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domingo, 19 de janeiro de 2014

A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PASCOA - LIÇÃO 04 COM SUBSIDIOS

Lições Bíbilicas CPAD - Jovens e adultos
lº Trimestre 2014

Título - Uma Jornada de Fé - A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista - Antonio Gilberto

LIÇÃO 04 - A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PASCOA
26 de janeiro de 2014

TEXTO ÁUREO
 “[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”( 1 Co 5.7b).

VERDADE PRÁTICA
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.5 - Um cordeiro sem mácula deveria ser morto
Terça - Êx 12.7 - Sangue foi aspergido nas portas
Quarta - Êx 12.29-33 Morte nas famílias egípcias
Quinta - Jo 1.29 - O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
Sexta - 1 Jo 1.7 - O sangue purificador do Cordeiro de Deus
Sábado - Hb 11.28 - Pela fé, Moisés celebrou a Páscoa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Êxodo 12.1-11
1 E FALOU o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
2 Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.
4 Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
6 E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
8 E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
9 Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.
10 E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
11 Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.

INTERAÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja — a Páscoa. Deus queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta data foi santificada.
No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.
Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.
Conscientizar-se de que Cristo é a nossa Páscoa.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: "O que significa a palavra Páscoa?” Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa “passar por”. Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe (março/abril).
Utilizando o quadro seguinte, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.

1. A PASCOA – Para os egípcios
Significava o juízo divino sobre o Egito

2. A PASCOA – Para os israelitas
A saída do Egito, a passagem para a liberdade.

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3. A PASCOA – Para os cristãos
É a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

INTRODUÇÃO
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos.
Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”.
Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós, cristãos.

PALAVRA CHAVE    
Páscoa: Uma das importantes festas do povo hebreus em que comemoravam a saída do Egito.

I - A PÁSCOA

1. Para os egípcios.
Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali.
O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias” (SI 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai.
O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 1 1.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.

2. Para Israel.
Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.

3. Para nós.
Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1 Co 5.7).
Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.1 6).

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

II - OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão.
Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 1 2.8,1 1,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 1 1,12; Lc 12.1; Mc 8.1 5).

 2. As ervas amargas (Êx 12.8). 
Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.

3. O cordeiro (Êx T 2.3-7).
Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência.
A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).
O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1 Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.

III - CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51).
Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus.
Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada, pode substituí-lo.
Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2 Co 5.19).

2. O sangue de Cristo (1 Co 5.7; Rm 5.8,9).
No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.

3. A Santa Ceia.
A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1 Co 1 1.24,25).
É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1 Co 1 1.27-32).

SINOPSE DO TÓPICO (3)
A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda.


CONCLUSÃO

Deus queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito.
Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57, p.38.


 AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Bibliológico

“O propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’ (Ef 3.9); [...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo’ (1 Pe 1.20).

Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.1 7). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29).
O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 1 2.5).
 Cristo cumpriu essa exigência (1 Pe 1.1 8,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício.

O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p.42).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico

“Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49).

A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos.

Quem podia participar?
A congregação de Israel (v. 47); os escravos (v. 44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v. 48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová.

Quem não podia participar?


O forasteiro (v. 43), pagão e incrédulo; o viajante (v. 45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v. 45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (1 2.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (1 2.43-49) foram passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 191-92).


SUBSIDIOS 001


A PÁSCOA
Êx 12.11 “Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.”

CONTEXTO HISTÓRICO.
Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado “judeus”) celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira santa). Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo (3 — 4). Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo.” Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (12.12). Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (12.4). Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hb. pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”). Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distingüir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (12.11). A ordem recebida era para assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (12.29-36).

A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA.
A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa toda primavera,  obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada Páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas. Mais importante: recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão ao Faraó. Assim, de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito (ver 12.26 ). Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Dt 16.1-6). O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa (2Cr 30.1-20; 35.1-19; 2Rs 23.21-23; Ed 6.19-22). Nos tempos do NT, os judeus observavam a Páscoa da mesma maneira. O único incidente na vida de Jesus como menino, que as Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos de idade, para a celebração da Páscoa (Lc 2.41-50). Posteriormente, Jesus ia cada ano a Jerusalém para participar da Páscoa (Jo 2.13). A última Ceia de que Jesus participou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma refeição da Páscoa (Mt 26.1, 2, 17-29). O próprio Jesus foi crucificado na Páscoa, como o Cordeiro pascoal (cf. 1Co 5.7) que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle crêem. Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Dt 16.1-6, a festa judaica contemporânea (chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado. Mas as famílias ainda se reunem para a solenidade. Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo.

A PÁSCOA E JESUS CRISTO.
Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O NT ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.
(1) O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).

(2) O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (12.13, 23, 27; Hb 9.22).

(3) O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7).

(4) O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb 4.15).
(5) Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24).

(6) A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7, 13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26).

(7) O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver 13.7; Mt 16.6; Mc 8.15), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver 12.15). Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.


SUBSIDIOS 002



Êxodo 12
Versículos 1-20: A mudança do início do ano; a instituição da Páscoa; 21-28: Instruções ao povo para a observância da Páscoa; 29- 36: A morte dos primogênitos egípcios; pede-se aos israelitas que saiam da terra do Egito; 37-42: A primeira jornada dos israelitas até Sucote; 43-51: A ordem de respeitar a Páscoa.

Vv. 1-20. O Senhor faz novas todas as coisas para aqueles a quem Ele liberta da escravidão de Satanás, e os toma para si mesmo, a fim de que sejam o seu povo. O momento em que Ele faz isto é para eles o começo de uma nova vida.
Deus anunciou que, na noite em que iam sair da terra do Egito, cada família deveria matar um cordeiro, ou que, se fossem famílias pequenas, cada duas ou três matassem um cordeiro em conjunto. Este cordeiro deveria ser comido da maneira indicada nesta passagem, e o seu sangue deveria ser borrifado em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comessem, para que fossem um sinal nas casas dos israelitas, para diferenciá-las das casas dos egípcios. O anjo do Senhor, quando destruísse os primogênitos egípcios, passaria por cima das casas marcadas com o sangue do cordeiro: daqui vem o nome desta festa ou ordenança sagrada.
A páscoa deveria ser celebrada anualmente, tanto como um ato para rememorar a preservação de Israel e a sua libertação do Egito, como um notável tipo de Cristo. A segurança e a libertação dos israelitas não foram uma recompensa por sua própria justiça, mas uma dádiva misericordiosa. A páscoa lhes fazia recordar isto e, por meio desta ordenança, foi-lhes ensinado que todas as bênçãos lhes chegaram por meio do derramamento e pelo espargir de sangue.
Observe os seguintes aspectos:
Primeiro – O cordeiro pascal era um tipo, Cristo é a nossa Páscoa (1 co 5.7), o cordeiro de Deus (Jo 1.29); às vezes, as passagens no livro do Apocalipse referem-se a Ele como o Cordeiro. O cordeiro pascal precisava ser de ótima qualidade; Cristo ofereceu-se no melhor de sua idade, não quando era o bebê de Belém. O cordeiro pascal precisava ser isento de todo o defeito; o Senhor Jesus Cristo foi um cordeiro sem mancha; o juiz que o condenou declarou-o inocente. O cordeiro pascal precisava ser colocado à parte quatro dias antes, a fim de denotar a designação do Senhor Jesus para ser o salvador, tanto no propósito como na promessa. O cordeiro pascal precisava ser morto e queimado com fogo, a fim de indicar os penosos sofrimentos do Senhor Jesus até a morte, e morte de cruz. A ira de Deus é como fogo, e Cristo foi feito maldição por nós. Nenhum dos ossos do cordeiro pascal deveria ser quebrado, e isto se cumpriu em Cristo (Jo 19.33), a fim de indicar a fortaleza não quebrantada do Senhor Jesus.

Segundo – O espargir do sangue era um tipo. O sangue do cordeiro pascal deveria ser espargido, a fim de indicar a aplicação dos méritos da morte de Cristo às nossas almas; temos que receber a expiação (Rm 5.11). A fé é o hissopo com que as promessas e os benefícios do sangue de Cristo nos são aplicados. O sangue do cordeiro pascal precisava ser espargido em ambas as ombreiras e na verga da porta, a fim de anunciar a profissão direta de fé em Cristo que temos que fazer. O sangue do cordeiro pascal não deveria ser espargido sobre o umbral, o que nos adverte a termos o cuidado de não pisotearmos o sangue do pacto. É um sangue precioso e deve ser precioso para nós. O sangue do cordeiro pascal, assim espargido, foi um meio definido por Deus para preservar os israelitas do anjo destruidor, que não tinha algo a fazer onde estivesse o sangue. O sangue de Cristo é a proteção do crente quanto à ira de Deus, a maldição da lei, e a condenação do inferno (Rm 8.1).

Terceiro – O ato de comer o cordeiro pascal de modo solene era um tipo de nosso dever para com Cristo no Evangelho. O cordeiro pascal não estava ali somente para ser contemplado, mas para ser comido.
Assim, pela fé, devemos apropriarmo-nos do Senhor Jesus Cristo e receber força e alimento espiritual dEle, assim como no aspecto físico o recebemos de nossa comida (Jo 6.53-55). O cordeiro pascal deveria ser comido por completo; aqueles que pela fé se alimentam de Cristo devem alimentar-se do Cristo completo: devem tomar a Cristo e o seu jugo, a Cristo e a sua cruz, e do mesmo modo a Cristo e a coroa que Ele nos dará.
O cordeiro pascal tinha que ser comido de uma só vez, imediatamente, sem que nada fosse deixado para o dia seguinte, Cristo tem sido oferecido hoje, e deve ser recebido no dia de hoje, antes que durmamos o sono da morte. O cordeiro pascal tinha que ser comido com ervas amargas, a fim de recordar a amargura da escravidão do Egito. Devemos nos alimentar de Cristo sentindo a dor e, com o coração quebrantado, lembrando-nos do perdão que recebemos pelos nossos pecados, Cristo será doce para nós, pois o pecado é amargo. O cordeiro pascal deveria ser comido de pé, todos com o cajado na mão, prontos para partir. Quando nos alimentamos de Cristo pela fé, devemos abandonar o reinado e o domínio do pecado, libertar-nos do mundo e de tudo aquilo que nele há, deixar tudo por amor a Cristo, e não considerá-lo como mau negócio (Hb 13.13,14).
A festa dos pães sem fermento era um tipo da vida cristã (1 co 5.7,8). Após recebermos a Jesus, o Senhor, devemos nos regozijar continuamente nEle. Não deve ser feito qualquer tipo de obra, isto é, não devem ser admitidos e nem abrigados afãs que não estejam de acordo com este santo gozo, ou que o rebaixem. Os judeus eram muito enfáticos em que, durante a Páscoa, nenhum tipo de fermento deveria ser encontrado em suas casas. Deve ser uma festa observada com amor, sem o fermento da malícia; e com sinceridade, sem o fermento da hipocrisia. Era uma ordenança perpétua. À medida que vivemos, devemos nos alimentar de Cristo, regozijar-nos sempre nEle, e mencionar com gratidão as grandes coisas que Ele fez por nós.

Vv. 21-28. Naquela noite, quando os primogênitos seriam destruídos, nenhum israelita deveria sair pelas portas até que fossem chamados a marchar para Canaã. A sua segurança devia-se ao sangue espargido. Se deixassem esta proteção, o fariam por sua conta e risco. Eles deveriam permanecer do lado de dentro, e esperar a salvação de Jeová. No tempo vindouro, teriam que ensinar cuidadosamente aos seus filhos o significado desta cerimônia. É bom que as crianças façam perguntas acerca das coisas de Deus; aqueles que procurarem o caminho, o encontrarão. Observar anualmente esta solenidade consistia em:
Primeiro – Olhar para trás, a fim de recordar quantas coisas grandes Deus havia feito por eles e por seus pais. As misericórdias antigas para conosco, ou para com os nossos pais, não devem ser esquecidas, para que Deus seja louvado e a nossa fé nEle seja fortalecida;
Segundo – Tinha o propósito de olhar adiante como o penhor do grande sacrifício do cordeiro de Deus, que seria cumprido no devido tempo. Cristo, que é a nossa Páscoa, foi sacrificado por nós; através de sua morte, temos vida.

Vv. 29-36. As trevas mantiveram os egípcios em ansiedade e horror durante três dias e três noites; agora, o seu repouso é interrompido por uma calamidade muito mais terrível. A praga atacou os seus primogênitos, que eram o gozo e a esperança de suas famílias. Eles deram a morte aos filhos dos hebreus, e agora Deus matava os seus filhos. Este castigo abrangeu desde o trono até o calabouço, mostrando que tanto o príncipe como o simples camponês estão no mesmo nível perante os juízos de Deus. O anjo destruidor, como mensageiro do juízo, entrou em cada casa que não possuía o sinal do sangue, realizando sua tarefa espantosa sem deixar sequer uma casa em que não houvesse um morto. Imaginemos a intensidade do clamor que correu por toda a terra do Egito, o grande e estridente uivo de agonia que rompeu em cada casa. Assim será na hora espantosa em que o Filho do homem visitar os pecadores com o juízo final. Os filhos de Deus, seus primogênitos, salvar-se-ão. Melhor é que os homens se submetam primeiramente às condições de Deus, porque Ele jamais seguirá as condições deles.
Agora, o orgulho de faraó é abatido, e ele se rende. A Palavra de Deus é a que permanece; nenhum proveito podemos ter por disputar, ou por tardarmos em nos submeter. O terror dos egípcios proporcionou o favor e a rápida partida de Israel. Assim, o Senhor cuidou que lhes fossem pagos os salários duramente ganhos, e o povo egípcio proveu os hebreus daquilo que lhes era necessário para a viagem.


SUBSIDIOS 003

EXODO 12
0 ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nascimento da nação de Israel e sua libertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz (João 1:29; 1 Co 5:7-8; 1 Pe 1:18-20).

I. O cordeiro necessário (11)
"Mais uma praga!" Acabara-se a paciência de Deus e estava para acontecer seu julgamento final — a morte dos primogénitos. Observe que todos morreriam (11:5-6; 12:12- 13), a menos que fossem protegidos pelo sangue do cordeiro. "Todos pecaram" (Rm 3:23), e "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Deus especifica que o "primogénito" morrerá, e isso expressa a rejeição de Deus ao nosso primeiro nascimento.
Todas as pessoas que não "nasceram de novo" são "primogénitas". "O que nasce da carne é carne [...]. E necessário que vocês nasçam de novo" (Jo 3:6-7, NVI). As pessoas não podem salvar a si mesmas da pena de morte; elas precisam de Cristo, o Cordeiro de Deus. Durante anos, os judeus foram escravos dos egípcios sem receber pagamento; portanto, agora Deus permite que peçam seu salário de direito (não que "se apropriem" dele). Veja a promessa de Deus em Génesis 15:14, e Êxodo 3:21 e 12:35ss. Do ponto de vista do homem, não há diferença entre o primogénito do Egito e o de Israel. A diferença está na aplicação do sangue (v. 7). Todos são pecadores, contudo os que confiam em Cristo estão "sob o sangue" e são salvos. Essa é a diferença mais importante no mundo!

II. O cordeiro escolhido (12:1-5)
Os judeus têm um calendário religioso e outro civil, e a Páscoa marca o início do ano religioso deles. A morte do cordeiro traz um novo início, assim como a morte de Cristo traz um novo início para o crente pecador.

A. Escolhido antes de ser morto. Separava-se o cordeiro no 10° dia e ele era morto na noite do 14° para o 15o dia. Portanto, Cristo era o Cordeiro predestinado antes da criação do mundo (1 Pe 1:20).

B. Imaculado
O cordeiro devia ser macho e sem defeitos, um retrato do perfeito Cordeiro de Deus, sem mácula e sem defeito (1 Pe 1:19).

C. Testado
As pessoas, do 10 e ao 14 dia, vigiavam os cordeiros a fim de certificarem-se de que eram satisfatórios; Cristo, da mesma forma, foi testado e vigiado durante seu ministério terreno, principalmente na última semana antes de ser crucificado. Observe a evolução: "um cordeiro" (v. 3), "o cordeiro" (v. 4) e "cordeiro" (v. 5, NVI). Isso faz paralelo com "o Salvador" (Lc2:11), "o Salvador" (Jo 4.42) e "meu Salvador" (Lc 1:47). Não é suficiente chamar Cristo de "Salvador" (um entre muitos) ou de "o Salvador" (para outra pessoa). Cada um de nós deve dizer: "Ele é meu Salvador!".

III. O cordeiro morto (12:6-7)
Um cordeiro vivo é algo adorável, mas não pode salvar! Não somos salvos pelo exemplo de Cristo ou por sua vida; somos salvos pela morte dele. Leia Hebreus 9:22 e Levítico 17:11 para ver a importância do derramamento do sangue de Cristo. É claro que, para os doutos egípcios, parecia tolice matar um cordeiro, mas essa era a forma de salvação de Deus (1 Co 1:18-23). Deviam marcar a porta das casas com o sangue do cordeiro (12:21-28). Em 12:22, a palavra "verga" pode significar "soleira", portanto marcavam o espaço vazio na soleira da porta com o sangue do cordeiro. Depois, aplicava-se o sangue na verga de cima da porta e nos batentes laterais. Ninguém que saísse da casa pisaria sobre o sangue (veja Hb 10:29). Cristo foi morto no 14° dia do mês, no exato momento em que ofereciam o cordeiro da Páscoa. Observe que Deus fala que Israel o matou (o cordeiro), e não os matou (cordeiros), pois para Deus há apenas um Cordeiro — Jesus Cristo. Isaque perguntou: "Onde está o cordeiro?" (Gn 22:7), e, em João 1:29, João Batista respondeu: "Eis o Cordeiro de Deus". Todos no céu dizem: "Digno é o Cordeiro"(Ap 5:12).

IV. O cordeiro deve ser comido (12:8-20,43-51).
Com frequência, negligenciamos essa parte importante da Páscoa, a Festa dos Pães Asmos. Na Bíblia, levedura (fermento) retrata o pecado: ele trabalha em silêncio, ele corrompe e cresce e só pode ser removido com fogo. Na época da Páscoa, os judeus têm de tirar todo fermento de casa e não podem comer pão com fermento durante sete dias. Paulo aplica isso aos cristãos em 1 Coríntios 5; leia o capítulo com atenção. O sangue do cordeiro é suficiente para salvar da morte, mas as pessoas devem se alimentar com o cordeiro a fim de se fortalecerem para a peregrinação. A salvação é apenas o início. Temos de nos alimentar de Cristo a fim de termos forças para segui-lo. Os cristãos são peregrinos (v. 11), sempre prontos a se mover quando o Senhor ordena. Eles deviam assar o cordeiro no fogo, o que fala do sofrimento de Cristo na cruz. Não devem deixar nada para comer depois. As sobras não satisfazem o crente, pois precisamos do Cristo inteiro. Precisamos da obra completa da cruz. Além disso, as sobras estragam, e isso desonra o tipo, pois Cristo não vê corrupção (SI 16:10). Infelizmente, muitas pessoas recebem o Cordeiro como salvação da morte, mas não se alimentam diariamente dele. Os versículos 43-51 dão instruções adicionais a respeito da festa. Nenhum estrangeiro, ou servo assalariado, ou homem não circuncidado pode participar da festa. Esse regulamento lembra-nos que a salvação é o nascimento na família de Deus — não há estrangeiros nela. Esse nascimento é pela graça,
ninguém se torna merecedor dele. E isso acontece por intermédio da cruz — pois a circuncisão aponta para nossa verdadeira circuncisão espiritual em Cristo (Cl 2:11-12). Não se deve comer o banquete do lado exterior da casa (v. 46), pois o banquete não pode se separar do sangue derramado. Enganam a si mesmos os modernistas que querem se alimentar de Cristo à parte de seu sangue derramado.

V. O cordeiro da confiança (12:21-42).
Foi necessário ter fé para libertar-se naquela noite! Os egípcios pensavam que todas essas coisas eram tolices, mas a Palavra de Deus falou e isso era suficiente para Moisés e seu povo. Por favor, lembre-se de que o povo foi salvo pelo sangue e garantido pela Palavra (v. 12). Sem dúvida, muitos judeus salvos pelo sangue não "se sentiam seguros", exatamente como hoje temos santos que duvidam da Palavra de Deus e preocupam-se em perder a salvação. Deus fez exatamente o que dissera que faria. E os egípcios apressavam os judeus para que deixassem a terra, exatamente como Deus dissera que fariam (11:1-3). Deus não se atrasou nem um dia. Ele manteve sua Palavra.

VI. O cordeiro consagrado (13).
O cordeiro morrera pelo primogénito; agora, o primogénito pertencia a Deus. Os judeus eram um povo comprado, exatamente como nós somos o povo comprado de Deus (1 Co 6:18-20). A nação consagraria para sempre o Cordeiro ao dar o primogénito — o melhor — para o Senhor. Deveriam dar as mãos, os olhos e a boca para o serviço do Senhor (v. 9). Deus guiou seu povo não pelo caminho mais próximo, mas pelo caminho que era melhor para ele (vv. 1 7-18), exatamente como faz hoje. A coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo à noite. Deus sempre deixa sua vontade clara para os que querem segui-lo (Jo 7:17). Ele salva-nos, alimenta-nos, guia-nos e protege-nos — e ainda fazemos tão pouco por ele! José sabia em que acreditava e a que lugar pertencia. Seu túmulo no Egito era um lembrete para os judeus de que Deus os libertaria um dia. A respeito dos ossos de José, veja Génesis 50:24-26; Josué 24:32 e Hebreus 11:22.


SUBSIDIOS 004


A . A P áscoa, 1 2 .1 -3 6
A libertação de Israel do Egito foi acontecimento extraordinário que sempre seria lembrado por Israel. O termo páscoa tem vários sentidos. O acontecimento em si era a passagem de Deus sobre os filhos de Israel quando o destruidor matasse os primogênitos egípcios (23,27). A festa na época do acontecimento chamava-se a Páscoa do SENHOR (11). Israel celebraria esta festa todos os anos por memória (14). A palavra páscoa é usada para descrever todas estas três situações.

1. As Instruções de Moisés acerca da Primeira Festa da Páscoa (12.1-13)
Deus instituiu um ano novo para Israel. O ano se iniciava costumeiramente no outono com o mês de tisri. Mas agora, o primeiro dos meses do ano religioso seria abibe (13.4), seis meses antes do começo do ano civil. Depois do exílio, o mês de abibe tornou-se conhecido por nisã. Moisés tinha de instruir os israelitas a tomar um cordeiro para cada casa (3) aos dez deste mês de abibe. O versículo 3 fica mais claro assim: “Cada homem arranjará um cordeiro para sua família paterna, um cordeiro para cada casa” (VBB). Se o cordeiro fosse muito para uma só família, os vizinhos deviam se reunir de acordo com a quantidade de pessoas para que um cordeiro fosse comido (4). A escolha do cordeiro quatro dias antes da festa (cf. v. 6) era para observar o animal. O animal não devia apresentar mácula (5) e tinha de ter menos de um ano de idade. O animal mais novo indicava inocência. Este cordeiro  podia ser uma ovelha ou cabrito, embora na prática só se usassem ovelhas.

No décimo quarto dia, o cordeiro seria morto à tarde (6, lit., “entre as tardes”). Podia significar entre o pôr-do-sol e o cair da noite ou entre o declínio do sol e o pôr do sol. Lange acreditava que era no começo da tarde, pois assim haveria mais tempo para as atividades pascais. Moffatt traduz: “Todo membro da comunidade de Israel matará o  cordeiro entre o pôr-do-sol e o cair da noite”. O povo colocaria o sangue do cordeiro em ambas as ombreiras e na verga da porta (7), ou seja, “nos batentes dos lados e de cima das portas das casas” (NTLH). Podia ser uma janela guarnecida de treliça que ficava em cima da porta.  Os israelitas comeriam a carne à noite, depois de tê-la assada ao fogo (8). O texto não identifica as ervas amargosas, mas eram tradicionalmente endívia (tipo de chicória), agrião, pepino, rábano, alface e salsa. O cordeiro era assado inteiro com a cabeça, os pés e a fressura (9) ou as entranhas. “Os comentaristas judeus dizem que os intestinos eram tirados, lavados e limpos, e depois colocados de volta no lugar; assavam o cordeiro em um tipo de forno”. Nada ficava do cordeiro até pela manhã seguinte; o que não era comido deveria ser queimado (10). Podemos entender os detalhes dos versículos 5 a 10 como um tipo de “Cristo, o Cordeiro  de Deus”:
1) Era puro e imaculado, 5;
2) Morreu no final da tarde, 6;
3) Aplica seu sangue no coração dos crentes, 7;
4) Torna-se o Substituto para o portador da ira de Deus, 8,9;
5) Tem de ser recebido totalmente pelo crente. Deve ser recebido sem o fermento do pecado e em tristeza de arrependimento segundo Deus.
Enquanto comiam, os israelitas deviam estar prontos para a viagem, com as longas vestes reunidas e presas nos lombos com cinta(11).  Deviam estar com os sapatos nos pés e o cajado na mão, enquanto comiam às pressas — ação pelo menos em parte simbólica da prontidão do cristão pela volta de Cristo. Durante a noite, Deus feriria os egípcios e executaria juízos em todos os deuses do Egito (12). Os egípcios reputariam a morte de todos os animais primogênitos do Egito como julgamento sobre seus deuses. O sangue vos será por sinal que Deus veria e não feriria quem estivesse na casa onde o sangue fora aspergido (13).


SUBSIDIOS 005

EXODO 12
12.1 — E falou o Senhor.
Essa revelação de Yahweh ocorreu antes dos acontecimentos dos capítulos 10 e 11. Frequentemente, lemos as revelações divinas em Êxodo, mas é importante compreender que tais palavras transmitem um enorme sentido da graça condescendente de Deus. Que maravilha é o fato de Deus falar com um homem! Também é imperativo entender que Moisés e Arão não instituíram festas, tradições e rituais em Israel por conta própria, e sim de acordo com a revelação divina. Consequentemente, toda vez que se fala das leis mosaicas, deve-se ter a clara ideia de que estas são as Leis de Yahweh, reveladas por intermédio de Seu agente Moisés, um homem de Deus.

12.2 — Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Este primeiro mês no calendário sagrado hebraico, chamado de Abibe em Êxodo 13.4, também é conhecido como Nissan [hb. primeiros frutos] e corresponde aproximadamente aos meses de março/abril em nosso calendário [quando se inicia a primavera no hemisfério norte]. Assim como o nascimento de Jesus, para nós, cristãos, assinala a divisão das eras em duas [antes e depois de Cristo], para os hebreus, a Páscoa assinalou uma nova era a partir da saída deles do Egito. (Para os judeus, há dois calendários [um sagrado, e outro civil]. A bibe, ou nissan, é o primeiro mês do calendário sagrado, e o sétimo no calendário civil, e Tishrei ou Tishri [hb. início; iniciar] é o primeiro mês no calendário civil, e o sétimo no calendário sagrado; corresponde aos meses de setembro/ outubro em nosso calendário, quando começa o outono no hemisfério norte. Neste mês é comemorado o ano novo, Hosh Hashaná [cabeça do ano], logo seguido do Yom Kipur [Dia da Expiação].)

12.3 — De acordo com as instruções divinas, cada família israelita deveria separar um cordeiro no décimo dia do mês, mas esperar até o décimo quarto para sacrificá-lo (v. 6). Isso, talvez, para que pudesse haver tempo de resolver qualquer problema relacionado às condições do animal para o santo sacrifício. A palavra cordeiro pode fazer referência a um carneiro ou a um cabrito novo (v. 5). A festa da Páscoa envolveu toda a família de todos os israelitas.

12.4 — Qualquer família muito pequena para  comer um cordeiro inteiro deveria juntar-se a outra. Ninguém deveria ser excluído da refeição sagrada.

12.5 — O sacrifício não era uma maneira de livrar-se dos animais indesejáveis. Apenas os melhores cordeiros, os perfeitos e sem mácula, eram adequados. Um macho de um ano. Deus queria que o sacrifício  de cordeiros da Páscoa tipificasse e anunciasse profeticamente a vindoura morte do Salvador, Jesus Cristo (1 Co 5.7) [o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)]. Cordeiro, ou cabrito. Geralmente, o sacrifício era de um cordeiro, mas, neste episódio, foi permitida a utilização de cabritos novos também.

12.6,7 — Cada família tinha de separar um cordeiro ou um cabrito no décimo dia do mês, mas deveria esperar até o décimo quarto dia para sacrificá-lo (v. 13). O sangue do animal novo devia ser passado nas ombreiras e na verga das portas. Este era o sinal exigido por Deus para salvar os hebreus da morte física. E o sangue de Cristo é a provisão de Deus para a salvação da morte espiritual.

12.8 — Nos versículos 15 a 20 de Êxodo 12, as instruções acerca dos pães asmos, sem fermento, são ampliadas. Veja 1 Coríntios 5.8, para a explicação de Paulo sobre a verdade e a sinceridade simbolizadas pelos pães sem fermento. As ervas amargas lembravam as pessoas do dissabor da escravidão. O famoso rabino Gamaliel, o mestre de Saulo (At 22.3), que se tornou o apóstolo Paulo (At 13.9), é lembrado na leitura da Hagadá (hb. narração), na noite do Pessah (Páscoa), por suas palavras: “todos que comerem corretamente a refeição de Páscoa devem comer o cordeiro acompanhado do pão sem fermento e das ervas amargas” . [A Hagadá é um ritual litúrgico na Páscoa judaica, que inclui a leitura do texto sobre a libertação dos judeus da escravidão egípcia às gerações atuais/futuras, orações, cânticos e a leitura de provérbios judaicos que acompanham esta festividade]. O próprio Paulo mais tarde faria uma analogia do pão sem fermento com a pureza espiritual que deve ser mantida pelos cristãos à mesa do Senhor, na Ceia (1 Co 5.8).

12.9 — Assado ao fogo. A maneira de preparar a carne é enfatizada aqui, assim como o consumo total dela. Desta forma, nenhum dos ossos do animal seria quebrado na preparação (Nm 9.12).

12.10 — E nada dele deixareis. Esta não era  uma refeição comum em que se podia deixar sobras. Era uma refeição de uma festa sagrada.

12.11 — Os israelitas deviam ficar prontos e em alerta para marchar [para fora do Egito] ao comando do Senhor. Comumente, eles não usavam sandálias (ou sapatos) em casa. O cajado ficava geralmente perto da porta, mas não nesta noite. Os hebreus tinham de estar com ele nas mãos, prontos para sair. Esta é a Páscoa do Senhor. As  instruções para esta noite não eram para o conforto dos israelitas. Eles deviam estar preparados para uma rápida e miraculosa libertação. Nos tempos de Jesus, os judeus consumiam vagarosamente a refeição, reclinados em almofadas, dispostas em torno de pequenas mesas de três pernas, a romana triclinium (Jo 13.23). A primeira refeição de Páscoa foi comida apressadamente, em pé, mas as refeições pascais posteriores puderam ser feitas com calma, pois a libertação do Egito já havia acontecido.


SUBSIDIOS 006

EXODO 12
12.1-3 Certos feriados eram instituídos pelo próprio Deus. A Páscoa era o feriado que celebrava a libertação de Israe do Egito e lembrava ás pessoas o que Deus tinha feito. Hoje. Comemorar algumas datas em família e na igreja também pode ser importante como lembrança do que Deus tem feito por nós. Desenvolva tradições em sua família para destacar o significado de certas datas. Elas servem como lembrança para as pessoas mais velhas e experiência de aprendizado para os mais jovens.

12.3ss - Para que os israelitas fossem poupados da praga da morte, em cada casa um cordeiro sem defeito teve de ser imolado  e seu sangue aspergido nos umbrais das portas. O que isto significava? Ao matarem o cordeiro, os israelitas estariam derramando sangue inocente, e o animal sacrificado servia de substituto do primogênito que seria morto naquela casa. Desse ponto em diante, o povo hebreu entenderia com clareza que. para ser poupado da morte, urna vida inocente deveria ser sacrificada em seu lugar.

12.6-11 A celebraçáo da Páscoa destinava-se a lembrar a noite em que o Senhor "ignorou" a casa dos israelitas. Os hebreus seguiram as instruções de Deus e aspergíram o sangue de um cordeiro no umbral de suas casas. Naquela no te, o primogénito de toda família sem o sinal do sangue na porta foi morto. Desse modo. o cordeiro prenunciava Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. que derramou o seu sangue para tirar o pecado do mundo. Dentro das casas, os israelitas fizeram uma refeição com cordeiro assado, ervas amargas e pão feito sem levedura. Os Pães Asmos poderiam ser feitos rapidamente, pois a massa não precisava crescer, e assim eles podiam partir a qualquer hora. As ervas amargas significavam a amargura da escravidão.

12.11 - Comer o banquete da Páscoa vestidos e prontos para a viagem era um sinal de fé dos hebreus. Embora nao estivessem ainda livres, eles precisavam estar preparados, porque Deus havia dito que os tiraria do Egito. Demonstramos nossa fé quando nos preparamos para o cumprimento das promessas de Deus. por mais improváveis que estas possam parecer.

12.17,23 - A Páscoa tornou-se uma recordação anual de como Deus libertou os hebreus do Egito. Anualmente, eles fariam uma pausa para recordar o dia em que o anjo destruidor poupou as suas casas, e agradeceriam a Deus por salvá-los da morte e liberta-los da escravidão. Os crentes também viveram o seu dia de libertação quando foram salvos da morte espiritual e da escravidão do pecado. A Ceia do Senhor ê a nossa Páscoa e lembra- nos a nova vida e libertação que alcançamos em Cristo. Da próxima vez que você enfrentai lulas, lembre-se de como Deus o libertou no passado e preste atenção a promessa de uma nova vida com Ele.


ELABORADO PELO EVANGELISTA; NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
DIRIGENTE NA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE - CIDADE DE GUIRATINGA - MT.
PASTOR PRESIDENTE. Pr EDSEU VIEIRA.

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