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quarta-feira, 3 de julho de 2013

PRECISAMOS COMBATER O PECADO DA AVAREZA

Precisamos combater o pecado da avareza

TEXTO AUREO
“Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. lT m 6.10

VERDADE APLICADA
Os insensatos derrubam os celeiros, constroem outros maiores, mas se esquecem de cuidar da própria alma.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que as riquezas materiais cegam muitas pessoas no aspecto espiritual;
Explicar que a ganância por possuir bens materiais vai contra o Evangelho de Jesus;
Ressaltar que possuir riquezas não é pecado; o problema é deixar descer para o coração a avareza, o orgulho, o egoísmo e a vaidade excessiva enquanto despreza a Palavra de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 12.15 - E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de um homem não consiste na abundância do que possui.
Lc 12.19 - E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Lc 12.20 - Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?
l Tm 6.9 - Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
l Tm 6.10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

A avareza é a sede insaciável de uma quantidade cada vez maior de algo que acreditamos ser necessário para nos fazer sentir verdadeiramente satisfeitos. Pode ser a sede de dinheiro ou das coisas que o dinheiro pode comprar, pode também ser a sede de cargos e de poder. Jesus deixou claro que a vida verdadeira não depende da abundân­cia de posses. Não negou que temos certas necessidades básicas (Mt 6:32; 1 Tm 6:17). Apenas afirmou que não tornaremos a vida mais rica adquirindo mais coisas.
Mark Twain certa vez definiu "civiliza­ção" muito apropriadamente como "uma multiplicação ilimitada de necessidades desnecessárias". De fato, muitos cristãos já foram contaminados pela avareza e não sabem. Acreditam que a admoestação de Paulo em 1 Timóteo 6 aplica-se apenas aos "ricos e famosos". Comparado ao padrão de vida do restante do mundo, muitos cristãos brasileiros são, de fato, abastados.
Jesus contou essa parábola a fim de relevar os perigos que se escondem num coração avarento. Ao lê-la, deve-se testar a própria reação às diversas experiências des­se fazendeiro.

De que maneira reagimos ao dilema dele? Eis um homem cujo problema era ter riquezas demais! Caso exclamemos: "Gos­taria de ter esse problema!", é possível que estejamos mostrando a avareza de nosso coração. Se herdasse, de repente, uma por­ção de bens, essa riqueza lhe traria compli­cações? Ou você simplesmente louvaria a Deus e lhe pediria que mostrasse o que fa­zer com esses bens?
A prosperidade tem seus perigos (Pv 30:7-9). A riqueza é capaz de sufocar a Pa­lavra de Deus (Mt 13:22), de criar armadi­lhas e tentações (1 Tm 6:6-10, 17-19) e de dar uma falsa sensação de segurança. Di­zem que o dinheiro não traz felicidade, mas quem desejar viver nesse nível, poderá en­contrar satisfação no dinheiro. Os que se contentam com as coisas que o dinheiro pode comprar correm o risco de perder aqui­lo que o dinheiro não pode comprar.
Esse fazendeiro viu em sua riqueza uma oportunidade de satisfazer a si mesmo. Não pensou em Deus nem nos semelhantes.

De que maneira reagimos às decisões desse homem rico? Dizemos: "Assim é que se faz negócios! Economizando agora a fim de garantir o futuro!". Mas Jesus considerou que as decisões do homem basearam-se em seu egoísmo e o chamou de "Louco". A filo­sofia do mundo diz que devemos cuidar primeiro de nós mesmos, mas Jesus não apoia essa filosofia.
Claro que não há nada de errado em seguir certos princípios sólidos nos negócios nem em poupar para o futuro (1 Tm 5:8). Jesus não aprova o desperdício (Jo 6:12), mas também não aprova o egoísmo da avareza.

De que maneira reagimos aos desejos do fazendeiro? Dizemos: "Isso sim é que é vida! Ali está um homem de sucesso, cheio de satisfação e de segurança! O que mais poderia querer?". Mas Jesus não viu esse homem desfrutando a vida, e sim encarando a morte! Quando chega nosso momento de morrer, não há riqueza que nos mantenha vivos. A riqueza também não compra as oportunidades que perdemos enquanto pensávamos em nós mesmos, ignorando Deus e os semelhantes.

Jesus deixou claro que a vida, o sucesso e a segurança verdadeiros não se encontram na abundância de bens. Esse homem tinha uma visão equivocada da vida e da morte. Pensava que a vida vem do acúmulo de coi­sas e que a morte estava distante. No dia 11 de março de 1856, Henry David Thoreau escreveu em seu diário: "O mais rico dos homens é aquele cujos prazeres custam me­nos". E também: "Um homem é rico na pro­porção do número de coisas sem as quais pode viver".
Por fim, de que maneira reagimos à morte desse fazendeiro presunçoso? Nossa tendência é pensar: "Que pena esse sujeito ter morrido justo quando as coisas estavam indo tão bem para ele! Que tristeza não ter conseguido terminar seus grandes planos!" Mas o mais triste de tudo não era o que o homem havia deixado para trás, mas sim o que teria pela frente: uma eternidade sem Deus! O homem viveu sem Deus e morreu sem Deus, e sua riqueza não passou de uma circunstância desta vida. Deus não se im­pressiona com nosso dinheiro.

O que significa ser "rico para com Deus"? Significa reconhecer com gratidão que tudo o que temos vem de Deus e nos esforçar para usar o que ele nos dá para o bem de outros e para a glória de Deus. A riqueza pode ser desfrutada e usada ao mesmo tem­po se nosso propósito é honrar a Deus (1 Tm 6:10). Ser rico para com Deus significa en­riquecimento espiritual, não apenas prazer pessoal. Como é triste quando as pessoas são ricas nesta vida e pobres na outra!

Introdução
O pecado da avareza é basicamente composto de duas ideias: procurar obter obcecadamente o que não se tem, e preservar, a todo custo, aquilo que possui. Ela também é considerada um vício, que tem escravizado uma boa parte da sociedade no mundo. No entanto é preciso dizer que obter as coisas, ou desejá-las simplesmente, não há problemas. O pecado está no desejo pelas possessões temporais sem controle, que passa a ser idolatria, ou seja, quando a confiança nas dádivas de Deus, substitui a confiança no próprio Deus.

1. O pecado da avareza
A pessoa que é possuída pelo pecado da avareza tem em seu alvo maior a posse, a autoridade, o domínio e o controle. A avareza se torna, na pessoa, uma espécie de edema espiritual, impulsionando o avaro a uma sede insaciável de ter. Quanto mais o indivíduo procura acabar com sua sede, mais ela aumenta. Esses homens e mulheres dominados por esse pecado, são essencialmente tristes, pois muitas vezes possuem casas abarrotadas de mobílias, enfartadas de objetos preciosos, mas sem moradores que possam aproveitar como companhia. Na verdade, o avarento é o causador de sua própria miséria.
(Dicionário Aurélio) edema: Substantivo masculino. Acúmulo anormal de líquido em qualquer tecido ou órgão.

1.1. O avarento e seus bens
Jesus disse que a vida de um homem não pode se restringir à quantidade de bens que ele possui (Lc 12.15). A teologia moderna diz que riqueza é sinônimo de bênção de Deus na vida da pessoa e pobreza é o mesmo que maldição. A verdadeira doutrina da prosperidade são os dízimos e as ofertas com fidelidade ao Senhor. Quem faz esta semeadura atendendo ao que diz Malaquias 3.10 e outros textos bíblicos pode esperar bênçãos do Senhor. Tiago diz que Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que O amam (Tg 2.5-6).

O cristão que tem apego excessivo ao dinheiro, às riquezas, e que não é generoso, pode ser chamado de avaro. É preciso cuidado (Lc 12.15), pois avareza é idolatria (Cl 3.5). Evite este mal. O desejo demasiado e sórdido para adquirir e acumular riquezas não é legítimo para um cristão, porque nenhum avaro e idólatra tem herança no Reino de Deus (Ef 5.5). A orientação bíblica é para que os crentes não fiquem obcecados por adquirir bens materiais, mas satisfeitos com o que já possuem (Hb 13.5,6). Aqui o ensino é para que ninguém seja dominado pela avareza, mas para que todos atentem pela possibilidade de crescimento pessoal.


1.2. Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá
Jó disse que não tem como levar nada daqui (Jó 1.21). “Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” (lTm 6.7). No caixão, não existe gavetas para levar ouro ou outros bens. O que se leva desta vida é a vida que se leva. Para que tanto orgulho e desprezo pelas pessoas mais pobres? Pobreza não é defeito nem tira a dignidade das pessoas. Jesus disse que os pobres sempre estariam presentes entre os discípulos (Mt 26.11). Os bens conquistados e registrados em nossos nomes nos dão apenas conforto provisório, pois somos apenas “mordomos”, e nada é nosso, e, após a morte, passam-se as riquezas para outros administrarem. Os bens vão passando de mão em mão, nada é permanente.

As hostes do céu e do inferno ficaram obser­vando a reação de Jó ao perder suas rique­zas e seus filhos. Ele expressou sua tristeza do modo costumeiro da época, pois Deus espera que sejamos humanos (1 Ts 4:13). Afinal, até mesmo Jesus chorou (Jo 11:35). Mas, em seguida, Jó adorou a Deus e reali­zou uma profunda declaração de fé (Jó 1:21).
Em primeiro lugar, olhou para o passa­do, para o dia de seu nascimento: "Nu saí do ventre de minha mãe". Jó havia recebido tudo o que possuía das mãos de Deus, e o mesmo Deus que lhe concedeu essas coisas tinha o direito de tomá-las de volta. Jó sim­plesmente reconheceu ser um mordomo.

Em seguida, Jó olhou para o futuro, para o dia de sua morte: "e nu voltarei". Não vol­taria ao ventre de sua mãe, pois isso seria impossível. Voltaria para a "terra mãe", seria sepultado e tornaria ao pó. (A ligação entre o "nascimento" e a "terra mãe" também pode ser encontrada em Sl 139:13-15.) Nada do que ele havia adquirido entre seu nascimen­to e sua morte o acompanharia ao outro mundo. Paulo escreve: "Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele" (1 Tm 6:7).

Por fim, Jó olhou para o alto e proferiu uma declaração magnífica de fé: "o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!" (Jó 1:21). Ao invés de amaldi­çoar a Deus, como Satanás disse que Jó fa­ria, Jó abençoou o Senhor! Qualquer um pode dizer: "o Senhor o deu" ou "o Senhor o tomou"; mas é preciso fé verdadeira para dizer, no meio da tristeza e do sofrimento: "Bendito seja o nome do Senhor".
"Em tudo isto Jó não pecou, nem atri­buiu a Deus falta alguma" (v. 22).

1.3. A felicidade e o dinheiro
Com ou sem dinheiro, precisamos estar convictos da nossa felicidade (salvação) e viver intensamente para o Senhor, pois a felicidade não está na riqueza que se possui. Paulo escrevendo a Timóteo diz: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis, que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna (lTm 6.3-10,17-19).

Paulo escreveu sobre o perigo do amor ao dinheiro, mas acrescenta uma "ordem" es­pecial para Timóteo transmitir aos ricos. Ao contrário do que se pode imaginar, essa or­dem aplica-se a nós. Afinal, nosso padrão de vida hoje certamente nos faz "ricos" em com­paração com a congregação de Timóteo!
Sejam humildes (v. 17a). Se a riqueza torna alguém orgulhoso, isso mostra que não compreende a si mesmo nem sua ri­queza. "Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas" (Dt 8:18). Não somos proprietários, apenas despenseiros. Se te­mos riquezas, é pela bondade de Deus, não por algum mérito especial de nossa parte. A posse de bens materiais deve tornar a pes­soa humilde e levá-la a glorificar a Deus, não a si mesma.

É possível ser rico "(no) presente século (mundo)" (1 Tm 6:17) e pobre no mundo por vir. Também é possível ser pobre neste mundo e rico no mundo por vir. Jesus falou sobre ambos os casos (Lc 16:19-31). No en­tanto, um cristão também pode ser rico nes­te mundo e no outro, se usar o que tem para honrar a Deus (Mt 6:19-34). Na verda­de, uma pessoa pobre neste mundo pode usar até seus limitados recursos para glorifi­car a Deus e ser grandemente recompensa­da no mundo por vir.

Confiem em Deus, não nas riquezas (v. 17b). O fazendeiro rico da parábola de Je­sus (Lc 12:13-21) pensou que sua riqueza representava segurança, quando na realida­de, era evidência de sua insegurança. Ele não estava confiando em Deus de coração. As riquezas são incertas, não apenas em seu valor (que muda constantemente), mas tam­bém em sua durabilidade. Os ladrões po­dem roubar os bens, os investimentos podem desvalorizar e o tempo pode corroer casas e carros. Se Deus nos der riquezas, devemos confiar nele, o Doador, não nas dádivas.

Desfrutem o que Deus lhes der (v. 17c). Sim, a palavra "desfrutar" está na Bíblia! Na verdade, um dos temas que se repetem ao longo de Eclesiastes é "desfrutar as bênçãos hoje, pois, um dia, esta vida chegará ao fim" (ver Ec 2:24; 3:12-15, 22; 5:18-20; 9:7-10; 11:9, 10). Não se trata de "hedonismo" (Tendência a considerar que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida.)
 pecaminoso nem de viver em função dos prazeres da vida, mas sim de aproveitar o que Deus nos dá para sua glória.

Usem o que Deus lhes der (vv. 18, 19). Devemos usar as riquezas para fazer o bem a outros; devemos compartilhar e também aplicar nosso dinheiro. Desse modo, enriquecemos a nós mesmos espiritualmente e fazemos investimentos para o futuro (ver Lc 16:1-13). "A fim de se apoderarem da verda­deira vida" (1 Tm 6:19) não significa que essas pessoas não eram salvas. Um modo mais adequado de expressar isso seria: "a fim de tomarem posse da vida que é real". As riquezas podem atrair as pessoas a um mundo de fantasia, repleto de prazeres su­perficiais. Mas as riquezas somadas à von­tade de Deus podem conduzir a uma vida real e a um ministério duradouro.

A última frase de Paulo não é para Ti­móteo, pois o pronome está no plural: "A graça seja convosco". Paulo pensava na igreja toda quando escreveu essa carta e, sem dúvida, se dirigiu a todos os presbíteros, não apenas a Timóteo. Como líder da igre­ja, Timóteo deveria atentar para as pala­vras do apóstolo; mas todos os membros da igreja tinham a responsabilidade de ouvir e obedecer. Temos a mesma responsabilida­de hoje.

2. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males
Nessa cobiça, alguns se desviaram da fé (lTm 6.10). A atenção demasiada ao dinheiro tira a visão divina do crente, quanto mais formos atraídos pelo dinheiro, mais distantes vamos ficando de Deus. Os nossos pensamentos não podem estar concentrados o tempo todo em ganhar dinheiro e obter lucros financeiros. Não podemos deixar a avareza crescer e a fome insaciável por riquezas dominar nossas vidas, tornando-nos escravos. O que ama o dinheiro nunca se fartará dele (Ec 5.10).

2.1. Os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço
Os que almejam a riqueza caem também em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e perdição (lTm 6.9). A vontade de ficar rico escraviza os desejos e leva a pessoa a vender coisas ilícitas, subir na vida prejudicando outros, vender o próprio corpo, matar membro da família por causa de herança, participar de tramoias, subornos e lavagem de dinheiro, sonegar impostos, superfaturar produtos e fraudar a concorrência pública. Até o dízimo é retido por quem ama demais o dinheiro. Muitos deixam de honrar e preservar o próprio nome; colocam suas dignidades em jogo para obter vantagens financeiras (Pv 22.1).

A tradução exata é: "os que fica­rão ricos" e descreve pessoas que precisam de cada vez mais coisas para ser felizes e se sentirem bem-sucedidas. Mas as riquezas são uma armadilha; conduzem à escravidão, não à liberdade. Em vez de saciar, as riquezas criam outras concupiscências (desejos) a serem satisfeitas. Paulo dá uma descrição vívi­da dos resultados: "muitas concupiscências insensatas e perniciosas [...] afogam os ho­mens na ruína e perdição" (1 Tm 6:9). Vemos aqui a imagem de um homem se afogando! Ele confiava em suas riquezas e navegava tranquilamente pela vida, quando veio a tem­pestade e o afundou.
É perigoso usar a religião como fachada para obter riquezas. Por certo, o obreiro de Deus é digno de seu salário (1 Tm 5:17, 18), mas sua motivação para trabalhar não é o dinheiro. Se fosse, ele seria apenas um "mer­cenário", não um verdadeiro pastor (Jo 10:11-14). Não devemos perguntar: "Quan­to vou ganhar com isso?", mas sim: "Quanto posso dar?"

2.2. Onde estiver o vosso tesouro aí estará também o vosso coração
O coração não pode estar alienado aos tesouros (Lc 12.34). O jovem rico colocou o seu coração na riqueza, mesmo “guardando” os mandamentos de Deus. Após Jesus lhe pedir para vender o que tinha e repartir com os pobres, ele ficou triste, porque era muito rico (Lc 18.22-23). A riqueza em si não é má, mas pôr o coração no dinheiro e deixar o Reino de Deus em segundo plano é atitude condenada por Deus. Muitos preferem as riquezas a manter uma vida consagrada e de comunhão com o Senhor. Confiar no dinheiro é um grande engano, apegar-se a ele uma ilusão.

Os prazeres de Deus e nos­sos tesouros devem andar juntos. Devemos olhar para a Terra do ponto de vista do céu e ter certeza de que colocamos o reino de Deus em primeiro lugar em todas as coi­sas. A grande pergunta é: "Onde está seu coração?" Se nosso coração está nas coi­sas passageiras deste mundo, passaremos os dias preocupados. Mas, se estamos vol­tados para o que é eterno, a paz de Deus guardará nossa mente e coração (Fp 4:6-9). Em se tratando das coisas deste mundo, não devemos "esquentar a cabeça", estan­do dispostos até a vender o que temos para ajudar a outros (At 2:44, 45; 4:34, 35). Não é errado possuir coisas, desde que elas não nos possuam.

2.3. O dinheiro atrai coisas boas, mas também coisas ruins.
Quantas pessoas estão escravizadas, porque o dinheiro as fascinou e fê-las envolver-se com coisas ilícitas! O que tem muito dinheiro e o que corre atrás dele precisam ter muito cuidado, pois as tentações são enormes nesta área. No meio eclesiástico, muitos têm maculado os seus ministérios, manchado seus nomes e perdido as suas dignidades por colocar o dinheiro como alvo em suas vidas.
A teologia da prosperidade é uma inversão de valores, pois a atenção aos bens materiais está mais em evidência do que os bens espirituais e eternos, principalmente o Projeto de Redenção. Em muitas igrejas, só se pregam vida abundante para o lado do dinheiro e das realizações materiais neste mundo. Muitos acumulam tanta riqueza que não podem nem andar livremente pelas ruas com medo de sequestro. Não é porque se tem muito dinheiro que se pode fazer o que bem quer com ele, somos “mordomos” e não podemos aplicá-los em coisas espúrias.

3. Devemos ajuntar tesouros aonde o ladrão não chega
O melhor lugar para guardar dinheiro é onde a traça não consome (Lc 12.33). O homem parece insaciável por natureza, quanto mais tem mais quer. Não é correto ser preguiçoso, pois todos precisam sobreviver do suor dos seus rostos, mas também não precisam ser gananciosos para ajuntar tesouros nesta vida a ponto de impedir o verdadeiro relacionamento com Deus. As melhores riquezas são aquelas que depositamos nos céus, não as passageiras que podem ser roubadas a qualquer momento.

3.1. O dinheiro conseguido de forma desonesta atrai maldição
Quem planta desonestidade colherá frutos da mesma natureza da semente, pois a lei da semeadura não falha. Nunca se viu pessoas viverem felizes por conseguirem dinheiro de procedência duvidosa. Até um troco recebido a mais deverá ser devolvido ao seu dono. Pessoas que enganam e passam os outros para trás não ficarão impunes. Tiago diz que o salário dos trabalhadores retido com fraude está clamando, enquanto os patrões vivem deliciosamente. Mas as riquezas deles estão apodrecidas e as vestes comidas de traça (Tg 5.1-6).

Subtrair objetos ou valores de alguém, fazer negócios desonestos ou passar um coitado para trás geram consequências. Não podemos usar aquele ditado que diz que “o mundo é dos espertos”, isso não é coisa de cristão. A Lei de Gérson - levar vantagem em tudo - deve ser deixada de lado. Participar de negócio desonesto, desviar verba, sonegar impostos, superfaturar licitações, tudo isso atrai maldição, é pecado e prejudica a obra de Deus.

3.2. O dinheiro adquirido de forma lícita não deve ser usado de forma ilícita
Quem tem dinheiro não deve menosprezar os que não tem nem deve ser avarento ou orgulhoso, pouco ainda deve se omitir de ajudar os necessitados; não deve usá-lo na prostituição, nas bebidas alcoólicas, no fumo, nas drogas, nos jogos de azar, nem na vaidade excessiva. Não se deve gastar dinheiro com aquilo que não é pão, isto é, fora da vontade de Deus (Is 55.2). Não seja esbanjador, seja econômico.

3.3. Quem confia na riqueza tem dificuldade para entrar no Reino dos Céus
Jesus alertou que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus, porque a maioria deles está muito apegada ao dinheiro que possui e confia nas suas posses, são avarentos, egoístas e orgulhosos. Mas, quando a morte chega, ela não distingue o pobre do rico, mas leva todos. A riqueza não é capaz de deixar o rico para semente. Preste atenção: tudo ficará aqui! (Lc 18.24-25). O materialismo está evidente até no meio cristão, o dinheiro tem falado mais alto, as pessoas valem pelo que têm e não pelo que são. Este é o pensamento mundano.

Ser rico não é pecado. O pecado está em: 1) colocar o coração na riqueza; 2) tornar-se orgulhoso, arrogante, exaltado e soberbo; 3) considerar-se autossuficiente e que não depende de ninguém; 4) deixar de priorizar o Reino de Deus; 5) desprezar os pobres; 6) ajuntar tesouros ilicitamente; 7) usar as riquezas nos prazeres carnais; 8) sonegar os dízimos e não dar ofertas.

Esse acontecimento levou Jesus a fornecer aos seus um ensinamento sobre o perigo da riqueza. Um rico dificilmente entra no reino de Deus, porque o coração pecaminoso se apega demais à propriedade terrena. A fim de incutir mais firmemente essa verdade em seus ouvintes, o Senhor acrescenta ao que foi dito até agora um provérbio: “É mais fácil que um camelo passe pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reinado de Deus.” O ponto de comparação desse provérbio é o humanamente impossível. Com certeza não é condizente imaginar aqui a pequena entrada no muro de Jerusalém pela qual um camelo carregado passava apenas com dificuldade. Um ditado semelhante ocorre no Alcorão (Surata 7,38) e no Talmude (neste caso, com um elefante). Alguns manuscritos gregos trazem em lugar de kamelos = “camelo” uma corda marítima ou de ancoragem, que se chama kamilos. Essa última explicação na verdade foi frequentemente questionada, porém ela expressa muito bem a total impossibilidade.

A declaração do Senhor ensinou os ouvintes a lançar um olhar sincero para seu próprio coração. Consternados eles perguntam quem, então, poderá ser salvo? A pergunta não é “que pessoa rica pode tornar-se bem-aventurada?”, como consta no título do livrinho de Clemente de Alexandria, mas: “que pessoa realmente pode tornar-se bem-aventurada?” Não obstante, tornar-se bem-aventurado, ser salvo, algo impossível a partir do ser humano, pode ser viabilizado por Deus. Nenhuma pessoa é capaz de transformar seu coração por força próprio, para não se apegar mais às coisas terrenas. A onipotência da graça de Deus, porém, consegue renovar o coração, para que abra mão de tudo o que é terreno por causa do reino de Deus, para que busque, ao invés de bens terrenos, o tesouro celestial.

Conclusão
Paulo declara, em Filipenses 4.12,13, que aprendeu a passar necessidade e também a ter abundância. Todos os momentos por que passou, aprendeu tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” diz o apóstolo, no versículo 13. Diferentemente, muitos estão mais preocupados com o dia de amanhã do que em se relacionar com Deus, o Dono da prata e do ouro.



FONTE:
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