EXODO CAPITULO 12
12.2 O PRIMEIRO DOS MESES DO ANO. O cap. 12 descreve a Festa
da Páscoa (vv. 1-14; 21-28) e a Festa dos Pães Asmos (vv. 15-20). Essas festas
sagradas tinham por base os eventos históricos da primeira Páscoa, por ocasião
do êxodo (caps. 12-14). Pelo fato de a Páscoa assinalar um novo começo para
Israel, o mês em que ela ocorreu (março/abril em nosso calendário) tornou-se o
primeiro dos meses de um ano novo para a nação. O propósito, aqui, foi
relembrar ao povo que sua própria existência como povo de Deus resultou do seu
livramento do Egito, mediante os poderosos atos redentores de Deus.
1 - O cordeiro
escolhido (12:1-5).
Os judeus têm um
calendário religioso e outro civil, e a Páscoa marca o início do ano religioso
deles. A morte do cordeiro traz um novo início, assim como a morte de Cristo traz
um novo início para o crente pecador.
A. Escolhido antes de
ser morto. Separava-se o cordeiro no 10° dia e ele era morto na noite do
14° para o 15o dia. Portanto, Cristo era o Cordeiro predestinado antes da
criação do mundo (1 Pe 1:20).
B. Imaculado. O
cordeiro devia ser macho e sem defeitos, um retrato do perfeito Cordeiro de
Deus, sem mácula e sem defeito (1 Pe 1:19).
C. Testado. As
pessoas, do 10e ao 14Q dia, vigiavam os cordeiros a fim de certificarem- se de
que eram satisfatórios; Cristo, da mesma forma, foi testado. e vigiado durante
seu ministério terreno, principalmente na última semana antes de ser
crucificado. Observe a evolução: "um cordeiro" (v. 3), "o
cordeiro" (v. 4) e "cordeiro" (v. 5, NV1). Isso faz paralelo com
"o Salvador" (Lc2:11), "o Salvador" (Jo 4.42) e "meu
Salvador" (Lc 1:47). Não é suficiente chamar Cristo de "Salvador"
(um entre muitos) ou de "o Salvador" (para outra pessoa). Cada um de
nós deve dizer: "Ele é meu Salvador!"
12.7 TOMARÃO DO SANGUE. O cordeiro da Páscoa e seu sangue
prenunciam Jesus Cristo e seu sangue derramado, como o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36; Is 53.7; At 8.32-35; 1 Co 5.
2 - O cordeiro morto
(12:6-7)
Um cordeiro vivo é algo adorável, mas não pode salvar! Não
somos salvos pelo exemplo de Cristo ou por sua vida; somos salvos pela morte
dele. Leia Hebreus 9:22 e Levítico 17:11 para ver a importância do derramamento
do sangue de Cristo. É claro que, para os doutos egípcios, parecia tolice matar
um cordeiro, mas essa era a forma de salvação de Deus (1 Co 1:18-23).
Deviam marcar a porta das casas com o sangue do cordeiro
(12:21-28). Em 12:22, a palavra "verga" pode significar
"soleira", portanto marcavam o espaço vazio na soleira da porta com o
sangue do cordeiro. Depois, aplicava-se o sangue na verga de cima da porta e nos
batentes laterais. Ninguém que saísse da casa pisaria sobre o sangue (veja Hb
10:29). Cristo foi morto no 14° dia-do mês, no exato momento em que ofereciam o
cordeiro da Páscoa. Observe que Deus fala que Israel o matou (o cordeiro), e não
os matou (cordeiros), pois para
Deus há apenas um Cordeiro — Jesus Cristo. Isaque perguntou:
"Onde está o cordeiro?" (Gn 22:7), e, em João 1:29, João Batista respondeu:
"Eis o Cordeiro de Deus". Todos no céu dizem: "Digno é o
Cordeiro" (Ap 5:12).
12.8 PÃES ASMOS; COM ERVAS AMARGOSAS. As ervas amargosas trariam
à lembrança os tempos amargos da escravidão no Egito.
3 -O cordeiro deve
sercomido (12:8-20,43-51)
Com frequência, negligenciamos essa parte importante da
Páscoa, a Festa dos Pães Asmos. Na Bíblia, levedura (fermento) retrata o
pecado: ele trabalha em silêncio, ele corrompe e cresce e só pode ser removido com
fogo. Na época da Páscoa, os judeus têm de tirar todo fermento de casa e não
podem comer pão com fermento durante sete dias. Paulo aplica isso aos cristãos
em 1 Coríntios 5; leia o capítulo com atenção.
O sangue do cordeiro é suficiente para salvar da morte, mas
as pessoas devem se alimentar com o cordeiro a fim de se fortalecerem para a
peregrinação. A salvação é apenas o início. Temos de nos alimentar de Cristo a
fim de termos forças para segui-lo. Os cristãos são peregrinos (v. 11), sempre
prontos a se mover quando o Senhor ordena. Eles deviam assar o cordeiro no fogo,
o que fala do sofrimento de Cristo na cruz. Não devem deixar nada para comer depois.
As sobras não satisfazem o crente, pois precisamos do Cristo inteiro.
Precisamos da obra completa da cruz. Além disso, as sobras estragam, e isso
desonra o tipo, pois Cristo não vê corrupção (SI 16:10). Infelizmente, muitas
pessoas recebem o Cordeiro como salvação da morte, mas não se alimentam
diariamente dele.
12.11 OS VOSSOS LOMBOS CINGIDOS, OS VOSSOS SAPATOS NOS PÉS.
Esta linguagem figurativa indica a necessidade de obediência irrestrita e
imediata da parte do povo de Deus.
12.14 ESTATUTO PERPÉTUO. A festa da Páscoa devia ser
observada anualmente. A participação regular da Ceia do Senhor para o cristão
do NT é a continuação da mensagem profética da Páscoa (ver 1 Co 11.24,25 nota;
cf.5.7,8).
12.15 AQUELA ALMA SERÁ CORTADA. A rejeição intencional e
deliberada dos preceitos de Deus resultava em julgamento divino (v. 19). O
culpado era excluído do povo do concerto, ou pela morte (31.14), ou pela
expulsão. Semelhantemente,sob o novo concerto, quem pertence ao povo de Deus e
rejeita o senhorio de Cristo, escolhendo deleitar-se no fermento do pecado,
está excluído da graça e salvação em Cristo).
Nenhum estrangeiro, ou servo assalariado, ou homem
não-circuncidado pode participar da festa. Esse regulamento lembra-nos que a salvação
é o nascimento na família de Deus — não há estrangeiros nela. Esse nascimento é
pela graça, ninguém se torna merecedor dele. E isso acontece por intermédio da cruz
— pois a circuncisão aponta para nossa verdadeira circuncisão espiritual em
Cristo (Cl 2:11-12). Não se deve comer o banquete do lado exterior da casa (v.
46), pois o banquete não pode se separar do sangue derramado. Enganam a si mesmos
os modernistas que querem se alimentar de Cristo à parte de seu sangue
derramado.
Elaborado pelo Evangelista; Natalino dos Anjos
Com pesquisas na Bíblia de Estudo Pentecostal e Comentários Bíblicos.
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