1PEDRO CAPITULO 01
1.2 A PRESCIÊNCIA DE DEUS. A presciência divina é o eterno
amor e propósito de Deus para com o seu povo, a igreja (ver Rm 8.29).
(1) Os "eleitos" são o conjunto dos verdadeiros
crentes, escolhidos em harmonia com a resolução divina de redimir a igreja pelo
"sangue de Jesus Cristo", em "santificação do Espírito".
(2) Todos os crentes devem participar da sua eleição,
procurando diligentemente tornar mais firme sua vocação e eleição (ver 2 Pe
1.5,10)
1.3 NOS GEROU DE NOVO – Ver referencias biblicas
1.5 GUARDADOS NA VIRTUDE DE DEUS. Este versículo apresenta
três verdades a respeito da segurança do crente, mensagem esta de especial
relevância para os primeiros leitores da carta de Pedro, uma vez que muitos
deles estavam passando por severas perseguições.
(1) Os crentes estão "guardados na virtude de
Deus" contra todas as forças do mal, que ameaçam destruir sua vida e sua
salvação em Cristo (2 Tm 4.18; Jd 24; cf Rm 8.31-39).
(2) A condição essencial necessária para a proteção de Deus
é a "fé". A proteção de Deus mediante a sua graça não opera de modo
arbitrário. É somente mediante a fé que os crentes são protegidos por Deus,
assim como é somente "por meio da fé" que os crentes são salvos (Ef
2.8). Deste modo, é nossa responsabilidade conservar uma fé viva em Cristo,
como Senhor e Salvador, para termos a proteção contínua de Deus (v. 9; Jo
15.4,6; Cl 1.23; 2 Tm 3.14,15; 4.7; Ap 3.8,10).
(3) O alvo supremo da proteção divina do crente mediante a
fé é a "salvação", aqui referida como a dimensão futura da nossa
salvação, i.e., a obtenção da nossa herança no céu (v. 4) e a "salvação
das almas" (v. 9)
1.7 A PROVA DA VOSSA FÉ. O tema do sofrimento sobressai em
toda esta epístola (2.19-23; 3.14-17;
4.1-4,12-19; 5.10).
(1) Devemos regozijar-nos nas nossas muitas provações (v.
6), porque permanecendo fiéis a Cristo em meio a elas, isso purificará a nossa
fé e resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor Jesus.
(2) O Senhor considera nossa perseverança nas provações e
nossa fé nEle preciosas e de valor inestimável por toda a eternidade.
1. 8 NÃO O HAVENDO VISTO, AMAIS. Deus considera a fé dos
crentes, hoje, maior do que a daqueles que viram e ouviram Jesus pessoalmente,
até mesmo depois da sua ressurreição.
(1) Os crentes de hoje, embora nunca o tenham visto, amam-no
e crêem nEle.
(2) Conforme disse Jesus, há uma bênção especial para
"os que não viram e creram" (Jo 20.29).
(3) Vivendo por fé, recebemos a alegria como um dom de Deus
para nós (Sl 16.11; Jo 16.24; Rm 15.13; Gl 5.22).
1.11 O ESPÍRITO DE CRISTO... NELES. Nossa fé se baseia não
somente na Palavra de Deus do NT, mas também na Palavra de Deus do AT.
(1) O Espírito Santo, através dos profetas, predisse os
sofrimentos de Cristo e a glória que viria depois disso (e.g., Gn 49.10; Sl 22;
Is 52.13-53.12; Dn 2.44; Zc 9.9,10; 13.7; cf. Lc 24.26,27; ver 2 Pe 1.21 nota).
(2) O Espírito Santo é aqui chamado "o Espírito de
Cristo" porque Ele falava a respeito de Cristo, através dos profetas, e
também Ele foi enviado da parte de Cristo (vv. 11,12; cf. Jo 16.7; 20.22; At
2.33)
1.12 PELO ESPÍRITO SANTO... PREGARAM. O mesmo Espírito que
inspirou os profetas do AT (v. 11), inspirou a verdade do evangelho; assim, a
mensagem do evangelho tem sua origem em Deus, e não nos seres humanos. No dia
de Pentecoste, o mesmo Espírito que inspirou a verdade do evangelho, começou a
dar poder a todos os crentes para proclamarem essa mensagem (At 1.8; 2.4).
1.14 NÃO VOS CONFORMANDO. Ver Rm 12.2 e mais referencias
biblicas
1.16 SEDE SANTOS. Deus é santo, e as qualidades de Deus
devem ser as qualidades do seu povo.
(1) A idéia principal de santidade é a separação dos modos
ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor, para o seu serviço e adoração
(ver Lv 11.44).
(2) A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em
Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver
para agradar a Deus (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb 12.14).
(3) É o Espírito de Deus que realiza em nós a santificação,
que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem
de Cristo e que nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a Deus
segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9).
1.17 AQUELE QUE JULGA – Ver referencias biblicas
1.17 ANDAI EM TEMOR. Ver At 5.11; 9.31; Rm 3.19; Fp 2.12.
1.18 RESGATADOS – Ver referencias biblicas
1.19 O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO. As Escrituras deixam claro
que a morte sacrificial de Cristo na cruz é a razão da redenção do crente,
i.e., sua libertação da escravidão ao pecado (cf. Ef 1.7; ver Hb 9.14).
1.22 AMAI-VOS ARDENTEMENTE UNS AOS OUTROS. Ver Jo 13.34,35;
Rm 12.10.
1.25 A PALAVRA DO SENHOR PERMANECE PARA SEMPRE. A citação
que Pedro faz de Is 40.8 indica que toda glória e realizações humanas, tais
como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante mudança (cf. Sl
90.5-10; Tg 4.13-17), mas a Palavra de Deus permanece para sempre. Por isso,
todos os projetos humanos e o pensamento do mundo atual precisam ser sempre
julgados pela Bíblia, ao invés de a Bíblia ser julgada por eles. Aqueles que
torcem a Palavra de Deus para conformá-la às tendências intelectuais e débeis
padrões da sua geração, estão traindo a "palavra de Deus, viva e que
permanece para sempre" (v. 23).
1PEDRO CAPITULO 02
2.2 DESEJAI... O LEITE RACIONAL, NÃO FALSIFICADO. Como
filhos nascidos de Deus (1 Co 6.19; Gl 4.6), devemos desejar e ansiar pelo
leite puro da Palavra de Deus (1.23-25).
(1) Um sinal seguro do nosso crescimento espiritual é
um forte desejo de nos alimentar com a Palavra viva e permanente de Deus.
(2) Assim, devemos estar alerta quanto à perda de fome e
sede pela Palavra de Deus, coisas estas que nossas atitudes erradas podem
destruir (v. 1) e também não deixar que as preocupações, riquezas e prazeres
desta vida sufoquem a vida espiritual (Lc 8.14; ver Mt 5.6 nota; 1 Co 15.2).
2.5 SACERDÓCIO SANTO. No AT, o sacerdócio era restrito a uma
minoria qualificada. Sua atividade distintiva era oferecer sacrifícios a Deus,
em prol do seu povo e comunicar-se diretamente com Deus (Êx 19.6; 28.1; 2 Cr
29.11). Agora, por meio de Jesus Cristo, todo crente é constituído sacerdote
para o serviço de Deus (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os
crentes abrange o seguinte.
(1) Todos os crentes
têm acesso direto a Deus, através de Cristo (3.18; Jo 14.6; At 4.12; Ef 2.18).
(2) Todos os crentes têm a obrigação de viver uma vida santa
(vv. 5,9; 1.14-17). (3) Todos os crentes devem oferecer "sacrifícios
espirituais" a Deus, inclusive:
(a) viver em obediência a Deus, sem conformar-se com o mundo
(Rm 12.1,2);
(b) orar a Deus e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15);
(c) servir com coração íntegro e mente disposta (1 Cr 28.9;
Fp 2.17; Ef 5.1,2);
(d) praticar boas ações (Hb 13.16);
(e) contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp
4.18) e
(f) apresentar nossos corpos a Deus como instrumentos da
justiça (Rm 6.13,19). (4) Todos os crentes devem interceder e orar uns pelos
outros e por todos (Cl 4.12; 1 Tm 2.1; Ap 8.3).
(5) Todos os crentes devem proclamar a Palavra e orar pelo
sucesso dela (v. 9; 3.15; At 4.31; 1 Co 14.26; 2 Ts 3.1; Hb 13.15)
2.9 A NAÇÃO SANTA. Os crentes são separados do mundo a fim
de pertencerem totalmente a Deus (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o
evangelho da salvação para a glória e louvor de Deus (cf. Êx 19.6; Is
43.20,21).
2.11 PEREGRINOS E FORASTEIROS. Nossa nova condição de
possessão peculiar de Deus nos separa do povo deste mundo e nos faz peregrinos
aqui. Vivemos numa terra à qual não pertencemos. Nossa verdadeira cidadania
está no céu com Cristo (cf. Fp 3.20; Hb 11.9-16). Por sermos estrangeiros nesta
terra, devemos abster-nos dos prazeres malignos deste mundo, que procuram
destruir nossa alma.
2.13 SUJEITAI-VOS... A TODA AUTORIDADE – Ver referencias
biblicas
2.21 TAMBÉM CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS
PISADAS. A maior glória e privilégio para qualquer crente é sofrer por Cristo e
pelo evangelho (ver Mt 5.10 nota). Sofrendo assim, o crente segue o exemplo de
Cristo e dos apóstolos (Is 53; Mt 16.21; 20.28; At 9.16 nota; Hb 5.8).
(1) O cristão deve estar disposto a sofrer (4.1; 2 Co
11.23), i.e., participar dos sofrimentos de Cristo (4.13; 2 Co 1.5; Fp 3.10), e
deve saber de antemão que o sofrimento fará parte do seu ministério (2 Co
4.10-12; cf. 1 Co 11.1).
(2) O sofrimento por Cristo é chamado sofrimento
"segundo a vontade de Deus" (4.19), por amor do seu nome (At 9.16),
pelo "evangelho" (2 Tm 1.8), "por amor da justiça" (3.14) e
pelo "Reino de Deus" (2 Ts 1.5).
(3) Sofrer por Cristo é uma maneira de chegar à maturidade
espiritual (Hb 2.10), de obter a bênção de Deus (4.14) e de ministrar vida ao
próximo (2 Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição
prévia para ser glorificado com Cristo (Rm 8.17) e de alcançar a
"glória" eterna (Rm 8.18). Nesse sentido, o sofrimento pode ser
considerado um dom precioso de Deus (Fp 1.29).
(4) O crente, ao viver por Cristo e pelo evangelho, não deve
motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por devoção a
Cristo.
2.24 LEVOU... NOSSOS PECADOS. Cristo carregou os nossos
pecados na cruz (cf. Is 53.4,11,12), tornando-se nosso substituto, quando tomou
sobre Si a penalidade dos nossos pecados (Jo 1.29; Hb 9.28; 10.10).
(1) O propósito da sua morte vicária foi livrar-nos
totalmente da culpa, poder e influência do pecado.
(1) Cristo, pela sua morte, removeu nossa culpa e o castigo
dos nossos pecados e proveu um caminho, mediante o qual pudéssemos voltar a
Deus, conforme a sua justiça (Rm 3.24-26) e receber a graça de viver em retidão
diante dEle (Rm 6.2,3; 2 Co 5.15; Gl 2.20).
(3) Pedro usa a palavra "sarados" ao referir-se à
salvação e todos os seus benefícios (cf. Is 53.5; Mt 8.16,17)
1PEDRO CAPITULO 03
3.1 MARIDOS... SEJAM GANHOS. Pedro ensina como uma esposa
deve agir a fim de ganhar para Cristo o seu marido não salvo.
(1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua
liderança na família (ver Ef 5.22).
(2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com
espírito manso e quieto (vv. 2-4; 1 Tm 2.13,15).
(3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para Cristo,
mais pelo comportamento, do que por suas palavras.
3.3,4 ENFEITE EXTERIOR... BELEZA INTERIOR. Os adornos
berrantes, exagerados e dispendiosos são contrários ao espírito modesto que
Deus requer da parte das mulheres cristãs (ver 1 Tm 2.9 ).
(1) O que muito importa para Deus nas mulheres cristãs é uma
disposição mansa e quieta (cf. Mt 11.29; 21.5), que as leva a honrá-lo, ao
dedicarem-se a ajudar o marido e a família a alcançar a vontade de Deus para as
suas vidas.
(a) O adjetivo "manso" descreve uma atitude
despretensiosa que se manifesta numa submissão amável e na solicitude pelo
próximo (cf. Mt 5.5; 2 Co 10.1; Gl 5.23).
(b) O adjetivo "quieto" refere-se à esposa não ser
agitada e indelicada. Noutras palavras, Deus declara que a verdadeira beleza da
mulher é questão de caráter, e não primeiramente de enfeites.
(2) As esposas cristãs de nossos dias devem ser fiéis a
Cristo e à sua Palavra, num mundo dominado pelo materialismo, pelas modas
dominantes, pelos direitos humanos, pela obsessão sexual e pelo desprezo aos
valores do lar e da família.
3.7 VÓS, MARIDOS. Pedro menciona três coisas que o marido
deve cuidar em relação a sua esposa.
(1) Devem demonstrar consideração e compreensão, convivendo
com a esposa com amor e em harmonia com a Palavra de Deus (Ef 5.25-33; Cl
3.19).
(2) Devem demonstrar respeito como co-herdeiros da graça de
Deus e da salvação. Isso quer dizer que as esposas devem ser honradas,
sustentadas, ajudadas e protegidas, de conformidade com as suas necessidades.
"Mais fraco", por certo se refere às forças físicas da mulher. O
marido deve elogiar e estimar grandemente a esposa, à medida que ela procura
amá-lo e ajudá-lo, segundo a vontade de Deus (vv. 1-6; ver Ef 5.23).
(3) Devem evitar qualquer tratamento injusto e impróprio
para com elas. Pedro indica que o marido que não usa de compreensão com a sua
esposa e que não a honra como uma irmã em Cristo, prejudicará o seu
relacionamento com Deus, criando uma barreira entre suas orações e Deus (cf. Cl
3.19).
3.10 AMAR A VIDA... VER OS DIAS BONS. Pedro cita Sl 34.12-16
para ressaltar que aquele que evita o mal, tanto nas palavras quanto nos atos e
que busca a paz (Mt 5.37; Tg 5.12) terá;
(1) uma vida cheia das bênçãos e do favor de Deus,
(2) a íntima presença de Deus com sua ajuda e graça (v. 12),
e
(3) a resposta de Deus às suas orações (cf. Tg 5.16; 1 Jo
3.21,22).
3.15 SANTIFICAI A CRISTO, COMO SENHOR, EM VOSSOS CORAÇÕES.
Pedro conclama o crente à reverência interior para com Cristo e à dedicação a
Ele como Senhor, no sentido de sempre estarmos dispostos a defender a sua causa
e a explicar o evangelho aos outros (cf. Is 8.13). Assim sendo, devemos
conhecer a Palavra de Deus e a sua vontade, a fim de testemunhar corretamente
de Cristo e levar outras pessoas a Ele (cf. Jo 4.4-26).
3.19 PREGOU AOS ESPÍRITOS. Os versículos 18-20 têm sido, de
longa data, de difícil interpretação para os expositores da Bíblia.
(1) Uma das posições é que Cristo, depois da sua morte e
ressurreição (v. 18), foi até os anjos aprisionados, que pecaram nos dias de
Noé (v. 20; cf. 2 Pe 2.4,5) e lhes proclamou a sua vitória sobre a morte e
Satanás (v. 22). Outra posição é que Cristo, pelo Espírito Santo, proclamou
através da pregação de Noé (cf. 2 Pe 2.5), uma mensagem de advertência àquela
geração desobediente, que agora está no Hades esperando o juízo final. Esta
interpretação condiz melhor com o contexto bíblico, aludindo ao povo
desobediente e perdido dos dias de Noé. Esta interpretação estaria em harmonia
com a declaração de Pedro, que o Espírito de Cristo falou em tempos passados
através dos profetas (2 Pe 1.20,21).
(2) Nem este texto, nem 1 Pe 4.6, ensina que os perdidos
terão uma segunda oportunidade de salvação depois da morte. Depois da morte vem
o juízo (ver Hb 9.27) e com ele o destino eterno da pessoa, sem qualquer
mudança no seu estado (Lc 16.26).
3.21 COMO UMA VERDADEIRA FIGURA... VOS SALVA, BATISMO. O
batismo em água tem a ver com a salvação, considerado como uma fiel expressão
do nosso arrependimento, da nossa fé em Cristo e do nosso compromisso de deixar
o mundo.
(1) Ele fala da nossa confissão e promessa de que
pertencemos a Cristo e morremos e ressuscitamos com Ele (At 2.38,39; Rm 6.3-5;
10.9,10; Gl 3.27; Cl 2.12).
(2) Note a comparação com o dilúvio (v. 20): assim como a
obediência de Noé às instruções de Deus, no tocante ao dilúvio, foi um
testemunho da sua fé antes do dilúvio, assim também o passar pelas águas do
batismo é um testemunho alusivo à nossa fé, como meio de salvação em Cristo; fé
esta que tínhamos antes de sermos batizados.
1PEDRO CAPITULO 04
4.1 AQUELE QUE PADECEU. Aqueles que voluntariamente sofrem
em prol da causa de Cristo, acham mais fácil resistir ao pecado e fazer a
vontade de Deus.
(01) Estão unidos a Cristo e compartilham da sua cruz. Como
resultado, a atração do pecado torna-se algo insignificante, ao passo que a
vontade de Deus torna-se algo supremo (v. 2).
(02) Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer
crente. Obedecer a Deus, mesmo que isso importe em sofrimento, zombaria, ou
rejeição fortalecerá moral e espiritualmente o crente, que receberá da parte de
Deus graça ainda maior (v. 14).
4.6 AOS MORTOS. Esta expressão deve ser entendida como uma
alusão aos que ouviram o evangelho enquanto viviam na terra, porém agora
mortos, quando Pedro escreveu.
(01) Ouviram o evangelho e creram, e, embora tenham morrido
(i.e., "julgados segundo os homens na carne"), agora vivem com Deus.
(02) O versículo pode ser parafraseado assim: "o
evangelho foi pregado àqueles que creram e posteriormente morreram, a fim de
que tivessem a vida eterna com Deus".
4.7 ESTÁ PRÓXIMO O FIM DE TODAS AS COISAS. Devemos
considerar a nossa vida presente, à luz da vinda iminente de Cristo e do fim do
mundo (cf. Hb 10.25; Tg 5.8,9; 1 Jo 2.18). Para Pedro, isso nos importa os
seguintes compromissos:
(1) orar a Deus com fervor todos os dias (ver At 10.9 nota;
12.5 nota; Cl 4.2,12 notas);
(2) amar uns aos outros com sinceridade e fervor de coração
(v. 8; cf. 1.22; Mt 22.37-39; 1 Ts 4.9,10; 2 Pe 1.7);
(3) ser hospitaleiro e generoso com os necessitados (v. 9);
(4) servir aos demais crentes mediante os dons espirituais
que nos foram concedidos pelo Espírito Santo (v. 10).
(5) testemunhar de Cristo e servir a Deus no poder do
Espírito Santo (v. 11; At 1.5-8);
(6) louvar a Deus (v. 11); e
(7) permanecer leal a Cristo no meio das provações (vv.
12-19)
4.12 A ARDENTE PROVA. O NT salienta o fato de que o crente
fiel experimenta tribulações e aflições neste mundo ímpio, controlado por
Satanás e hostil ao evangelho.
(01) Aqueles que se dedicam a Jesus Cristo com uma fé firme
e leal, que andam segundo o Espírito e que amam a verdade do evangelho,
experimentarão problemas e tristezas.
(02) Na realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de
que nossa devoção a Cristo é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2
Tm 2.12).
(03) Por essa razão, problemas na vida do crente podem ser
um sinal de que ele está agradando a Deus e sendo-lhe fiel. As aflições freqüentemente
acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e
Satanás (1.6-9; Ef 6.12).
(04) Através de severas provas, o Senhor permite que o
crente compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter
que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4).
(05) Quando você sofre e permanece fiel a Cristo, é
considerado bem-aventurado, porque sobre você "repousa o Espírito da
glória de Deus" (ver v.14 ; cf. 2.21)
4.13 ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE
CRISTO. É um princípio do reino de Deus que o sofrimento pela causa de Cristo
faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver Mt
5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34). Daí, não se deve invejar
os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.
4.14 O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que sofrem por
causa da sua lealdade a Cristo são bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14;
4.13), porque o Espírito Santo estará com eles de modo especial. Suas vidas
estarão cheias da presença do Espírito Santo para neles operar, abençoá-los,
ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da glória do céu (cf. Is 11.2; Jo
1.29-34; 16.15; At 6.15).
4.17 QUE COMECE O JULGAMENTO PELA CASA DE DEUS – Ver
referencias biblicas
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