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domingo, 14 de dezembro de 2014

COMENTARIOS BIBLICOS - ATOS CAPITULOS 1,2,3, e 4

Capítulo 1. A Ascensão de Cristo
Teófilo, v. 1, a quem o livro é endereçado, ou dedicado, era provavelmente distinto cidadão romano, talvez da Grécia. Nada se sabe dele, a não ser que dois dos mais importantes livros do N.T. lhe foram dedicados. O “primeiro livro” é ò Evangelho de Lucas. “Começou”, -v. 1, faz supor que o que se narra nos Atos ainda são obras de Jesus.

Os Quarenta Dias, vv. 1-5. 
No decurso dos quarenta dias entre a Ressurreição de Jesus e Sua Ascensão, Jesus apareceu 10 ou 11 vezes aos Seus discípulos, segundo os relatórios nos Evangelhos, para banir para sempre das suas mentes qualquer dúvida quanto à Sua continuada existência como   Pessoa viva, Que experiência maravilhosa, durante aqueles 40 dias, ter visto Jesus com Seu próprio corpo no qual foi crucificado, corpo que ao mesmo tempo era glorificado, ter conversado com Ele, ter participado de refeições com Ele, ter tocado a Ele com sua mãos, enquanto Jesus aparecia e desaparecia, surgindo do nada através de portas fechadas. O ponto culminante foi quando, com Suas mãos erguidas a abençoar, subiu, paulatinamente, mais e mais alto, até desaparecer através das nuvens.
O primeiro livro, 1:1.0 Evangelho de Lucas, v. 3.
Teófilo, v. 1. Um oficial romano de alta patente, ver  Lc 1:3.


Capítulo 1:6-11. A Ascensão de Cristo
Restaurarás o reino a Israel?”, v. 6. Independência política para a sua nação e um lugar de liderança do mundo, eis o que esperavam do Messias. Maneirosamente Jesus lhes diz que há algumas coisas que não lhes compete saber.

“Confins da terra”, v. 8. 
Foi esta Sua última palavra para depois Se ocultar entre as nuvens. Eles não a esqueceram. A maioria deles, diz a tradição morreu mártir em terras distantes.

“Virá do mesmo modo”, v. 11. 
Deixara-os dos altos de Betânia, Lc 24:50. Voltaria de modo visível ao mundo inteiro, Mt 24:27-28. A esperança de Sua volta estava no centro da mensagem dos apóstolos.

O Cenáculo, w. 12-14. 
Possivelmente, o mesmo salão onde Jesus celebrou a última Ceia, Lc 22:12, e talvez na casa de Maria, mãe de Marcos, At 12:12. Aí, durante dez dias, perseveraram em oração, talvez pressentindo que o Pentecostes seria o dia marcado, v. 8.

As mulheres, v. 14. 
Esta é a última vez que se menciona Maria, mãe de Jesus. Embora virtuosa, admirável, afável e venerável como era, os apóstolos não pareciam sentir necessidade de sua mediação entre eles e Cristo, como ensinou mais tarde a Igreja apóstata.

A escolha do sucessor de Judás, w. 15-26. 
Visto Jesus querer que o colégio apostólico, paia o lançamento dos fundamentos da Igreja, fosse constituído de “doze” pessoas, deve ter havido alguma significação nesse número, para se harmonizar com outro simbolismo bíblico. Judas “adquiriu um campo”, v. 18. Em Mt 27:7 se diz que os sacerdotes compraram o campo para Judas, com o dinheiro deste. Não há contradição. Judas adquiriu o campo mediante os sacerdotes. “Precipitando-se, rompeu-se pelo meio”, v. 18. Em Mt 27:5 se diz que se enforcou. Também não há contradição. Esteve pendurado até que o corpo, em decomposição, caiu e arrebentou-se. Para cumprir a profecia, v. 20, e para completar o simbolismo, Ap 21:12-14, foi escolhido Matias. Deste nada mais se sabe.

Capítulo 2. A Fundação da Igreja de Jerusalém
Pentecostes. 30 ou 33 d.C. O aniversário da Igreja. 50 dias depois da crucifixão de Jesus. 10 dias após Sua ascensão. Pensa-se que esse Pentecostes caiu no primeiro dia da semana. A festa de Pentecostes era também chamada festa das Primícias e festa da Colheita, porque as primícias da colheita eram por essa ocasião apresentadas a Deus. Outrossim, comemorava a promulgação da Lei no Sinai. Apropriava-se, pois, para ser o dia da promulgação do Evangelho e da recepção das primícias da colheita mundial do mesmo Evangelho.

Jesus, em Jo 16:17-24, tinha falado da inauguração da época do Espírito Santo. E agora, está sendo de fato inaugurada, numa poderosa manifestação milagrosa do Espírito Santo, com o som como de um vento impetuoso, e com línguas como de fogo pousando sobre cada um dos Apóstolos, com a primeira proclamação pública da Ressurreição de Jesus, proclamação esta feita para representantes do mundo inteiro, a judeus e a prosélitos ao judaísmo reunidos em Jerusalém para celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do mundo que então se conheciam (mencionando-se 15 nações, 2:9-11) — e os Apóstolos da Galiléia falavam para eles nas suas próprias línguas.

Capítulo 2:14-26. O Sermão de Pedro
O espetáculo espantoso de Apóstolos falando, sob a influência das línguas de fogo, nas línguas de todas as nações ali representadas. Isto, segundo a explicação de Pedro, vv. 15-21, era o cumprimento da Profecia registrada em J1 2:28-32.

Pode ser que o que aconteceu naquele dia não foi o cumprimento total e final daquela profecia, e que aquilo seria o começo apenas, de uma era grandiosa e notável que foi iniciada; a profecia pode se aplicar também, ao fim desta era.

O Cumprimento das Profecias
Nota-se as declarações repetidas que o que acontecia já tinha sido predito: A traição de Judas, 1:16,20; a Crucifixão, 3:18; a Ressurreição, 2: 25-28; a Ascensão de Jesus, 2:33-35; a vinda do Espírito Santo, 2:17. “Todos os profetas”, 3:18,24 — ver o Artigo “Linhagem Messiânica do Antigo Testamento”.

Milagres no Livro dos Atos. 
O lugar que se dá aos milagres neste livro é simplesmente admirável. O Livro começa com a aparição visível de Cristo, depois, da Sua morte, aos Seus discípulos, 1:3. Depois, perante os próprios olhos deles, Sua Ascensão ao céu, 1:9. Então há uma manifestação miraculosa do Espírito Santo em línguas de fogo, 2:3.

Seguem-se imediatamente sinais e prodígios operados pelos apóstolos,. 2:43.
Depois vem a cura do coxo, 3:7-11, que muito impressionou o povo, 4:16-17.

Deus responde à oração dos discípulos com um terremoto, 4:31.
Ananias e Safira morrem com um golpe miraculoso do SENHOR, 5:5-10.
Sinais e maravilhas continuam sendo operados pelos apóstolos, 5:12-16.
Multidões das cidades vizinhas são curadas pela sombra de Pedro, e multidões crêem, 5:15-16. Parece a história de Jesus na Galiléia.

Abrem-se as portas da prisão por um anjo, 5:19.
Estêvão opera sinais e prodígios, 6:9.
Crêem os samaritanos à vista dos milagres operados por Filipe, 8:5-7, 13.
Saulo é convertido por uma voz direta do céu, 9:3-9. Caem dos seus olhos as escamas por instrumentalidade de Ananias, 9:18.

A região de Lida converte-se a Cristo mediante a cura de Enéias por Pedro, 9:32-35.
Em Jope, muitos crêem por causa da ressurreição de Dorcas, 9:42.
Converte-se Comélio com a aparição de um anjo e o falar de línguas, 10:3-4, 44-46.
Pedro é levado a receber os gentios mediante a visão e a voz de Deus, 10:9-22.
Foi a manifestação miraculosa do Espírito Santo que conyenceu os judeus de que Pedro tinha razão, 11:18.
A porta da prisão abre-se automaticamente, 12:10.
O procônsul de Chipre crê à vista da cegueira prodigiosa do mágico,. 13:11-12.
Paulo faz sinais e maravilhas em Icônio, 14:3, onde grande multidão
crê.
Em Listra a cura do aleijado faz as multidões pensar que Paulo é um deus, 14:8-13.
Entre os cristãos de Jerusalém os sinais que Deus operou pela mão de Paulo são narrados para convencer os outros que o trabalho desse apóstolo é de Deus, 15:12.
Em Filipos Paulo cura a jovem adivinha, e o terremoto converte o carcereiro, 16:16-34.
Em Éfeso os 12 homens falam em outras línguas com a manifestação prodigiosa do Espírito Santo, 19:6 e os milagres especiais operados por Paulo fazem que a palavra do Senhor prevaleça poderosamente, 19:11-20.
Em Trôade Paulo ressuscita um jovem, 20:8-12.
Na Ilha de Malta a cura da mão de Paulo, picada pela víbora, e a cura de muitos doentes por ele impressionam muito os naturais do lugar 28:1-10.

Tirem-se os milagres do livro de Atos e pouco restará. Embora os críticos menoscabem do valor probatório dos milagres, permanece o fato de que Deus fez abundante uso deles, Quando iniciou o cristianismo do mundo.

Capítulo 3. 
O Segundo Sermão de Pedro
No dia de Pentecostes, o som como de vento impetuoso reuniu as multidões atônitas. Isto deu para Pedro um vasto auditório para sua primeira proclamação pública do Evangelho. Parece que agora passara algum tempo, 2:46,47. As multidões da época de Pentecostes já voltaram para casa. O povo já estava mais calmo. Os Apóstolos estavam ocupados em instruir os crentes e operar milagres, 2:42-47. E agora, um milagre notável, a cura de um coxo, bem à porta do Templo, um caso conhecido à cidade inteira, mais uma vez emocionou a cidade. E perante as multidões assombradas, Pedro atribuiu a cura ao poder do Cristo Ressuscitado. E isto fez o número dos crentes chegar a atingir cinco mil homens, 4:4, enquanto pregava mais uma vez a amada história do Evangelho.

Capítulo 4:1-31. Pedro e João São Presos
As autoridades que crucificaram Jesus, alarmados agora pela notícia que se alastrava, que Jesus ressuscitara dentre os mortos, e vendo a crescente popularidade do Seu nome, prenderam Pedro e João, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus. Nota-se a coragem de Pedro, 4:9- 12, 19, 20. Este é o mesmo Pedro que, poucas semanas antes, no mesmo lugar e perante as mesmas pessoas, ficara acovardado perante a zombaria de uma moça, e negara o seu Mestre. Agora, sem vestígio de medo, desafia aos assassinos do seu Mestre.

A ressurreição de Jesus, v. 2. 
Foi a proclamação da ressurreição de Jesus dentre os mortos que exacerbou contra os apóstolos aqueles que O crucificaram. Notar a incessante ênfase sobre a ressurreição através deste livro. Foi o ponto central do sermão pentecostal de Pedro, e a prova convincente da obra messiânica de Jesus, 2:24,31,32,36. Foi a referência principal no segundo discurso desse apóstolo, 3:15, e em sua defesa perante o Conselho, 4:10. A pregação dos apóstolos era chamada testemunho da ressurreição de Jesus, 4:33. Foi assim na defesa de Pedro, na sua segunda citação em juízo, 5:30. A visão de Cristo ressuscitado converteu Paulo, 9:3-6. Pedro pregou a ressurreição a Cornélio, 10:40. Igualmente Paulo, em An- tioquia, 13:30-31. Em Tessalônica, 17:3. E em Atenas, 17:18,31,32. Em sua defesa em Jerusalém, Paulo referiu a visão que tivera de Jesus ressuscitado como a causa de sua conversão, 22:6-11. Explicou a Festo que a esperança da ressurreição era a base de todo o seu procedimento, e foi o que fez Felix tremer, 24:15,25. Foi a defesa de Paulo perante Agripa, 26:8, 23. Ver mais sobre 1 Co 15.

O rápido crescimento da igreja, v. 4. 
3.000 no primeiro dia, 2:41. Depois 5.000 homens, 4:4. Seguiu-se uma multidão, tanto de homens como de mulheres, 5:14. Depois do que o número “se multiplicava grandemente”, incluindo muitíssimos sacerdotes, 6:7. Era um movimento formidável e poderoso, de avanço irresistível. Não admira que as autoridades se alarmassem e ficassem atemorizadas com a crescente popularidade do Nazareno, a quem haviam crucificados; temiam que o povo se levantasse e descarregasse sobre elas sua vingança por esse crime covarde, 5:28.

A vida comunitária da igreja, vv. 32-35; 2:44-47. 
Parece que vem aí como um exemplo extraordinário, a ilustrar os princípios fundamentais da igreja, não tendo a intenção de ser norma permanente mais do que os milagres operados pelos apóstolos todos os dias, ou o rigor impressionante no caso de Ananias e Safira. Aquilo foi voluntário, temporário e limitado. Não era obrigatório. Só os que se sentiam inclinados é que o faziam. Acompanhava a demonstração grandiosa de milagres a serviço da introdução do cristianismo no mundo, e cuja finalidade, a nosso ver, era chamar a atenção, de modo impressionante, para o que podia o Espírito de Cristo fazer pela humanidade. Não se menciona esta prática em outras Igrejas neo-Testamentárias. O diácono Filipe passou a viver no seu próprio lar em Cesaréia, 21:8.

Barnabé, vv. 36-37. 
É a primeira referência que se lhe faz. Natural de Chipre e primo de João Marcos, Cl 4:10. Era homem bom e cheio do Espírito Santo, 11:24. Era de porte impressionante, 14:12. Foi èle quem persuadiu os discípulos de Jerusalém a receber Paulo, 9:27. E foi ele o enviado para receber a igreja gentílica em Antioquia, 11:19-24. É ele quem foi a Tarso buscar Paulo e o pôs a trabalhar, 11:25-26. Acompanhou-o em sua primeira viagem missionária.



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