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terça-feira, 24 de junho de 2014

LIÇÃO 13 COM SUBSIDIOS - A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

Lições Bíblicas CPAD      -    Jovens e Adultos
 2º Trimestre de 2014

Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 13: A multiforme Sabedoria de Deus
Data: 29 de Junho de 2014

TEXTO ÁUREO
 “Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).

VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Pv 2.6    Deus dá sabedoria
 Terça - Pv 9.10  O princípio da sabedoria
 Quarta - Rm 11.33 A insondável sabedoria divina
 Quinta - Rm 11.34-36  Quem compreendeu o intento divino
 Sexta - 1Co 1.24  Cristo, a Sabedoria de Deus
 Sábado - Ef 1.17 O espírito de sabedoria e revelação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 3.8-10; 1 Pedro 4.7-10.
 Efésios 3
8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo
9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

1 Pedro 4
7 - E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.
10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

INTERAÇÃO
 Uma das coisas mais maravilhosas quando estudamos a teologia da Santíssima Trindade é identificar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno relacionamento numa unidade perfeita. É isto mesmo! A Santíssima Trindade mostra-nos uma perfeita unidade. Portanto, não poderíamos esperar outra forma de Deus agir pela Igreja, se não pela expressão da sua multiforme sabedoria em trabalhar no mundo através do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou ao seu povo dons de revelação, dons de poder, dons de expressão e dons ministeriais. Que o Senhor nos use como instrumentos em suas mãos.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais.
Estudar as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos.
Correlacionar os dons espirituais com o fruto do Espírito.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Professor, para introduzir a última lição do trimestre reproduza na lousa o esquema abaixo. Em seguida, faça uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e comente cada dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao aluno o caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso, podemos perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai sobre o seu povo. Boa aula!

COMENTÁRIO
 INTRODUÇÃO
 Palavra Chave
Multiforme: Várias formas; diversas maneiras; numerosos estados.
 O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples como eu e você.

I. OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
 1. São diversos. Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja.

2. São amplos. A sabedoria de Deus é multiforme e plural. É manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.

3. Dádivas do Pai. Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de amor do Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do Pai (Jo 1.14).
b) A dádiva da filiação divina. Deus torna um filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).
c) O ministério da reconciliação. O apóstolo Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2Co 5.19). Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2Co 5.17).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
 Os dons espirituais e ministeriais são diversos e amplos.

II. BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
 1. Com sobriedade e vigilância. O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão, contenda e dissolução (1Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.

2. Amor e hospitalidade. Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade. A graça derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
 Os bons despenseiros dos mistérios divinos devem apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.

III. OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
 1. A necessidade dos dons espirituais. Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).

2. Os dons espirituais e o amor cristão. Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31). Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1 Coríntios 13. Como já dissemos, não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.

3. A necessidade do fruto do Espírito. Uma vida cristã pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor — é o que o nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons espirituais (1Co 12.31).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Os dons espirituais são ligados ao amor cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.

CONCLUSÃO
 A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5 ed., RJ: CPAD, 2005.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed., RJ: CPAD, 2007.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsidio Teológico
 “SABEDORIA
Embora Paulo não tenha pregado de acordo com a sabedoria do mundo, todavia ele pregou a sabedoria oculta de Deus que só pode ser discernida quando Deus dá ao homem a direção e a ajuda do Espírito Santo (1Co 2.7-14). Deus deseja que o homem tenha e conheça sua sabedoria (Tg 1.5). Ela é espiritual e consiste no conhecimento de sua vontade (Cl 1.9; Ef 1.8,9). Ela é ‘do alto’ e é contrastada com a sabedoria terrena e humana deste mundo, que pode até ser inspirada pelos demônios (Tg 3.13-17; cf. Cl 2.23; 1Co 3.19,20; 2Co 1.12). A sabedoria de Deus deve ser revelada ou ‘dada’ aos homens (Rm 11.33,34; 2Pe 3.15; Lc 21.15). Isto pode ser conferido pela Palavra de Deus e pelo ensino humano dela (Cl 3.16; 1.28; Ap 13.18; 17.9)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p. 1712).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 A Multiforme Sabedoria de Deus
 Dons Espirituais e Dons Ministeriais: Revelação — sabedoria, conhecimento e discernimento de Espírito; Poder — fé, dons de curar e operação de maravilhas; Elocução — profecia, variedades de línguas e interpretações de línguas; Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores; Doutores. Quantas dádivas a serviço da Igreja de Cristo! Quantas formas de Deus trabalhar pelo seu povo! Diversidade na unidade! Unidade na diversidade! Por isso, o nosso Pai Celestial age de acordo com a sua multiforme graça e sabedoria.
Além de divina, e Igreja de Cristo é humana e terrena. Ela está alocada num tempo, cultura e realidades sociais bem distintas uma das outras. As igrejas locais são a expressão da Igreja Invisível. Esta é composta por todos os seres humanos dos quatro cantos da Terra que têm em comum a fé centralizada em Jesus como Senhor e Rei: África, Ásia, América Central, América do Norte, América do Sul, Europa, Oceania e Antártida (cf. http://www. waponline.it/ChurchinAntarctica/tabid/65/Default. aspx). Logo, os dons espirituais e ministeriais são dados por Deus a homens e mulheres objetivando servir o próximo, edificar a igreja local e fazê-la atingir o estado perfeito de amor: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16). Apenas há razão de exercer os dons de Deus se o princípio fundamental da vida cristã ponderar o outro em amor.
Portanto, precisamos compreender os dons espirituais e ministeriais, não como superstição, mas realização em Deus para o serviço e bem-estar da Igreja de Cristo espalhada pelo mundo. Para isso que o Pai concede uns para apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. E a outros, os mune com dons de profecia, discernimento de espíritos, cura, e tantos outros. Tudo para demonstrar que, como na Santíssima Trindade, a relação do Pai com a sua Igreja dar-se nos termos da diversidade e da multiforme graça e sabedoria divina.
Após estudar um trimestre sobre dons espirituais e ministeriais, instiga os alunos a buscarem essas dádivas de nosso Senhor para instrumentalizá-los ao ponto de serem pessoas espirituais reconhecidas pela prática do amor, pois sem amor: de nada vale os dons!



SUBSIDIOS

I - INTRODUÇÃO:
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na Igreja por meio da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes, que devem utilizá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.

II - OS DONS ESPIRITUAIS:
É intenção de Deus trabalhar por meio da Igreja entre o primeiro e o segundo advento de Cristo. Ele escolheu a Igreja para ser a Sua agência e cumprir Seus propósitos no mundo atual. Vejamos alguns deles abaixo:
(1) - O PRIMEIRO OBJETIVO DA IGREJA É A EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO - Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido, assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve compartilhar desse interesse - Mt 18.11 cf Mt 28.19-20.
Uma das características da primitiva Igreja de Jerusalém é que ela continuou a crescer. Mesmo sob perseguição, a Igreja Primitiva espalhava a mensagem do Evangelho, por onde quer que seus membros fossem dispersos - At 2.47; 8.4.
A Igreja primitiva também era caracterizada pela ênfase à Palavra falada - l Co 1.21 -. E, assim, a obra da Grande Comissão continua a ser realizada.
A experiência pentecostal é dada aos crentes, tendo o Evangelismo como seu principal objetivo (At 1.8).
O poder do Espírito Santo, ao descer sobre os crentes, expressa-se não somente no falar em línguas como a evidência física inicial ou externa, mas em poderosos atos sobrenaturais, que confirmam o testemunho verbal dos fiéis (Mc 16.15,16; Hb 2.4).
Os dons do Espírito, tal como a profecia, também são meios pelos quais o Espírito Santo costuma convencer os pecadores (l Co 14.24,25).

(2) - O SEGUNDO OBJETIVO DA IGREJA É MINISTRAR A DEUS - Uma frase repetida com frequência na Epístola aos Efésios, especialmente em seu primeiro capítulo, acerca do propósito dos seres humanos dentro do universo divino, é que sejamos para o "louvor de sua [de Deus] glória". Fomos criados para adorar e Deus proveu a Igreja, o corpo coletivo dos crentes, como instru­mento especial de adoração.
A Igreja espiritual que adora é um poderoso arsenal de poder que Deus emprega em sua guerra contra as hostes das trevas. De fato, qualquer que seja a necessidade da Igreja, o Espírito tem algum dom para satisfazê-la.

(3) – O TERCEIRO OBJETIVO DA IGREJA É EDIFICAR UM CORPO DE SANTOS, NUTRINDO-OS, A FIM DE QUE SE CONFORMEM À IMAGEM DE CRISTO - O evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a Igreja voltada para Deus; a nutrição é o desenvolvimento dos novos convertidos em santos maduros. Deus preocupa-se grandemente em que os recém-nascidos cresçam na graça (Ef 4.11-16; cf. l Co 12.28; 14.12).
Paulo enfatiza repetidamente o anelo de Deus pela maturidade espiritual dos crentes (l Co 14.12; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29).
Como pode alguém saber que está crescendo à imagem de Cristo? Como pode uma Igreja medir seu sucesso ao produzir a maturidade cristã em seus membros?
Gálatas 5.22-26 oferece um belo conjunto de virtudes chamado "o fruto do Espírito": amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Os que exibem tais carac­terísticas de caráter são declarados como quem está cum­prindo a lei ou instrução de Cristo. Precisamos tomar parte ativa nisso.
Leiamos 2 Pedro 1.5-11 - A tarefa da Igreja não terminará enquanto não ajudar seus membros a crescerem espiritualmente, a fim de que os vários dons do Espírito equilibrem-se à exibição dos vários aspectos do fruto do Espírito (l Co 13).
O Espírito Santo fala, ainda, por meio dos dons espirituais, dos quais seis transmitem a sabedoria e a mensagem de Deus (I Cor 12.8-11).

III – O PROPÓSITO DE DEUS COM A IGREJA:
Ef 3.11 – Vamos verificar cinco propósitos distintos que Deus deseja realizar por meio da Igreja:
(1) – DEUS ESCOLHEU A IGREJA PARA SER A SUA MORADA – I Cor 3.16; Ef 2.22 – O Senhor quer habitar no meio dos homens, e, nesta dispensação, Ele se manifesta pelo Seu Espírito. Por isso, é importa que a Igreja esteja cheia do Espírito Santo – Jo 16.14-15; II Cor 3.8 cf At 2.4; Ef 5.18.
O Senhor também deseja falar aos homens – Apc 2.7, 11 – Hoje, Ele faz ouvir a Sua voz por meio do Espírito Santo que fala pela Palavra, vivificando-a (II Sm 23.2; Jo 6.63; II Cor 3.6), e fala também por meio de Seus ministros, usando-os (Hb 2.3-4; I Pe 1.12 cf II Cr 36.15).

(2) – A IGREJA É O LUGAR ONDE O CRENTE CULTUA A DEUS – I Pe 2.9; Apc 1.6 – Conforme o Seu propósito, Deus escolhe a Igreja para ser o Seu sacerdócio nesta nova dispensação – I Pe 2.5 -. É verdade que são sacrifícios diferentes daqueles oferecidos no A.T.. A nós, os sacerdotes do Novo Pacto, cabe-nos, agora, oferecer ao Senhor sacrifícios de louvor por tudo quanto Ele fez e faz por nós – II Cr 29.31; Hb 13.15.
Devemos também oferecer a Deus nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável, que é o nosso culto racional. Foi esse o sacrifício que os crentes em Macedônia ofereceram a Deus – Rm 12.1 cf II Cor 8.5.

(3) – A IGREJA É O LUGAR ONDE O CRENTE É GUIADO À BOA DOUTRINA – Conforme Seu propósito para com a Igreja, Deus determinou que ela fosse o Seu instrumento para proporcionar a cada crente o cuidado, a proteção, e a orientação espiritual de que carece. Esse propósito é evidenciado de modo nítido através de dois símbolos aplicado à Igreja:

(A) - Rebanho (At 28.20 cf Sl 74.1; 78.52; 95.7; 100.2); e

(B) - Lar ou Família (Ef 2.19-20)

(4) – A IGREJA É UM MISTÉRIO PORQUE É O ÓRGÃO PELO QUAL JESUS CONTINUA A SUA OBRA – Quando a Bíblia fala sobre o propósito eterno de Deus sobre a Igreja, e como ele foi revelado, diz que se trata de um mistério – Ef 3.3-6; 5.32 -. O mistério está em que, embora Jesus tenha voltado ao céu, pode, pessoalmente, continuar a obra por meio da Igreja.

(5) – A IGREJA É A COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE - I Tm 3.15 – Toda a obra de Deus está fundamentada na verdade, pois Deus é a Verdade (Jr 10.10), Jesus é a Verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo é o Espírito da Verdade, que nos guiará a toda verdade (Jo 16.13).
Deus não entregou a defesa e a pregação desta alta responsabilidade à Política, à Cultura, tampouco à Sociedade; Ele escolheu a Sua Igreja para essa nobre missão. Diante disso:

(A) A Igreja precisa manter atitude firme e não ceder diante dos ataques à sã doutrina.

(B) A Igreja deve, em tudo, praticar a verdade, seja em palavras ou ações – I Cor 4.6; II Cor 1.19; II Jo 4.

(C) A Igreja deve, em tempo e fora de tempo, ser defensora do Evangelho, assim como foram os apóstolos – At 24.5; Fp 1.16.

(D) – Somente Jesus tem o poder de tornar os vencedores  colunas – Apc 3.12.

IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Igreja tem uma vocação que se dirige para o alto - Fp 3.14.
Hebreus 3.1 lembra que somos santos irmãos, "participantes da vocação celestial".
Efésios 1.3-4 declara: - "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis di­ante dele em caridade".
A Bíblia não está se referindo à predestinação, mas dizendo que a Igreja foi escolhida como um corpo predestinado a ser santo. Todos os que preferem crer tornam-se parte da Igreja e compartilham de seu destino. Na Igreja, "a posição do crente e suas bênçãos são espirituais, celestiais e eternas".

FONTES DE PESQUISA E CONSULTA:
Doutrinas Bíblicas – Uma Perspectiva Pentecostal – CPAD – William W. Menzies e Stanley M. Horton

Teologia Sistemática – A Doutrina da Igreja e dos Anjos – CPAD – Eurico Bergstén


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