Lições da CPAD
- 3º Trimestre de 2014
A Atualidade dos Últimos Conselhos de Tiago
28 de Setembro de 2014
TEXTO ÁUREO
"Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns
pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus
efeitos" (Tg 5.16).
VERDADE PRÁTICA
Se vivermos os princípios da Epístola de Tiago teremos uma
vida cristã que agradará ao nosso Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 5.7-20
INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os principais assuntos da Epístola de
Tiago, nessa última lição do trimestre, chegamos às seções finais da carta
(vv.7-20). Nessa ocasião, analisaremos os ensinos práticos e atuais que o
meio-irmão do Senhor escreveu para os seus leitores. São conselhos bíblicos
práticos, perenes e necessários ao nosso relacionamento com Deus e a uma boa
convivência na igreja local bem como em sociedade.
I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg
5.7-12)
1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8).
No versículo sete Tiago evoca uma imagem agrícola para
exemplificar o valor da paciência e da perseverança. Tal imagem é comum aos
destinatários de sua época. O líder da Igreja em Jerusalém nos ensina que tanto
a paciência quanto a perseverança são valores que devem ser cultivados, não em
alguns momentos, mas durante a vida toda. A fim de vencermos as dificuldades,
privações, inquietações e sofrimentos da existência terrena, precisaremos da
paciência e da perseverança. Essas características também estão relacionadas à
nossa esperança na vinda do Senhor. Sejamos pacientes e perseverantes em
aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb
10.25,37; 1 Jo 2.18; Ap 22.10,12,20).
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9).
Mais uma vez a Palavra do Senhor reitera o cuidado com a
língua, pois se não soubermos usá-la acabaremos por cometer falsos julgamentos
contra as pessoas. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo
divino. O Juiz está às portas! Ele sim julgará com retidão e, justamente por
isso, não podemos nos ocupar emitindo opiniões e comentários falsos contra
quaisquer pessoas, quer sejam estas parte da igreja, quer não.
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12).
O ensino desses três versículos, primeiramente, alude à
aflição e a paciência dos profetas que falaram em nome do Senhor. De igual
modo, posteriormente, trata da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe
concedeu após tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb 11.23-38). Os
crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos
personagens do Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições, eles sabiam que
assim como Deus concedera graça a Jó (Jó 42.10-17), da mesma forma daria a
eles. No versículo doze, após o exemplo do poder de Deus em relação aos seus
servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos no erro de jurar
pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são poderosas para garantir o
juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua vontade. Tiago nos ensina que não
devemos fazer tais juramentos, pois a palavra do discípulo de Jesus deve se
resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!
II. - A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg
5.13-18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13).
Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, a
Bíblia nos recomenda a adorar a Deus. Se estivermos tristes e angustiados,
devemos buscar o Senhor em oração; se estivermos alegres, devemos cantar
louvores a Deus. Em ambas as situações, Deus deve ser adorado! Como é bom
sermos acolhidos pelo Senhor. Se tivermos de chorar, choremos na presença dEle;
se tivermos de cantar, entoemos louvores diante dEle. Dessa maneira, seremos
maravilhosamente consolados pelo Criador.
2. A oração da fé (vv. 14,15).
A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da
comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a
ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros. Os presbíteros
serviam ao povo de Deus com alegria. Isso também indica que a atitude de ungir
o enfermo com o óleo não deve ser banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas
ungem bens materiais, bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base bíblica
em o Novo Testamento fala do acolhimento ao enfermo para que ele seja curado. É
a "oração da fé" que, além de curar o doente, faz com que ele sinta
igualmente o perdão dos seus pecados.
3. Oração e confissão (v.16-18).
Esse é um texto maravilhoso, mas infelizmente, desprezado
por muitos. Ele rechaça a "confissão entre os irmãos". É um incentivo
a koinonia, ou seja, à união e ao amor fraternal entre os salvos. Como todos
somos pecadores, em vez de acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar
confissões públicas para ajudarmo-nos mutuamente. Uma vez confessada a nossa
culpa e tendo orado uns pelos outros, seremos sarados. Tiago lança ainda mão do
conhecido profeta Elias, para mostrar que até mesmo um homem como ele, que foi
usado poderosamente por Deus, era igual a nós e sujeito às mesmas paixões.
Todavia, o profeta orou e Deus ouviu o seu clamor. De fato, a oração de um
justo pode muito em seus efeitos.
III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os outros (v.19).
Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada
como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou.
A mensagem é bem clara: só podemos alcançar quem se desviou da verdade se
formos em busca de tal pessoa. Para ir precisamos exercer um cuidado especial e
amoroso de uns para com os outros (Fp 2.4).
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de Jesus.
É importante ressaltarmos que o ensino da Epístola de Tiago
encontra-se em plena harmonia com o Evangelho de Jesus (Mc 12.30,31). Com muita
clareza percebemos que o fio condutor que perpassa toda a epístola é justamente
o da Lei do Amor: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração" e o
"o teu próximo como a ti mesmo".
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do estudo panorâmico e conciso da Epístola
de Tiago. Que cada professor e, igualmente cada aluno, não importando a idade,
cresça mais e mais em Cristo, para a glória e o louvor de Deus Pai. O nosso
desejo é que a Igreja do Senhor cresça diariamente no temor de Deus, em sua
santidade, demonstrando a fé em Cristo Jesus através das boas obras, pois esta
é a vontade do nosso Pai (Tg 1.22,23,25).
SUBSIDIOS
Elaboração: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/
I - INTRODUÇÃO:
Vivemos num mundo de pressa e de mudanças constantes, a
ponto de haver elevado número de pessoas neuróticas, principalmente nas grandes
cidades. Contudo, a Palavra de Deus nos exorta a sermos pacientes, tanto nos
momentos de alegria quanto nas tribulações. O texto bíblico em estudo nos
desperta para o valor da paciência, aguardando a vinda do Senhor, que,
certamente, está mais perto do que pensamos.
II - CONCEITOS DE PACIÊNCIA:
(1) - Sentido comum - A palavra paciência vem do latim
"patientia", significando "qualidade de paciente; virtude que
consiste em suportar as dores, incômodos, infortúnios, sem queixas e com
resignação".
(2) - A paciência cristã - Para o cristão, a paciência, além
de ser a capacidade de suportar com resignação, dores e infortúnios, é a
virtude que o capacita a suportar as falhas e ofensas alheias. É também a
"tranquila espera por algum acontecimento, que venha a alterar as
circunstâncias incômodas. Trata-se da capacidade de esperar por mudanças, sem demonstrar
ansiedade exagerada". É sinônimo de longanimidade, que é uma das
manifestações do fruto do Espírito (cf. Gl 5.22).
(3) - A paciência divina - Deus é paciente. É a nossa sorte,
pois, se o Senhor não tivesse paciência conosco, ante as falhas e pecados,
certamente não estaríamos hoje estudando esse assunto.
(A) - No Antigo Testamento - "O Senhor é longânimo e
grande em beneficência, que perdoa a iniquidade e a transgressão..." (Nm
14.18).
Moisés, orando a Deus, disse: "Jeová, o Senhor, Deus
misericordioso e piedoso, tardio em iras..." (Êx 34.6b). Ele suportou os
pecados de Israel no deserto durante quarenta anos!
(B) - No Novo Testamento - A paciência é destacada em vários
textos. Em Rm 5.3,4 lemos: "E não somente isto, mas também nos gloriamos
nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a
experiência; e a experiência, a esperança".
III - A NECESSIDADE DA PACIÊNCIA:
(1) - Na espera da vinda do Senhor - Tiago ao exortar os
crentes a serem pacientes "até a vinda do Senhor" (v.7), tinha em
mente que a volta do Senhor seria iminente, exortando, assim, os crentes de sua
época a se manterem pacientes na fé. Ele tomou como exemplo o lavrador, que
"espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência..."
(v.7b).
(A) - Ante a impaciência e incredulidade - Naquele tempo,
havia uma certa impaciência e descrença quanto à vinda do Senhor. O apóstolo
Pedro escreveu aos irmãos, exortando-os a esperar a volta de Jesus, alertando
para os escarnecedores, que diziam: "Onde está a promessa da sua vinda?
Porque, desde que os pais dormiram todas coisas permanecem como desde o
princípio da criação" (2 Pe 3.4).
(B) - Ante a cronologia de Deus - Pedro lembra que a
cronologia de Deus é diferente da nossa. "Mas, amados, não ignoreis uma
coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia"
(2 Pe 3.8). Ele assevera que Deus é fiel, e que "o Dia do Senhor virá como
o ladrão" (2 Pe 3.10). Sendo assim, precisamos ser pacientes, não só na
espera, mas na fidelidade, de modo que sejamos "achados imaculados e
irrepreensíveis em paz" (2 Pe 3.14). Se no tempo de Tiago, a vinda do
Senhor já estava próxima (cf. v.8), quanto mais agora, quando os sinais dos
fins dos tempos são bem evidentes!
(2) - No amor fraternal - Tiago, antevendo a vinda do
Senhor, exorta-nos a sermos pacientes, não nos queixando "uns contra os
outros", para não sermos condenados, pois "o juiz está à porta"
(v.9). Naquele tempo, como hoje, infelizmente, é comum a existência de queixas
entre os irmãos. Isso é próprio da natureza falha do homem. Contudo, se
desejamos ter nossos "espírito, alma e corpo (...) plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (l Ts 5.23),
precisamos demonstrar paciência no amor fraternal, pois a caridade (amor em
ação), "é benigna, é sofredora (...), tudo espera, tudo suporta" (l
Cor 13.7).
(3) - Na proclamação do Evangelho - Tiago recorre ao exemplo
do lavrador, que "espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com
paciência, até que receba a chuva têmpora c serôdia" (v.7b).
A proclamação do evangelho é comparada à ação do lavrador
(cf. Mt 13.44; Mc 4.1-20), ora plantando uma pequena semente, ora semeando em
terrenos os mais diversos. Mas é muito importante, na evangelização, seguir o
exemplo do lavrador, cuja característica mais marcante é a da paciência.
No livro de Eclesiastes temos uma solene orientação sobre
isto: "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o
acharás (...) Pela manhã, semeia atua semente e, à tarde, não retires a tua
mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas
igualmente serão boas" (Ec 11.1, 6).
As igrejas que mais têm prosperado são aquelas que trabalham
diuturnamente, sem desânimo, evangelizando, discipulando e integrando os
crentes.
IV - EXEMPLOS DE PACIÊNCIA E CONSTÂNCIA:
Na Bíblia, encontramos exemplos notáveis de servos de Deus,
que se destacaram no cultivo da paciência em suas vidas. Por isso, em meio às
vicissitudes, eles venceram tudo.
(1) - Jeremias - Chamado "o profeta da lágrimas",
teve um ministério de quarenta anos (626-586 a.C.), tendo sofrido intensa e
pacientemente, ao ver que a "Palavra de Deus ia sendo repudiada por seus
familiares e amigos, pelos sacerdotes e reis, e pela totalidade do povo de
Judá. Embora fosse solitário e rejeitado durante toda a sua vida, Jeremias não
deixou de ser um dos mais ousados e corajosos profetas" (Bíblia de Estudo Pentecostal).
(2) - O patriarca Jó - Este servo de Deus tornou-se, sem
dúvida, no exemplo mais marcante de paciência e constância. Sem saber que por
trás de seu sofrimento estava a permissão de Deus para que o Diabo o atingisse
de maneira cruel, Jó permaneceu fiel ao Senhor, mesmo lendo perdido as riquezas
(Jó 1.14-17) e os filhos mortos num só dia (Jó 1.18,19). Ante tal tragédia, Jó
exclamou: "O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do
Senhor" (Jó 1.21). Se não bastasse isso, o Diabo atingiu sua saúde,
ferindo-o de uma "chaga maligna, desde a planta do pé até o alto da
cabeça" (Jó 2.7). Ainda assim, Jó superou tudo e todos, incluindo falsos
amigos, e pode dar o brado de vitória, quando disse: "Porque eu sei que o
meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra" (Jó 19.25).
(3) - Davi - Chamado para servir a Deus, desde a sua
mocidade, quando era apenas um simples pastor de ovelhas, teve marcantes
experiências em sua vida, sofrendo a inveja dos irmãos (l Sm 17.28) e a inveja
do rei Saul, a ponto de ser ameaçado de morte (l Sm 18.7-11). Tendo sido
perseguido sem tréguas por aquele rei ímpio (l Sm 22 - 24), pode cantar:
"Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o
meu clamor" (Sl 40.1).
(4) - O exemplo de Paulo - Aos coríntios, ele exortou que
"...se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos
consolados, para vossa consolação é, a qual se opera, suportando com paciência
as mesmas aflições que nós também padecemos" (2 Co 1.6).
Em outro texto, diz o apóstolo que devemos, como ministros
de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições,
nas necessidades, nas angústias" (2 Co 6.4). Ele só pregou, mas soube ser
paciente nas mais diversas e difíceis situações, sofrendo trabalhos, açoites,
prisões, perigos de morte, apedrejamento, naufrágio, perigos de salteadores,
dos gentios e "perigos entre falsos irmãos", passando fome, sede,
frio, jejum e nudez (cf. 2 Co 11.24-27). Esse gigante da fé, próximo da morte,
afirmou: "Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé" (2
Tm 4.7).
(5) - O exemplo de Jesus - Foi tão extraordinário quanto à
paciência, que o escritor aos Hebreus, ensina-nos que devemos correr "com
paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e
consumador de nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus", e que devemos
considerar esse exemplo, para que não venhamos a desfalecer em nosso ânimo (cf.
Hb 12.1-3). Nosso Senhor, pregado na cruz, teve extrema paciência, suportando a
afronta dos que "blasfemavam dele, meneando a cabeça", que
desafiava-O a salvar-se a si mesmo, se era o Filho de Deus (Mt 27.39,40) e
ouvindo o escárnio dos príncipes de sacerdotes e até dos salteadores ao seu
lado (Mt 27.41-44).
Apc 1.9 "fala da paciência de Jesus Cristo".
V - COMO AGIR NA AFLIÇÃO:
Jesus preveniu os discípulos de que, no mundo, teriam
aflições, mas exortou-lhes a terem bom ânimo (Jo 16.33b). É necessário que o
crente saiba conduzir-se tanto na aflição como na alegria.
(1) - Superando a aflição - Tiago indaga: "Está alguém
entre vós aflito?" E responde: "Ore" (v. 13).
Aflição é sinônimo de angústia. Em consequência, quase
sempre, vem a ansiedade, a tristeza ou a depressão. Homens de Deus passaram por
isso. Davi chegou a clamar: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por
que te perturbas em mim?" (Sl 42.5a). Jonas chegou a desejar a morte (Jn
4.3). Para vencer a aflição, é preciso entender que:
(A) - A aflição ensina - Deus permite a aflição para o
crente fiel, com um propósito proveitoso, que, ao final, glorifica o Seu nome.
O salmista disse: "Foi me bom ter sido afligido, para que aprendesse os
teus estatutos" (Sl 119.71). São as lições mais eficazes as que se
aprendem através da aflição: "Antes de ser afligido, andava errado; mas
agora guardo a lua palavra" (Sl 119.67).
(B) - Deus vê a aflição do justo - Davi, louvando a Deus,
afirmou: "Eu me alegrarei c me regozijarei na tua benignidade, pois
consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias" (Sl
31.7).
(C) - Tudo contribui para o bem do crente - Paulo escreve
que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28). Confiando
nessa verdade bíblica, o crente fiel não pode nem deve desesperar-se.
(D) - Deus é refúgio, fortaleza e socorro - Em qualquer
situação aflitiva, o servo ou a serva de Deus tem onde encontrar o refúgio e o
amparo para suportar as aflições; Ele tem em Deus o seu "refúgio e
fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Sl 46.1).
(E) - Em tudo devemos dar graças - Dar graças a Deus na
bonança é fácil. Difícil mesmo é dar graças a Deus quando na enfermidade, luta,
tribulação, acidente, calúnia, difamação. Mas a Bíblia diz: "Em tudo dai
graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (l
Ts 5.18). É a atitude mental correta para o cristão verdadeiro.
(F) - A oração é o caminho para a vitória - Não é fácil
orar. Contudo, não há outra solução para enfrentar as aflições, os sofrimentos.
Jesus recorria sempre à oração (cf. Mc l .35; 6.46; 14.32; Lc 6.12). Ele
ensinou a orar (Mt 6.9). Orar é a atividade mais difícil de ser desenvolvida
nas igrejas. Mas é a oração, juntamente com a Palavra, que sustenta o crente
nos caminhos do Senhor. O Diabo tem medo do crente que ora sempre, sem
desanimar. Ele ri dos pregadores que falam muito e oram pouco, mas treme ante
os homens e mulheres de oração. Por isso, Tiago afirmou: "Está alguém
entre vós aflito? Ore" (v. 1 3a).
VI - EXPERIMENTANDO A ALEGRIA:
(1) - A alegria do Senhor é a nossa força - O fiel deve
buscar a alegria do Senhor, pois ela é a nossa forca (Ne 8.10). Nunca vi um
crente realmente alegre no Senhor desviar-se. Normalmente, quem se afasta da
igreja é crente frio, fraco, triste, abatido. Esse precisa de ajuda, apoio, e
amor.
(2) - Onde encontrar alegria - "Na tua presença há
abundância de alegrias..." (Sl 16.11). A presença do Senhor situa-se em
qualquer lugar onde houver dois ou três reunidos em Seu nome (Mt 18.20). Mesmo
sozinho, orando em Espírito, o crente sincero entra na presença do Senhor. A
alegria autêntica é encontrada na presença do Senhor. Ela vem de cima e de
dentro do ser. Jesus disse que quem nEle crê, "rios de água viva correrão
do seu ventre" (Jo 7.38), ou seja, do seu interior.
(3) - O crente alegre é bonito - As pessoas em geral desejam
ser bonitas. Isso faz parte da condição natural do ser humano. E há pessoas
que, para ficarem com aspecto agradável, são capazes de fazer qualquer coisa,
lícita ou ilícita. Mas a Bíblia diz que "o coração alegre aformoseia o
rosto..." (Pv 15.13). É uma receita infalível para a beleza interior e
exterior.
(4) - "O coração alegre serve de bom remédio" (Pv
17.22). Assim, é muito importante cultivar uma vida alegre, diante de Deus,
diante dos seus servos e diante dos homens. É uma bênção.
(5) - O louvor é fundamental - Tiago, no texto em estudo,
diz: "Está alguém contente? Cante louvores" (v. l 3). Cantar é um
meio extraordinário de louvar a Deus e, assim, alegrar-se em Sua presença. Diz
a Palavra: "Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de
Israel" (Sl 22.3). É importante observar que um Deus santo só habita no
meio de louvores santos.
(6) - Deus responde na alegria - Davi disse:
"Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu
coração" (Sl 37.4). Muitas vezes há crentes que não recebem o que pedem,
porque não se alegram no Senhor.
VII - COMO AGIR NA
ENFERMIDADE:
(1) - Chamar os presbíteros da igreja (v. 14). "Está
alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja.. .Por que os
presbíteros? Como os presbíteros ou bispos do tempo do apóstolo, os pastores e
obreiros de hoje, devem ser chamados a orar pelos enfermos e ungi-los com
azeite, pois para fazer jus a esses nomes, são crentes idôneos e dedicados à
oração.
(2) - Receber a oração da fé. "E orem sobre ele.
.."(v. 14). Os familiares ou irmãos em Cristo, devem chamar os presbíteros
e estes oram sobre o enfermo. Aqui, sem dúvida, cabe a prática da imposição das
mãos (Mc 16.18b), como gesto ou sinal de fé, através de mãos abençoadas por
Deus, que transmitem virtude. Não é errado recorrer aos médicos (Mt 9.12).
Contudo, é fundamental buscar primeiro a oração da fé, no nome do Senhor.
(3) - Receber a unção em nome do Senhor - "Ungindo-o
com azeite em nome do Senhor" (v. 14c). A unção é prática adotada pelos
seguidores de Jesus. Os discípulos a utilizavam (Mc 6.13). "O azeite, sem
dúvida, simboliza o Espírito Santo e Seu poder sanador: a unção com azeite
estimula a fé" (Bíblia de Estudo Pentecostal).
(4) - "A oração da fé salvará o doente" (v. 15a).
Tiago falava para pessoas crentes, salvas em Jesus. Salvação, nesse versículo,
refere-se à cura propriamente dita. "...e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (v. 15b). Aí, vemos a cura
da enfermidade física, e, no caso de ter havido pecados, o doente seria
perdoado, sem dúvida após sua confissão. "Confessai as vossas culpas uns
aos outros e orai uns pelos outros para que sareis" (v.16). Fechando o
texto sobre a oração da fé, Tiago diz que "a oração feita por um justo
pode muito em seus efeitos" (v.16b) e toma o exemplo de Elias, que,
orando, mudou o clima, fazendo vir a seca e, depois, chuva (vv.17,18).
Lembremo-nos de que o Deus de Elias é o nosso Deus!
VII - CONVERTENDO O DESVIADO:
(1) - A situação do desviado - A situação de um crente
desviado é a pior possível. Já conhecendo a verdade, sua culpa é maior. As
vezes, o Diabo toma conta da vida de tal pessoa, sendo "os últimos atos
desse homem piores do que os primeiros" (Mt 12. 45b). O Diabo faz de tudo
para que o desviado fique sem condições de voltar para a igreja. É por isso que
alguém diz que a "Igreja dos desviados" é maior que a Igreja dos que
permanecem nos caminhos do Senhor.
(2) - Salvando uma alma da morte - Tiago diz que se alguém
converter um que se desviou da verdade (v.19), "salvará da morte uma alma
e cobrirá uma multidão de pecados" (v.20). É tarefa difícil lidar com
pessoas que abandonam a igreja. Geralmente, ficam cheias de mágoas e
ressentimento. É importante que nas igrejas haja alguém que se dedique ao
ministério de ir em busca dos feridos de alma, caídos à beira do caminho.
IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
É necessário que sejamos pacientes para com todos (2 Tm
2.24). Jesus exortou que na paciência possuamos nossas almas (Lc 21.19). Por
não seguirem esses conselhos, muitos têm ficado doentes, inválidos ou até
morrido antes do tempo. Por isso, devemos praticar o conselho de Paulo:
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes
na obra do Senhor" (I Cor 15.58). Podemos adquirir paciência e constância
meditando na Palavra de Deus, sendo possuído pelo Espírito, exercendo a prática
do amor para com os outros, através da longanimidade e na oração constante.
Diante das aflições, precisamos ter atitude correta. Em
lugar de murmuração, devemos recorrer à oração. Graças a Deus, que, pela vida
espiritual abundante, Jesus nos concede, alegria plena diante da qual devemos
cantar louvores ao Seu nome. Os doentes tem a oração da fé a seu dispor,
corroborada pela unção com óleo, feita em nome do Senhor. Que Deus nos ajude a
viver de acordo com a Palavra em qualquer circunstância.
FONTE DE PESQUISA E CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD - 1º Trimestre de 1999 - Comentarista:
Elinaldo Renovato de Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário