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terça-feira, 12 de agosto de 2014

COMENTARIO BIBLICO DE MATEUS CAPITULO 3

Mateus 3
1. Naqueles dias apareceu João, o Batista, pregando no deserto da Judéia,
3.1 — Como precursor de Cristo, João Batista precedeu o Senhor Jesus em Seu nascimento, Seu ministério e Sua morte. Lucas descreve o nascimento de João (Lc 1), mas Mateus vai direto à proclamação da vinda do Reino dos céus. João é chamado de Batista porque batizava as pessoas. Diferente da prática comum dos prosélitos e da
ministração do ritual de purificação dos judeus, João batizava todos os que iam a ele, demonstravam arrependimento e se identificavam com sua mensagem.
2. dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
3.2 — A palavra grega para o verbo arrependerse indica uma mudança de opinião e de atitude que pode muito bem levar a uma aflição profunda por causa do pecado. Mas a ideia principal é uma mudança na maneira de pensar, que transforma
a vida da pessoa (Mt3.8). Reino dos céus geralmente é usado como sinónimo
de Reino de Deus. Ambos os termos são muito usados ao longo de todo o Novo Testamento para se referir à implantação do Reino celestial de Deus na terra por intermédio de Jesus Cristo.
3. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto; Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4. Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
5. Então iam ter com ele os de Jerusalém, de toda a Judéia, e de toda a circunvizinhança do Jordão,
6. e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
3.3-6 — As veredas foram endireitadas, reparadas, consertadas, aplainadas e niveladas antes da vinda do Rei. João estava, portanto, preparando o caminho espiritual do Messias antes de Sua chegada. A citação aqui é de Isaías 40.3, passagem em que o profeta mostra a necessidade de preparar o caminho para a volta do povo judeu do cativeiro no exílio para sua terra natal, Israel.
7. Mas, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?
8. Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento,
9. e não queirais dizer dentro de vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
3.7-9 — Os fariseus e saduceus eram dois grupos religiosos que dominavam nos dias de Cristo. Ambos os grupos afirmavam que eram os verdadeiros seguidores do judaísmo, mas suas crenças eram muito diferentes. Os fariseus tinahm o respeito dos leigos de Israel. Em termos de doutrina, não se apegavam somente à Lei de Moisés, aos profetas e às Escrituras, mas também ao conjunto completo da tradição oral. Suas atividades se concentravam nas sinagogas. Os saduceus estavam ligados à casta sacerdotal, para quem a adoração estava centralizada no templo. Extremamente conservadores, suas crenças relacionavam-se essencialmente ao Pentateuco — os livros de Génesis a Deuteronômio (At 23.6-10).

10. E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
3.10 — Está posto o machado à raiz das árvores. João comparou seu ministério com o machado de Deus que arranca de Seu jardim as árvores mortas, principalmente as que não produzem frutos de arrependimento.
11. Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.
12. A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
13. Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14. Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
3.11-14 — Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. João convocava as pessoas ao arrependimento mediante o batismo nas águas, mas aquele que viria após ele era tão grandioso que traria a si mesmo todas as pessoas e as batizaria com o Espírito Santo. João sabia que o Reino que viria seria marcado pela grande atuação do Espírito
Santo na vida das pessoas (Is 32.15; 44.3; Ez 11.19; 36.26; 39.29; J12.28; Zc 12.10). Cabia ao Messias, então, realizar essa obra, batizar Seu povo com o Espírito. Mas aqueles que o rejeitassem, Ele os batizaria com fogo, o que provavelmente é uma alegoria do juízo de Deus (Mt 3.10-12). Na Sua primeira vinda, Cristo batizou com o
Espírito. Porém, quando vier novamente, Ele batizará com fogo. O significado de fogo aqui é controverso, mas pode ser entendido como uma expressão do juízo proclamado por Deus antes (Mt3.10) e depois (Mt 3.12). Uma comparação cuidadosa de três passagens semelhantes (Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33) revela que o batismo com fogo é mencionado somente quando o juízo aparece antes no contexto.
15. Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.
3.15 — Cumprir toda a justiça. Essa expressão não significa que o Senhor Jesus foi batizado porque tinha pecado, pois Ele não tinha pecado (2 Co 5.21; Hb 4.15; 7.26). O batismo de Jesus provavelmente serviu a muitos propósitos: (1) Jesus se identificou
com o remanescente fiel de Israel que havia sido batizado por João; (2) confirmou o ministério de João; e (3) cumpriu a vontade do Pai.
16. Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
17. e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

3.16,17 — O Espírito de Deus descendo. Essa é a prova cabal de que Deus reconheceu Jesus como o Messias. 

Elaborado pelo Evangelista
Natalino dos Anjos.

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