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domingo, 4 de agosto de 2013

A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR - LIÇÃO 06 COM SUBSIDIOS


Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

 3º Trimestre de 2013
 Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentarista: Elienai Cabral

 Lição 6: A fidelidade dos obreiros do Senhor
Data: 11 de Agosto de 2013

TEXTO ÁUREO
 “Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA).

VERDADE PRÁTICA
 Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Jo 10.11 Jesus, o verdadeiro pastor
 Terça - Jo 10.12,13 O mercenário é o falso pastor
 Quarta - Jo 10.14,15 O verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas
 Quinta - Mt 20.28 O verdadeiro pastor serve à igreja
 Sexta - 1Tm 3.3 O pastor não deve ser materialista
 Sábado - 2Pe 2.3 Não se deve fazer comércio com o rebanho

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Filipenses 2.19-29.
 19 - E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
20 - Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado;
21 - porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus.
22 - Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai.
23 - De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha provido a meus negócios.
24 - Mas confio no Senhor que também eu mesmo, em breve, irei ter convosco.
25 - Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades,
26 - porquanto tinha muitas saudades de vós todos e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.
27 - E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
28 - Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.
29 - Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra [...].

INTERAÇÃO
 “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. É assim que Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João. O bom Pastor doa a sua vida às ovelhas. Ele não espera receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito juízo com a mente e o coração imersos no Evangelho. O verdadeiro pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para introduzir o primeiro tópico da lição sugerimos a seguinte atividade: (1) Pergunte aos alunos o que é o ministério pastoral para eles. (2) Ouça as diversas respostas com atenção. (3) Em seguida, discorra acerca das principais características que a lição apresenta sobre a liderança de Paulo: (a) O compromisso com o pastorado; (b) mentoria de novos obreiros; (c) um líder que amava a igreja. Ao concluir o tópico I, o prezado professor deverá deixar bem claro que o modelo de liderança do apóstolo Paulo estava pautado no de Jesus, isto é, um ministério de serviço, jamais de domínio.

COMENTÁRIO

introdução
 Palavra Chave
Fidelidade: Qualidade de fiel; lealdade.
 A preocupação de Paulo com a unidade e a comunhão da igreja filipense era tão intensa que ele desejava estar presente naquela comunidade. Todavia, o apóstolo encontrava-se preso. Impedido de rever aqueles pelos quais estava disposto a “sacrificar-se” (Fp 2.17), Paulo envia dois obreiros fiéis, Timóteo e Epafrodito, para cuidar daquela igreja até sua chegada (2.19-30).

I. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
 1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado. O versículo do texto áureo revela o coração amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé. O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29). Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.

2. Paulo, o mentor de novos obreiros. O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido. O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21). Estes são líderes que não zelam pela causa de Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.

3. Paulo, um líder que amava a igreja. Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor. Não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio. Ele não era um gerente e muito menos um patrão. A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de Cristo. Todas as palavras do apóstolo — admoestações, exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos. Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor. Esta é constituída por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da igreja (2Tm 2.1-26).

 SINOPSE DO TÓPICO (I)
 O compromisso pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.

 II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
 1. Paulo dá testemunho por Timóteo. O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo. Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé. Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus. Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).

2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo. Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de Deus. Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de ser galardoado por Deus. Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja. O apóstolo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28).

3. As qualidades de Timóteo (2.20-22). Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança. Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder. Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja. Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé (1Tm 4.6-16).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.

III. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
 1. Epafrodito, um mensageiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado. O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e companheiro nos combates”. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses. Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.

2. Epafrodito, um verdadeiro missionário. Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico missionário. À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7), bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de seu galardão.

3. Paulo envia Epafrodito. Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos. O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer. Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28). Epafrodito possuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja. Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30). Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais.

 CONCLUSÃO
 A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros, somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da terra. Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).


SUBSIDIOS

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para  ensinar.”

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 1Timóteo 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. 

Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf.  1Timóteo 3.10). 

Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt  25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.

(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).

(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 1Timóteo 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.

(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2 ; 21.7,17 ; Nm 20.12 ; 1Sm 2.23 ; Jr 23.14; 29.23).

(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 1Timóteo 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).

(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.

(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.

(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). 

Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na paciência.


OS PASTORES E SEUS DEVERES
At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

PROPAGANDO A FÉ.
(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. Atos 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9).

(2) Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (Atos 20.26;).

Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

GUARDANDO A FÉ.
Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas.

Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver Atos 20.29; cf. Mt 10.16).

Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (Atos 20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1) A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (Atos 20.30).

(2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (Atos 20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (Atos 20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (Atos 20.26; cf. Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14; Ap 2.2).

(3) É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

(4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (Atos 20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos.
Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (Atos 20.28-31; ver Gl 1.6 ; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).

(5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (Atos 20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver Atos 12.5).


FALSOS MESTRES
Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”;.

DESCRIÇÃO. O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.

(1) Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).

(2) Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3 ; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Oseias  4.15, e aos fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e devassidão” (Mt 23.25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27), “cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas.

(3) De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja.

(a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Cristo. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de Deus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (ver 2Co 11.15).

(b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28,36-43). 

(c ) Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de Cristo será menosprezado publicamente.

A PROVA.
Quatorze vezes nos Evangelhos, Jesus advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8).

Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1). Seguem-se os passos para testar falsos mestres ou falsos profetas:

(1) Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a Deus? Manifesta o fruto do Espírito (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.16), detesta o mal e ama a justiça (Hb 1.9) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?

(2) Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará fazer quatro coisas:

(a) honrar a Cristo (2Co 8.23; Fp 1.20);

(b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18);

(c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e

(d) proclamar e defender o evangelho de Cristo e dos seus apóstolos (ver Fp 1.16; Jd 3).

(3) Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra de Deus (ver Mt 7.16).

(4) Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT são plenamente inspirados por Deus, e que devemos observar todos os seus ensinos (ver 2Jo 9-11; Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.

(5) Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; 6.9,10).
Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que Deus os desmascare e revele aquilo que realmente são.

RECOMENDAÇÕES BÍBLICAS AOS ASPIRANTES AO MINISTÉRIO.
1TIMÓTEO  3.2 SEJA IRREPREENSÍVEL. O candidato ao ministério deve ser "irrepreensível" (gr. anepilemptos, que significa literalmente "que não se pode atingi-lo"). Isso tem a ver com conduta manifesta e aprovada, inculpável e irrepreensível, desde sua conversão na vida conjugal, na vida doméstica, na vida social e no trabalho. Ninguém deve ser cogitado para o ministério se houver contra ele acusações procedentes de imoralidade ou de transgressões graves. Pelo contrário, deve ser homem de reputação irrepreensível entre os membros da igreja e os de fora (ver v. 7) por ter uma vida cristã exemplar, sem problemas morais, habituais ou incidentais. Este, portanto, pode servir de modelo para todos seguirem (ver 4.12).

1TIMÓTEO  3.3 NÃO DADO AO VINHO. Esta expressão (gr. me paroinon, formada de me, que significa "não", e parainon, palavra composta que significa literalmente "ao lado do vinho", "perto de vinho" ou "com vinho"). Aqui, a Bíblia requer que nenhum pastor ou presbítero fique "sentado ao lado do vinho" ou "esteja com vinho". Noutras palavras, não deve beber vinho embriagante, nem ser tentado ou atraído por ele, nem comer e beber com os ébrios (Mt 24.49).

(1) A abstinência total de vinho fermentado era a regra para reis, príncipes e juízes, no AT (Pv 31.4-7). Era, também, a regra para todos que buscavam o mais alto nível de consagração a Deus (Lv 10.8-11; Nm 6.1-5; Jz 13.4-7; 1 Sm 01.14,15; Jr 35.2-6; cf. Pv 23.31).

(2) Aqueles que dirigem a igreja de Jesus Cristo certamente não devem adotar um padrão aquém do que vai aqui. Além disso, todos os crentes da igreja são chamados sacerdotes e reis (1 Pe 2.9; Ap 1.6) e, como tais, devem viver à altura do mais alto padrão de Deus (Jo 2.3; Ef 5.18; 1 Ts 5.6; Tt 2.2;)

1TIMÓTEO  3.4 GOVERNE BEM A SUA PRÓPRIA CASA. Uma qualificação de destaque para o candidato que aspira ao pastorado é fidelidade no casamento e nos relacionamentos familiares.

1TIMÓTEO  3.7 QUE TENHA BOM TESTEMUNHO. O pastor ou candidato ao pastorado deve ter "bom testemunho" de dois grupos:
(a) dos de dentro, i.e., os membros da igreja (vv. 1-6); e
(b) dos de fora, i.e., os que não pertencem à igreja (v. 7). Deve sempre ter tido uma vida justa de acordo com o evangelho de Cristo.

1TIMÓTEO  3.8 OS DIÁCONOS. Diácono (gr. diakonos) significa "servo". Uma das funções deles na igreja do NT é vista em At 6.1-6. Deviam ajudar os pastores, cuidando dos assuntos temporais e materiais da igreja de tal maneira que os pastores pudessem dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). As qualificações espirituais dos diáconos são essencialmente as mesmas dos pastores (cf. vv. 1-7 com vv. 8-13; ver At 6.3).

1TIMÓTEO  4.12 SÊ O EXEMPLO. Uma das qualificações mais importantes para o dirigente eclesiástico é que ele seja um exemplo para os demais crentes. A palavra grega traduzida "exemplo" é tupos, que significa "modelo", "imagem", "ideal" ou "padrão". O pastor, antes de mais nada, deve ser um modelo de fidelidade, de pureza e de perseverança no viver religioso. Somente deve ocupar o cargo de pastor da igreja o homem do qual a igreja possa dizer aos seus membros: "este obreiro tem uma vida cristã digna de ser imitada".

1TIMÓTEO  4.16 FAZENDO ISTO, TE SALVARÁS. Alguns deveres pastorais de Timóteo eram: viver uma vida santa (v. 12),
permanecer receptivo à operação e dons do Espírito (v. 14),
ensinar a sã doutrina (vv. 13,15,16),
guardar a fé (6.20; 2 Tm 1.13,14 e
vigiar sua própria vida espiritual (v. 16).

Essas coisas eram essenciais à própria salvação (presente e futura) de Timóteo, e para aqueles a quem ele pastoreava(cf. 2 Tm 3.13-15).


ADVERTÊNCIAS DE PAULO AOS MINISTROS(PASTORES).
ATOS  20.29 ENTRARÃO... LOBOS CRUÉIS. Movidos pela ambição de edificar seus próprios impérios, ou por amor ao dinheiro, ao poder, ou à popularidade (e.g., 1 Tm 1.6,7; 2 Tm 1.15; 4.3,4; 3Jo 9), impostores na igreja, perverterão o evangelho original segundo o NT:

(1) repudiando ou rejeitando algumas das suas verdades fundamentais;

(2) acrescentando-lhe idéias humanistas, filosofias, sabedoria ou psicologia;

(3) misturando suas doutrinas e práticas com coisas como os ensinos malignos da Nova Era ou do ocultismo e espiritismo;

(4) e tolerando modos de vida imorais, contrários aos retos padrões de Deus (ver 1 Tm 4.1; Ap 2.3). Que tais lobos realmente entraram no meio do rebanho e perverteram a doutrina e prática apostólicas em Éfeso, fica evidente em 1 Tm 1.3,4,18,19; 4.1-3; 2 Tm 1.15; 2.17,18; 3.1-8. As epístolas pastorais revelam uma rejeição geral dos ensinos bíblicos apostólicos, que naquele tempo começou a ganhar ímpeto em toda a província da Ásia

ATOS  20.31 PORTANTO, VIGIAI. Os dirigentes do povo de Deus sempre devem ter sensibilidade para discernir os membros das suas congregações, que não são sinceramente leais, e dedicados a viver conforme a mensagem original de Cristo e dos apóstolos. Devem estar em tão íntima comunhão com o Espírito Santo que, com cuidados e lágrimas, se preocupem com seus membros, sem nunca cessar, noite e dia, de admoestar o rebanho, a respeito do perigo que o ameaça, sempre dirigindo os fiéis para o único alicerce seguro Cristo e a sua Palavra.

ATOS  20.33 DE NINGUÉM COBICEIS A PRATA. Paulo dá um exemplo a todos os ministros de Deus. Ele nunca visou a riqueza, nem buscou enriquecer através do seu trabalho no evangelho (cf. 2 Co 12.14). Paulo teve muitas oportunidades de acumular riquezas. Como apóstolo, tinha influência sobre os crentes, e realizava milagres de curas; além disso, os cristãos primitivos estavam dispostos a doar dinheiro e propriedades aos líderes eclesiásticos de destaque, para serem distribuídos aos necessitados (ver 4.34,35,37). Se Paulo tivesse tirado vantagem dos seus dons e da sua posição, e da generosidade dos crentes, poderia ter tido uma vida abastada. Não fez assim porque o Espírito Santo dentro dele o orientava, e porque amava o evangelho que pregava (cf. 1 Co 9.4-18; 2 Co 11.7-12; 12.14-18; 1 Ts 2.5,6).


 DEUS REPROVA OS MAUS OBREIROS
1SAMUEL  2.12 FILHOS DE BELIAL. "Belial", uma palavra hebraica que literalmente significa "sem valor, imprestável", mas que é aplicada no sentido de iniqüidade. Isso significa que os filhos de Eli eram homens maus, obreiros degenerados na casa de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter ganho ilícito e praticar imoralidade sexual (vv. 13-17,22; cf. Fp 3.17,18). Seu pai, Eli, o sumo sacerdote, não os disciplinou, nem os destituiu do sacerdócio (ver v. 29).

1SAMUEL  2.23 OUÇO... OS VOSSOS MALEFÍCIOS. Eli protestou contra os atos vis de seus filhos, mas não os destituiu do seu encargo ministerial (cf. Nm 15.30,31). Essa falta da parte de Eli equivalia a desprezar a Deus (i.e., a natureza santa de Deus e os seus padrões para o ministério, v. 30). A Palavra de Deus declara que nenhum obreiro de conduta imoral pode ser dirigente do povo de Deus; os tais devem ser afastados dos cargos que ocupam (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)

JEREMIAS  23.9-40 OS PROFETAS. Jeremias denuncia os pecados dos falsos profetas, que se opuseram à sua mensagem de juízo (6.13,14; 14.14-16; 29.8,9), e proclamavam somente paz e prosperidade (ver 6.14). Jeremias atribuiu a culpa pela situação moral deplorável de Judá a esses profetas da iniqüidade.

JEREMIAS  23.14 NOS PROFETAS... UMA COISA HORRENDA. Deus diz que o adultério dos falsos profetas é uma coisa horrenda. Deviam ser seus fiéis representantes, mas, pelo contrário, viviam como o povo de Sodoma e Gomorra. O exemplo desses líderes espirituais contribuiu grandemente para o aumento da imoralidade e ao endurecimento do coração do povo contra o arrependimento.

JEREMIAS  23.17 DIZEM... PAZ TEREIS. Os falsos profetas anunciam ao povo de Deus uma falsa esperança e segurança (ver vv. 9-40). 

(1) São falsos mensageiros aqueles que afirmam que os imorais e desobedientes, entre os crentes, não serão condenados por causa da sua iniqüidade e que não precisam temer a ira e o castigo divinos. 

(2) Profetas com tal mensagem os vemos não somente nos tempos do AT, mas também nos tempos do NT. O apóstolo Paulo advertiu os Efésios contra esses falsos mestres (Ef 5.4-6; ver 1 Co 6.9; Gl 5.21 nota).


JEREMIAS  23.31,32 SOU CONTRA OS PROFETAS. A Palavra de Deus a Jeremias nos adverte quão perigoso é declarar: Assim diz o Senhor , se não tivermos certeza de que a mensagem veio do Senhor. O ofício profético somente deve ser exercido com veracidade total (cf. vv. 33-40).

ELABORADO PELO EV. NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR.
PASTOR NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE TESOURO.
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

FONTE DE PESQUISA:
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.













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