Lições Bíblicas CPAD
- Jovens e Adultos
1º Trimestre de 2014
Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e
sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 13: O Legado de Moisés
Data: 30 de Março de 2014
TEXTO ÁUREO
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os
seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).
VERDADE PRÁTICA
Moisés foi usado por
Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a
humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 6.20 A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29 A última bênção de um líder
Quarta - Lc
24.27,44,45 Moisés, profeta messiânico
Quinta - At 3.22,23 Moisés,
tipo de Cristo
Sexta - Dt 32.1-47 O
último cântico de Moisés
Sábado - Dt 34.1-5 Moisés
vê a Terra Prometida e morre
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29.
Deuteronômio 34
10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés,
a quem o Senhor conhecera face a face;
11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o
Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus
servos, e a toda a sua terra;
12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que
operou Moisés aos olhos de todo o Israel.
Hebreus 11
23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses
por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o
mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado
filho da filha de Faraó,
25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do
que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do
que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei;
porque ficou firme, como vendo o invisível.
28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para
que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca;
o que intentando os egípcios, se afogaram.
INTERAÇÃO
Se há alguma coisa de
valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado.
Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores
morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2Cr
21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava
nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante
para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do
povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades”
(v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés.
Explicar as características de Moisés como homem de Deus e
pastor de Israel.
Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a
piedade e a prudência.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor,
peça à classe que cite cinco características positivas e cinco negativas que
possam existir numa liderança. À medida que responderem, anote as respostas na
lousa em duas colunas respectivas (características positivas e negativas). Em
seguida, diga aos alunos que um líder não é um super-homem. Ele é igualzinho a
nós, pois se trata de um ser humano. Entretanto, as Escrituras convocam os
líderes a apresentarem uma vida de serviço a Deus e à igreja que lideram.
Conclua a lição dizendo que devemos amar os nossos líderes, pois são pessoas
vocacionadas por Deus para fazer o bem à sua Igreja.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Legado: O que é transmitido às gerações que se seguem.
Moisés nasceu quando
Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou
que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx
1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente
de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas
Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel
em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama
Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é
chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de
Cristo.
I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS
1. As palavras de
despedida. O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste
fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.
No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último
cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés
de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de
cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar
de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar
apenas em Deus”.
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. Moisés era
um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele
incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às
ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos
que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre. Antes de morrer,
Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor
do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à
sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por ordem de Deus, Moisés sobe até
o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão
para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali
no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele
foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca
foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local,
assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta
dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).
4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8). É necessário
começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés preparou Josué
para que este fosse o seu sucessor. O Legislador de Israel tinha consciência de
que seu ministério um dia findaria. É muito importante que o líder do povo de
Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim
como fez Moisés (Dt 34.7-9).
Em seus últimos dias de vida, Moisés dispensou palavras de
advertências e exortações ao povo. Em seguida, viu a Terra Prometida e morreu.
II. MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL
1. Homem de Deus. No
final de sua carreira, Moisés é chamado nas Escrituras de “homem de Deus” (Dt
33.1). Ele é também pastor e líder do povo de Israel sob a mão de Deus (Sl
77.20). Assim, Homem de Deus é o homem a quem Deus usa como Ele quer.
2. Homem de oração. A vida de intensa oração de Moisés
resultou em força, coragem, destemor, sabedoria e humildade, pois o povo de
Israel era na época muito desobediente, murmurador e carnal. Moisés era um
homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo
em oração intercessória pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés
orava. Um exemplo disso está em Êxodo 33.13, quando ele diz: “rogo-te que [...]
me faças saber o teu caminho”. No versículo 18, ele ora em continuação:
“Rogo-te que me mostres a tua glória”. Essas duas orações não devem ser invertidas
pelo crente, como alguns fazem por imaturidade ou fanatismo.
Moisés intercedeu diante do Senhor pedindo para entrar na
tão sonhada Terra Prometida, mas Deus negou esse pedido (Dt 3.23-25).
Oremos sempre uns pelos outros, inclusive pelos
desconhecidos. Intercedamos “por todos os homens” (1Tm 2.1), a fim de que
alcancem a eterna Jerusalém.
3. Homem de fé. Moisés agia por fé em Deus (Hb 11.24-29),
daí, a quantidade de milagres realizados pelo Senhor através dele. Seus pais
foram campeões da fé (Hb 11.23), pois a fé em Deus opera milagres (Mt 17.18-21;
At 3.16; 6.8;). Aliás, um dos dons espirituais é o da fé (1Co 12.9); fé para
operar maravilhas.
Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e
seus oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12).
Esses milagres em forma de catástrofes tinham por objetivo demonstrar
publicamente que os deuses do Egito nada eram diante do Deus verdadeiro e único
de Israel (Êx 12.12; Nm 33.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés como pastor de
Israel era um homem de Deus, de oração e de fé.
III. APRENDENDO COM MOISÉS
1. A cultivar
comunhão com Deus. “Cultivar”, significa incentivar, preparar para o
crescimento. Muito antes de as primeiras flores aparecerem ou os sinais do
fruto serem vistos, muito foi feito para preparar a planta para o fruto
esperado. O lavrador cuida da planta com zelo para que esta seja mais
produtiva. Este processo de carinho e atenção é o cultivo. É em nossa relação
com Deus, mediante a comunhão contínua, que nossa vida é mudada e desenvolvida
em direção à realização plena. Como filho de Deus, você desfruta de plena
comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Cultive, como Moisés, esta
comunhão, passando mais tempo com Deus em oração, leitura da Palavra e
adoração. Moisés foi um homem que cultivou uma comunhão bastante íntima com
Deus.
2. A ter comunhão com outros crentes. Através da vida de
comunhão com os santos, você é incentivado a viver a vida cristã saudável e
abundante. Os primeiros cristãos tinham comunhão diária entre si (At 2.46). Não
admira que suas vidas fossem testemunhos poderosos do Evangelho e fizessem com
que as pessoas tivessem sede de salvação. Havia uma colheita diária de almas, à
medida que o Senhor acrescentava à igreja os que iam sendo salvos (At 2.46,47).
Moisés prezava pela comunhão em família e com todo o povo de Deus. Sigamos de
perto o seu exemplo e busquemos a comunhão com os nossos irmãos, pois estamos
também todos caminhando rumo à Terra Prometida.
3. A aceitar o ministério de líderes piedosos. Os líderes
são instrumentos de Deus para alimentar e nutrir seu povo. Efésios 4.11-13
enfatiza que o propósito dos ministérios de apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e doutores na igreja é edificar o povo de Deus. Quando você aceita e
aplica os ensinos de Deus, que nos são proporcionados por meio dos líderes que
Ele chamou, você é levado a um lugar de maior fertilidade e de crescimento (Ef
4.16). Toda vez que os hebreus deixavam de obedecer a Moisés eles pecavam e
eram grandemente prejudicados. Quando Miriã se rebelou contra a liderança de
Moisés, seu irmão, ela ficou leprosa e o povo todo não pôde partir. Todos
ficaram retidos pela desobediência de uma única pessoa.
4. A ter cuidado com os inimigos. Ao entrarem na Terra
Prometida, os israelitas tinham de destruir as nações ímpias que ali viviam.
Esse era o plano de Deus, mas Israel não o seguiu. Em consequência disso, o
povo de Israel foi seduzido pelos maus caminhos desses povos (Sl 106.34-36).
Essa experiência é um aviso para nós. Cuidado com o Inimigo e as suas
propostas. Vigie para que você e sua família não sejam seduzidos pelas coisas
deste mundo. O mundo e a sua concupiscência é passageiro, mas os valores de
Deus e a sua Palavra são eternos.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A vida de Moisés nos
ensina a cultivar a comunhão com Deus e com o próximo, a piedade e a prudência.
CONCLUSÃO
Moisés cumpriu sua
carreira com fé em Deus, coragem e determinação. Em tudo ele buscou ser fiel ao
Senhor. Sigamos o exemplo deste líder a fim de que possamos viver com sabedoria
e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo
Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD,
2010.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ:
CPAD. 2009.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“[Deuteronômio] 31.2 [...] Parece injusto que o Senhor negue
a Moisés o acesso à Terra Prometida, por causa de uma explosão e descontrole
por parte daquele homem (1.37; cf. Nm 20.12). Mas Moisés, aquele homem que
havia recebido um privilégio especial, também foi incumbido de uma
responsabilidade especial. Deixar de cumprir a sua responsabilidade de uma
forma completa significava passar a ter uma má reputação, tanto para si mesmo
como para o seu Deus. Por este motivo, ele não pôde entrar na terra, com a nova
geração.
31.9 Este versículo confirma claramente a autoria mosaica,
pelo menos do livro de Deuteronômio, se não todo o Pentateuco. Os que argumentam
que editores do final da época anterior ao exílio, ou até mesmo durante o
exílio, inseriram declarações como esta para indicar uma composição de autoria
mosaica tardia, o fazem apenas com base em uma pressuposição de que Moisés não
poderia ter escrito estes textos. Estas suposições infundadas podem surgir de
um desejo de despir o Pentateuco, e a Bíblia como um todo, de qualquer
credibilidade” (Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas
Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010, p.359)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Em um certo sentido,
Deuteronômio, e na verdade todo o Pentateuco, termina como uma história
incompleta. Deuteronômio se encerra sem que Moisés ou Israel adentrem a terra,
embora Moisés tenha podido vê-la. O que Deus tinha prometido repetidas vezes
aos patriarcas, desde Gênesis 12.7, não se concretiza até o fim do Pentateuco.
Von Rad resolveu de modo fácil (e artificial) essa questão, bastando substituir
o conceito de Pentateuco pelo de um Hexateuco. Ele traz Josué para o clímax
final de um conjunto de seis livros, em vez de permitir que Deuteronômio e
Moisés desempenhem esse papel em um conjunto de cinco livros.
Todavia, a forma como o Pentateuco é encerrado pode ser mais
uma confirmação teológica que um problema teológico. Em primeiro lugar, como
comenta Sanders, a posição de Deuteronômio entre Números e Josué, entre
peregrinações e o fim das peregrinações, ‘tomou o lugar de Josué e suas
conquistas como o clímax do perigo canônico de autoridade [...] A verdadeira
autoridade é encontrada apenas no período de Moisés’.
Além disso, o Pentateuco termina com realismo (‘Vocês ainda
não são o que Deus quer que vocês sejam’) e esperança (‘Logo vocês estarão no
lugar que Deus lhes separou’). É no deserto que você está, mas não é no deserto
que ficará. Para citar Walter Brueggemann: ‘O texto, de mais a mais, serve para
todo o tipo de comunidades de exilados. O Pentateuco é, no final das contas, a
promessa de um lar e de um retorno ao lar. É uma promessa dada pelo Deus de todas
as promessas, que jamais se contentará com o deserto, o exílio ou o degredo’”
(HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.534-35)
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Legado de Moisés
Moisés foi um
importante profeta, poeta, legislador e acima de tudo servo do Senhor valoroso.
Um homem de muita fé. A fé de Moisés fez com que ele acreditasse no impossível.
Sem fé não teria conduzido por tantos anos um povo rebelde e contumaz. Sua vida
foi um milagre, pois ainda bebê foi salvo da morte por seus pais. Embora tenha
sido criado no Egito, ele se identificou com o seu povo (Hb 11.5). Moisés viveu
no Egito, foi criado pela filha de Faraó, mas nunca permitiu que o Egito
entrasse em seu coração. A Palavra de Deus nos exorta: “Não vos conformeis com
este mundo” (Rm 12.2), o Egito é um tipo do mundo. Não podemos nos adequar à
maneira de ser mundana. Vivemos neste mundo, mas não pertencem os a ele,
estamos aqui de passagem. Em breve veremos não a Terra Prometida, mas a Nova
Jerusalém.
Moisés foi escolhido e preparado pelo Senhor para conduzir
os hebreus até a Terra Prometida. O povo peregrinou durante quarenta anos pelo
deserto, e certa vez, Deus desejou exterminar o povo ali mesmo e prometeu a
Moisés que faria dele uma grande nação: “Agora, pois deixa-me , que o meu furor
se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Êx
32.10). Todavia Moisés não buscava somente favores divinos para si. Ele amava
seu ministério e suas ovelhas e intercedeu em favor delas (Êx 32.11-14). Moisés
foi testado pelo Senhor. Deus também testa a fidelidade e o amor daqueles que
Ele chama para conduzir seu povo. Tem você sido fiel?
Moisés era homem e como tal um dia seu ministério chegaria
ao final. Porém, como líder ele se preocupava com seu povo e desejava
instruí-los para que depois de sua partida continuassem tendo a Deus como o
soberano e único Senhor. Antes de partir e estar para sempre com o Senhor,
Moisés se preocupou em deixar toda a lei escrita, assegurando que o povo jamais
a abandonaria.
Depois de atravessar o mar Vermelho, Moisés cantou um hino
de adoração e louvor ao Senhor pela passagem e livramento milagroso. Perto de
passar desta vida para a eternidade, Moisés canta novamente adorando a Deus.
Seu cântico é um resumo de tudo que Deus fez em favor do seu povo. Moisés era
grato a Deus por todos os Seus feitos. Moisés começou bem sua carreira e
terminaria os seus dias também bem, todavia por desobedecer a Deus ele não
entrou na Terra Prometida. Moisés vê a Terra Prometida e morre. O local da sua
sepultura é um mistério que somente será revelado na eternidade.
SUBSIDIOS
SUBSIDIOS 001
34.1 SUBIU MOISÉS... AO MONTE NEBO. Aqueles que vivem sempre
em comunhão com Deus, não temem a morte. Por causa da sua confiança em Deus, podem
até mesmo aguardar a morte com paz e alegria (cf. Lc 2.29; Fp 1.23). Assim como
Moisés, já tiveram um vislumbre da terra prometida (vv. 1-4); após a morte
herdarão "a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é
Deus" (Hb 11.10; ver Fp 1.21 nota).
34.5 MORREU ALI MOISÉS, SERVO DO SENHOR. Este registro da
morte de Moisés foi provavelmente escrito por Josué, pouco depois da morte do
grande líder (v. 9). A Moisés não foi permitido entrar na terra prometida antes
da sua morte (v. 4). Todavia, muitos anos mais tarde, ele realmente entrou
naquela terra, quando apareceu no monte da transfiguração e falou com Jesus (Mt
17.3).
34.10 NUNCA MAIS SE LEVANTOU... PROFETA ALGUM COMO MOISÉS.
Os grandes destaques na vida de Moisés foram sua íntima comunhão com Deus e sua
compreensão da natureza e da pessoa de Deus. O desejo supremo de todos os
crentes deve ser conhecer a Deus e experimentar estreita comunhão com Ele. É o
seu maior privilégio e direito como filhos de Deus (Jo 1.12; 17.3; Rm 8.14,15;
Gl 4.6). Nenhuma pessoa que está em Cristo, e que cultiva uma vida interior
consagrada a Deus, e uma vida exterior de santidade, deixará de ter consigo a
presença e a graça de Deus. A comunhão com Deus
Pai, Filho e Espírito Santo é a
maior promessa e recompensa do crente (Jo 14.15-21,23,26; Ap 3.20).
SUBSIDIOS 002
A Morte de Moisés e a S ucessão de J osué, 34.1-12
O capítulo 34 registra a obediência de Moisés à ordem
recebida em 32.48-52, de onde esta narrativa é a continuação. Pelo menos em
parte, os acontecimentos recontados aqui têm o desígnio de mostrar que, com o
falecimento de Moisés, Israel permaneceu fiel à promessa que fizera no
concerto, e que o sucessor designado por Deus foi devidamente reconhecido. É
impossível dizer quanto tempo depois da morte de Moisés este relato foi escrito.
Os versículos 10 a 12 dão a entender que, desde então, suficientes profetas se levantaram
para tornar uma comparação possível.
A Morte de Moisés (34.1-8)
Chegou a hora de Moisés morrer, mas ele não subiu ao monte
apenas para isso. Em primeiro lugar, foi-lhe mostrada a Terra Prometida. Do
monte Nebo (1), do topo da cordilheira serrilhada ou pisga das montanhas a
leste de Jericó, “está em panorama a parte principal do oeste da Palestina”.
Toda a terra foi mostrada a Moisés, e não somente parte dela (1-3). A Oeste,
ele viu Judá, até ao mar último (2; o “mar ocidental”, ARA; i.e., “o mar
Mediterrâneo”, NTLH). Ao Sul estava Jericó, famosa por suas palmeiras até Zoar
(3). Esta era a terra prometida aos patriarcas, e Moisés estava vendoa por
inteiro. Daube, com base em analogia legal, propõe que no pensamento hebraico olhar
era símbolo de aquisição, por cujo ato a propriedade se tornava legalmente,
senão de fato, de quem olhava (cf. Gn 13.14,15).9 Desta forma, Moisés estava
aceitando de Deus a propriedade da Terra Prometida em nome de todo o povo de
Israel. Mas isto só acrescenta sentimento de aflição à tragédia inevitável da
situação. Ele a vê mas nunca a possuirá
de verdade. Por causa de pecado próprio, embora ocasionado pelo pecado de outrem
(3.24-29), ele foi permanentemente excluído.10 Assim, morreu... Moisés, servo do
SENHOR (5) até à morte, e foi enterrado em sepultura desconhecida (6). Ninguém vai
adorar junto ao túmulo do mediador do antigo concerto nem do Mediador do novo.
O registro bíblico enfatiza que, apesar de idade avançada, seus olhos nunca se
escureceram (7). Esta observação reforça que ele viu a terra em sua totalidade
e, assim, entrou em plena posse legal.11 A frase: Nem perdeu ele o seu vigor,
dá a entender que sua morte não foi natural, mas ocorreu conforme o dito do
SENHOR (5). O versículo 8 registra o período de trinta dias de luto oficial.
A Sucessão de Josué (34.9-12)
O líder da nação que representara Deus ao povo e o povo a
Deus falecera, mas não houve crise de obediência. Os líderes mudam, mas a obra
de Deus avança (Js 1.1). A nação, em obediência à ordem de Moisés (31.1-8), confirmou
a sucessão de Josué (9). Embora Josué fosse o sucessor de Moisés, não lhe era
igual. Na verdade, de todos os profetas que desde então surgiram, nenhum foi
como Moisés (10; cf. 18.15-19; Nm 12.6- 8). O Livro de Deuteronômio termina com
um olhar para o futuro. Relembrando 18.15- 19 e afirmando que até então nenhum
profeta como Moisés surgira, são fatores que apontam para Aquele que, séculos
mais tarde, ofereceu aos seus seguidores reunidos o cálice do novo concerto
selado com o seu próprio sangue (Mc 14.23,24).
SUBSIDIOS 003
A nova moradia (34) Moisés orou para que Deus se
arrependesse e permitisse que ele entrasse na terra prometida, mas Deus recusou
atender ao seu pedido (Dt 3:23-29). O Senhor sabia que Josué ("Jeová é
salvação") guiaria o povo ao seu descanso terreno, da mesma forma que o
Josué celestial, Jesus Cristo, conduziria seu povo ao descanso espiritual. Isso
é algo que a Lei (Moisés) jamais poderia fazer. Contudo, Moisés visitou com
Elias a terra prometida, no monte da transfiguração, e discutiram com Jesus
sobre o êxodo (falecimento), que ele cumpriria em Jerusalém (Lc 9:27-31).
Deus permitiu que Moisés visse a terra, que é tudo que a Lei
pode fazer no que diz respeito ao viver santo. A Lei anuncia o padrão divino,
mas não pode nos ajudar a alcançá-lo. Sem a morte de Cristo e o dom do Espírito
(Rm 8:1-4), não podemos cumprir a retidão da Lei em nossa vida. Podemos ver a
terra, mas não entramos nela. Os que seguem Moisés (legalistas) jamais entrarão
na terra da bênção. Apenas Deus estava presente quando Moisés morreu, e ele
sepultou- o. Se o povo soubesse a localização de sua sepultura, sem dúvida o transformaria
em um santuário de idolatria. Judas 9 afirma que Satanás queria o corpo de
Moisés, talvez sob a alegação de que Moisés era assassino (Êx 2:11-12), além de
ter pecado em Meribá ao ferir a rocha. O povo, por 30 dias, pranteou Moisés.
Com frequência, as pessoas apreciam mais um líder após sua morte que durante
sua vida. O livro encerra-se com um lembrete para nós do caráter único do
ministério de Moisés — ele foi um homem com quem Deus falou face a face. Agora,
o povo estava pronto para entrar na terra e reivindicá-la, e estudaremos isso
em Josué.
SUBSIDIOS 004
Sucessão Dinástica. 34:1-12.
Um testamento só entra em vigor, apenas depois da morte do
testador. Por isso a Aliança Deuteronômica, dentro do seu aspecto testamentário
(cons. comentários na introd. do cap. 33) não entraria em vigor até a morte de
Moisés. Só então Josué o sucederia no papel de vice-rei de Deus sobre Israel, e
só então sob a liderança de Josué as tribos poderiam, de acordo com as
declarações do Senhor, entrar na posse da herança de Canaã. Era, portanto,
apropriado que o tratado deuteronômico terminasse com o registro da morte de
Moisés, que na realidade autentica o tratado. A atenção adicional dada à terra
da herança de Israel e a ascensão de Josué como mediador real da aliança,
evidencia que se tem em vista o significado testamentário da morte de Moisés.
Os versículos 1-8 registram a morte de Moisés e os
versículos 9-12 a sucessão de Josué. A narrativa retoma com a história de
32:48-52.
1a. Então subiu Moisés . . . ao monte Nebo. Moisés subiu
sozinho pela estrada que não tinha retorno, afastando-se da terra prometida até
o topo da cadeia de montanhas a oeste das planícies de Moabe, do lado oposto a
Jericó até o monte Nebo. O panorama da herança jurada a Israel está descrita
conforme ela se descortinava quando olhada primeiro para o nordeste, depois
para o oeste e sul, e de volta para à planície que se estendia entre Jericó e
Moisés.
2. O mar ocidental, isto é, o Mediterrâneo, por trás das
colinas de Judá, não é naturalmente visível do monte Nebo.
4b. Não irás para lá. Cons. 1:37; 3:26; 4:21, 22; 32:52.
Embora não tivesse permissão para entrar na terra, Moisés observou e viu os
picos de suas montanhas ao norte, do alto de um, no qual ele, com Elias, mais
tarde ficaria e falaria com o Mediador da Nova Aliança sobre o êxodo que Ele
teria de fazer até Jerusalém, antes que fizesse a travessia para a herança
celestial (cons. Mt. 17:3; Mc. 9:4; Lc. 9:30, 31). Foi necessário que Jesus
morresse antes de penetrar no Seu descanso, porque Ele era o verdadeiro
Mediador que veio para reconciliar o povo pecador com o seu Deus; Moisés tinha
de morrei sem entrar no descanso típico, porque na qualidade de mediador do
V.T. ele ficou, por causa da transgressão oficial, desqualificado para
completar a missão que prefigurava a do Filho de Deus sem pecado.
Diferentemente de Moisés, que após sua morte foi substituído por Josué (Dt.
33:9), o Mediador Messiânico seria o Seu próprio sucessor depois da morte,
porque não seria possível a morte retê-lo.
7. Nem se lhe abateu o vigor. Moisés, embora com 120 anos de
idade (cons. 31:2; Êx. 7:7), não morreu por causa da idade avançada, mas por
ordem de Deus, o qual cria e destrói com Sua palavra soberana (Dt. 34:5). Sobre
a localização do sepulcro de Moisés (v. 6), veja 3:29; 4:46. Sobre seu
resultado, veja Judas 9.
9a. Cheio do espírito de sabedoria. Josué fora estabelecido
como o herdeiro dinástico através da concessão dos dons carismáticos desta Deuteronômio
(Comentário Bíblico Moody) 122 dinastia, destacadamente o dom do governo sábio
(cons. Nm. 27:18 e segs.; Dt. 31).
9b. Os filhos de Israel lhe deram ouvidos. Fiel ao seu
juramento de fidelidade à vontade do Senhor, feito na cerimônia deuteronômica
(cons. 26:17; 29:12), Israel concordou com a ascensão de Josué.
10. Com quem o Senhor houvesse tratado face a face. Embora
fosse sucessor de Moisés, Josué não se lhe igualava. A Moisés Deus respondia
diretamente (Êx. 33:11; Nm. 12:8), mas Josué tinha de descobrir a vontade de
Deus pela mediação sacerdotal (Nm. 27:21). Josué foi reconhecido sucessor de
Moisés pelos sinais da vitória na travessia do Jordão e contra as hostes de
Canaã, semelhantes aos de Moisés que triunfou sobre as hostes de Faraó e as
águas do mar. Mas ninguém foi como Moisés na plenitude de sua revelação do
poder redentor do Senhor (Dt. 34:11, 12).
SUBSIDIOS 005
A morte de Moisés 1-7. Moisés morre e é enterrado. O monte Pisga (Nm
21.20; Dt 3.27) é uma projeção da cadeia rochosa de Abarim em Moabe (moderna
Jordânia), que se estende rumo à extremidade nordeste do mar Vermelho, oposta a
Jericó. Pisga está intimamente associado a uma elevação vizinha, o monte Nebo,
ligeiramente a noroeste do primeiro.
De Pisga e Nebo, Moisés divisou a Terra Prometida. No vale
próximo a Bete- Peor, foi sepultado pelo próprio Senhor, 6. O corpo de Moisés
aparentemente tornouse objeto de uma disputa entre Satanás e Miguel, o arcanjo
e protetor do povo de Israel (Jd 9; Dn 12.1). Embora Moisés não tenha entrado
na Terra Prometida antes de morrer, ele é visto no monte da Transfiguração ao lado
de Jesus e Elias (Mt 17.3; Lc 9.30-31), dentro da Terra Prometida. 8. Israel
guarda luto e chora durante trinta dias. 9. Josué assume o comando (cf. Nm
27.18-23). 10-12. Moisés como profeta. O maior dos profetas de Israel (Nm
12.6-8; Dt 18.15-22, Os 12.13) teve uma partida comovente e foi distinguido
como o único homem sepultado pelo Senhor.
Elaborado pelo Evangelista Natalino dos Anjos.
Professor da E.B.D. e pesquisador.
Dirigente da Congregação da A.D.(Missão) no Bairro Novo
Horizonte
Na cidade de Guiratinga – Mt.
Pastor Presidente – Pr. Edseu Vieira.
Comentario biblico Wiersb – Velho Testamento
Comentario biblico Moody – Velho Testamento
Comentario biblico beacon – Velho Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal
Manual biblico Unger.
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