Lições Bíblicas CPAD - Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus
— Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias
Soares
Lição 9: Não
adulterarás
Data: 1º de
Março de 2015
TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, vos
digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração
cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).
VERDADE PRÁTICA
O sétimo mandamento
diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da família,
assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Gn 2.21-24
O casamento foi
instituído por Deus antes da queda no Éden
Terça
- Pv 6.32,33
O adultério destrói
a reputação e deixa cicatrizes indeléveis
Quarta
- Jr 29.20-23
O adultério é uma
prática insana com consequências funestas
Quinta
- Ml 2.14
Deus exige
fidelidade entre marido e mulher
Sexta
- Mt 19.4-6
O plano divino
desde o princípio era monogâmico
Sábado
- Mc 10.11,12
No NT, adultério é
qualquer relação sexual extraconjugal
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
20.14; Deuteronômio 22.22-30.
Êxodo
20
14 - Não adulterarás.
Deuteronômio
22
22 - Quando um homem for achado deitado com
mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a
mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.
23 - Quando houver moça virgem, desposada com
algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela,
24 - então, trareis ambos à porta daquela
cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não
gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim,
tirarás o mal do meio de ti.
25 - E, se algum homem, no campo, achar uma
moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então, morrerá só o
homem que se deitou com ela;
26 - porém à moça não farás nada; a moça não
tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo e
lhe tira a vida, assim é este negócio.
27 - Pois a achou no campo; a moça desposada
gritou, e não houve quem a livrasse.
28 - Quando um homem achar uma moça virgem, que
não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,
29 - então, o homem que se deitou com ela dará
ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por
mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.
30 - Nenhum homem tomará a mulher de seu pai,
nem descobrirá a ourela de seu pai.
OBJETIVO GERAL
Apresentar
o sétimo mandamento, ressaltando o intento de Deus em favor da família.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
· I. Tratar a
abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.
· II. Mostrar o
real significado da infidelidade.
· III. Relacionar alguns
pecados sexuais segundo a lei divina.
· IV. Analisar o
ensino de Jesus acerca do sétimo mandamento.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Infelizmente,
vivemos em uma sociedade em que muitos já começam a ver a infidelidade conjugal
como uma prática normal. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o adultério é e
continuará sendo pecado. Encontramos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo,
sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9;
Cl 5.19). A princípio, a quebra do sétimo mandamento pode parecer doce e até
prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5.4). Com a infidelidade
vem a disfunção familiar. A disfunção é perigosa, é destrutiva para toda a
família, para a igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O sétimo mandamento
condena o adultério e a impureza sexual com o objetivo de proteger a família. A
Bíblia não condena o sexo; a santidade dele é inquestionável dentro do padrão
divino, mas sua prática ilícita tem sido um dos maiores problemas do ser humano
ao longo dos séculos. O sétimo mandamento é tratado de uma maneira na lei, e de
outra na graça. Um olhar no episódio da mulher adúltera (Jo 8.1-11) mostra que
tal preceito foi resgatado pela graça e adaptado a ela, e não à lei.
PONTO CENTRAL
O adultério e a impureza sexual maculam
a família.
I.
O SÉTIMO MANDAMENTO
1.
Abrangência. Trata de um tema muito
abrangente, que envolve sexo e casamento num contexto social contaminado pelo
pecado. O mandamento consiste em uma proibição absoluta, sem concessão,
expressa de maneira simples em duas palavras: “não adulterarás” (Êx 20.14; Dt
5.18). Sua regulamentação para os israelitas pode ser encontrada nos livros de
Levítico e Deuteronômio, que dispõem contra os pecados sexuais, a prostituição
e toda forma de violência sexual com suas respectivas sanções.
2.
Objetivo. O Decálogo segue uma lógica.
Primeiro aparece a proteção da vida, em seguida vem a família e depois os bens
e a honra. O mandamento “não adulterarás” veio para proteger o lar e dessa
forma estabelecer uma sociedade moral e espiritualmente sadia. A proibição aqui
é contra toda e qualquer imoralidade sexual, expressa de maneira genérica, mas
especificada em diversos dispositivos na lei de Moisés.
3.
Contexto. A lei foi promulgada numa
sociedade patriarcal que permitia a poligamia. Nesse contexto social, o
adultério na lei de Moisés consistia no fato de um homem se deitar com uma
mulher casada com outro homem, independentemente de ser ele casado ou solteiro.
Os infratores da lei deviam ser mortos, tanto o homem quanto a mulher (Dt
22.22; Lv 20.10).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
O
sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma
sociedade moral e espiritualmente sadia.
II.
INFIDELIDADE
1.
Adultério. É traição e falsidade. É a
quebra de uma aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade, uma
infidelidade que destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família. A
tradição judaico-cristã leva o assunto a sério e considera o adultério um pecado
grave. Trata-se de uma loucura que compromete a honra e a reputação de qualquer
pessoa, independentemente de sua confissão religiosa ou status social (Jr
29.23; Pv 6.32,33).
2.
Sexo antes do casamento. Esta prática
está muito em voga na sociedade moderna, mas nunca teve a aprovação divina, e
por isso os jovens devem evitar essas coisas (Sl 119.9). Em Israel, os
envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada ou comprometida,
não eram condenados à morte. A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se
casar com a moça, pagar uma indenização por danos morais ao pai da jovem e
nunca mais se divorciar dela (Dt 22.28,29). Hoje, esse tipo de pecado requer
aplicação de disciplina da Igreja, mas nem sempre o casamento deles é a
solução.
3.
Fornicação. A “moça virgem, desposada com
algum homem” (Dt 22.23) diz respeito, no contexto atual, à noiva que ainda não
se casou, mas está comprometida em casamento. Trata-se do pecado sexual de
fornicação praticado com consentimento mútuo. A pena da lei é a morte por
apedrejamento, como no caso de envolvimento com uma mulher casada (Dt 22.24). A
razão desta pena vai além do simples ato, pois se trata da quebra de
fidelidade, “porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal
do meio de ti” (Dt 22.24b).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
A
infidelidade conjugal quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e dos
homens.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Geralmente o
adultério era perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do
homem que, embora fosse casado, não era acusado de adultério a não ser que
coabitasse com a esposa de outro homem ou com uma virgem que estivesse noiva. O
adultério é estritamente proibido tanto no Antigo Testamento quanto no Novo
Testamento (Rm 13.9; Gl 5.19).
Na Bíblia, o termo
adultério é muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a
idolatria ou apostasia da nação e do povo comprometido com Deus. Exemplos disso
podem ser encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oseias 2.2-13)”
(PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2010, p.35).
III.
OUTROS PECADOS SEXUAIS
1.
Estupro. A lei contrasta a cidade com o
campo para deixar clara a diferença entre estupro e ato sexual consentido. Os
versículos 25-27 tratam do caso de violência sexual, pois no campo a
probabilidade de socorro era praticamente nula, e a moça era forçada a praticar
o ato (22.25). Neste caso, somente o estuprador era morto, acusado de crime
sexual, mas a moça era inocentada (Dt 22.26,27).
2.
Incesto. A lei estabelece a lista de
parentesco em que deve e não deve haver casamento, para evitar a endogamia e o
incesto (Lv 18.6-18). Mais adiante, a lei prescreve as penas de cada grupo
desses pecados (Lv 20.10-23). “Nenhum homem tomará a mulher de seu pai” (Dt
22.30). A lei dispõe contra a prática sexual execrável de abusar da madrasta. É
o pecado que desonra o pai, invade e macula o seu leito. Quem pratica tal
abominação está sob a maldição divina (Dt 27.20). Na lei, o assunto pertence ao
campo jurídico e a condenação prevista é a morte (Lv 20.11). Entretanto,
estamos debaixo da graça, e por essa razão o tema é levado à esfera espiritual,
cuja sanção se restringe à perda da comunhão da Igreja (1Co 5.1-5). A sábia
decisão apostólica é a base para o princípio disciplinar que as igrejas aplicam
hoje.
3.
Bestialidade. É uma aberração sexual, tanto
masculina como feminina, contra a qual a lei dispõe tendo como sanção a pena de
morte, seja para o homem, seja para a mulher e também para o animal, que devia
ser morto (Lv 20.15,16). Bestialidade e homossexualismo desonram a Deus e eram
práticas cananeias, razão pela qual os cananeus foram vomitados da terra (Lv
18.23-28).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Deus
abomina o estupro, o incesto e a bestialidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Incesto — O crime
de coabitação ou relacionamento sexual com familiares ou parentes, que é
proibido na lei de Moisés (Lv 18.1-18). A lista apresentada por Moisés é
precedida por uma advertência de que Israel não deveria entregar-se aos pecados
dos egípcios a quem eles haviam acabado de deixar, ou dos cananeus para cuja
terra Deus os estava trazendo. A lista dos relacionamentos proibidos inclui:
mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, neta, filha de uma madrasta, uma tia de ambos
os lados, a esposa de um tio por parte de pai, nora, cunhada, uma mulher e sua
filha, ou neta, a irmã de uma esposa viva. Uma filha e uma irmã por parte de
pai e mãe não são mencionados especificamente, uma vez que já são classificadas
como ‘parenta da sua carne’ (v.6)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.966).
IV.
O ENSINO DE JESUS
1.
O sétimo mandamento nos Evangelhos. O
Senhor Jesus reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o
casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo
próprio Deus (Mt 19.4-6). Ele também se referiu ao tema do sétimo mandamento de
maneira direta e indireta. Direta ao fazer uso das palavras “não adulterarás”
ou “não cometerás adultério” no Sermão do Monte (Mt 5.27), na questão do moço
rico (Mt 19.18) e nas passagens paralelas (Mc 10.19; Lc 18.20). Indireta quando
fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo mandamento (Mt 19.9; Mc
10.11,12).
2.
O problema dos escribas e fariseus. Mais
uma vez Ele corrige o pensamento equivocado das autoridades religiosas de
Israel. Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao próprio
ato físico, pois desconheciam o espírito da lei, apegavam-se à letra dela (2Co
3.6). Assim, como é possível cometer assassinato com a cólera ou palavras
insultuosas, sem o ato físico (Mt 5.21,22), da mesma forma é possível também
cometer adultério só no pensamento (Mt 5.27,28).
3.
A concupiscência. Há diferença entre olhar e
cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus,
desde que dentro do casamento, nunca fora dele. O livro de Cantares de Salomão
mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas para o prazer e a
felicidade dos seres humanos. Jesus não está questionando o sexo, mas combatendo
a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O Senhor Jesus disse que os
adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19).
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
O
Senhor Jesus reiterou o princípio do sétimo mandamento.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor Jesus
estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros
mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em
si (Mt 5.28). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a
relação sexual entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra
grega porneia,
uniformemente traduzida como ‘fornicação’, inclui toda lascívia e
irregularidade sexual” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico
Wycliffe. 7ª Edição. RJ. CPAD, 2010, p.35).
CONCLUSÃO
Cremos que Deus
sabe o que é certo e o que é errado para a vida humana. A Bíblia é o manual
divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele. A sanção contra os que
violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da disciplina da
Igreja e, em alguns casos, o caos na família. Mas o julgamento divino é tão
certo quanto a sucessão dos dias e das noites, e a única salvação é Jesus (At
16.31; 17.31).
VOCABULÁRIO
Endogamia: Estado de endógamo, isto é, aquele que só se
casa com membros da sua classe ou tribo.
PARA REFLETIR
Sobre o sétimo mandamento:
O adultério destrói a família. Por quê?
Sim. Ele destrói a família porque quebra
a aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade. A infidelidade
destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.
O adultério refere-se apenas ao
envolvimento sexual de pessoas casadas?
Não. Refere-se também ao relacionamento
sexual entre uma pessoa solteira e uma casada.
Por que o adultério é destrutivo para a
família?
Porque é uma loucura que compromete a
honra e a reputação do casal.
Por que o casamento é uma instituição
divina?
Porque foi planejado e criado pelo
Senhor.
Qual o limite entre o “simples olhar” e
o “olhar malicioso”?
O olhar malicioso é o que cobiça com o
desejo de possuir o outro.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Não
adulterarás
Quando um membro
comete o pecado de adultério contra o cônjuge geralmente é redigido no Livro da
Ata da Assembleia Geral da igreja local, assim: “pecou contra o sétimo
mandamento”. Adultério e sétimo mandamento tornaram-se sinônimos na maioria das
igrejas.
Com adultério, nos
referimos ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou
solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento.
Quando Deus o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da
atual sociedade ocidental.
Era comum, em
Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de
Deus para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram
preteridas por quaisquer desculpas: “Quando um homem tomar uma mulher e se
casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela
achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a
despedirá da sua casa” (Dt 24.1). A expressão “achar coisa feia” foi
responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O resultado:
por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres. Na
sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois
destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes.
No Novo Testamento,
Jesus retomou o ideal de Deus para a humanidade e denunciou a covardia dos
homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo: “Ouviste o que foi
dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que
atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com
ela” (Mt 5.27,27). Note que a expressão “achar coisa feia”, de Deuteronômio
24.1, perdeu todo o sentido agora. O nosso Senhor estava falando aos homens
nestes termos: vocês não têm o direito de repudiar as suas mulheres para ficar
com outras mais novas. Assim Jesus asseverou: “Não tendes lido que, no
princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem
pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”
(Mt 19.4-6).
O adultério viola
por completo o princípio de Deus para com os seres humanos. Os destinatários
das palavras de Jesus eram os homens da sua época. Por quê? Ora, eles
determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como
nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás!
SUBSIDIOS
EXODO 20:14 Não
adulterarás. Essa proibição ensina a respeitar o casamento e adverte contra
o abuso ao corpo de outra pessoa. Pode incluir todas as formas de comportamento
sexual ilícito.
“Não adulterarás” (20.14). A integridade do relacionamento é
crucial na comunidade da aliança. A fidelidade de um homem e unia mulher um ao
outro reflete a fidelidade de Deus ao seu povo. Em outras antigas sociedades no
Oriente Próximo, o adultério era considerado um "grande pecado” contra o
cônjuge. A Escritura o vê como um pecado contra Deus, uma rejeição da estrutura
da aliança que liga um povo ao Senhor. Não é de admirar que a idolatria é freqüentemente
retratada como adultério espiritual, um pecado contra o vínculo de intimidade
que existe entre o Senhor e Israel. O sétimo mandamento é relativo ao adultério.
Deus considerava a santidade do matrimônio como uma responsabilidade sagrada
similar à santidade da vida (v. 13), pois o relacionamento no contexto conjugal
é um símbolo de fidelidade. O Sétimo Mandamento. Embora se dirija
especificamente à manutenção da pureza e santidade do casamento, também foi
aplicado por Jesus a toda imoralidade sexual de pensamento e ato (Mt. 5:27,
28). O sétimo mandamento refere-se à
castidade. Devemos temer tanto o que contamina o corpo, como o que o destrói. O
que tende a contaminar a imaginação ou a despertar paixões, permanece sob esta
lei, como é o caso das fotos obscenas, livros ou conversações impuras, ou
qualquer outra maneira afim.
A pureza sexual é o princípio subjacente neste mandamento.
Adultério constituiu-se em relações sexuais ilícitas feitas por alguém casado.
Tratava-se de pecado contra a família. Mas este mandamento é aplicável a todos
os tipos de imoralidade sexual. A concepção em vigor atualmente que afirma
haver exceções a esta regra não tem justificativa. Jesus deixou claro que o
adultério está no coração e ocorre antes do ato (Mt 5.28). Este mandamento
condena todas as relações sexuais que acontecem fora do laço matrimonial.
Também infere a proibição de atos que precedem e conduzem ao ato sexual.
DEUTERONOMIO 22:13-21 Esse parágrafo trata de um homem
que, depois de se casar com uma moça, suspeita que ela não era virgem. As
provas da virgindade provavelmente consistiam em marcas nos lençóis do leito
nupcial deixadas por ocasião da primeira experiência sexual da mulher.14 Se o
pai da moça, e sua mãe pudessem provar a virgindade da filha, o marido
desconfiado seria castigado, teria de pagar uma multa de cem siclos de prata e
não poderia se separar da mulher pelo
resto da vida. Se, porém, a moça tivesse se comportado de forma imoral antes do
casamento, devia ser morta por apedrejamento.
DEUTERONOMIO 22:22-30
Os versículos restantes desse capítulo tratam de diversos tipos de imoralidade
sexual:
1. 0 homem e a mulher que fossem surpreendidos em adultério
deviam ser mortos.
2. Se um homem violentasse uma moça virgem, desposada [...]
na cidade e a moça não gritasse por socorro, ambos eram considerados culpados de
adultério e deviam ser mortos.
3. Se algum homem violentasse uma moça desposada no campo,
onde seus gritos por socorro não poderiam ser ouvidos, o homem devia ser morto,
mas a moça era considerada inocente.
4. 0 homem que tivesse relações sexuais com uma virgem devia
pagar ao pai da moça cinquenta siclos de prata e se casar com ela.
5. 0 versículo 30 proíbe o incesto, isto é, relações sexuais
com um membro da família.
20.14 NÃO ADULTERARÁS.
O sétimo mandamento proíbe o adultério (cf. Lv 20.10; Dt 22.22) e abrange a
imoralidade e todos os demais pecados sexuais (Mt 5.27-32; 1Co 6.13-20). O
adultério (i.e., a infidelidade de um cônjuge ao outro) é tão abominável aos
olhos de Deus, que a Bíblia inteira condena esse pecado. A Bíblia ensina o
seguinte a respeito do adultério:
(1) Ele transgride a lei moral de Deus expressa no Decálogo.
(2) Na lei do AT, o adúltero era punido com a pena de morte
(Lv 20.10; Dt 22.22).
(3) Acarreta conseqüências permanentes e graves (2 Sm
11.1-17; 12.14; Jr 23.10,11; 1 Co 6.16-18); quem comete adultério levará o
opróbrio disso por toda a vida (Pv 6.32,33).
(4) Como pecado hediondo, o adultério é ainda pior, quando
cometido por dirigentes do povo de Deus. No caso de cometerem esse pecado, isso
equivale a desprezar a Palavra de Deus e o próprio Senhor (2 Sm 12.9,10). Um
crente que cometer tal pecado, desqualifica-se, tanto para ser indicado para o
trabalho do Senhor, como para continuar no mesmo. Note como no AT o adultério
era um pecado generalizado em Israel, devido à má influência de profetas e
sacerdotes estragados, que o cometiam (Jr 23.10-14; 29.23).
(5) O adultério e outros casos de imoralidade de dirigentes
e membros da igreja, resulta muitas vezes no que a Bíblia chama de adultério
espiritual, i.e., infidelidade a Deus (Os 4.13,14; 9.1.
(6) O adultério começa como um desejo mau no coração, para
depois manifestar-se na área física. A concupiscência é, claramente, um pecado
na Bíblia (Jó 31.1,7; ver Mt 5.28).
(7) O adultério é um pecado de tal magnitude e efeito, que o
cônjuge inocente pode dissolver o casamento mediante divórcio (ver Mt 19.9
nota; Mc 10.11).
(8) A imoralidade sexual dentro da igreja deve ser objeto de
disciplina e jamais tolerada (1 Co 5.1-13).
(9) Adúlteros que
prosseguem na prática desse pecado, não têm herança no reino de Deus, i.e.,
eles privam-se da vida e da salvação que Deus oferece (1 Co 6.9; Gl 5.19-21).
(10) O adultério e a prostituição são termos usados na
descrição da igreja apóstata e das abominações que ela comete (Ap 17.1-5; ver
Ap 17.1).
MATEUS 5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR.
Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência (gr. epithumia). O que Cristo
condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de
uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo
contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um
desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O
desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado.
(1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar
cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt
2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl
3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente
como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não
se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar
tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado
(1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3).
MATEUS 19.9 A NÃO SER
POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de Deus para o casamento é que ele
seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe
(vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, Jesus cita
uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), palavra esta que no
original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32;
19.9). O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual,
quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar.
(1) Quando Jesus censura o divórcio em 19.8,9, não estava
referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido
no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a
cerimônia do casamento (Dt 24.1). A vontade de Deus em tais casos era que os
dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência
pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8).
(2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o
AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes
culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto, evidentemente, deixaria o
cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova Aliança, os privilégios do crente não são menores.
Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão
cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao
casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se
de novo com um crente (1 Co 7.27,28).
MARCOS 10.11 ADULTERA.
Jesus ensina aqui que quem se divorcia por razões não bíblicas e se casa de
novo, peca contra Deus, cometendo adultério (ver Ml 2.14 nota; Mt 19.9 nota; 1
Co 7.15). Noutras palavras, Deus não tem obrigação de considerar um divórcio
correto ou legítimo, simplesmente porque o Estado (ou qualquer outra
instituição humana) o legaliza.
ELABORADO PELO EVANGELISTA;
NATALINO DOS ANJOS.
FONTES:
Comentário Bíblico Popular
Comentário Bíblico Mathew Henry
Comentário Bíblico Moody
Comentário Bíblico BEACON
O Novo Comentário Bíblico - EarI D. Radmacher ■ Ronald B.
Allen ■ H. Wayne House
Bíblia de Estudo Pentecostal
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