Lições Bíblicas CPAD
- Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2014
Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e
aos homens com poder extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 13: A multiforme Sabedoria de Deus
Data: 29 de Junho de 2014
TEXTO ÁUREO
“Para que, agora,
pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e
potestades nos céus” (Ef 3.10).
VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão
humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 2.6 Deus dá sabedoria
Terça - Pv 9.10 O princípio da sabedoria
Quarta - Rm 11.33 A
insondável sabedoria divina
Quinta - Rm
11.34-36 Quem compreendeu o intento
divino
Sexta - 1Co 1.24 Cristo, a Sabedoria de Deus
Sábado - Ef 1.17 O
espírito de sabedoria e revelação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 3.8-10; 1 Pedro 4.7-10.
Efésios 3
8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta
graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas
incompreensíveis de Cristo
9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério,
que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de
Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
1 Pedro 4
7 - E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto,
sede sóbrios e vigiai em oração.
8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os
outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.
10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu,
como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
INTERAÇÃO
Uma das coisas mais
maravilhosas quando estudamos a teologia da Santíssima Trindade é identificar
como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno relacionamento numa
unidade perfeita. É isto mesmo! A Santíssima Trindade mostra-nos uma perfeita
unidade. Portanto, não poderíamos esperar outra forma de Deus agir pela Igreja,
se não pela expressão da sua multiforme sabedoria em trabalhar no mundo através
do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou ao seu povo dons de
revelação, dons de poder, dons de expressão e dons ministeriais. Que o Senhor
nos use como instrumentos em suas mãos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Conhecer o caráter diverso dos dons espirituais e
ministeriais.
Estudar as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios
divinos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para
introduzir a última lição do trimestre reproduza na lousa o esquema abaixo. Em
seguida, faça uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e
comente cada dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao
aluno o caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso,
podemos perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai
sobre o seu povo. Boa aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Multiforme: Várias formas; diversas maneiras; numerosos
estados.
O Altíssimo revelou
para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito
Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e
profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da
glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples
como eu e você.
I. OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. São diversos. Na
passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito
Santo. Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em
lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1
Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional. Em Efésios
4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja.
2. São amplos. A sabedoria de Deus é multiforme e plural. É
manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas comunidades
cristãs espalhadas pelo mundo.
3. Dádivas do Pai. Outras excelentes dádivas de Deus
dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de amor do
Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o
mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos
nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do
Pai (Jo 1.14).
b) A dádiva da filiação divina. Deus torna um filho das
trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro
da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).
c) O ministério da reconciliação. O apóstolo Paulo explica o
milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2Co 5.19).
Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora
também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus
faz tudo novo em sua vida (2Co 5.17).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os dons espirituais e
ministeriais são diversos e amplos.
II. BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
1. Com sobriedade e
vigilância. O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da
“despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo destaca a sobriedade
e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao
exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo recomenda ao obreiro
não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão, contenda e dissolução (1Tm
3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto disso. Nunca perde a sobriedade
e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.
2. Amor e hospitalidade. Os despenseiros de Cristo têm um
“ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de
pecados” (1Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar
sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma
é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a
verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo
13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado
pelo apóstolo Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama
incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as
pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo
que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).
3. O despenseiro deve administrar com fidelidade. A graça
derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com
zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos
outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus” (1Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo
deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e
o poder (1Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens
como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl
1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que,
agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os bons despenseiros
dos mistérios divinos devem apresentar sobriedade, vigilância, amor,
hospitalidade e fidelidade ao Senhor.
III. OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. A necessidade dos
dons espirituais. Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Uma onda de
frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais não estão
vivendo a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito
Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são
ainda mais necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e
mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o
despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).
2. Os dons espirituais e o amor cristão. Paulo termina o
capítulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os
melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31).
Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1
Coríntios 13. Como já dissemos, não é por acaso que o tema do amor (capítulo
13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos
gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.
3. A necessidade do fruto do Espírito. Uma vida cristã
pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor — é o que o
nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também
ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente.
Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo,
“é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais
excelente que o dos dons espirituais (1Co 12.31).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os dons espirituais
são ligados ao amor cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.
CONCLUSÃO
A multiforme
sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do
Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento
espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem
usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas
sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a
edificação dos salvos em Cristo Jesus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, William W.;
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5 ed., RJ:
CPAD, 2005.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10 ed., RJ: CPAD, 2007.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsidio Teológico
“SABEDORIA
Embora Paulo não tenha pregado de acordo com a sabedoria do
mundo, todavia ele pregou a sabedoria oculta de Deus que só pode ser discernida
quando Deus dá ao homem a direção e a ajuda do Espírito Santo (1Co 2.7-14).
Deus deseja que o homem tenha e conheça sua sabedoria (Tg 1.5). Ela é
espiritual e consiste no conhecimento de sua vontade (Cl 1.9; Ef 1.8,9). Ela é
‘do alto’ e é contrastada com a sabedoria terrena e humana deste mundo, que
pode até ser inspirada pelos demônios (Tg 3.13-17; cf. Cl 2.23; 1Co 3.19,20;
2Co 1.12). A sabedoria de Deus deve ser revelada ou ‘dada’ aos homens (Rm
11.33,34; 2Pe 3.15; Lc 21.15). Isto pode ser conferido pela Palavra de Deus e
pelo ensino humano dela (Cl 3.16; 1.28; Ap 13.18; 17.9)” (PFEIFFER, Charles F.;
REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD,
2009, p. 1712).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Multiforme
Sabedoria de Deus
Dons Espirituais e
Dons Ministeriais: Revelação — sabedoria, conhecimento e discernimento de
Espírito; Poder — fé, dons de curar e operação de maravilhas; Elocução —
profecia, variedades de línguas e interpretações de línguas; Apóstolos;
Profetas; Evangelistas; Pastores; Doutores. Quantas dádivas a serviço da Igreja
de Cristo! Quantas formas de Deus trabalhar pelo seu povo! Diversidade na
unidade! Unidade na diversidade! Por isso, o nosso Pai Celestial age de acordo
com a sua multiforme graça e sabedoria.
Além de divina, e Igreja de Cristo é humana e terrena. Ela
está alocada num tempo, cultura e realidades sociais bem distintas uma das
outras. As igrejas locais são a expressão da Igreja Invisível. Esta é composta
por todos os seres humanos dos quatro cantos da Terra que têm em comum a fé
centralizada em Jesus como Senhor e Rei: África, Ásia, América Central, América
do Norte, América do Sul, Europa, Oceania e Antártida (cf. http://www.
waponline.it/ChurchinAntarctica/tabid/65/Default. aspx). Logo, os dons
espirituais e ministeriais são dados por Deus a homens e mulheres objetivando
servir o próximo, edificar a igreja local e fazê-la atingir o estado perfeito
de amor: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de
todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do
corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16). Apenas há razão de exercer os
dons de Deus se o princípio fundamental da vida cristã ponderar o outro em
amor.
Portanto, precisamos compreender os dons espirituais e
ministeriais, não como superstição, mas realização em Deus para o serviço e
bem-estar da Igreja de Cristo espalhada pelo mundo. Para isso que o Pai concede
uns para apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. E a outros, os
mune com dons de profecia, discernimento de espíritos, cura, e tantos outros.
Tudo para demonstrar que, como na Santíssima Trindade, a relação do Pai com a
sua Igreja dar-se nos termos da diversidade e da multiforme graça e sabedoria
divina.
Após estudar um trimestre sobre dons espirituais e
ministeriais, instiga os alunos a buscarem essas dádivas de nosso Senhor para
instrumentalizá-los ao ponto de serem pessoas espirituais reconhecidas pela
prática do amor, pois sem amor: de nada vale os dons!
SUBSIDIOS
I - INTRODUÇÃO:
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na Igreja por
meio da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus
necessários ao crescimento espiritual dos crentes, que devem utilizá-los com
humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o
amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.
II - OS DONS ESPIRITUAIS:
É intenção de Deus trabalhar por meio da Igreja entre o
primeiro e o segundo advento de Cristo. Ele escolheu a Igreja para ser a Sua
agência e cumprir Seus propósitos no mundo atual. Vejamos alguns deles abaixo:
(1) - O PRIMEIRO OBJETIVO DA IGREJA É A EVANGELIZAÇÃO DO
MUNDO - Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido,
assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve compartilhar
desse interesse - Mt 18.11 cf Mt 28.19-20.
Uma das características da primitiva Igreja de Jerusalém é
que ela continuou a crescer. Mesmo sob perseguição, a Igreja Primitiva
espalhava a mensagem do Evangelho, por onde quer que seus membros fossem
dispersos - At 2.47; 8.4.
A Igreja primitiva também era caracterizada pela ênfase à
Palavra falada - l Co 1.21 -. E, assim, a obra da Grande Comissão continua a
ser realizada.
A experiência pentecostal é dada aos crentes, tendo o
Evangelismo como seu principal objetivo (At 1.8).
O poder do Espírito Santo, ao descer sobre os crentes,
expressa-se não somente no falar em línguas como a evidência física inicial ou
externa, mas em poderosos atos sobrenaturais, que confirmam o testemunho verbal
dos fiéis (Mc 16.15,16; Hb 2.4).
Os dons do Espírito, tal como a profecia, também são meios
pelos quais o Espírito Santo costuma convencer os pecadores (l Co 14.24,25).
(2) - O SEGUNDO OBJETIVO DA IGREJA É MINISTRAR A DEUS - Uma
frase repetida com frequência na Epístola aos Efésios, especialmente em seu
primeiro capítulo, acerca do propósito dos seres humanos dentro do universo
divino, é que sejamos para o "louvor de sua [de Deus] glória". Fomos
criados para adorar e Deus proveu a Igreja, o corpo coletivo dos crentes, como
instrumento especial de adoração.
A Igreja espiritual que adora é um poderoso arsenal de poder
que Deus emprega em sua guerra contra as hostes das trevas. De fato, qualquer
que seja a necessidade da Igreja, o Espírito tem algum dom para satisfazê-la.
(3) – O TERCEIRO OBJETIVO DA IGREJA É EDIFICAR UM CORPO DE
SANTOS, NUTRINDO-OS, A FIM DE QUE SE CONFORMEM À IMAGEM DE CRISTO - O
evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a Igreja voltada
para Deus; a nutrição é o desenvolvimento dos novos convertidos em santos
maduros. Deus preocupa-se grandemente em que os recém-nascidos cresçam na graça
(Ef 4.11-16; cf. l Co 12.28; 14.12).
Paulo enfatiza repetidamente o anelo de Deus pela maturidade
espiritual dos crentes (l Co 14.12; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29).
Como pode alguém saber que está crescendo à imagem de
Cristo? Como pode uma Igreja medir seu sucesso ao produzir a maturidade cristã
em seus membros?
Gálatas 5.22-26 oferece um belo conjunto de virtudes chamado
"o fruto do Espírito": amor, alegria, paz, paciência, bondade,
benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Os que exibem tais
características de caráter são declarados como quem está cumprindo a lei ou
instrução de Cristo. Precisamos tomar parte ativa nisso.
Leiamos 2 Pedro 1.5-11 - A tarefa da Igreja não terminará
enquanto não ajudar seus membros a crescerem espiritualmente, a fim de que os
vários dons do Espírito equilibrem-se à exibição dos vários aspectos do fruto
do Espírito (l Co 13).
O Espírito Santo fala, ainda, por meio dos dons espirituais,
dos quais seis transmitem a sabedoria e a mensagem de Deus (I Cor 12.8-11).
III – O PROPÓSITO DE DEUS COM A IGREJA:
Ef 3.11 – Vamos verificar cinco propósitos distintos que
Deus deseja realizar por meio da Igreja:
(1) – DEUS ESCOLHEU A IGREJA PARA SER A SUA MORADA – I Cor
3.16; Ef 2.22 – O Senhor quer habitar no meio dos homens, e, nesta dispensação,
Ele se manifesta pelo Seu Espírito. Por isso, é importa que a Igreja esteja
cheia do Espírito Santo – Jo 16.14-15; II Cor 3.8 cf At 2.4; Ef 5.18.
O Senhor também deseja falar aos homens – Apc 2.7, 11 –
Hoje, Ele faz ouvir a Sua voz por meio do Espírito Santo que fala pela Palavra,
vivificando-a (II Sm 23.2; Jo 6.63; II Cor 3.6), e fala também por meio de Seus
ministros, usando-os (Hb 2.3-4; I Pe 1.12 cf II Cr 36.15).
(2) – A IGREJA É O LUGAR ONDE O CRENTE CULTUA A DEUS – I Pe
2.9; Apc 1.6 – Conforme o Seu propósito, Deus escolhe a Igreja para ser o Seu
sacerdócio nesta nova dispensação – I Pe 2.5 -. É verdade que são sacrifícios
diferentes daqueles oferecidos no A.T.. A nós, os sacerdotes do Novo Pacto,
cabe-nos, agora, oferecer ao Senhor sacrifícios de louvor por tudo quanto Ele
fez e faz por nós – II Cr 29.31; Hb 13.15.
Devemos também oferecer a Deus nossos corpos em sacrifício
vivo, santo e agradável, que é o nosso culto racional. Foi esse o sacrifício
que os crentes em Macedônia ofereceram a Deus – Rm 12.1 cf II Cor 8.5.
(3) – A IGREJA É O LUGAR ONDE O CRENTE É GUIADO À BOA
DOUTRINA – Conforme Seu propósito para com a Igreja, Deus determinou que ela
fosse o Seu instrumento para proporcionar a cada crente o cuidado, a proteção,
e a orientação espiritual de que carece. Esse propósito é evidenciado de modo
nítido através de dois símbolos aplicado à Igreja:
(A) - Rebanho (At 28.20 cf Sl 74.1; 78.52; 95.7; 100.2); e
(B) - Lar ou Família (Ef 2.19-20)
(4) – A IGREJA É UM MISTÉRIO PORQUE É O ÓRGÃO PELO QUAL
JESUS CONTINUA A SUA OBRA – Quando a Bíblia fala sobre o propósito eterno de
Deus sobre a Igreja, e como ele foi revelado, diz que se trata de um mistério –
Ef 3.3-6; 5.32 -. O mistério está em que, embora Jesus tenha voltado ao céu,
pode, pessoalmente, continuar a obra por meio da Igreja.
(5) – A IGREJA É A COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE - I Tm 3.15 –
Toda a obra de Deus está fundamentada na verdade, pois Deus é a Verdade (Jr
10.10), Jesus é a Verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo é o Espírito da Verdade,
que nos guiará a toda verdade (Jo 16.13).
Deus não entregou a defesa e a pregação desta alta
responsabilidade à Política, à Cultura, tampouco à Sociedade; Ele escolheu a
Sua Igreja para essa nobre missão. Diante disso:
(A) A Igreja precisa manter atitude firme e não ceder
diante dos ataques à sã doutrina.
(B) A Igreja deve, em tudo, praticar a verdade, seja em
palavras ou ações – I Cor 4.6; II Cor 1.19; II Jo 4.
(C) A Igreja deve, em tempo e fora de tempo, ser defensora
do Evangelho, assim como foram os apóstolos – At 24.5; Fp 1.16.
(D) – Somente Jesus tem o poder de tornar os vencedores colunas – Apc 3.12.
IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Igreja tem uma vocação que se dirige para o alto - Fp
3.14.
Hebreus 3.1 lembra que somos santos irmãos,
"participantes da vocação celestial".
Efésios 1.3-4 declara: - "Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos
lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade".
A Bíblia não está se referindo à predestinação, mas dizendo
que a Igreja foi escolhida como um corpo predestinado a ser santo. Todos os que
preferem crer tornam-se parte da Igreja e compartilham de seu destino. Na
Igreja, "a posição do crente e suas bênçãos são espirituais, celestiais e
eternas".
FONTES DE PESQUISA E CONSULTA:
Doutrinas Bíblicas – Uma Perspectiva Pentecostal – CPAD –
William W. Menzies e Stanley M. Horton
Teologia Sistemática – A Doutrina da Igreja e dos Anjos –
CPAD – Eurico Bergstén
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