumênicos que, ao longo do tempo, deram conta da evolução de toda a teologia cristã no Ocidente.
Para introduzir o assunto, reproduza o esquema da página seguinte. Faça uma rápida exposição da doutrina da união hipostática de Jesus. Para isso o prezado professor deverá munir-se de uma boa Teologia Sistemática e Bíblica.

PALAVRA-CHAVE
Humildade: Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. Modéstia, pobreza.
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nesta lição, enfocaremos as atitudes de Cristo que revelam a sua natureza humana, obediência e humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, aliás, são as duas naturezas inseparáveis de Jesus. Esta doutrina é apresentada por Paulo no segundo capítulo da Epístola aos Fiiipenses.
Veremos ainda que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos pecados. A presente lição revela também a sua exaltação.

I - O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)
1. Ele deu o maior exemplo de humildade. Na Epístola aos Filipenses, lemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.5). Este texto reflete a humildade de Cristo revelada antes da sua encarnação. Certa feita, quando ensinava aos seus discípulos, o Mestre disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).
Jesus Cristo é o modelo perfeito de humildade. O apóstolo Paulo insta a que os filipenses tenham a mesma disposição demonstrada por Jesus.

2. Ele era igual a Deus. "Que, sendo em forma de Deus” (v.6). A palavra forma sugere o objeto de uma configuração, uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere- se à forma essencial da divindade. Cristo é Deus, igual com o Pai, pois ambos têm a mesma natureza, glória e essência (Jo 17.5). A forma verbal da palavra sendo aparece em outras versões bíblicas como subsistindo ou existindo.
Cristo é, por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”. Os líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser “igual a Deus”. A Filipe, o Senhor afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de Cristo é fartamente corroborada ao longo da Bíblia (jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; Hb 1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua divindade, mas de sua glória.

3. Mas “não teve por usurpação ser igual a Deus” (v.6). Isto significa que o Senhor não se apegou aos seus “direitos divinos”. Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou- se da sua glória, para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação por toda humanidade. O que podemos destacar nesta atitude de Jesus é o seu amor pelo mundo. Por amor a nós, Cristo ocultou a sua glória sob a natureza terrena. Voluntariamente, humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção do pecado.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
“Cristo é por natureza Deus, pois antes de fazer-se humano ‘‘subsistia em forma de Deus”.

II - O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2,7,8)
1. “Aniquilou-se a si mesmo” (2.7). Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade: Ele “aniquilou-se a si mesmo”. O termo grego usado pelo apóstolo é o verbo kenoô, que significa também esvaziar, ficar vazio. Portanto, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a ideia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana. Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade.
Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir | a nossa humanidade. Tornando-se t. verdadeiro homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (IPe 2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". Isto indica que Jesus é consubstanciai com toda a humanidade nascida em Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado virginalmente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado ou iniquidade (Lc 1.35). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus".

2. Ele “humilhou-se a si mesmo” (2.8). Jesus encarnado rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltratado pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26.62-64; Mc 14.60,61). A auto humilhação do Mestre foi espontânea, Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém jamais perdeu o foco da sua missão: cumprir toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.

3. Ele foi “obediente até a morte e morte de cruz” (2.8). O Mestre amado foi obediente à vontade do Pai até mesmo em sua agonia: "Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). No Getsêmani, antes de encarar o Calvário, Jesus enfrentou profunda angústia e submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana. Quando enfrentou o Calvário, o Mestre desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação. Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; cf. Gl 3.13), passando pela morte e morte de cruz.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
O Filho do Homem “aniquilou-se a si mesmo", “humilhou-se a si mesmo”, e “foi obediente até a morte e morte de cruz”.

III - A EXALTAÇAO DE CRISTO (2.9-11)
1. “Deus o exaltou soberanamente” (2.9). Após a sua vitória final sobre o pecado e a morte jesus é finalmente exaltado pelo Pai. O caminho da exaltação passou pela humilhação, mas Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas as coisas (Hb 1.3; 2.9;12.2),
Usado pelo autor sagrado para designar especialmente Jesus, o termo grego Kyrios revela a glorificação de Cristo. O nome “Jesus” é equivalente a “Senhor”, e, por decreto divino, Ele foi elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o seu nome “se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor [o Kyrios]” (v.10).

2. Dobre-se todo joelho. Diante de Jesus, todo joelho se dobrará (v.10). Ajoelhar-se implica reconhecer a autoridade de alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem claro que Ele é a autoridade suprema não só da Igreja, mas de todo o Universo. Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a soberania. Pois todas as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio.

3. “Toda língua confesse” (v.11). Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica também a pregação do Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o nome de Jesus. O valor do Cristianismo está naquilo que se crê, A confissão de que Jesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a Igreja (Rm 10.9; At 10.36; 1 Co 8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser proclamada universalmente.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Deus, o Pai, exaltou soberanamente o Filho fazendo-o Senhor e Rei. Haverá, pois, um dia que "todo joelho se dobrará’ e “toda língua confessará” o senhorio de Cristo”.

CONCLUSÃO
O tema estudado hoje é altamente teológico. Vimos a humilhação e a encarnação de Jesus. Estudamos a dinâmica da sua humanização e a sua consequente exaltação. Aprendemos também que o Senhor Jesus é o Deus forte encarnado — verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E que Ele recebeu do Pai toda a autoridade nos céus e na terra. Ele é o Kyrios, o Senhor Todo-Poderoso. O nome sob o qual, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Proclamemos essa verdade universamente.

UNIÃO HIPOSTÁTICA
"[Do gr. hypostasis] Doutrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451, realça a perfeita e harmoniosa união entre as naturezas humana e divina de Cristo. Acentua este ensinamento ser Jesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus” (Dicionário Teológico, p.352, CPAD).

Natureza Humana
Natureza Divina

“Embora o título ‘Filho do Homem’ apresente duas definições principais, são três as aplicações contextuais, no Novo Testamento. A primeira é o Filho do Homem no seu ministério terrestre. A segunda refere-se ao seu sofrimento futuro (como por Mc 13.24). Assim, atribuíu-se novo significado a uma terminologia existente dentro do Judaísmo. A terceira aplicação diz respeito ao Filho do Homem na sua glória futura (ver Mc 13.24, que aproveita diretamente toda a corrente profética que brotou do livro de Daniel). [...} Logo, Jesus é o Filho do Homem - passado, presente e futuro. [...] O fato de o Filho do Homem ser um homem literal é incomparável" (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, pp.312-13, CPAD), “Os escritos joaninos dão bastante ênfase ao título ‘Filho de Deus’. João 20.31 afirma de forma explícita que o propósito do evangelho é 'para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome’. Além do uso do próprio título, Jesus é chamado inúmeras vezes ‘o Filho’, sem acréscimo de outras qualificações. Há também mais de cem circunstâncias em que Jesus se dirige diretamente a Deus ou se refere a Ele como ‘Pai’ [...].

As afirmações: £Eu sou’ são exclusivas do evangelho de João. Elas, como afirmações de Jesus na primeira pessoa, formam uma parte relevante da autorrevelação dEle [‘Eu Sou’ é a declaração da autorrevelação divina (cf. Êx 3.14)]” (Teologia do Novo Testamento, pp.203, 205, CPAD).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico

“KENÓSIS
[Do gr. kenós, vazio, oco, sem coisa alguma] Termo usado para explicar o esvaziamento da glória de Cristo quando da sua encarnação. Ao fazer-se homem, renunciou Ele temporariamente a glória da divindade (Fp 2.1-6). O capítulo 53 de Isaías é a passagem que melhor retrata a kenósis de Cristo. Segundo vaticina o profeta, em Jesus não havia beleza nem formosura, Nesta humilhação, porém, Deus exaltou o homem às regiões celestes,

Quando se trata de Kenósis de Cristo, há que se tomar muito cuidado. É contra o espírito do Novo Testamento, afirmar que o Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade. Ao encarnar-se, esvaziou-se Ele apenas da sua glória. Em todo o seu ministério terreno, agiu como verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
KENÓTICA, TEOLOGIA DA

Movimento surgido na Inglaterra no século 19, cujo objetivo era enfatizar a kenósis de Cristo. Em torno do tema, muitas questões foram suscitadas: Cristo, afinal, esvaziou-se de sua glória ou de sua divindade? Caso haja se esvaziado de sua divindade, sua morte teve alguma eficácia redentora?
Ora, como já dissemos no verbete anterior, a kenósis de Cristo não implicou no esvaziamento de sua divindade, mas apenas no autoesvaziamento de sua glória. Em todo o seu ministério, agiu Ele como verdadeiro homem e verdadeiro Deus" (ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2004, p.246).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico

“O termo ‘Senhor’ representa o vocábulo grego kurios, bem como os vocábulos hebraicos Adernai (que. significa ‘meu Senhor, meu Mestre, aquEle a quem pertenço’) e Yahweh (o nome pessoal de Deus). Para as culturas do Oriente Próximo e do Oriente Médio antigos, ‘Senhor’ atribuía grande reverência quando aplicado aos governantes, As nações ao redor de Israel usavam o termo para indicar seus reis e deuses, pois a maioria dos reis pagãos afirmavam-se deuses. Esse termo, pois, representava adoração e obediência. Kurios podia ser usado no trato com pessoas comuns, como uma forma polida de tratamento. Entretanto, a Bíblia declara que o nome ‘Senhor’ foi dado a Jesus pelo Pai, identificando-o, assim, como divino Senhor (Fp 2.9-11). Os crentes adotaram facilmente esse termo, reconhecendo em Jesus o Senhor divino. Por meio de seu uso, indicavam completa submissão ao Ser Supremo. O título que Paulo preferia usar para referir-se a si mesmo era ‘servo’ (no grego, doulos, ‘escravo’, ou seja, um escravo por amor) de Cristo Jesus (Rm 1.1; Fp 1.1). A rendição absoluta é apropriada a um Mestre absoluto. A significação prática desse termo é espantosa quanto às suas implicações na vida diária. A vida inteira deve estar sob a liderança de Cristo. Ele deve ser o Mestre de cada momento da vida de todos quantos nasceram na família de Deus.
Isso, contudo, não significa que Cristo seja um tirano, pois Ele mesmo declarou: ‘Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, com quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu porém, entre vós, sou como aquele que serve’ (Lc 22.25-27; ver também Mt 20.25-28). Jesus viveu e ensinou a liderança de servos” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.51-52).


SUBSÍDIOS

Significados de Humildade :
1. Humildade
Característica de pessoas francas, que aceitam a verdade e que têm senso de realidade apurado.
Reconhecem seus erros e acertos com a mesma naturalidade.
Não subestimam, nem supervalorizam fatos, pessoas, coisas ou a si mesmos!

Sinônimos:  modéstia   acanhamento   comedimento   desprendimento   despretensao   despretensão   humildade   recato   simplicidade   timidez   pobreza   carência   desamparo   escassez   estica   indigência   mendicidade   miséria   necessidade   paupérie   pauperismo   penúria   quebradeira   tanga   submissão   baixeza   conformidade   docilidade   ductilidade   flexibilidade   


OBRA, MINISTÉRIO E SOFRIMENTO DE JESUS.

53.1 QUEM DEU CRÉDITO À NOSSA PREGAÇÃO? Conquanto Jesus seja o Messias de Deus, muitos o rejeitariam e portanto ficariam sem a salvação (ver Jo 12.38; Rm 10.16). Houve relativamente poucos salvos entre os judeus na primeira vinda de Jesus.

53.2 COMO RAIZ DE UMA TERRA SECA. Além da sua humilde origem humana, Jesus veio à terra num período de grande aridez espiritual. João Batista começou a despertar o povo para chegar-se a Jesus, pouco antes dEle começar o seu ministério público.

53.2 NENHUMA BELEZA VÍAMOS, PARA QUE O DESEJÁSSEMOS. O Messias não teria grandeza terrestre e nem atrativos físicos. Deus sempre contempla mais o caráter, santidade e obediência da pessoa, e não primeiramente a sua condição social terrestre, nem sua beleza física (cf. 1 Sm 16.7; ver Lc 22.24-30).

53.3 DESPREZADO... INDIGNO [REJEITADO]. Ao invés de aceitação por Israel, Jesus Cristo seria odiado e rejeitado pelos dirigentes da nação (ver 52.14; Mt 26.57).

53.3 HOMEM DE DORES. A missão de Jesus envolveria muita dor, sofrimento, desagrado e pesar por causa dos pecados da humanidade. Semelhantemente, todos que seguirem a Jesus, provavelmente terão sofrimentos e frustrações de algum modo (ver 2 Co 11.23).

53.4 ELE TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES. O NT cita este versículo em Mt 8.17, com referência ao ministério de Jesus, na cura dos enfermos tanto física, como espiritualmente. O Messias sofreria o castigo que nos era devido, para nos livrar das nossas enfermidades e doenças, e não somente dos nossos pecados. É, portanto, bíblico orarmos pela cura física. Assim como Ele levou sobre si os nossos pecados, Ele também levou a doença e a aflição que nos atinge (ver as duas notas seguintes).

53.5 FERIDO PELAS NOSSAS TRANSGRESSÕES. Cristo foi crucificado por nossos pecados e nossas culpas diante de Deus (cf. Sl 22.16; Zc 12.10; Jo 19.34; 1 Co 15.3). Como nosso substituto, Ele sofreu o castigo que merecíamos, e pagou a penalidade dos nossos pecados a penalidade da morte (Rm 6.23). Por isso, podemos ser perdoados por Deus e ter paz com Ele (cf. Rm 5.1).

53.5 PELAS SUAS PISADURAS FOMOS SARADOS. Esta cura refere-se à salvação, com todas as suas bênçãos, espirituais e materiais. A doença e a enfermidade são conseqüências da queda adâmica e da atividade de Satanás no mundo. Para isto o Filho de Deus se manifestou; para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8). Cristo concedeu os dons de cura à sua igreja (1 Co 12.9) e ordenou a seus seguidores curar os enfermos, como parte da sua proclamação do Reino de Deus (Lc 9.1,2; 10.1.8,9,19)

53.6 TODOS NÓS ANDAMOS DESGARRADOS COMO OVELHAS. Todo ser humano, numa ocasião ou noutra, preferiu seguir seus próprios caminhos egoístas e pecaminosos à obediência aos mandamentos justos de Deus (ver Rm 6.1). Todo ser humano é culpado e, portanto, precisa da morte de Cristo em seu lugar.

53.7 COMO UM CORDEIRO, FOI LEVADO AO MATADOURO. Jesus suportou com paciência e de modo voluntário, o sofrimento em nosso lugar (1 Pe 2.23; cf. Jo 1.29,36; Ap 5.6).

53.9 SUA SEPULTURA COM OS ÍMPIOS. Essa frase pode significar que Jesus Cristo morreria ao lado dos ímpios, ou que os soldados romanos pretendiam sepultá-lo juntamente com os dois malfeitores. Ele, porém, conforme diz essa profecia, foi sepultado no túmulo de um rico (Mt 27.57-60).

53.10 AO SENHOR AGRADOU MOÊ-LO. Foi da vontade de Deus Pai que seu Filho fosse enviado para morrer na cruz em favor de um mundo perdido (ver Jo 3.16). Ao fazer de Cristo um sacrifício expiador por todas as transgressões (cf. Lv 5.15; 6.5; 19.21; o propósito divino da redenção, de levar muitas pessoas à salvação, já foi cumprido. Prolongará os dias significa: Ele ressuscitará dentre os mortos e viverá para todo o sempre

53.11 O TRABALHO DA SUA ALMA. O sofrimento do Messias cumpriria o propósito de Deus e resultaria na salvação para os muitos que crerem.

53.12 A PARTE... COM OS PODEROSOS. Deus prometeu retribuir a Cristo por sua morte expiatória, e Cristo por sua vez promete que repartirá o seu despojo com os poderosos que o seguirem na batalha contra o pecado e Satanás, mediante o poder do Espírito.

53.12 PELOS TRANSGRESSORES INTERCEDEU. Jesus, na sua agonia na cruz, intercedeu pelos pecadores (Lc 23.24). Seu ministério de intercessão ainda continua no céu (cf. Rm 8.34; ver Hb 7.25 nota).

53.12 PORQUANTO DERRAMOU A SUA ALMA NA MORTE. Por causa da morte de Jesus na cruz, uma grande herança foi concedida ao povo de Deus. Qualquer proclamação do evangelho que não pregar a cruz de Cristo e a renúncia ao pecado está, em definitivo, fadada ao fracasso.

ISAIAS  61.1-3 O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ ESTÁ SOBRE MIM. Esta descrição do Messias e da sua unção relaciona-se à sua missão ou ministério (ver 11.2,3,  onde Isaías descreve mais diretamente o seu caráter e supremacia). Quando Jesus começou o seu ministério, citou estes versículos e os aplicou a si mesmo (Lc 4.18,19). Seu ministério ungido incluía:
(1) pregar o evangelho aos pobres, aos humildes e aos aflitos;
(2) curar os espiritual e fisicamente doentes e quebrantados;
(3) romper os grilhões do mal e proclamar a libertação do pecado e do domínio satânico; e
(4) abrir os olhos espirituais dos perdidos para verem a luz do evangelho e serem salvos. Este quádruplo propósito caracterizava o ministério de Jesus Cristo, e continuará a ser cumprido pela igreja enquanto esta estiver na terra.

JESUS,  O SERVO SOFREDOR

ISAIAS  52.13 53.12 O SERVO SOFREDOR. Esta seção trata do sofrimento e rejeição do Messias-Servo, Jesus Cristo. Isaías profetiza que através do sofrimento dEle, muitos seriam perdoados, justificados, redimidos e curados. Seu sofrimento também o levaria à sua exaltação e glória. O NT cita mais esta parte das Escrituras do que de qualquer outra do AT.

ISAIAS  52.13 EIS QUE O MEU SERVO... Jesus, o Messias, o Servo de Deus, cumpriria com perfeição a vontade de Deus e por isso seria grandemente exaltado (cf. At 2.33; Fp 2.9; Cl 3.1; Hb 1.3; 8.1).

ISAIAS  52.14 A SUA APARÊNCIA ESTAVA TÃO DESFIGURADA. Este versículo descreve os maus-tratos que os judeus e os soldados romanos infligiam a Jesus, no seu julgamento e crucificação (cf. Sl 22.6-8; ver Mt 26.67).

ISAIAS  52.15 BORRIFARÁ MUITAS NAÇÕES. Esta expressão refere-se à limpeza e purificação espirituais (cf. Êx 29.21; Lv 8.11,30) que pessoas de todas as nações experimentariam quando recebessem a mensagem redentora do Messias-Servo. Essa purificação viria pela aspersão do sangue de Cristo; ver 1 Pe 1.2.

JESUS, SUA NATUREZA DIVINA E DEUS ETERNO.

JOAO  1.1 O VERBO. João começa seu Evangelho denominando Jesus de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de Cristo, João o apresenta como a Palavra de Deus personificada e declara que nestes últimos dias Deus nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que Jesus Cristo é a sabedoria multiforme de Deus (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também Cristo, como "o Verbo", revela o coração e a mente de Deus (14.9). João nos apresenta três características principais de Jesus Cristo como "o Verbo".
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai.
(a) Cristo preexistia "com Deus" antes da criação do mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de Deus Pai, mas em eterna comunhão com Ele.
(b) Cristo era divino ("o Verbo era Deus"), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.1).

(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de Cristo que Deus Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6).

(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. "E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em Jesus, Deus tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: Cristo deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23)

JOAO  1.2 NO PRINCÍPIO COM DEUS. Cristo não foi criado; Ele é eterno, e sempre esteve em comunhão amorosa com o Pai e com o Espírito Santo (ver Mc 1.11).

JOAO  1.4 VIDA... A LUZ DOS HOMENS. Cristo é a personificação da genuína e verdadeira vida (cf. 14.6; 17.3). Sua vida era a luz para todos, i.e., a verdade de Deus, sua natureza, propósito e poder tornam-se disponíveis a todos por meio dEle (8.12; 12.35,36,46).

JOAO  1.5 A LUZ RESPLANDECE NAS TREVAS. A luz de Cristo brilha num mundo mau e pecaminoso controlado por Satanás. A maior parte do mundo não aceita sua vida, nem sua luz; mesmo assim "as trevas não a compreenderam", i.e., não prevaleceram contra ela.

JOAO  1.9 ALUMIA A TODO HOMEM. Cristo ilumina toda pessoa que ouve o seu evangelho, concedendo-lhe certa medida de compreensão e graça para que essa pessoa possa livremente escolher, aceitar ou rejeitar a mensagem. Além da luz de Cristo, não há outra mediante a qual possamos conhecer a verdade e sermos salvos.

JOAO  1.10 O MUNDO NÃO O CONHECEU. O "mundo" se refere à totalidade da sociedade organizada e que age independente de Deus, da sua Palavra e do seu governo. O mundo nunca concordará com Cristo; permanecerá indiferente ou hostil a Cristo e ao seu evangelho, até o final dos tempos (ver Tg 4.4). O mundo é o grande oponente do Salvador na história da salvação (cf. Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.5).

JOAO  1.12 FILHOS DE DEUS. O homem tem o poder -(o direito) de se tornar filho de Deus somente se crer no nome de Cristo. Quando ele o recebe, nasce de novo e é feito filho de Deus (3.1-21). Portanto, nem todas as pessoas são "filhos de Deus" no sentido bíblico.

JOAO  1.14 O UNIGÊNITO DO PAI. O termo "unigênito" não significa que Cristo foi um ser criado. Pelo contrário, a declaração refere-se ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, i.e., ao fato de Ele ser o Filho de Deus desde toda a eternidade. Aqui temos a sua filiação em relação ao Deus trino (1.1,18; 3.16,18; ver Mc 1.11).

JOAO  1.14 E O VERBO SE FEZ CARNE. Cristo, o Deus eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). NEle se uniram a humanidade e a divindade. De modo humilde, Ele entrou na vida e no meio-ambiente humanos com todas as limitações das experiências humanas (cf. 3.17; 6.38-42; 7.29; 9.5; 10.36).

JOAO  1.29 O CORDEIRO DE DEUS. Jesus é o Cordeiro provido por Deus para ser sacrificado em lugar dos pecadores (cf. Êx 12.3-17; Is 53.7). Pela sua morte, Jesus fez plena provisão para a remoção da culpa e do poder do pecado e abriu o caminho para Deus a todos neste mundo.

JOAO  5.18-24 FAZENDO-SE IGUAL A DEUS. Jesus faz várias declarações espantosas aqui:
(1) Deus é seu Pai de um modo único e exclusivo;
(2) Ele mantém unidade, comunhão e autoridade com Deus (vv. 19,20);
(3) Ele tem o poder de dar a vida e de ressuscitar os mortos (v. 21);
(4) Ele tem o direito de julgar a todos (v. 22);
(5) Ele tem o direito às honras divinas (v. 23); e
(6) Ele tem o poder de dar a vida eterna (v. 24).

MATEUS  1.23 A VIRGEM DARÁ À LUZ. Tanto Mateus como Lucas concordam em declarar inequivocamente que Jesus nasceu de uma mãe virgem, sem a intervenção de pai humano, e que Ele foi concebido pelo Espírito Santo (v. 18; Lc 1.34,35). A doutrina do nascimento virginal de Jesus, de há muito vem sendo atacada pelos teólogos liberais. É inegável, no entanto, que o profeta Isaías vaticinou a vinda de um menino, nascido de uma virgem, que seria chamado Emanuel , um termo hebraico que significa Deus conosco . (Is 7.14). Essa predição foi feita 700 anos antes do nascimento de Cristo.

(1) A palavra virgem é a tradução correta da palavra grega parthenos, empregada na Setuaginta, em Is 7.14. A palavra hebraica significando virgem (almah) , empregada por Isaías, designa uma virgem em idade de casamento, e nunca é usada no AT para qualquer outra condição da mulher, exceto a da virgindade (cf. Gn 24.43; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14). Daí, Isaías, Mateus e Lucas afirmarem a virgindade da mãe de Jesus (ver Is 7.14).

(2) É de toda importância o nascimento virginal de Jesus. Para que o nosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar, Ele teria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável (Hb 7.25,26). O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências.
(a) A única maneira de Ele nascer como homem era nascer de uma mulher.
(b) A única maneira de Ele ser um homem impecável era ser concebido pelo Espírito Santo (v. 20; cf. Hb 4.15).
(c) A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como seu Pai. A concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí, o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus (Lc 1.35). Por isso, Jesus Cristo nos é revelado como uma só Pessoa divina, com duas naturezas: divina e humana, mas impecável.

(3) Por ter vivido como ser humano, Jesus se compadece das fraquezas do ser humano (Hb 4.15,16). Como o divino Filho de Deus, Ele tem poder para libertar o ser humano da escravidão do pecado e do poder de Satanás (At 26.18; Cl 2.15; Hb 2.14; 4.14,15; 7.25). Como ser divino e também homem impecável, Ele preenche os requisitos como sacrifício pelos pecados de cada um, e também como sumo sacerdote, para interceder por todos os que por Ele aproximam-se de Deus (Hb 2.9-18; 5.1-9; 7.24-28; 10.4-12).

ISAIAS  7.14 UMA VIRGEM CONCEBERÁ... EMANUEL. Virgem (hb. almah). Na língua original o termo pode significar virgem ou mulher jovem em idade de casar .

(1) A aplicação imediata desse sinal seria a uma nubente que fora virgem até à ocasião do seu casamento. Antes do seu filho ter idade suficiente para distinguir entre o certo e o errado, os reis da Síria e de Israel seriam destruídos (v. 16).

(2) O pleno cumprimento desta profecia ocorreu quando Jesus Cristo nasceu da virgem Maria (Mt 1.23). Maria era virgem e permaneceu virgem até a ocasião do nascimento de Jesus (Mt 1.18,25). A concepção do seu Filho deu-se mediante um milagre do Espírito Santo, e não pela ação de homem algum (ver Mt 1.16,23 ; Lc 1.35).

(3) O filho da virgem devia se chamar Emanuel , i.e., Deus conosco (Mt 1.23). Este nome revestiu-se de novo e profundo significado com a vinda pessoal ao mundo, do Filho unigênito de Deus (cf. Jo 3.16).

ISAIAS  9.6 PORQUE UM MENINO NOS NASCEU. Aqui temos a predição do nascimento do Messias, Jesus Cristo (ver também 7.14). Seu nascimento ocorreria num tempo e lugar específicos na história, e esse Filho Messiânico nasceria de modo único e maravilhoso. Isaías registra os nomes que caracterizariam sua missão como o Messias.

(1) Maravilhoso. O próprio Messias em si seria uma maravilha sobrenatural. A palavra hebraica, aqui, para maravilhoso é pele , a qual é usada exclusivamente a respeito de Deus, e nunca a respeito de seres humanos ou de obras humanas (cf. 28.29). O Messias demonstraria o seu caráter através das suas obras e milagres.

(2) Conselheiro. O Messias seria a personificação da perfeita sabedoria e teria as palavras da vida eterna. Como conselheiro, Ele revelaria o plano perfeito da salvação (cf. cap. 11).

(3) Deus Forte. No Messias, toda a plenitude da deidade existiria em forma corpórea (Cl 2.9; cf. Jo 1.1,14).

(4) Pai da Eternidade. Ele não somente viria a fim de revelar o Pai celestial, como também Ele mesmo agiria eternamente em favor do seu povo como um pai compassivo que ama, que guarda e que supre as necessidades dos seus filhos (cf. Sl 103.13).

(5) Príncipe da Paz. O reino do Messias traria a paz com Deus à humanidade, mediante a libertação do pecado e da morte (11.6-9; cf. Rm 5.1; 8.2).

JESUS, O HOMEM, SERVO, HUMILDE.

FILIPENSES  2.5 HAJA EM VÓS O MESMO SENTIMENTO. Paulo enfatiza como o Senhor Jesus deixou a glória incomparável do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até à morte para o benefício dos outros (vv. 5-8). A humildade integral de Cristo deve existir nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.

FILIPENSES  2.6 SENDO EM FORMA DE DEUS. Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1.1; 8.58; 17.24; Cl 1.15,17; ver Mc 1.11; Jo 20.28). Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.

FILIPENSES  2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse "esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).

FILIPENSES  2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam de Cristo assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).

JOAO  13.5 LAVAR OS PÉS DOS DISCÍPULOS. O ato comovente de Jesus haver lavado os pés dos discípulos teve lugar na última noite da sua vida terrena. Ele assim fez:
 (1) para demonstrar a seus discípulos quanto os amava;
(2) para prefigurar o sacrifício de si mesmo na cruz; e
(3) para comunicar a seus discípulos a verdade de que Ele os estava chamando para servirem uns aos outros em humildade. A ânsia de grandeza tinha sempre in-quietado os discípulos (Mt 18.1-8; 20.20-27; Mc 9.33-37; Lc 9.46-48). Cristo queria que eles percebessem que o desejo de ser o primeiro ? ser maior e receber mais honra que outros crentes ? é contrário ao espírito do seu Senhor (ver Lc 22.24-30; Jo 13.12-17, 1 Pe 5.5).

LUCAS  6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nos versículos 27-42, Jesus nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui.
(1) Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna. Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a Deus e ao seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los a Cristo e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9).

(2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando necessário for, pela honra de Deus, pelo bem ou segurança do próximo, ou proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).

JOAO  13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não.

(1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a Jesus Cristo e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9).

(2) Isso significa que quem possui uma fé viva em Jesus Cristo e é leal à Palavra inspirada e inerrante de Deus, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especiais.
(3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união denominacional.

(4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de Deus. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre ocupar o primeiro lugar em nossa vida (ver a próxima nota; Mt 22.37,39).

JOAO  13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE TESOURO
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.





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