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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

UM LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS NO DESERTO - LIÇÃO 09 COM SUBSIDIOS

Lições Bíblicas CPAD  - Jovens e Adultos
 1º Trimestre de 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto

Lição 9: Um lugar de adoração a Deus no deserto
Data: 2 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO
 “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).

VERDADE PRÁTICA
 Deus deseja habitar entre nós, para que Ele seja o nosso Deus e para que nós sejamos o seu povo.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Êx 29.45,46 Deus habita no meio do seu povo
 Terça - Êx 25.10-16 A Arca de madeira de cetim
 Quarta - Êx 25.17-22 O propiciatório de ouro puro
 Quinta - Êx 25.23-30 A mesa de madeira de cetim
 Sexta - Êx 26.1-14 As cortinas do Tabernáculo
 Sábado - Êx 26.31-33 O véu do Tabernáculo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 25.1-9.
 1 - ENTÃO falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.
3 - E esta é a oferta alçada que tomareis deles: ouro, e prata, e cobre,
4 - E azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras,
5 - E peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de teixugos, e madeira de cetim,
6 - Azeite para a luz, e especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso,
7 - Pedras sardônicas, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral.
8 - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
9 - Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis.

INTERAÇÃO
 O povo judeu viveu mais de quatrocentos anos no Egito. Este reino era fundamentalmente idólatra. Como era de se esperar em qualquer nação do mundo antigo, o Egito tinha templo, sacerdotes e todo um sistema religioso que funcionava vigorosamente. Mas a nação de Israel ainda não possuía uma religião sedimentada. Portanto, a influência egípcia na cultura dos judeus era inevitável — vide os exemplos dos deuses egípcios como fonte de apostasia para os judeus (Ez 20.5-9; 23.3,8,19-21,27), o Bezerro de Ouro construído no Monte Sinai e a posterior adoração do bezerro de Jeroboão I. Por isso, assim como o fez no Decálogo, Deus revelou diretamente a Moisés um modelo para a construção do Tabernáculo. Ele deixou claro que a sua habitação devia ser única, sem a mistura com o paganismo do Egito.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer as instruções para a construção do Tabernáculo.
Elencar os utensílios presentes no pátio do Tabernáculo.
Compreender que o Tabernáculo representava o lugar de habitação de Deus em pleno deserto.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para ministrar a presente lição sugerimos que você leve para a classe uma gravura do Tabernáculo ou reproduza cópias para os alunos conforme a sua possibilidade. Você poderá encontrá-la na Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, pág. 158, ou no mapa O Tabernáculo também editado pela CPAD. O auxílio do mapa do Tabernáculo muito o ajudará para uma apresentação do conteúdo da aula desta semana.

COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 Palavra Chave
Tabernáculo: Santuário portátil onde os hebreus guardavam e transportavam a arca da aliança e demais utensílios sagrados.
 Deus queria habitar no meio de Israel. Por isso, ordenou a Moisés que, juntamente com o todo o povo, construísse um lugar separado para adoração. Trata-se do “Tabernáculo do Senhor”, um santuário móvel que acompanhou os hebreus durante sua longa peregrinação pelo deserto. Na lição de hoje, estudaremos como ocorreu a construção desse lugar santo de adoração ao Senhor.

I. AS INSTRUÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
 1. O propósito divino. Depois da entrega da lei, Deus ordenou que o seu povo edificasse um lugar de adoração. O objetivo divino era aumentar e fortalecer os laços de comunhão com o seu povo Israel, que Ele libertara do poder de Faraó no Egito. O Senhor assim age para que o homem o conheça de forma pessoal e íntima (Jo 14.21,23).

2. As ofertas. O Tabernáculo seria construído pelo povo de Deus, com os recursos que receberam pela providência divina ao saírem do Egito (Êx 3.21,22; 12.35,36). Para a construção do Tabernáculo os israelitas ofertaram voluntariamente e com alegria. A Palavra de Deus nos ensina que o fator motivante para a contribuição do crente é a alegria: “porque Deus ama ao que dá com alegria” (2Co 9.7). O Senhor não se agrada de quem entrega a sua oferta e dízimo contrariado ou por obrigação (Ml 3.10). De nada adianta contribuir com relutância e amargura.

3. Tudo segundo a ordenança divina (Êx 25.8,9,40). O Tabernáculo não foi uma invenção humana. Podemos ver que a partir de Êxodo 25, o próprio Deus instrui a Moisés quanto à planta e os objetos do templo móvel. Moisés obedeceu a todas as instruções, pois todo o Tabernáculo apontava para o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Simbolizava o plano perfeito de Deus para a redenção da humanidade (Hb 9.8-11).


 SINOPSE DO TÓPICO (I)
 As instruções para a construção do Tabernáculo foram rigorosamente acatadas por Moisés segundo a ordenança divina.

II. O PÁTIO DO TABERNÁCULO
 1. O pátio. “Farás também o pátio do Tabernáculo” (Êx 27.9). Os israelitas precisavam aprender a forma correta de se chegar à presença de Deus e adorá-lo. O pátio tinha o formato retangular, e indicava que, na adoração a Deus, deve haver separação, santidade. Havia uma única porta de entrada, que apontava para um único caminho, uma única direção. Isso prefigura Jesus Cristo, que disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á” (Jo 10.9). Jesus é o caminho que nos conduz a Deus (Jo 14.6).

2. O altar dos holocaustos. “Farás também o altar de madeira de cetim” (Êx 27.1). Ao entrar no pátio, o israelita tinha a sua frente o altar do holocausto. Era uma caixa de madeira de cetim coberta de bronze. Junto a esse altar o transgressor da lei encontrava-se com o sacerdote para oferecer sacrifícios a Deus a fim de expiar seus pecados e obter o perdão. O altar dos holocaustos tipificava Cristo, o nosso sacrifício perfeito que morreu em nosso lugar (Ef 5.2; Gl 2.20). Sem um sacrifício expiador do pecado não há perdão de Deus (Lv 6.7; 2Co 5.21). A epístola aos Hebreus nos mostra que o sacrifício salvífico de Cristo foi único, perfeito e completo para a nossa salvação (Hb 7.25; 10.12).

3. A pia de bronze (Êx 30.17-21). Na pia os sacerdotes lavavam suas mãos e pés antes de executarem seus deveres sacerdotais. Mãos limpas: trabalho honesto; pés limpos: um viver e um agir íntegros (Ef 5.26,27; Hb 10.22). Precisamos nos achegar a Deus com um coração puro e limpo. Deus é santo e requer santidade do seu povo. Deus não aprova o viver e o servir do impuro. O servo de Deus deve ser “limpo de mãos e puro de coração” (Sl 24.4). Hoje somos lavados e purificados pelo precioso sangue de Cristo que foi derramado por nós (1Jo 1.7).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 No pátio do Tabernáculo localizava-se o altar dos holocaustos e a pia de bronze.

III. O LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS
 1. O castiçal de ouro (Êx 25.31-40). Não havia janelas no Lugar Santo e a iluminação vinha de um castiçal de ouro puro e batido. Esta peça também apontava para Jesus Cristo, luz do mundo, e a quem seguindo, não andaremos em trevas, mas teremos a luz da vida (Jo 8.12). O castiçal, em Apocalipse, simboliza a Igreja (Ap 1.12,13,20). As lâmpadas do castiçal ardiam continuamente e eram abastecidas diariamente de azeite puro de oliveira (Êx 27.20,21) a fim de que iluminassem todo o Lugar Santo. O azeite é um símbolo do Espírito Santo. Se quisermos emanar a luz de Cristo para este mundo que se encontra em trevas, precisamos ser cheios, constantemente, do Espírito Santo de Deus. “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18) é a recomendação bíblica.

2. Os pães da proposição e o altar do incenso (Êx 25.30). Havia uma mesa com doze pães e, todos os sábados, esses eram trocados. Estes pães apontavam para Jesus, o Pão da vida (Jo 6.35). Precisamos nos alimentar diariamente de Cristo, e não apenas no domingo. Tem você se alimentado diariamente na mesa do Senhor Jesus? Além dos pães, próximo ao Santo dos Santos ficava o altar do incenso, um lugar destinado à oração e ao louvor a Deus. Precisamos nos achegar ao Senhor diariamente com a nossa adoração e nossas orações: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde” (Sl 141.2).

3. O Santo dos Santos e a arca da aliança (Êx 25.10-22). O Santo dos Santos era um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. A arca da aliança era a única peça deste compartimento sagrado. Era uma caixa de madeira forrada de ouro. Durante a peregrinação pelo deserto os sacerdotes carregavam-na sobre os ombros. A arca simbolizava a presença de Deus no meio do seu povo. Erroneamente os israelitas a utilizaram como uma espécie de amuleto.
Em Hebreus 10.19,20, vemos a gloriosa revelação profética entre o Santo dos Santos, o Senhor Jesus e o povo salvo da atualidade. O termo “santuário”, no versículo 19, é literalmente, no original, “santo dos santos”.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 No interior do Tabernáculo ficava o castiçal de ouro, os pães da proposição, o altar do incenso, o Santo dos santos e a arca da aliança.

CONCLUSÃO
 Os israelitas, mediante o Tabernáculo, podiam aprender corretamente como achegar-se a Deus, adorá-lo, servi-lo e viver para Ele em santidade. Assim deve fazer a igreja, conforme Hebreus 10.21-23. O Senhor é Santo e sem santidade nosso louvor e adoração não poderão agradá-lo.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

“Análise Teológica (do Tabernáculo)
Os materiais necessários para o Tabernáculo e as vestes sacerdotais deviam ser doados de bom grado pelo povo. A ninguém foi imposto uma dívida ou parte nos custos, mas a doação era voluntária (25.1-7, com destaque para o v.2). A resposta ao apelo de Moisés foi sensacional. Ao contrário de muitos ministros que várias vezes imploram e bajulam por dinheiro, Moisés teve de impedir que o povo continuasse doando. Foi, sem dúvida, uma grande demonstração de generosidade por parte do povo (36.2-7)!
A descrição do mobiliário do Tabernáculo começa pelas peças do centro e prossegue para as mais externas, mas não de forma sistemática. Já nos trechos que descrevem a efetiva construção, a ordem de execução difere da ordem das instruções.
[...] O próprio texto de Êxodo devia nos servir de alerta contra uma excessiva interpretação alegórica do Tabernáculo. Enxergar um significado oculto em cada mobiliário, tecido, corrediças e cores, em vez de exegético, não passa de especulação” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.249,50).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 Um lugar de adoração a Deus no deserto
 A planta do santuário, assim como os seus objetos, não seriam idealizados pelo homem, mas todo o projeto foi elaborado e entregue a Moisés pelo próprio Senhor.
Os recursos para a construção do local de adoração vieram do povo de Deus. Eles foram convidados a ofertarem e o fizeram com alegria (2Co 9.7). Tem você contribuído com alegria ou por constrangimento?
Segundo o Comentário Bíblico Moody o tabernáculo “simbolizava para Israel, como para nós também, grandes virtudes espirituais. Claramente ensinava o fato da presença de Deus no meio do Seu povo”.
O tabernáculo era dividido em três partes: o Átrio, o lugar Santo e o lugar Santíssimo.
O átrio era um pátio: “Farás também o pátio do tabernáculo” (Êx 27.9), um lugar cercado, reservado que mostrava os israelitas que a adoração a Deus exige sempre santidade, separação. O acesso ao átrio era feito por intermédio de uma única porta. Esta porta apontava para Jesus Cristo. Nosso Redentor, certa vez declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á [...]” (Jo 10.9). Jesus é o único caminho que leva o homem até a presença do Todo-Poderoso (Jo 14.6).
No pátio havia duas peças principais, o altar do holocausto e a pia de bronze. Antes de realizar qualquer ação o sacerdote deveria ir até a pia e ali se purificar. Ao olhar na bacia, o sacerdote poderia ver a sua imagem ali refletida e se lembrar de que era pecador e que sem purificação não poderia se chegar diante de Deus. Somos imperfeitos e impuros, mas “o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).
“Farás também o altar de madeira de cetim [...]” (Êx 27.1). Depois de passar pela pia, o sacerdote se dirigia até o altar do holocausto. O altar apontava para Cristo e o seu sacrifício na cruz. Vários animais eram mortos para cobrir os pecados, todavia o sacrifício de Jesus foi único e substitutivo: “mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).
Depois de entrar no pátio, se purificar na bacia de lavar e oferecer sacrifícios pelo pecado, o sacerdote podia entrar em um lugar ainda mais reservado, o lugar Santo. Ali ele veria a luz do castiçal de ouro (Êx 25.31-40) que apontava para Jesus Cristo, a luz do mundo (Jo 8.12). No lugar santo também era colocada a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso.
O terceiro e último compartimento era o Santo dos Santos, um local restrito, onde somente o sumo sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. Dentro deste compartimento secreto ficava a arca da aliança.


SUBSIDIOS 001

O TABERNACULO.
EXODO  25.9 DO TABERNÁCULO. No cap. 25, Deus mesmo dá suas instruções a respeito do Tabernáculo. O significado histórico, espiritual e tipológico do Tabernáculo deve apoiar-se no que a Bíblia diz a respeito.
(1) O Tabernáculo era um santuário (v. 8), um lugar separado para o Senhor habitar entre o seu povo e encontrar-se com os seus (v. 22; 29.45,46; Nm 5.3; Ez 43.7,9). A glória do Senhor estava sobre o Tabernáculo de dia e de noite. Quando a glória do Senhor seguia adiante, Israel tinha que avançar junto. Deus guiou os israelitas dessa maneira enquanto estiveram no deserto (40.36-38; Nm 9.15,16).
(2) Era chamado o Tabernáculo do Testemunho (38.21), porque continha os dez mandamentos.  Os dez mandamentos lembravam sempre ao povo, da santidade de Deus e das suas leis sobre o viver do seu povo escolhido. Nosso relacionamento com Deus nunca poderá ser separado da nossa obediência à sua lei.
(3) O Tabernáculo era o lugar onde Deus concedia o perdão dos pecados mediante um sacrifício vicário (29.10-14). Esses sacrifícios tipificavam o perfeito sacrifício de Cristo na cruz pelos pecados da raça humana (Hb 8.1,2; 9.11-14).
(4) O Tabernáculo falava do céu, i.e., do Tabernáculo celestial onde Cristo, nosso sumo sacerdote eterno, vive eternamente para interceder por nós (Hb 9.11,12,24-28).
(5) O Tabernáculo falava da redenção final quando, então, haverá um novo céu e uma nova terra, i.e., o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles (Ap 21.3).

EXODO  25.10 UMA ARCA. A arca era uma peça do Tabernáculo em formato de baú, contendo os dez mandamentos (cf. vv. 16,22), um vaso de maná (16.33,34) e a vara florescida de Arão (Nm 17.10; Hb 9.4). Tinha por cobertura uma tampa chamada propiciatório (v. 21). Fixados em cada extremidade do propiciatório e formando uma só peça com ele, havia dois querubins alados, de ouro batido (ver v. 18 nota). A arca foi posta no Lugar Santíssimo do Tabernáculo (26.34) e representava o trono de Deus. Diante dela o sumo sacerdote se colocava, uma vez por ano, no Dia da Expiação, para aspergir sangue sobre o propiciatório, como expiação pelos pecados involuntários do povo, cometidos durante o ano anterior.

EXODO  25.16 O TESTEMUNHO. Eram duas tábuas de pedra, nas quais foram gravados os dez mandamentos ou Decálogo, que Moisés recebeu de Deus, no monte (31.18).

EXODO  25.17 O PROPICIATÓRIO. O propiciatório era a tampa da arca. Nela, o sumo sacerdote aspergia o sangue derramado do sacrifício, a fim de fazer expiação pelos pecados. Esse ato simbolizava a misericórdia de Deus, que levava ao perdão (Lv 16.14,15; 17.11; ver Rm 3.25). Assim, o propiciatório e o sangue sobre ele prefiguravam o perdão divino, acessível aos pecadores através do sacrifício expiador de Cristo (Rm 3.21-25; Hb 7.26; 4.14-16).

EXODO  25.18 DOIS QUERUBINS DE OURO. Ficavam em ambas as extremidades do propiciatório e simbolizavam seres celestiais que assistem junto ao trono de Deus no céu (Hb 8.5; Ap 4.6,8). Simbolizavam a presença de Deus e a sua soberania entre o seu povo na terra (1 Sm 4.4; 2 Sm 6.2; 2 Rs 19.15). A presença deles sobre a arca testificava da verdade que Deus permaneceria entre o seu povo, somente enquanto houvesse provisão expiatória pelo sangue e o povo se dispusesse a cumprir os mandamentos de Deus.

EXODO  25.30 A MESA... O PÃO DA PROPOSIÇÃO. O pão colocado sobre essa mesa representava a presença do Senhor como o sustentador de Israel na sua vida em geral (cf. Lv 24.5-9; Is 63.9). Aponta para Cristo, o Pão da Vida (ver 16.4; Mt 26.26-29; 1 Co 10.16).

EXODO  25.31 CASTIÇAL. Este era, na realidade, um candelabro que continha sete lâmpadas a óleo para alumiar o Tabernáculo. As lâmpadas acesas representavam a luz de Deus, a sua presença no meio do arraial (Jr 25.10; Ap 21.22-26).

EXODO 26
26.1 LINHO FINO TORCIDO. Moisés recebeu instruções precisas sobre a construção do Tabernáculo. Essa construção devia ser efetuada conforme o modelo dado por Deus, pois tratava-se da sua casa, da qual Ele fora o arquiteto (25.9). A salvação e a comunhão com Deus são bênçãos que desfrutamos somente quando atendemos as condições estabelecidas por Ele, conforme o que estabelece a revelação da sua Palavra (ver Mt 5.17 ; At 7.44).

26.33 O VÉU. O véu (ou cortina espessa) fazia a separação entre o lugar santo (i.e., o lugar onde o sacerdote orava e elevava ações de graças a Deus em nome do povo) e o lugar santíssimo (i.e., a habitação de Deus).
Esse véu mostrava a solene verdade que o ser humano não podia aproximar-se livremente de Deus, devido a sua condição pecaminosa.
(1) O acesso ao lugar santíssimo era restrito ao máximo. O sumo sacerdote podia entrar ali somente um dia no ano para representar o povo perante Deus, e mesmo assim, somente se levasse consigo sangue de sacrifício expiador (30.10; Lv 16.12ss.; Hb 9.6-8). O caminho para todo o povo de Deus entrar livremente na sua presença ainda não tinha sido aberto (Hb 9.8).
(2) A única maneira de haver pleno acesso a Deus seria rasgar o véu e estabelecer nova lei no Tabernáculo. Foi isso que Jesus Cristo fez, ao derramar seu sangue na cruz. Seu corpo representava esse véu que, na ocasião da sua morte foi rasgado (Mt 27.51; Cl 1.20-22; Hb 10.20). Agora, todo salvo pode entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19).

EXODO 27
27.1 O ALTAR. O altar , também chamado o altar dos holocaustos (cf. 30.28; 31.9; Lv 4.7,10,18), era o lugar onde os animais eram imolados em sacrifício para fazer expiação (i.e., cobrir o pecado e alcançar o perdão de Deus). O sangue vicário do sacrifício era posto nas pontas do altar e derramado à sua base (29.12; Lv 4.7,18,25,30,34). Esse ato expiador salientava que o pecado é digno de morte, mas que Deus aceitava sangue inocente em lugar do culpado (Lv 16)

27.2 AS SUAS PONTAS. Eram projeções em cada um dos quatro cantos do altar, e simbolizavam o poder e a proteção através do sacrifício (1 Rs 1.50,51; 2.28; Sl 18.2).

27.20,21 FAZER ARDER AS LÂMPADAS CONTINUAMENTE. A luz das lâmpadas simbolizava a presença contínua de Deus entre o povo. A congregação de Israel devia ter abundante luz, vida e presença de Deus. Note que as lâmpadas não podiam continuar a arder sem a cooperação e a obediência do povo.

EXODO 28
28.1 ARÃO... O OFÍCIO SACERDOTAL. O Senhor deu instruções a respeito do ministério de Arão, o sumo sacerdote, e dos deveres do sacerdócio em geral (caps. 28-29). O sacerdote era uma pessoa com a missão de representar o povo diante de Deus.
(1) Os sacerdotes deviam queimar incenso, cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição, oferecer sacrifícios no altar e abençoar o povo. Além disso, também julgavam causas civis (cf. Nm 5.5-31) e ensinavam a lei (Ne 8.7,8).
(2) Os sacerdotes ministravam como mediadores entre o povo e Deus (vv. 12,29,30) e também comunicavam ao povo a vontade e o concerto de Deus (Jr 33.20-22; Ml 2.4) e intercediam, perante Deus, devido à pecaminosidade do povo. Exercendo o seu ministério, eles faziam expiação pelo pecado do povo e pelos seus próprios pecados (29.33; Hb 9.7,8), e testificavam da santidade de Deus (v. 38; Nm 18.1).
(3) Para os crentes do NT, Jesus é o sacerdote do povo de Deus. Ele inaugurou o novo concerto mediante a sua morte (Hb 9.15-22) e ofereceu-se como o sacrifício perfeito (Hb 9.23-28). Ele se compadece das nossas fraquezas (Hb 4.15), comparece diante de Deus em nosso favor (Hb 9.24), aperfeiçoa os salvos (Hb 10.14)e aproxima-nos de Deus Pai (Hb 7.25; 9.24; 10.19-22; 1Jo 2.1).

28.4 UM PEITORAL. Tratava-se de uma peça quadrada de tecido espesso, na qual foram colocadas doze pequenas pedras preciosas, em quatro fileiras horizontais, com três pedras em cada; nessas pedras foram gravados os nomes dos doze filhos de Israel (vv. 15-21,29,30).

28.6 O ÉFODE. O éfode era outra peça do vestuário do sumo sacerdote. Era uma espécie de avental, folgado, sem mangas, usado sobre o manto do éfode, e que descia até os joelhos do sumo sacerdote (vv. 6-20; 39.1-21).

28.29 ARÃO LEVARÁ OS NOMES DOS FILHOS DE ISRAEL. Como sumo sacerdote, Arão representava o povo diante do Senhor, ao entrar no santuário (vv. 12,29). Ao fazer assim, prefigurava Jesus, nosso Sumo Sacerdote, que entrou no céu para comparecer diante de seu Pai, como nosso representante (Hb 9.24).

28.30 URIM E TUMIM. As Escrituras não explicam o significado de Urim e Tumim. O sentido literal pode ser luzes e perfeições , ou maldições e perfeições . Possivelmente eram usados para lançar sortes, na busca de uma resposta sim ou não , na definição da vontade de Deus em casos específicos (Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6).

EXODO  29
29.4 OS LAVARÁS COM ÁGUA. Esta lavagem cerimonial dos sacerdotes, com água, simbolizava a pureza que devia caracterizar os sacerdotes.
29.10 O NOVILHO. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v. 14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13).

EXODO 30

30.1 QUEIMAR O INCENSO. A queima de incenso simbolizava a contínua adoração e orações do povo de Deus (v. 8; Sl 141.2; Lc 1.10; Ap 8.3,4; ver Ap 5.8). O altar do incenso podia ser profanado (v. 9), o que indica que a oração que não visasse à glória de Deus, nem saísse de um coração dedicado à santidade era, e ainda é, inaceitável ao Senhor (Sl 66.18,19; Is 1.15,16).


SUBSIDIOS 002


EXODO 25 A 30
Génesis registra que Deus caminhou com seu povo (Gn 3:8; 5:22,24; 6:9; 17:1). Contudo, em Êxodo, Deus disse que queria habitar com seu povo (Êx 25:8; 29:46). O tabernáculo construído por Moisés foi a primeira de muitas habitações que Deus abençoou com sua presença gloriosa (Êx 40:34-38). Contudo, quando Israel pecou, a glória se foi (1 Sm 4:21-22). O templo de Salomão foi seu segundo local de habitação (1 Rs 8:10-11). O profeta Ezequiel viu a partida da glória (Ez 8:4; 9:3; 10:4,18; 11:23). A glória de Deus retornou à terra na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo (Jo 1:14, em que "habitar" significa "viver no tabernáculo"), e os homens o pregaram na cruz. Hoje, as pessoas de Deus são o templo dele, de forma universal (Ef 2:20-22), local (1 Co 3:16) e individual (1 Co 6:19-20).
Em Ezequiel 40—46, promete-se o reinado do templo em que a glória de Deus habitará (Ez 43:1 -5). Vemos também que a presença de Deus com seu povo será eterna na moradia celestial (Ap 21:22).

I. Ofertas para o santuário (25:1-9)
Deus deu a Moisés o padrão para a construção do tabernáculo (v. 9), mas pediu que as pessoas contribuíssem com o material necessário  para a construção (vv. 1 -9). Essa era uma oferta única, que devia partir de um coração disposto (veja 35:4- 29). Aqui, enumeram-se 14 tipos diferentes de materiais: de pedras preciosas e ouro a fios de várias cores.
Posteriormente, Paulo usa a imagem de "ouro, prata, pedras preciosas" ao escrever a respeito da construção da igreja local (1 Co 3:1 Oss). É importante notar que as várias peças de mobiliário foram construídas e, portanto, podiam ser carregadas, pois o tabernáculo enfatiza que somos um povo peregrino. Mudou-se o desígnio para o templo de Salomão, pois o templo retrata a habitação permanente do povo de Deus no glorioso Reino de Deus.
Sem entrar em detalhes entediantes, analisaremos as várias peças de mobiliário do tabernáculo e as lições espirituais que transmitem.

II. A arca do Testemunho (25:10-22)
Deus iniciou a construção pela arca porque era a peça de mobília mais importante na tenda. Ela era o trono de Deus sobre o qual repousava sua glória (v. 22; SI 80:1 e 99:1).
Ela fala da humanidade (madeira) e deidade (ouro) de nosso Senhor Jesus Cristo.
Havia três itens especiais dentro da arca: as tábuas da Lei (v. 16), o bordão de Arão que florescera (Nm 16—17) e um vaso de maná   (Êx 16:32-34). O interessante é que cada um desses três itens está ligado à rebelião do povo de Deus: as tábuas da Lei à confecção do bezerro de ouro; o bordão de Arão à rebelião liderada por Corá; e o maná à murmuração de Israel no deserto.
Se não fosse pela tampa (NVI) misericordiosa sobre a arca, sobre o qual se espargia sangue todos os anos no Dia da Expiação (Lv 16:14), esses três itens dentro da arca podiam trazer julgamento para Israel.
O derramamento de sangue cobriu o pecado das pessoas, portanto Deus viu o sangue, e não a rebelião delas. A palavra "tampa" também significa "propiciatório", e Jesus Cristo é a propiciação (tampa) para nós hoje (Rm 3:25; 1 Jo 2:2). Vamos a Deus por intermédio dele e oferecemos nossos sacrifícios espirituais (1 Pe 2:5,9).
As vezes, a expressão "sob suas asas" refere-se às asas do querubim mais que às asas da mãe. Estar "sob suas asas" significa habitar no Santo dos Santos em estreita comunhão com Deus. Veja Salmos 36:7-8 e 61:4.

111. A mesa dos pães da proposição(25:23-30)
No tabernáculo, as 12 tribos de Israel foram representadas de três formas: pelas duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal gravadas com os nomes delas (Êx 28:6-14); pelas 12  pedras do peitoral do juízo gravadas com os nomes delas (28:15-25) e pelos 12 pães sobre a mesa no Santo Lugar. Os pães são um lembrete de que as tribos estão constantemente na presença de Deus, e de que Deus vê tudo que fazem (veja Lv 24:5-9).
O pão também lembrava que Deus alimentou seu povo ("O pão nosso de cada dia dá-nos hoje" [Mt 6:11]), que seu povo devia continuar alimentando-se com a verdade de Deus (Mt 4:4), e que Israel devia "alimentar" os gentios e testemunhar para eles. Deus chamou Israel para ser uma bênção para os gentios, assim como o pão é alimento para a humanidade. Mas nem sempre o povo de Israel cumpriu seuchamado.
Toda semana, trocavam-se os pães, e apenas os sacerdotes podiam comer esse pão santo. Veja Levítico 22. Davi pôde comer o pão porque era o rei ungido de Deus, e o pão não estava mais sobre a mesa.
Deus está mais preocupado em satisfazer as necessidades dos homens que em proteger rituais sagrados (Mt 12:3-4).

IV. O candelabro de ouro (25:31 -40)
A palavra "castiçal" é um engano, pois essa peça era um candelabro cuja luz alimentava-se com azeite (veja Lv 24:2-4; Zc 4). O candelabro individual de ouro que dá a luz de Deus ao mundo imerso nas trevas  representa a igreja local (Ap 1:12- 20). O candelabro no Santo Lugar fala de Jesus Cristo, a luz do mundo (Jo 8:12). O azeite das lâmpadas lembra-nos o Espírito Santo que nos unge (1 Jo 2:20). Alguns estudiosos vêem o candelabro de ouro como um retrato da Palavra de Deus que  nos ilumina enquanto caminhamos por este mundo (SI 119:105). Israel devia ser luz para os gentios (Is 42:6; 49:6), mas fracassou em sua missão. Hoje, cada crente é luz de Deus (Mt 5:14-16), e cada igreja local deve brilhar neste mundo escuro(Fp 2:12-16).

Êxodo  26 - 27
I. As cortinas e as cobertas (26:1 -14)
No interior do tabernáculo, visto apenas pelo sumo sacerdote, havia cortinas de linho colorido penduradas na estrutura de madeira. Deus construiu algo belo nas paredes internas e no teto do tabernáculo não apenas pela utilização de cores, mas também pelos querubins sobre as cortinas. O mandamento contra a confecção de imagens gravadas não impediu as pessoas de se envolverem no trabalho artístico e fazerem coisas bonitas, pois elas não pretendiam adorar essas coisas que fizeram para a glória de Deus. Lembre-se de que o próprio tabernáculo era uma tenda localizada em um átrio com várias cobertas postas sobre a estrutura de madeira.
Há quatro cobertas distintas: duas internas, tecidas, e duas exteriores, de pele de animais. A coberta mais interna foi confeccionada em linho, belamente colorido, coberto com tecido confeccionado com pêlos de cabra. Depois, temos as duas cobertas de proteção da tenda — uma de "peles de carneiro tintas de   vermelho", e outra de peles finas. Naquela época, era comum o uso desses materiais entre os povos nómades.

II. A estrutura (26:15-30)
A combinação de madeira coberta de ouro aponta para a humanidade e a deidade de nosso Senhor Jesus Cristo. O tabernáculo tinha muitas partes, mas o consideravam como uma estrutura única. E o que o destacava e tornava-o realmente especial era a glória de Deus que habitava nele. As bases de prata eram necessárias para dar equilíbrio à estrutura, bem como para firmá-la sobre o chão do deserto. A prata dessas bases veio do "dinheiro das expiações" pago por todo homem com 20 anos ou mais (Êx 30:11-16). As tábuas do tabernáculo repousavam sobre as bases de prata, e as cortinas eram penduradas por colchetes de bronze. Hoje, o fundamento para nossa adoração é a redenção que temos em Cristo.

III. Os véus (26:31-37)
A cortina interna pende entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos, e o sumo sacerdote a atravessava apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação (Lv 16). Hebreus 10:19-20 ensina que esse véu representa o corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos foi dado na cruz. Quando Jesus entregou seu espírito, o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo, permitindo, assim, que qualquer pessoa entre a qualquer momento na presença de Deus (Mt 27:50-51). O véu externo pendia de lado a lado das cinco colunas que formavam a entrada da tenda da congregação e era visível para os que vinham ao altar de bronze com seus sacrifícios. No entanto, esse véu impedia que, de fora, qualquer pessoa olhasse o Santo Lugar.

IV. O altar de bronze (27:1-8)
Havia dois altares ligados ao tabernáculo — um altar de bronze para os sacrifícios e um altar de ouro para a queima de incenso (Êx 30:1-10). O altar de bronze ficava no átrio do tabernáculo, logo na entrada. Havia uma entrada e um altar, exatamente como há apenas um caminho para a salvação do pecador perdido (At 4:12).
Na consagração do tabernáculo, Deus acendeu o fogo do altar, e o sacerdote era responsável por mantê-lo aceso (Lv 6:9-13). Dispunha de recipientes e de pás para limpar as cinzas, bacias para a manipulação do sangue e garfos para o sacerdote dividir a oferenda. Esse altar representa a morte sacrificial de nosso Senhor na cruz. Ele é retratado em todos os sacrifícios que Deus ordenou que Israel trouxesse (Lv 1—5; Hb 10:1-14). Ele atravessou o fogo do julgamento por nós e deu-se como sacrifício pelos nossos pecados.

V. O átrio do tabernáculo (27:9-19)
O átrio era rodeado de cortinas de linho com uma bonita "entrada" tecida que abria para o local em que ficava o altar de bronze. Ao olhar a imagem completa, vemos que o tabernáculo tem três partes: o átrio externo, que todos podem ver; o Santo Lugar, no qual estão o candelabro, a mesa e o altar de incenso; e o Santo dos Santos, onde está a arca do Testemunho.
Essa divisão tripla indica a natureza tripla do ser humano — espírito, alma e corpo (1 Ts 5:23). Da mesma forma que o Santo Lugar e o Santo dos Santos são duas partes de uma estrutura, nossa alma e espírito encerram nosso "homem interior" (2 Co 4:16). Moisés podia baixar as cortinas do átrio externo, e isso não afetaria a tenda. Da mesma forma, nosso corpo, quando morremos, vai para o pó, mas nosso espírito e alma vão para junto de Deus e não são afetados pela mudança (2 Co 5:1-8; Tg 2:26).

VI. O azeite para o candelabro (27:20-21)
Zacarias 4:1-6 indica que o azeite para o candelabro é um símbolo do Espírito Santo de Deus. Um dos ministérios do Espírito é glorificar o Senhor Jesus Cristo, da mesma forma que a luz brilha no bonito candelabro de ouro Qo 16:14).
Quando os sacerdotes ministram no Santo Lugar, eles caminham na luz fornecida por Deus (1 Jo 1:5- 10). A lâmpada devia estar "acesa continuamente" (27:20; Lv 24:2).
Parece que apenas o sacerdote podia trocar o pavio e repor o azeite. Toda manhã e toda noite, quando o sumo sacerdote queimava incenso, também devia preparar as lâmpadas (Êx 30:7-8).

EXODO 28
Esse capítulo foca a vestimenta dos sacerdotes, enquanto o capítulo 2 9 trata principalmente da consagração dos sacerdotes. Lembre-se, quando estudar esses dois capítulos, que
todo o povo de Deus era sacerdote (1 Pe 2 :5 ,9 ). Além disso, o sacerdócio aarônico ensina-nos a respeito dos privilégios e das obrigações que temos como sacerdotes de Deus. (O sacerdócio de nosso Senhor vem da ordem de Melquisedeque, não da de Arão. Veja Hebreus 7—8.) Observe que os sacerdotes, acima de tudo, ministram ao Senhor, embora também ministrem ao povo do Senhor.
Os sacerdotes representavam as pessoas diante de Deus e ministravam no altar, contudo a primeira obrigação deles era servir ao Senhor (vv. 1 ,3 ,4 ,4 1 ). Da mesma forma que servimos às pessoas de forma correta, também devemos servir ao Senhor de forma satisfatória. A vestimenta mais interna dos sacerdotes eram calções de linho (v. 4 2 ), cobertos por uma túnica de linho fino (vv. 39 -41 ). O sumo sacerdote vestia por cima disso a estola sacerdotal de estofo azul da sobrepeliz (vv. 3 1 -3 5 ) e vestia por cima do estofo a própria sobrepeliz e a estola sacerdotal (vv. 6-30). O sumo sacerdote também usava um turbante de linho (mitra) com uma lâmina de ouro com a seguinte frase gravada: "Santidade ao Senhor" (vv. 3 6 -3 8 ).

I. O estofo (28:6-14)
"Estola sacerdotal" é uma transliteração da palavra hebraica que descreve uma peça de vestuário específica — um casaco sem manga feito do mesmo material e com as mesmas cores dos reposteiros do tabernáculo.
Ele era preso ao ombro por engastes especiais, e cada ombreira tinha uma pedra de ônix gravada com os nomes de seis tribos de Israel. O sumo sacerdote carregava seu povo nos ombros quando servia ao Senhor. O sumo sacerdote usava um bonito cinto em volta da estola sacerdotal como um lembrete de que era um servo.
II. O peitoral (28:15-30)
Era uma bonita "algibeira" de tecido que tinha doze pedras preciosas no lado externo e o Urim e oTumim no bolso. Ele ficava sobre o coração do sumo sacerdote e era fechado com argolas de ouro e com fita azul. O sumo sacerdote carregava as doze tribos de Israel não apenas sobre os ombros, mas também sobre o coração. Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote no céu, tem seu povo no coração e sobre seus ombros quando intercede por nós e capacita-nos para ministrar neste mundo.
Os nomes das tribos nas pedras sobre os dois ombros estavam posicionados de acordo com a ordem de nascimento delas (v. 10), enquanto, no peitoral, as tribos estavam na ordem estabelecida pelo Senhor (Nm 10). Deus vê seu povo como jóias preciosas — cada uma é diferente da outra, mas todas são bonitas. Em hebraico, Urim e Tumim significam "luzes e perfeição".
Em geral, pensa-se que eram pedras usadas para determinar a vontade de Deus para seu povo (Nm 27:21; 1 Sm 30:7-8).
No Oriente, é comum usar pedras brancas e pretas na tomada de decisões. A pedra branca significa "sim", e a pedra preta, "não". É insensato ser dogmático a respeito dessa interpretação porque não temos informação suficiente em que nos fundamentarmos. É suficiente dizer que Deus forneceu ao povo da Antiga Aliança uma forma de determinar a vontade dele, e hoje ele nos deu sua Palavra e seu Espírito Santo para nos orientar.

III. A túnica da estola sacerdotal (28:31-35)
Era uma peça azul sem costuras com uma abertura para passar a cabeça, com campainhas de ouro, e a orla decorada com romãs de estofo azul.
As romãs de estofo azul impediam que as campainhas encostassem umas nas outras. Quando o sumo sacerdote ministrava no Santo Lugar, as campainhas tocavam permitindo que os de fora soubessem que ele ainda estava servindo a eles e ao Senhor. As campainhas indicam júbilo ao servir ao Senhor, e as romãs, fecundidade.
Note que o sumo sacerdote deixa de lado essa vestimenta gloriosa quando ministra no Dia da Expiação anual (Lv 16:4). Nesse dia, ele usa a vestimenta simples de linho dos sacerdotes, ou levitas, um retrato da humilhação de Cristo (Fp 2:1-11).

IV. A coroa sagrada (28:36-39)
O turbante (mitra) era um simples capelo de linho branco, talvez um capelo semelhante ao usado pelos chefes de cozinha modernos, apenas não tão alto. Havia uma lâmina de ouro sobre o turbante, presa com fita azul, em que estava escrito: "Santidade ao Se n h o r ".
Essa peça era chamada de "coroa sagrada" (29:6; 39:30; Lv 8:9) e enfatizava o fato de que Deus queria que seu povo fosse santo (Lv 11:44; 19:2; 20:7). A nação era aceita diante de Deus por causa do sumo sacerdote (v. 38), da mesma forma que o povo de Deus é aceito em Jesus Cristo (Ef 1:6). Hoje, o povo de Deus é um sacerdócio santo (1 Pe 2:5, NVI) e um sacerdócio real (1 Pe 2:9, NVI).

V. A vestimenta dos sacerdotes (28:40-43)
Os filhos de Arão servem como sacerdotes e têm de usar as vestimentas estabelecidas. O fino linho de todas as vestimentas lembra-nos a  retidão que deve caracterizar nosso caminhar e nosso serviço. Os sacerdotes corriam o risco de morrer se não usassem as vestimentas apropriadas. Às vezes, os sacerdotes    de cultos pagãos conduzem seus rituais de forma impudica, mas os sacerdotes do Senhor tinham de cobrir sua nudez e praticar a modéstia.

EXODO 29
A consagração de sacerdotes ensina- nos muito sobre nosso relacionamento com o Senhor.

I. A cerimónia (29:1-9)
Arão e seus filhos não escolheram o sacerdócio por si mesmos, mas foram escolhidos por Deus. Este foi um ato da graça de Deus. Não se permitia que nenhum forasteiro (alguém de fora) entrasse no sacerdócio (Nm 3:10), nem mesmo um rei (2 Cr 26:1 6-23).
O banho retrata a pureza que alcançamos por meio da fé em Jesus Cristo (1 Co 6:9-11; Ap 1:5; At 15:9), um banho único, de uma vez por todas, que não precisamos repetir nunca João 13:1-10). O sacerdote precisava banhar-se diariamente no vaso, o que se refere à nossa purificação diária quando confessamos nossos pecados (1 Jo 1:9).
Nas Escrituras, com frequência, a vestimenta simboliza caráter e conduta. Diante de Deus, nossa justiça é como trapo de imundícia (Is 64:6), e não podemos nos vestir com obras boas como Adão e Eva tentaram fazer (Gn 3:7). Quando cremos em Cristo, vestimos a justiça dele (2 Co 5:21; Is 61:10). Devíamos tirar a "roupa de sepultamento" e vestir a "roupa da graça" (Cl 3:1 ss). A vestimenta diferenciada do sacerdote identifica-o como o servo santo de Deus, separado para o ministério do Senhor. Como observamos antes, o óleo santo da unção simboliza o Espírito de Deus, que sozinho pode capacitar-nos para o serviço (30:22-33).

II. Os sacrifícios (29:10-37)
De acordo com a lei do Antigo Testamento, há três agentes de purificação: a água, o sangue e o fogo. O sacerdote deve purificar-se por meio do sangue sacrificial (Lv 17:11). A cada dia, sacrificava-se um novilho como oferta pelo pecado por toda a semana de consagração (v. 36), oferecia-se o primeiro carneiro como oferenda cozida, um símbolo de total dedicação a Deus. Aplicava-se o sangue do segundo carneiro à orelha direita, aos polegares da mão e do pé de Arão e de seus filhos, retratando a consagração deles para ouvir a Palavra de Deus, fazer o trabalho de Deus e seguir o caminho de Deus. Esse segundo carneiro torna-se uma oferta "movida" e, depois, oferta queimada.
Guardavam-se partes do segundo novilho para uma refeição especial que apenas os sacerdotes comiam (Lv 7:28-38). Deus ordenou que certas partes de alguns sacrifícios pertenciam aos sacerdotes como pagamento pelo ministério às pessoas.

III. A queima contínua de oferendas (29:38-46)
Agora o Senhor descreve as tarefas ministeriais dos sacerdotes, iniciando com a oferenda queimada a ser feita todos os dias pela manhã e ao entardecer. Todas as manhãs, a primeira obrigação dos sacerdotes era recolher as cinzas antigas do altar, manter o fogo aceso e, depois, oferecer o cordeiro ao Senhor, um símbolo da total devoção a Deus.
Veja Levítico 6:8-13. Essa é uma bonita imagem de como deve ser  nossa "hora devocional" matinal.
"Reavives o dom de Deus" (2 Tm 1:6) significa literalmente: "Atice o fervor ao máximo". O fogo do altar de nosso coração diminui com facilidade (Ap 2:4); dessa maneira, tornamo-nos mornos (Ap 3:16) e até frios (Mt 24:12). O tabernáculo era consagrado (separado) pela glória de Deus (v. 43) quando a glória de Deus movia-se para o Santo dos Santos (Êx 40:34). Israel era a única nação que possuía "a glória" (Rm 9:4). O Espírito de Deus vive em nós, e, por isso, somos pessoas separadas que trazem glória a Deus (2 Co 6:14—7:1).

EXODO 30
Deus queria que seu povo fosse um "reino de sacerdotes" (19:6). Hoje, todas as pessoas de Deus são sacerdotes (1 Pe 2:5,9; Ap 1:6), mas, na época do Antigo Testamento, a nação de Israel tinha um sacerdote que a representava diante de Deus.
Toda a nação devia ser o que o sacerdote era. Que tipo de pessoa cria um "reino de sacerdotes"?

I. A pessoa que ora (30:1-10,34-38).
Como vimos, há dois altares envolvidos nos cultos do tabernáculo — um altar de bronze para os sacrifícios de sangue e um de ouro para o incenso.
O ouro que cobre a madeira representa a deidade e a humanidade do Salvador e lembra-nos que podemos orar ao Pai apenas por causa da obra de intercessão de seu Filho. Trazemos nossos pedidos em nome de Jesus Cristo Co 14:12-15).
A queima de incenso retrata a oferenda de nossas orações (SI 141:2; Lc 1:10; Ap 5:8). O fogo que consome o incenso lembra-nos o Espírito Santo, pois sem ele não podemos orar com sinceridade (Rm 8:26-27; Jd 20). O altar de ouro fica antes do véu, fora do Santo dos Santos, mas temos o privilégio de ousadamente estar na presença de Deus e fazer pedidos a ele (Hb 4:14-16; 10:19-22). A queima de incenso feita pelo sumo sacerdote toda manhã e todo entardecer, lembra-nos que devemos iniciar e encerrar o dia com oração e orar "sem cessar" durante o dia (1 Ts 5:17). O sacerdote conserva o aroma do incenso durante todo o dia.
Os versículos 34-38 dão a composição especial do incenso, e não se devia usar essa fórmula para propósitos comuns. Da mesma forma, a oração é algo especial, e Deus decretou os requerimentos necessários para a oração efetiva. Não deviam usar "incenso estranho" (v. 9) e "fogo estranho" (Lv 10:1) no altar de Deus. Não importa quão fervorosa seja a oração, não será respondida se não estiver de acordo com o desejo de Deus.
II. A pessoa agradecida (30:11-16)
A celebração anual da Páscoa devia lembrar o povo de que a nação fora redimida da escravidão, e esse "imposto de censo" anual era outro lembrete da redenção dele (veja 1 Pe 1:18-19). Originalmente, usava- se prata para os colchetes e as bases do tabernáculo (38:25-28).
Anos mais tarde, isso ajudou a pagar a manutenção da casa de Deus (Mt 1 7:24-27). Quando Davi impetuosamente fez o censo sem receber o "dinheiro do resgate", Deus mandou uma praga à nação (1 Cr 21:1-17). É perigoso usar "estatísticas religiosas" para louvar o homem, e não para a glória de Deus.
Devemos agradecer a Deus a redenção que recebemos em Cristo e estar desejosos de dar a ele a glória que lhe é devida.      

III. A pessoa purificada (30:17-21)
A bacia dè bronze ficava entre o altar de bronze e a tenda, e usava-se a água que havia nela para o cerimonial de purificação das mãos e dos pés dos sacerdotes. Como não havia piso no tabernáculo, os pés deles ficavam sujos. Além disso, a manipulação dos sacrifícios maculava as mãos deles. Pode-se ser maculado mesmo enquanto servimos ao Senhor.
A bacia foi feita com o bronze dos espelhos (38:8). Já que o espelho retrata a Palavra de Deus (Tg 1:23-25), a bacia simbolizava o poder purificador de Deus João 15:3; Ef 5:25-27; SI 119:9). Somos "lavados completamente" de uma vez por todas quando confiamos em Jesus Cristo, mas precisamos confessar nossos pecados e "lavar nossas mãos e pés" se queremos desfrutar de comunhão com o Senhor (Jo 13:1-11; 1 Jo 1:9).

IV. A pessoa ungida (30:22-33)
O óleo para a unção dos sacerdotes, como o incenso para o altar de ouro, era um artigo especial; não podia ser copiado nem profanado em uso comum. Apenas podia-se despejá-lo sobre os sacerdotes, e as pessoas comuns não podiam usar esse unguento. É maravilhoso que hoje todo o povo de Deus seja ungido com o Espírito (1 Jo 2:20,27; 2 Co 1:21).


SUBSIDIOS 003

Tabernáculo e Sua Tipologia


TABERNÁCULO significa: morada, habitação ou casa. 

         Conforme Hebreus 8:5, fala-nos de figuras e das sombras das coisas celestiais.
         Foi dito por Deus a Moisés (Ex. 25:8) que construísse um santuário, sendo-lhe revelado inclusive seu modelo no monte Sinai (Ex. 24:18). Era um Templo portátil e montavam-no todas as vezes que os hebreus faziam acampamento.
         Tudo foi feito como o Senhor Deus ordenara a Moisés (Ex. 39 e 40). Seus construtores, Bezaleel e Aoleabe o fizeram em detalhes, minuciosamente - Ex. 31:1-6.
         O Tabernáculo seria algo que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as verdades fundamentais no Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus Cristo. Glória a Deus ! 

Nota:

        Para efeito de melhor entendimento deste estudo, vamos considerar que o CÔVADO (medida usada na época) seja igual a 50cm. 
         Na verdade, um côvado seria a medida que iria do cotovelo à ponta dos dedos de um homem, sendo admitido que valha algo em torno de 43cm ou 45cm ou ainda 50cm. 

ÁTRIO ou PÁTIO

        A tenda e seus objetos apontam para Cristo. 
         Olhando de longe, vê-se um cercado em forma de retângulo demarcado por uma cortina (50 x 25m) de linho branco (pureza e santidade), com 2,5m de altura, sustentado por 60 firmes colunas, apoiadas em base de cobre (Ex. 27:9 e 12).
         Por cima da cerca ainda se pode ver o teto da tenda, que está do lado de dentro deste cercado. Não havia exteriormente beleza alguma.
 
"Não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse, era desprezado, e dele não fizemos caso" (Isaías 53:2-3)".

          Dentro desse cercado de linho branco, chamado de Átrio ou Pátio (media 50m de cumprimento por 25m de largura), podia-se ver em sua primeira metade o Altar de Holocausto; mais à frente a Pia de Bronze cheia de água. Na segunda metade desse Pátio ficava uma espécie de casa que seria exatamente a tenda.

A PORTA

        Todas as vezes que era armado, sua única porta (10m x 2,5m) ficava para o nascente. As 12 tribos faziam acampamento ao redor do Tabernáculo, formando grupos de 03 tribos à frente, 03 do lado direito, 03 do lado esquerdo e 03 na retaguarda. O Tabernáculo ficava sempre no meio do acampamento, indicando que Deus deseja estar no centro do nossas vidas.
 
"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. - João 14:6.

"Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria." - Malaq. 4:2.

         Uma cortina muito bonita, também chamado de "reposteiro" nas cores púrpura, carmesim, estofo azul e fundo branco, davam as boas vindas para os judeus ao adentrarem no átrio. Estas cores falam da santidade, realeza, servidão e divindade de Jesus Cristo.
         Jesus Cristo é a única porta para se chegar a Deus.
         Disse Jesus em João 10:9:
 
"Eu sou a porta; se alguém entrar a casa; o filho fica entrará e sairá, e achará pastagens."  João 10.9

        Outras referências: Ex. 27:9-19, 38:9-20, Hb 10:19-22, Ef. 2:11-13, Sl. 65-4, 96:8, Lv. 9:1-6, 6:9. 

A TENDA

        Era o Tabernáculo propriamente dito. Composto de dez cortinas e dez cobertas, sustentadas por uma armação de tábuas de setim (acácia) recobertas de ouro. Eram todas iguais no comprimento e largura.
         Montada, a tenda formava um retângulo 15m de comprimento, 5m de largura e 5m de altura.
         Em sua entrada encontrava-se um novo reposteiro (cortina) com as mesmas cores do reposteiro da entrada do átrio: púrpura, carmesim, azul e branco. Este, igualmente à porta do átrio, media 10m de comprimento. Esta porta dava acesso ao primeiro compartimento da tenda que se chamava "santo"
         Você está na porta da tenda, já passou pelo altar do holocausto, pela pia de bronze com a água, agora está diante de toda a riqueza do tabernáculo.
         Observe à sua esquerda e veja o candelabro (candeeiro) todo de ouro e à sua direita a mesa com os pães da propiciação. À frente, próxima à cortina (véu) que dividia o Santo do Santíssimo (Santo dos Santos), podia-se localizar o Altar de Incenso.
         Após a Cortina (véu), ficava o Santo dos Santos. O único imobiliário do Santíssimo era a Arca da Aliança e seu Propiciatório (tampa), que estava justamente no santíssimo, cujas medidas formava um cubo perfeito (5x5x5m). A Nova Jerusalém tem a mesma característica.
         Compare com Ap. 21:16 -
 
"A cidade era quadrangular; e o seu comprimento era igual à sua largura. E mediu a cidade com a cana e tinha ela doze mil estádios; e o seu cumprimento, largura e altura eram iguais."  Apocalipse 21.16

         Observe a seqüência dos mobiliários procurando visualizar tudo de uma só vez, desde o Altar até a Arca. Não lhe lembra algo muito familiar? Não formaria uma cruz esses objetos?
 
"os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais" - Hebreus 8:5.

MATERIAL

           Todo material usado no Tabernáculo constituem tipos que merecem destaque. 

  • Madeira

         Madeira de lei, chamada de setim ou acássia foi a usada para a construção. A Madeira simboliza a humanidade de Jesus. Todas as tábuas do tabernáculo e seus móveis eram feitos com essa madeira, exceto a pia (cobre) e o castiçal que era de ouro maciço. A árvore que dava esta madeira crescia no deserto e faz-nos pensar na humanidade do Senhor Jesus como diz o profeta Isaías:"raiz duma terra seca" (Is 53:2)

  • Linho

        O Linho Branco fala-nos da pureza e santidade de Jesus, homem perfeito. 

  • Cobre

        Era usado para revestir as colunas do pátio, suas bases e o altar para holocausto. A pia (ou lavatório) e os cravos (pregos) eram de cobre maciço. Este metal nos fala do juízo e julgamento do pecado. 

  • Prata

        Este metal foi usado para confeccionar os ganchos de sustentação das cortinas e nos capitéis que as ornamentavam e as bases das tábuas. Simboliza o resgate, redenção pelo sangue de Jesus 

  • Ouro

        Metal mais precioso empregado no Tabernáculo. Foi usado para recobrir a mesa dos pães, o altar do incenso, a Arca, e as cinco colunas que sustentavam o cortinado da entrada. De ouro maciço era o Candelabro, o Propiciatório (tampa da arca) e os dois querubins. Simboliza a glória de Deus, sua realeza e divindade de Cristo. 

AS CORES

        Nos dois reposteiros (cortinas) do átrio e da tenda, aparecem as mesmas cores: púrpura, carmesim, branco e azul. Todas essas cores apontam para Jesus e são descritas nos quatro evangelhos.

  • Púrpura

        Cor da realeza. O evangelho de Mateus cita Jesus como o "Filho de Davi", enfatizando que Jesus é o nosso Rei. Todo soberano deve provar sua descendência real, e isto é feito em sua genealogia. 
 

  • Carmesim

        Cor de sangue e aponta para Jesus como "servo sofredor". Marcos destaca esta condição em seu evangelho. Aqui não há genealogia, o destaque é para o "servo". 

  • Branco

        Lembra a pureza e a santidade de Cristo, salientado por Lucas. Este é o evangelho do Filho do Homem. Jesus é mostrado como o "homem perfeito", e seu caráter justo. Apresenta a genealogia do homem ilustre e nobre. 

  • Azul

         Aponta para o Céu, de onde veio e para onde retornou o Senhor Jesus Cristo. Tipifica sua "divindade" e está presente no livro de João. A genealogia não é apresentada, pois Deus não tem ascendência. Ele existe para sempre. 

O MOBILIÁRIO

        Ao todo eram seis peças muito valiosas e belas. Tudo foi feito em detalhes, conforme Deus havia determinado. No átrio existiam duas peças: o altar de holocausto e a pia (lavatório). Lá dentro da tenda, no "santo", podia se ver o candelabro, a mesa dos pães e o altar de incenso. No "santíssimo" existia um único móvel: a Arca da Aliança com seu propiciatório (tampa). 

Os móveis do Átrio

  • O Altar do Holocausto (Êx. 38:1-7)

        Símbolo da cruz de Cristo. Era a primeira e maior peça do tabernáculo, medindo 2,5m de comprimento, 2,5m de largura (era quadrado) e 1,5m de altura e ficava logo à entrada da porta. Foi feito com madeira de setim e recoberto com cobre. Lembra-nos da cruz de Cristo de e juízo de Deus. Nesse altar eram sacrificados os animais que tipificava o sacrifício de Cristo. 
         Observe que o altar do holocausto é a peça que está logo à porta do átrio. Estava ali como sendo a oportunidade primeira para quem quisesse adentrar às profundezas de Deus, teria que primeiro aceitar o sacrifício. 
         Os animais oferecidos em sacrifício eram tipo de Jesus Cristo que naquelas ocasiões apenas encobriam os pecados. Jesus porém remove todos os pecados através de seu sangue. 

  • Lavatório (Pia) (Êx. 30:18-21)

         Após o altar do holocausto e antes da tenda estava a pia de cobre maciço. Servia para que os sacerdotes se lavassem após os trabalhos de sacrifício no altar e antes de entrar no santuário. Da mesma forma torna-se necessário que sempre estejamos nos lavando nessa "pia" para podermos entrar na presença do Senhor. 
         A pia também é um tipo de Cristo, pois é Ele, através de seu sangue, que nos purifica de todo o pecado. Jesus também é a água viva que sacia nossa sede (Jo. 13:8)
         A água que estava contida na pia também representa a Palavra de Deus, que é capaz de santificar-nos e purificar os nossos caminhos (Sl.119:9 e Jo 17:19)

Os Móveis do Lugar Santo

        Logo após abrir-se as cortinas da tenda, o sacerdote encontrava à sua esquerda o Candelabro, à sua direita a mesa dos pães da propiciação, e lá à frente, bem junto ao véu que dividia o santo do santíssimo, o altar do incenso. 

  • Candelabro (Êx. 37:17:23)

        Também chamado de candeeiro ou castiçal. Totalmente confeccionada em ouro pesando 30 Kg, que com suas sete lâmpadas iluminava todo aquele lugar. Tipifica Cristo como a "luz do mudo"e também nos lembra Cristo como a "videira verdadeira". O ouro aponta para sua glória e divindade. 
          A luz que emanava do castiçal iluminava a mesa dos pães da propiciação e o altar de incenso, que também tipificam Cristo. 
         Nesta função de iluminar (fonte de luz), o castiçal tipifica o Espírito Santo, pois glorifica o Cristo tipificado na mesa dos pães e no altar de incenso. 

  • A Mesa dos Pães (Êx. 37:10-16)

        Confeccionada em madeira de acácia (setim) e revestida de ouro. Estes materiais nos lembram para a dupla natureza de Cristo: humana e divina. 
         Estavam postos continuamente 12 pães da propiciação (ou da presença). Tipifica Jesus, "o Pão Vivo que desceu do Céu". Media 90cm de comprimento, 45cm de largura e 68 cm de altura. 
         Os doze pães representam as tribos de Israel. Todos os sábados eram consagrados os pães e repostos. Indicava que a consagração do salvo ao servir o Senhor não pode parar. Os pães que eram retirados podiam ser comidos pelos sacerdotes. 

  • Altar do Incenso (Êx. 30:1-8)

        Altar do Incenso ou Altar de Ouro, também construído em madeira de setim e revestido de ouro. 
         Sua função era, como o moem já sugere, queimar incenso ao Senhor, que representa nossas orações e louvor. É um tipo de Cristo quando mostra que nossa adoração só terá valor perante Deus, se for através de Cristo. 
         As brasas que ardiam (tipo do Espírito Santo) neste altar eram trazidas daquele primeiro altar, lá da entrada do átrio (Altar do holocausto). Não se podia atear fogo diretamente no altar do incenso.

O Móvel do Santíssimo (Êx. 25:10-22)

         No Santíssimo só havia um móvel: a Arca da Aliança, medindo 1,25m de comprimento, 75cm de largura e altura. Entende-se como apenas uma peça, pois o propiciatório (tampa) era parte integrante da arca. 
         A arca era caixa construída com madeira de acássia e revestida de ouro. Sua tampa, o propiciatório, era totalmente de ouro e estava encimado por dois querubins que tinham suas frontes voltadas para baixo (como que estivesse olhando para o fundo da caixa). Suas asas estavam abertas e tocavam-se, como que se estivessem dando as maõs.
         Dentro da arca estava contida as Tábuas da Lei recebidas por Moisés no Monte Sinai, um vaso contendo o maná fornecido aos israelitas no deserto e o cajado de Arão que havia florescido. Isso representava para aquele povo a presença de Deus, que guiava-os, protegia-os e dava-lhes vitória.
         Tipificava Cristo como o "pão da vida" e nosso Sumo Sacerdote perfeito, que guardou a Lei em seu coração. 
         Somente o sumo sacerdote podia entrar no Santíssimo uma vez ao ano. Levava o sangue do sacrifício para aspergir o Propiciatório. Esta era a parte final daquele ritual sacerdotal que servia para restaurar a comunhão do homem com Deus.
         Jesus, o nosso Sumo Sacerdote perfeito, ofereceu-se em completo sacrifício expiatório por nós. Entrou no santuário celestial levando seu próprio sangue. 

A COBERTURA DA TENDA (Êx 26)

        Era constituída em quatro coberturas distintas como segue: A primeira coberta, que podia ser vista somente de dentro da tenda, era constituída de QUATRO CORES COM DESENHOS DE QUERUBINS. Muito bela e combinava com as paredes revestidas de ouro. O interior da tenda era lindo! Assim também deve ser nosso interior, tenda do Espírito Santo.
         Por cima desta estava a segunda cortina, que era feita de PELOS DE CABRA, também chamada de "a tenda sobre o tabernáculo" (Êx 26:14).
         A terceira cortina de baixo para cima era a de PELES DE CARNEIROS TINTAS DE VERMELHO.
         Por fim vinha a quarta cobertura, a de PELES DE TEXUGO (animal marinho). Medindo 2,5 Metros de altura, a cerca (de linho branco) impedia a quem estivesse de fora do átrio pudesse ver o que havia do lado de dentro do pátio. Era algo rústico e sem beleza ou atrativo algum.
 
"Não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse, era desprezado, e dele não fizemos caso" (Isaías 53:2-3)".

ELABORADO PELO EVANGELISTA; NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
DIRIGENTE DA CONGREGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO)
NO BAIRRO NOVO HORIZONTE - CIDADE DE GUIRATINGA
PASTOR PRESIDENTE DO CAMPO; Pr. EDSEU VIEIRA.

FONTE DE PESQUISA;
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
COMENTARIO BIBLICO WESB - VELHO TESTAMENTO



 



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