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segunda-feira, 26 de maio de 2014

COMENTARIO BIBLICO - GENESIS CAPITULO 2


GÊNESIS 2

1 Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército.

1.1. Os céus e a terra foram completados. A afirmação sumária final sublinha que o Criador executara perfeitamente sua vontade com respeito à primeira tríade.

2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera.

2:1,2. Acabados (keilâh) . . . descansou (sheibat) . . . santificou (keidash). Quando o Criador pronunciou Sua aprovação sobre tudo o que tinha feito, inclusive o homem, a coroa da criação, declarou a conclusão da obra. No momento não daria início a mais nada. Entretanto, Ele santificou um dia de completo descanso. A palavra hebraica, sheibat, pode ser traduzida para "desistiu" ou "cessou" ou "interrompeu". Durante este período até Deus descansaria das atividades criadoras (cons. Êx. 20:11; 31:17). Distinto dos dias prévios, o número deste dia é gravado três vezes, indicando sua significação acima dos demais dias.

Deus concluiu. Este é o momento máximo que fica à parte da criação, não seguindo a estrutura dos seis dias prévios. Nos primeiros seis dias, subjuga-se espaço; no sétimo, santifica-se tempo. Esse dia é abençoado para o refrigério da terra. Ele convoca a humanidade a imitar o padrão de trabalho e descanso do Rei, e assim confessar o senhorio de Deus e sua consagração a ele. Nesse dia cessam de subjugar a terra. Ele descansou. Não se faz nenhuma menção de “tarde e manhã”, talvez porque a ordenança do sábado continue e os humanos sejam exortados a participarem dele (Êx 31.17) e a olharem para o descanso sabático eterno e redentivo (Hb 4.3-11).

3 Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.

2.3. O dia sétimo foi separado para ser santificado e respeitado através dos anos como um lembrete de que Deus designou uma estação de descanso, refrigério e completa cessação de todo trabalho ordinário, labuta e luta. Ele é infuso com o poder procriador. A bênção e a santidade do dia sétimo são singulares ao relato bíblico da criação. “De fato, o conceito de uma semana de sete dias é singular a Israel.” E o santificou. O sétimo dia é a primeira coisa na Tora à qual Deus comunica sua santidade, e assim o separa para si (Êx 20.11). Outros deuses criadores construíram templos como sinal de sua vitória sobre as forças selvagens do caos; Deus, porém, em vez disso institui o repouso sabático. Este será o santuário temporal no qual o povo de Israel pode descansar de seus labores, a cada semana, com seu Deus.

4 Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus

2.4. O Senhor Deus (Jeová). Pela primeira vez apresenta-se o nome Yahweh, ou Jeová (cons. Êx. 6:2,3). Jeová é o Deus da aliança pessoal com Israel, que é ao mesmo tempo o Deus do céu e da terra. O nome transporta a idéia de auto-existência eterna do Autor de toda a existência. É a expressão da amorosa benignidade, graça, misericórdia, autoridade e eterno relacionamento de Deus com os seus escolhidos que foram criados à Sua imagem. O relacionamento especial de Jeová com Israel seria descrito mais detalhadamente quando Ele aparecesse na sarça ardente perto do Sinai. Aqui o Autor da vida está identificado com o divino Criador de Gênesis 1.

5 não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra.

6 Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.

2.6. Uma neblina subia... e regava. A fim de preparar o solo para a realização de Sua tarefa, o Criador forneceu a umidade. A tradução costumeira refere-se a um chuvisqueiro, ou neblina. É possível que a palavra traduzida para neblina na E.R.A. (id) poderia ser traduzida para "rio" ou "correnteza". A primeira forma é a preferível. De qualquer forma, a neblina foi a maneira que Deus usou para realizar a Sua vontade em relação ao solo. Ação contínua está expressa.  Anterior à queda, a vegetação não dependia da chuva, mas era beneficiada pelas águas subterrâneas que emanavam, como o Nilo, e irrigavam a terra.

7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.

2.7. Formou (yeiseir) o Senhor Deus ao homem do pó da terra. Novamente os dois nomes para Deus estão ligados em antecipação ao acontecimento que marcou época. A palavra yeiseir foi usada para dar a idéia de um oleiro trabalhando, moldando com suas mãos o material plástico que tinha nas mãos (cons. Jr. 18:3, 4). O primeiro passo foi importantíssimo, mas o pó umedecido estava longe de ser um homem até que o segundo milagre se completasse. Deus comunicou a Sua própria vida a essa massa inerte de substância que Ele já criara e lhe deu forma. O fôlego divino permeou o material e o transformou em um ser vivente. Esta estranha combinação de pó e divindade deu lugar a uma criação maravilhosa (cons. I Co. 15:47-49) feita à própria imagem de Deus. Como ser vivente, o homem estava destinado a revelar as qualidades do Doador da vida. Homem ... solo. O jogo de palavras mostra a estreita conexão do homem com o solo, sua infância, seu lar, sua sepultura (ver 2.5, 15; 3.19). O primeiro Adão é formado em um corpo natural para uma existência terrena

O SENHOR Deus. Ele continua sendo o ator principal (cf. Gn 1.3).

8 Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado.

2.8. Um jardim (gan) no Éden (bi'êden). O autor apresenta Deus plantando um lindo jardim para Suas novas criaturas. A palavra significa um cercado ou um parque. A LXX usa, aqui, um termo que dá base para a nossa palavra "paraíso". O trabalho do homem neste jardim era o de exercer domínio servindo – uma boa combinação. As obrigações provavelmente eram rigorosas mas agradáveis. O Éden, ou a terra do Éden, ficava provavelmente na parte baixa do vale da Babilônia. Neste sossegado lugar de indescritível beleza, o homem devia desfrutar da comunhão e do companheirismo do Criador, e trabalhar de acordo com o esquema divino para a realização de Sua vontade perfeita. Árvores magníficas forneciam alimento para o sustento, mas o homem teria de trabalhar para cuidar delas. Um adequado suprimento de água era fornecido por um vasto sistema de irrigação, um emaranhado de rios que brotavam dentro e à volta do jardim, dando-lhe vida. A fim de orientar o homem no pleno desenvolvimento moral e espiritual, Deus lhe deu ordens específicas e uma proibição específica para governar seu comportamento. Também lhe deu o poder de escolher e apresentou-lhe o privilégio de crescer no favor divino. Assim começou a disciplina moral do homem.  O Jardim do Éden é um templo jardim, representado posteriormente no tabernáculo. Querubins protegem sua santidade (Gn 3.24; Êx 26.1; 2Cr 3.7) para que o pecado e a morte sejam excluídos (Gn 3.23; Ap 21.8). A fé ativa é um pré-requisito para este lar. Dúvida da palavra ou do caráter de Deus não pode residir no jardim.

9 E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

2.9. toda espécie de árvores. Este pomar é esteticamente agradável e ao mesmo tempo prático. A vida no jardim é representada como uma mesa de banquete – boa para expor o alimento e deleitosa aos olhos. A humanidade não precisa comer o fruto proibido.

Arvore da vida. Deus dá aos humanos o potencial para a vida em sua mais elevada potência, representando a vida que transcende à natural. Em Provérbios, “árvore da vida” é usada como uma referência a tudo o que cura, fortalece e celebra a vida: justiça (11.30), anseio satisfeito (13.12) e uma língua que traz cura (15.4).23 Menciona-se primeiro a “árvore da vida”, mas a segunda árvore focaliza Adão e Eva. A busca primária da humanidade é por poder, não por vida.

Arvore do conhecimento do bem e do mal. Este conhecimento cria consciência ética, como Adão e Eva mais tarde experimentam quando descobrem sua nudez, símbolo de sua vulnerabilidade e capacidade de usar ou abusar do sexo. “Bem e mal” é um merisma de todo o conhecimento moral: a capacidade de criar um sistema de ética e fazer julgamentos morais. O conhecimento do bem e do mal representa sabedoria e discernimento para decidir e agir “bem” (isto é, o que faz a vida progredir) e “mal” (isto é, o que a obstrui).24 A menos que conheçamos tudo, só conhecemos relativamente; a menos que conheçamos compreensivelmente, não podemos conhecer absolutamente. Portanto, somente Deus no céu, que transcende o tempo e o espaço, possui aprerrogativa de conhecer verdadeiramente o que é bom e mau para a vida. Assim, a árvore representa conhecimento e poder de apropriar-se só de Deus (Gn 3.5, 22). Os seres humanos, por contraste, devem depender de uma revelação daquele único que verdadeiramente conhece o bem e o mal (Pv 30.1-6), mas a tentação da humanidade é apoderar- se dessa prerrogativa independentemente de Deus (ver 3.7).

10 E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.

2.10 Rio. O rio celestial, em distinção aos mananciais que fluíam da terra, de fora do jardim (cf. 2.6), representa a disseminação da vida celestial. Seu abundante suprimento emana do Éden através do templojardim e então se ramifica para os quatro cantos da terra. Provê alimento e cura, e é símbolo do fluxo da água da vida, a vida que emana do trono do Deus vivo (Sl 36.8, 9; 46.4; Jr 17.7, 8; Ez 47.1-12; Ap 22.1).

11 O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro;

12 e o ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio, e a pedra de berilo.

13 O nome do segundo rio é Giom: este é o que rodeia toda a terra de Cuche.

2.11-13. Pisom ... Giom. Sua identidade é problemática.27 Havilá está na Arábia; e assim Pisom seria identificado com a Arábia, possivelmente o Golfo Pérsico. Em conformidade com Gênesis 10.8, Cuxe estaria no Irã ocidental. Seria Giom um dos rios ou canais da Mesopotâmia?

2.12. Ouro. Deus provê enriquecimento para a humanidade também fora do jardim. Mais tarde as riquezas fora do templo israelita seriam trazidas para dentro dele e dedicadas a Deus.

14 O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.

15 Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e guardar.

2.15. para cuidar dele e cultivá-lo. O trabalho é dom de Deus, não um castigo pelo pecado. Mesmo anterior à queda, a humanidade tem deveres a cumprir. Em outros lugares no Pentateuco, esta expressão descreve somente a atividade dos sacerdotes. O último termo inclui guardar o jardim contra a usurpação de Satanás (ver 3.1-5). Como sacerdotes e guardiães do jardim, Adão e Eva deveriam ter expulsado a serpente; em vez disso, ela os expulsa.

16 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;

2.16. ordenou. Estas palavras iniciais de Deus ao homem presumem a liberdade de escolha do homem, e assim sua capacidade moral formada. Neste arranjo pactual, Deus graciosamente oferece vida aos seres humanos, porém ordena uma fé-obediência ativa para se guardarem seus mandamentos.

17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

2.17. não coma dela ... Esta proibição singular (cf. 1.29) confronta os humanos com a norma do Criador. A árvore é boa, porém pertence exclusivamente a Deus. Pecado consiste num alcance ilícito de incredulidade, uma afirmação da autonomia humana de conhecer a moralidade à parte de Deus. A criatura deve viver pela fé na palavra de Deus, não por uma auto-suficiência professa de conhecimento (Dt 8.3; Sl 19.7-9; Ez 28.6, 15-17).

Certamente morrerá. O veredicto para a desobediência é a pena de morte (ver 20.7; Êx 31.14; Lv 24.16).28 Embora a afirmação possa referir-se à morte física, primariamente, o que está em vista é a morte espiritual, que acarreta a perda da relação com Deus e entre si. Quando o homem e a mulher comem da árvore, destruíram imediatamente a relação com Deus e entre si (ver 3.7-13). A morte física, um julgamento adicional, é uma bênção indireta, o fim do sofrimento da vida e o início do prospecto para a vida isentam do pecado e da morte.

18 Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.

2.18. Uma auxiliadora que lhe seja idônea ('izer kenegdô). O inspirado autor revela indiretamente a natural solidão do homem e a sua insatisfação. Embora muito se fizesse por ele, ainda estava consciente de uma falta. O Criador não terminara ainda. Ele tinha planos de fornecer uma companheira que pudesse satisfazer os anseios incumpridos do coração do homem. Criado para a comunhão e o companheirismo, o homem só poderia desfrutar inteiramente da vida se pudesse partilhar do amor, da confiança e da devoção no íntimo círculo do relacionamento familiar. Jeová tornou possível que o homem tivesse uma auxiliadora... idônea. Literalmente, uma auxiliadora que o atenda. Ela teria de partilhar das responsabilidades do homem, corresponder à natureza dele com amor e compreensão, e cooperar de todo o coração com ele na execução do plano de Deus.

19 Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome.

2.19. O SENHOR Deus formou ... todos os animais. A criação dos animais é mencionada agora em razão de sua importância dádiva da história do matrimônio.

20 Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.

2.20. deu nomes. Ver também 1.5. Adão assume a chefia no ato de dar nome (anterior à criação da mulher). Seguindo o mandato cultural (1.26), Adão imita a Deus e mantém o mundo sob seu domínio. No final da criação, os humanos são inferiores aos seres celestiais e superiores aos animais (Sl 8.5).

Não achava nenhuma auxiliadora correspondente. Por que Deus determina que não é bom que Adão esteja sozinho e então lhe dá animais? Não deveria ter-lhe dado primeiramente a mulher? De fato, Adão deve compreender que não é bom viver sozinho. Antes que esbanje seu dom mais precioso em algo que não há como apreciar, Deus espera até que Adão esteja preparado para apreciar a dádiva da mulher.

21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar;

2.21. Fez cair (beinâ) pesado sono (tardimâ). Hoje em dia os médicos usam diversos anestésicos para produzirem sono profundo. Não sabemos que meios ou métodos o Criador usou para induzir Adão nesse pesado sono que o deixou inconsciente dos acontecimentos. Isto permanece um mistério. Certamente a misericórdia divina foi exibida neste milagre. O Eterno estava criando não apenas um outro indivíduo, mas um indivíduo novo, totalmente diferente, com outro sexo. Alguém já disse que "a mulher foi tirada não da cabeça do homem para governar sobre ele, não dos seus pés para ser pisada por ele, mas do seu lado, de sob o seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada". Na história da criação ela também está representada dependendo inteiramente de seu marido e incompleta sem ele. Do mesmo modo, o homem jamais é inteiramente completo sem a mulher. Essa é a vontade de Deus. Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e de ajudá-lo. Ele tem a obrigação de lhe dar a proteção e defendê-la com o seu braço. Os dois seres formam um todo completo, a coroa da criação. O autor do Gênesis declara que Deus transformou (beinâ) a costela que tirou do homem em uma mulher. A mão que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher. Este primeiro casamento, realizado no santo templo-jardim e designado por Deus, significa o santo e ideal estado do matrimônio. Deus exerce o papel de assistente do noivo. Ele entrega ao homem sua esposa.

22 e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.

2.22. E lha trouxe. Quando Deus terminou essa nova criação, Ele "a deu" em casamento ao seu marido, estabelecendo assim a eternamente significativa instituição do casamento. Uma vez que o Criador instituiu o casamento, este constitui um relacionamento sagrado do homem com a mulher, envolvendo profundo mistério e proclamando sua origem divina. O amoroso coração de Deus sem dúvida se regozijou com a instituição de um relacionamento que devia ser sublime, puro, santo e agradável para a humanidade.

23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

2.23. Esta, afinal, é . . . carne da minha carne. O homem reconheceu nesta nova criação uma companheira divinamente criada para atender a todos os anseios do seu faminto coração para a execução da santa vontade de Deus. Varoa ('ishshâ) . . . varão (ish). Estas duas palavras hebraicas são muito parecidas, até mesmo no som. A única diferença entre elas é que a palavra "mulher" tem um sufixo feminino. Léxicos mais recentes declaram que estas palavras não são etimologicamente relacionadas. Não há, entretanto, nenhuma base para rejeitarmos a opinião anterior de que a palavra "mulher" vem da palavra "homem".

24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne.

2.24. Por isso . . . o homem. . . se une (deibaq) à sua mulher. O Criador estabeleceu a base completa para o casamento monogâmico. Rashi, o grande comentador hebreu, declara que estas palavras são um comentário específico do Espírito Santo. O comentário final sobre a união de marido e mulher foi feito por nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse: "Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc. 10:7-9).

Por esta razão. Este aparte do narrador indica o arquétipo propósito da história. Todo casamento é divinamente ordenado. A explicação inspirada almeja corrigir as culturas que dão prioridade aos vínculos parentais acima dos vínculos maritais.

Deixa. Visto que o esposo e a esposa são uma só carne, a união matrimonial tem prioridade sobre a união procriativa. As obrigações do esposo para com sua esposa têm precedência sobre outras prioridades.

Uniu. Esta é a linguagem do compromisso pactual. O matrimônio descreve a relação de Deus com seu povo (Os 2.14-23; Ef 5.22-32).

Uma só carne. A intenção de Deus de que o casamento seja monógamo está implícita pela unidade completa e profunda solidariedade da relação.

25 E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam.

2.25. Não sentiam vergonha. Nesse estado ideal, homem e mulher viam suas pessoas e sexualidade com integridade, e por isso não sentiam vergonha em sua nudez. Aqui, sua nudez é uma imagem de franqueza e confiança. Com a perda da inocência na queda, sentirão vergonha e tentação, e por isso precisarão proteger sua vulnerabilidade pelo obstáculo da roupa (3.7).

 Elaborado pelo Evangelista
Natalino dos Anjos.
Com pesquisas de comentários Bíblicos.

 

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