Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2013
Título: Filipenses —
A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 6: A fidelidade
dos obreiros do Senhor
Data: 11 de Agosto de 2013
TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no
Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me
sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Os obreiros do Senhor
devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.11 Jesus,
o verdadeiro pastor
Terça - Jo 10.12,13 O
mercenário é o falso pastor
Quarta - Jo 10.14,15 O
verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas
Quinta - Mt 20.28 O
verdadeiro pastor serve à igreja
Sexta - 1Tm 3.3 O
pastor não deve ser materialista
Sábado - 2Pe 2.3 Não
se deve fazer comércio com o rebanho
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.19-29.
19 - E espero, no
Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de
bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
20 - Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que
sinceramente cuide do vosso estado;
21 - porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo
Jesus.
22 - Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu
comigo no evangelho, como filho ao pai.
23 - De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha
provido a meus negócios.
24 - Mas confio no Senhor que também eu mesmo, em breve,
irei ter convosco.
25 - Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu
irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às
minhas necessidades,
26 - porquanto tinha muitas saudades de vós todos e estava
muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.
27 - E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se
apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse
tristeza sobre tristeza.
28 - Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o
outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.
29 - Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o
em honra [...].
INTERAÇÃO
“Eu sou o bom Pastor;
o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. É assim que Jesus é apresentado aos
seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João. O bom Pastor doa a sua
vida às ovelhas. Ele não espera receber nada em troca do seu exercício
ministerial, a não ser a alegria e a grata satisfação em ver uma vida, outrora
em frangalhos, mas agora em perfeito juízo com a mente e o coração imersos no
Evangelho. O verdadeiro pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que
significa “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele,
não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição sugerimos a
seguinte atividade: (1) Pergunte aos alunos o que é o ministério pastoral para
eles. (2) Ouça as diversas respostas com atenção. (3) Em seguida, discorra
acerca das principais características que a lição apresenta sobre a liderança
de Paulo: (a) O compromisso com o pastorado; (b) mentoria de novos obreiros;
(c) um líder que amava a igreja. Ao concluir o tópico I, o prezado professor
deverá deixar bem claro que o modelo de liderança do apóstolo Paulo estava
pautado no de Jesus, isto é, um ministério de serviço, jamais de domínio.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Fidelidade: Qualidade de fiel; lealdade.
A preocupação de
Paulo com a unidade e a comunhão da igreja filipense era tão intensa que ele
desejava estar presente naquela comunidade. Todavia, o apóstolo encontrava-se
preso. Impedido de rever aqueles pelos quais estava disposto a “sacrificar-se”
(Fp 2.17), Paulo envia dois obreiros fiéis, Timóteo e Epafrodito, para cuidar
daquela igreja até sua chegada (2.19-30).
I. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder
comprometido com o pastorado. O versículo do texto áureo revela o coração
amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na
fé. O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos
devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das
“ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29). Paulo se preocupava com a
segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para
atendê-lo.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros. O apóstolo apresenta
dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos. Primeiramente, Paulo
envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para
ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo
valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de
total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido. O
apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a
avareza dos falsos obreiros (v.21). Estes são líderes que não zelam pela causa
de Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.
3. Paulo, um líder que amava a igreja. Ao longo de toda a
Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta
igreja era estabelecida em amor. Não era uma relação comercial, pois o apóstolo
não tratava a igreja como um negócio. Ele não era um gerente e muito menos um
patrão. A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em
relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de Cristo.
Todas as palavras do apóstolo — admoestações, exortações e deprecações —
demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos. Precisamos de
obreiros que amem a Igreja do Senhor. Esta é constituída por pessoas
necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos
representantes da igreja (2Tm 2.1-26).
O compromisso
pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos
obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição,
mas pastor de uma igreja.
1. Paulo dá
testemunho por Timóteo. O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de
fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo. Além
de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração
com boas informações acerca daquela comunidade de fé. Assim, como Timóteo era
uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm
1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à
igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus. Paulo estava seguro de que o
jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e
abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).
2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito
foram obreiros sob a liderança de Paulo. Eles aprenderam que o exercício do
santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela
obra de Deus. Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa
levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de
ser galardoado por Deus. Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos
seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja. O apóstolo aprendera com
Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt
20.28).
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22). Timóteo aprendeu
muito com Paulo em relação à finalidade da liderança. Ele se solidarizou com o
apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico
líder. Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter
aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha
uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja. Todo líder cristão precisa
desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para
toda a comunidade de fé (1Tm 4.6-16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou
enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local
e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
III. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um
mensageiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de
caráter ilibado. O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e
companheiro nos combates”. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo
enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos
crentes filipenses. Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma
ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas
da prisão domiciliar do apóstolo.
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário. Epafrodito não levou
apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas
adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um
autêntico missionário. À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7), bem como
Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o
Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de
seu galardão.
3. Paulo envia Epafrodito. Filipenses 2.20 relata o desejo
de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos. O
pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a
falecer. Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando
ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28). Epafrodito possuía
condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja. Por
isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como
obreiro fiel (vv.29,30). Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e
zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade
e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um
mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado
a Filipos para cuidar de assuntos locais.
A Igreja pertence a
Cristo, e nós, os obreiros, somos os servidores desta grande comunidade
espalhada por Deus pela face da terra. Que ouçamos o conselho do apóstolo
Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao
rebanho” (1Pe 5.2,3).
SUBSIDIOS
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro,
apto para ensinar.”
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e.,
aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um
encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja
confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque
Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser
chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo
os padrões bíblicos de 1Timóteo 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9.
Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para
a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua
espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja
da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu
mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser
observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da
elevada posição de ministro.
(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são
principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser
pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de
pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das
qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera
na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que
aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual
(cf. 1Timóteo 3.10).
Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o
candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e
fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode
servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras
palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à
posição de governar “sobre o muito”.
(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo
dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na
fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.
(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de
perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor
a Cristo e ao evangelho (4.12,15).
(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a
verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo
dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém
cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1;
Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do
crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro
deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à
esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?”
(3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota
que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à
sua esposa. A tradução literal do grego em 1Timóteo 3.2 (mias gunaikos, um genitivo
atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua
esposa.
(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados
morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de
liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente
perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de
perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT,
Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de
elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver
Gn 49.4; Lv 10.2 ; 21.7,17 ; Nm 20.12 ; 1Sm 2.23 ; Jr
23.14; 29.23).
(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha
a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua
vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja
perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 1Timóteo 3.1-13,
se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que
cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há
certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o
opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão
(cf. 2Sm 12.9-14).
(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de
Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21;
12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa
continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já
mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.
(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro
espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas
inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos
outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis
da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada
com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.
(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do
ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor
de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal,
falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou
muito sangue (1Cr 22.8; 28.3).
Observe-se também que por ter Davi, devido ao
seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu
castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).
(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar
as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros,
conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus
pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo
dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na paciência.
OS PASTORES E SEUS DEVERES
At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre
que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de
Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela
cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando
a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de
presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas
pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o Espírito que
constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de
Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o
exercício do ministério de pastor de uma igreja local.
PROPAGANDO A FÉ.
(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as
ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que
o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si
com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. Atos 20.28; 1Co 6.20; 1Pe
1.18,19; Ap 5.9).
(2) Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu
como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus,
advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder
exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (Atos 20.26;).
Os pastores de nossos dias também devem instruir suas
igrejas em todo o desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e
fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e
doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas
aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).
GUARDANDO A FÉ.
Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor
deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro
Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários
vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas
antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas.
Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos
arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”,
indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver Atos
20.29; cf. Mt 10.16).
Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e
os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de
Paulo (Atos 20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da
igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação
original e fundamental da fé, segundo o NT.
(1) A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela
graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus
Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da
pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva
com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na
igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho
apostólico (Atos 20.30).
(2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e
dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os
têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados
(20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática
todo o conselho de Deus para a igreja (Atos 20.27), principalmente quanto à
vigilância sobre o rebanho (Atos 20.28), não estará “limpo do sangue de todos”
(Atos 20.26; cf. Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se
perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da
Palavra (ver também 2Tm 1.14; Ap 2.2).
(3) É altamente importante que os responsáveis pela direção
da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais
na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente
mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e
demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).
(4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as
Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (Atos
20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da
Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos.
Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus,
negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (Atos 20.28-31;
ver Gl 1.6 ; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser
excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).
(5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela
sua pureza (Atos 20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da
verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de
Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver Atos 12.5).
FALSOS MESTRES
Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos
profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os
escolhidos”;.
DESCRIÇÃO. O crente da atualidade precisa estar informado de
que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da
verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus
adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro
e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista,
professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
(1) Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos
homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter
uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de
retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino,
demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas
as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de
renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande
sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).
(2) Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos
profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3 ; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Oseias
4.15, e aos fariseus do NT. Longe das
multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e devassidão”
(Mt 23.25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27), “cheios
de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada por
cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos
egoístas.
(3) De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição
de influência na igreja.
(a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu
ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Cristo. Mais
tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor
a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de
Deus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás,
disfarçados em ministros da justiça (ver 2Co 11.15).
(b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes
verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas
atividades (Mt 13.24-28,36-43).
(c ) Satanás tira partido da sua habilidade e
influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em
posições de influência para minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem
descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho
advirão disso e que o nome de Cristo será menosprezado publicamente.
A PROVA.
Quatorze vezes nos Evangelhos, Jesus advertiu os discípulos
a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24;
8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8).
Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres,
pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1). Seguem-se os passos
para testar falsos mestres ou falsos profetas:
(1) Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de
oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a Deus? Manifesta o
fruto do Espírito (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.16), detesta o mal e ama
a justiça (Hb 1.9) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?
(2) Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão
verdadeiro procurará fazer quatro coisas:
(a) honrar a Cristo (2Co 8.23; Fp 1.20);
(b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18;
2Co 6.16-18);
(c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e
(d) proclamar e defender o evangelho de Cristo e dos seus apóstolos
(ver Fp 1.16; Jd 3).
(3) Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os
frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem
a toda a Palavra de Deus (ver Mt 7.16).
(4) Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas
Escrituras. Este é um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos
originais do AT e do NT são plenamente inspirados por Deus, e que devemos
observar todos os seus ensinos (ver 2Jo 9-11; Caso contrário, podemos estar
certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.
(5) Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao
dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os
assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a
obra de Deus conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3;
6.9,10).
Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar
a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas
igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que Deus os
desmascare e revele aquilo que realmente são.
RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS AOS ASPIRANTES AO MINISTÉRIO.
1TIMÓTEO 3.2 SEJA IRREPREENSÍVEL. O candidato ao ministério deve ser "irrepreensível" (gr. anepilemptos, que significa literalmente "que não se pode atingi-lo"). Isso tem a ver com conduta manifesta e aprovada, inculpável e irrepreensível, desde sua conversão na vida conjugal, na vida doméstica, na vida social e no trabalho. Ninguém deve ser cogitado para o ministério se houver contra ele acusações procedentes de imoralidade ou de transgressões graves. Pelo contrário, deve ser homem de reputação irrepreensível entre os membros da igreja e os de fora (ver v. 7) por ter uma vida cristã exemplar, sem problemas morais, habituais ou incidentais. Este, portanto, pode servir de modelo para todos seguirem (ver 4.12).
DEUS REPROVA OS MAUS OBREIROS
RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS AOS ASPIRANTES AO MINISTÉRIO.
1TIMÓTEO 3.2 SEJA IRREPREENSÍVEL. O candidato ao ministério deve ser "irrepreensível" (gr. anepilemptos, que significa literalmente "que não se pode atingi-lo"). Isso tem a ver com conduta manifesta e aprovada, inculpável e irrepreensível, desde sua conversão na vida conjugal, na vida doméstica, na vida social e no trabalho. Ninguém deve ser cogitado para o ministério se houver contra ele acusações procedentes de imoralidade ou de transgressões graves. Pelo contrário, deve ser homem de reputação irrepreensível entre os membros da igreja e os de fora (ver v. 7) por ter uma vida cristã exemplar, sem problemas morais, habituais ou incidentais. Este, portanto, pode servir de modelo para todos seguirem (ver 4.12).
1TIMÓTEO 3.3 NÃO DADO
AO VINHO. Esta expressão (gr. me paroinon, formada de me, que significa
"não", e parainon, palavra composta que significa literalmente
"ao lado do vinho", "perto de vinho" ou "com
vinho"). Aqui, a Bíblia requer que nenhum pastor ou presbítero fique
"sentado ao lado do vinho" ou "esteja com vinho". Noutras
palavras, não deve beber vinho embriagante, nem ser tentado ou atraído por ele,
nem comer e beber com os ébrios (Mt 24.49).
(1) A abstinência total de vinho fermentado era a regra para
reis, príncipes e juízes, no AT (Pv 31.4-7). Era, também, a regra para todos
que buscavam o mais alto nível de consagração a Deus (Lv 10.8-11; Nm 6.1-5; Jz
13.4-7; 1 Sm 01.14,15; Jr 35.2-6; cf. Pv 23.31).
(2) Aqueles que dirigem a igreja de Jesus Cristo certamente
não devem adotar um padrão aquém do que vai aqui. Além disso, todos os crentes
da igreja são chamados sacerdotes e reis (1 Pe 2.9; Ap 1.6) e, como tais, devem
viver à altura do mais alto padrão de Deus (Jo 2.3; Ef 5.18; 1 Ts 5.6; Tt 2.2;)
1TIMÓTEO 3.4 GOVERNE
BEM A SUA PRÓPRIA CASA. Uma qualificação de destaque para o candidato que
aspira ao pastorado é fidelidade no casamento e nos relacionamentos familiares.
1TIMÓTEO 3.7 QUE
TENHA BOM TESTEMUNHO. O pastor ou candidato ao pastorado deve ter "bom
testemunho" de dois grupos:
(a) dos de dentro, i.e., os membros da igreja (vv. 1-6); e
(b) dos de fora, i.e., os que não pertencem à igreja (v. 7).
Deve sempre ter tido uma vida justa de acordo com o evangelho de Cristo.
1TIMÓTEO 3.8 OS
DIÁCONOS. Diácono (gr. diakonos) significa "servo". Uma das funções
deles na igreja do NT é vista em At 6.1-6. Deviam ajudar os pastores, cuidando
dos assuntos temporais e materiais da igreja de tal maneira que os pastores
pudessem dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). As
qualificações espirituais dos diáconos são essencialmente as mesmas dos
pastores (cf. vv. 1-7 com vv. 8-13; ver At 6.3).
1TIMÓTEO 4.12 SÊ O
EXEMPLO. Uma das qualificações mais importantes para o dirigente eclesiástico é
que ele seja um exemplo para os demais crentes. A palavra grega traduzida
"exemplo" é tupos, que significa "modelo",
"imagem", "ideal" ou "padrão". O pastor, antes de
mais nada, deve ser um modelo de fidelidade, de pureza e de perseverança no
viver religioso. Somente deve ocupar o cargo de pastor da igreja o homem do
qual a igreja possa dizer aos seus membros: "este obreiro tem uma vida
cristã digna de ser imitada".
1TIMÓTEO 4.16 FAZENDO
ISTO, TE SALVARÁS. Alguns deveres pastorais de Timóteo eram: viver uma vida
santa (v. 12),
permanecer receptivo à operação e dons do Espírito (v. 14),
ensinar a sã doutrina (vv. 13,15,16),
guardar a fé (6.20; 2 Tm 1.13,14 e
vigiar sua própria vida espiritual (v. 16).
Essas coisas eram essenciais à própria salvação (presente e
futura) de Timóteo, e para aqueles a quem ele pastoreava(cf. 2 Tm 3.13-15).
ADVERTÊNCIAS DE PAULO AOS MINISTROS(PASTORES).
ATOS 20.29
ENTRARÃO... LOBOS CRUÉIS. Movidos pela ambição de edificar seus próprios
impérios, ou por amor ao dinheiro, ao poder, ou à popularidade (e.g., 1 Tm
1.6,7; 2 Tm 1.15; 4.3,4; 3Jo 9), impostores na igreja, perverterão o evangelho
original segundo o NT:
(1) repudiando ou rejeitando algumas das suas verdades
fundamentais;
(2) acrescentando-lhe idéias humanistas, filosofias,
sabedoria ou psicologia;
(3) misturando suas doutrinas e práticas com coisas como os
ensinos malignos da Nova Era ou do ocultismo e espiritismo;
(4) e tolerando modos de vida imorais, contrários aos retos
padrões de Deus (ver 1 Tm 4.1; Ap 2.3). Que tais lobos realmente entraram no
meio do rebanho e perverteram a doutrina e prática apostólicas em Éfeso, fica
evidente em 1 Tm 1.3,4,18,19; 4.1-3; 2 Tm 1.15; 2.17,18; 3.1-8. As epístolas
pastorais revelam uma rejeição geral dos ensinos bíblicos apostólicos, que
naquele tempo começou a ganhar ímpeto em toda a província da Ásia
ATOS 20.31 PORTANTO,
VIGIAI. Os dirigentes do povo de Deus sempre devem ter sensibilidade para
discernir os membros das suas congregações, que não são sinceramente leais, e
dedicados a viver conforme a mensagem original de Cristo e dos apóstolos. Devem
estar em tão íntima comunhão com o Espírito Santo que, com cuidados e lágrimas,
se preocupem com seus membros, sem nunca cessar, noite e dia, de admoestar o
rebanho, a respeito do perigo que o ameaça, sempre dirigindo os fiéis para o
único alicerce seguro Cristo e a sua Palavra.
ATOS 20.33 DE NINGUÉM
COBICEIS A PRATA. Paulo dá um exemplo a todos os ministros de Deus. Ele nunca
visou a riqueza, nem buscou enriquecer através do seu trabalho no evangelho
(cf. 2 Co 12.14). Paulo teve muitas oportunidades de acumular riquezas. Como
apóstolo, tinha influência sobre os crentes, e realizava milagres de curas;
além disso, os cristãos primitivos estavam dispostos a doar dinheiro e
propriedades aos líderes eclesiásticos de destaque, para serem distribuídos aos
necessitados (ver 4.34,35,37). Se Paulo tivesse tirado vantagem dos seus dons e
da sua posição, e da generosidade dos crentes, poderia ter tido uma vida
abastada. Não fez assim porque o Espírito Santo dentro dele o orientava, e
porque amava o evangelho que pregava (cf. 1 Co 9.4-18; 2 Co 11.7-12; 12.14-18;
1 Ts 2.5,6).
1SAMUEL 2.12 FILHOS
DE BELIAL. "Belial", uma palavra hebraica que literalmente significa
"sem valor, imprestável", mas que é aplicada no sentido de
iniqüidade. Isso significa que os filhos de Eli eram homens maus, obreiros
degenerados na casa de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter
ganho ilícito e praticar imoralidade sexual (vv. 13-17,22; cf. Fp 3.17,18). Seu
pai, Eli, o sumo sacerdote, não os disciplinou, nem os destituiu do sacerdócio
(ver v. 29).
1SAMUEL 2.23 OUÇO...
OS VOSSOS MALEFÍCIOS. Eli protestou contra os atos vis de seus filhos, mas não
os destituiu do seu encargo ministerial (cf. Nm 15.30,31). Essa falta da parte
de Eli equivalia a desprezar a Deus (i.e., a natureza santa de Deus e os seus
padrões para o ministério, v. 30). A Palavra de Deus declara que nenhum obreiro
de conduta imoral pode ser dirigente do povo de Deus; os tais devem ser
afastados dos cargos que ocupam (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
JEREMIAS 23.9-40 OS
PROFETAS. Jeremias denuncia os pecados dos falsos profetas, que se opuseram à
sua mensagem de juízo (6.13,14; 14.14-16; 29.8,9), e proclamavam somente paz e
prosperidade (ver 6.14). Jeremias atribuiu a culpa pela situação moral
deplorável de Judá a esses profetas da iniqüidade.
JEREMIAS 23.14 NOS
PROFETAS... UMA COISA HORRENDA. Deus diz que o adultério dos falsos profetas é
uma coisa horrenda. Deviam ser seus fiéis representantes, mas, pelo contrário,
viviam como o povo de Sodoma e Gomorra. O exemplo desses líderes espirituais
contribuiu grandemente para o aumento da imoralidade e ao endurecimento do
coração do povo contra o arrependimento.
JEREMIAS 23.17
DIZEM... PAZ TEREIS. Os falsos profetas anunciam ao povo de Deus uma falsa
esperança e segurança (ver vv. 9-40).
(1) São falsos mensageiros aqueles
que afirmam que os imorais e desobedientes, entre os crentes, não serão
condenados por causa da sua iniqüidade e que não precisam temer a ira e o
castigo divinos.
(2) Profetas com tal mensagem os vemos não somente nos tempos
do AT, mas também nos tempos do NT. O apóstolo Paulo advertiu os Efésios contra
esses falsos mestres (Ef 5.4-6; ver 1 Co 6.9; Gl 5.21 nota).
JEREMIAS 23.31,32 SOU
CONTRA OS PROFETAS. A Palavra de Deus a Jeremias nos adverte quão perigoso é
declarar: Assim diz o Senhor , se não tivermos certeza de que a mensagem veio
do Senhor. O ofício profético somente deve ser exercido com veracidade total
(cf. vv. 33-40).
ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR.
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO.
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO
FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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