LIÇÕES BIBLICAS DA
CGADB - ADULTOS - 1º TRIMESTRE 2015
Lição 12 - 22 de Março de 2015
Não Cobiçarás – lição 12
TEXTO ÁUREO
"De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a
veste."
(At 20.33)
VERDADE PRÁTICA
A cobiça é a raiz da qual surge todo pecado contra o próximo,
tanto em pensamento como na prática.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 3.6
A queda do homem começou com a cobiça daquilo que não era
seu.
Terça – Pv 6.25
A beleza é também uma porta para a entrada da cobiça
Quarta – Mt 5.28
A cobiça é um pecado que gera outros tipos de pecado
Quinta – Rm 7.7
O apóstolo Paulo mencionou a cobiça como fonte da
concupiscência
Sexta – 1 Co 10.6
O cristão deve aprender a lição dos israelitas no deserto
sobre a cobiça
Sábado – Tg 1.14,15
Ninguém é suficientemente forte para brincar com o pecado e
sair ileso longe de mexericos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.17; 1 Reis 21.1-5,9,10,15,16
OBJETIVO GERAL
Apresentar a sutileza do último mandamento do Decálogo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o
professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus
respectivos subtópicos.
I.Tratar a
abrangência e objetivo do último mandamento
II.Mostrar o real
significado da cobiça.
III.Ressaltar as
consequências nefastas da cobiça mediante o exemplo da vinha de Nabote.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Todo ser humano tem desejos e vontades, e não existe nenhum
mal nisso. O que o décimo mandamento proíbe é a ambição, o desejo ardente de
possuir ou conseguir a todo custo o que pertence ao próximo. Tomemos como
exemplo o rei Acabe. Ele poderia ter a terra que desejasse, mas tomado pela
cobiça, desejou o vinhedo do seu próximo e não mediu esforços para conseguir. Cometeu
abuso de poder, mentiu, inventou um plano sórdido e fez com que um homem
inocente perdesse a vida. A cobiça é o resultado da maldade humana.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O décimo mandamento envolve atos e sentimentos. O sétimo
mandamento proíbe o adultério, e aqui
Deus proíbe o desejo de adulterar. O Senhor Jesus foi direto ao ponto:
"qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu
adultério com ela" (Mt 5.28). O último mandamento protege o ser humano de
ambições erradas. A cobiça infecta pobres e ricos nas suas mais diversas
formas.
I. O DÉCIMO MANDAMENTO
1. Abrangência. O tema diz respeito à proibição da
concupiscência da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida (Gn
3.6; 1 Jo 2.16). Isso envolve muitos tipos de pecado como sensualidade,
luxúria, busca desenfreada por possessões ilícitas, obsessão pelo poder,
ostentação esnobe e orgulho. Esse mal continua no gênero humano desde a sua
queda até a atualidade.
2. Objetivo. O propósito divino é estabelecer limites à vontade
humana, para que haja respeito mútuo entre as pessoas e seus bens. Muitos
outros vícios acompanham a cobiça, como lascívia, concupiscência, inveja e
avareza, entre outros (Gl 5.20,21; Tg 4.2). Não pode haver paz num contexto
como esse. É necessário que cada pessoa se controle para viver uma vida
virtuosa, e isso é fundamental na construção de uma sociedade justa e feliz.
Melhor é o que domina seu espírito do que o que toma uma cidade (Pv 16.32). Nós
levamos vantagem por termos Jesus e o Espírito Santo (Gl 2.20; 5.5).
3. Contexto. Há algumas variações entre os dois textos (Êx
20.17; Dt 5.21). A ordem das cláusulas está invertida. Em Deuteronômio, aparece
um sinônimo do verbo "cobiçar" e acrescenta-se a palavra
"campo". Isso mostra que o formato de Êxodo está adaptado ao estilo
nômade de vida de Israel no deserto, ao passo que Deuteronômio é o modelo para
o país prestes a ser estabelecido na terra de Canaã.
4. Esclarecimento. Os católicos romanos e os luteranos
dividem em dois o décimo mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu
próximo", um; e "Não cobiçarás a mulher do teu próximo" (Êx
20.17), dois. Enquanto essas sentenças são lidas como mandamentos distintos,
eles consideram "Não terás outros deuses [...]" e "Não farás para
ti imagem de escultura [...]" como um único mandamento. Na soma permanecem
os dez mandamentos. Ambos mantiveram a tradição catequética medieval desde
Agostinho de Hipona. Nós seguimos o sistema das igrejas reformadas, que vem dos
judeus e é anterior a tudo isso (cf. Flávio Josefo. História dos Hebreus.
Edição CPAD, pp.165-66).
PONTO CENTRAL
É pecado o desejo ardente de possuir ou conseguir alguma
coisa que pertence ao próximo.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A finalidade do décimo mandamento é erradicar o desejo
perverso de querer o que é do próximo.
II. COBIÇA
1. Significado. O verbo hebraico hamad indica o ato de
desejar aquilo que é gerado pela emoção, que começa com a impressão visual pela
coisa ou pessoa desejada. Tudo isso se resume a "desejar, tentar adquirir,
almejar, cobiçar". O termo é usado para "encontrar prazer em"
(Is 1.29; 53.2). Hamad aparece duas vezes aqui no décimo mandamento (Êx 20.17).
A Septuaginta traduz pelo verbo epithymeo, literalmente, "fixar desejo
sobre"; de epi, "sobre", e thymos, "paixão, ira". O
termo em ambas as línguas pode se referir a coisa boa ou coisa má, dependendo
do contexto (Mt 5.28; 13.17).
2. Cobiçar. Desejar o que pertence a outro é o pecado que o
décimo mandamento condena. O Novo Testamento menciona esse último mandamento do
Decálogo (Rm 7.7; 13.9). Trata-se de cobiçar a casa do outro, a mulher do
próximo e em seguida o mandamento inclui servo e serva, boi e jumento, e
termina com as palavras "nem coisa alguma do teu próximo". A cobiça é
o desejo excessivo de possuir aquilo que pertence ao outro. A descrição deixa
claro que não se trata de simplesmente almejar uma casa ou um boi, mas de
desejos incontroláveis de possuir a casa e o boi que já tem dono, e isso por
meio ilícito (At 20.33; 1 Co 10.6; Tg 4.2). É o mesmo que roubar (Mq 2.2).
3. O texto paralelo. Como ficou dito antes, o décimo
mandamento em Deuteronômio não segue rigorosamente o registro de Êxodo. Mas
isso não altera o sentido da mensagem. O segundo verbo empregado para
"cobiçar" é awah, que significa "desejar ardentemente, ansiar,
almejar, cobiçar". Aparece ao lado de hamad (Gn 3.6) e, como termo
alternativo, em "não cobiçarás a mulher do teu próximo" (Dt 5.21). A
Septuaginta traduz os dois verbos igualmente por epithymeo.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A cobiça é o desejo excessivo de possuir aquilo que pertence
ao outro.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, explique aos alunos que "Deus proíbe a
cobiça de todo tipo quando fala da casa do vizinho, de sua esposa, servo, boi,
jumento ou de qualquer coisa que lhe pertença (Êx 20.17). O Novo Testamento
declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5) ou adoração a deuses e
posses, e a condena junto com outros pecados. O Senhor Jesus viu cobiça no
jovem rico quando lhe citou os seis mandamentos da segunda tábua da lei, e
então o desafio ao décimo mandamento ao ordenar que ele vendesse tudo que tinha
e desse o dinheiro aos pobres" (Dicionário Wycliffe, CPAD, p. 428).
III. A VINHA DE NABOTE
1. Proposta recusada. O relato bíblico do confisco criminoso
da vinha de Nabote é um dos mais chocantes da Bíblia e serve como amostra do
que a cobiça é capaz de fazer. A vinha de Nabote era uma propriedade vizinha ao
palácio do rei Acabe, em Samaria. O rei apresentou uma proposta de compra ou
troca aparentemente justa. Mas Nabote recusou a oferta do rei: "Guarde-me
o SENHOR de que eu te dê a herança de meus pais" (vv. 1-3). Havia nessa
recusa uma questão familiar, cultural e religiosa. A propriedade era um bem
sagrado que não se transferia definitivamente para outra família (Lv 25.23-25;
Nm 36.7).
2. O direito de propriedade. O rei ficou "desgostoso e
indignado [...] deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão"
(v. 4). O rei Acabe adoeceu, pois a cobiça por algo que não lhe pertencia o
havia dominado. A Bíblia diz que a medida da impiedade de Acabe se completou
quando ele se casou com Jezabel, uma princesa fenícia de origem pagã, devota de
Baal. Ela era filha de Etbaal, rei de Sidom (1 Rs 16.29-32). Jezabel não
respeitava o sagrado direito de propriedade estabelecido por Deus na lei de
Moisés. Ela não hesitou em elaborar um plano criminoso para condenar Nabote à
morte e confiscar sua vinha (vv.9,10).
3. O pecado de Acabe e Jezabel. O plano de Jezabel funcionou
com a conivência do marido. Envolveu a elite da sociedade e a corte palaciana,
o que por si só mostra que a sociedade de Samaria estava completamente
dominada, pois o texto menciona "anciãos e nobres" corrompendo falsas
testemunhas (1 Rs 21.8-10). A acusação foi a seguinte: "Blasfemaste contra
Deus e contra o rei" (v.10). Agora, Nabote devia ser
"legalmente" apedrejado até a morte por ter se recusado a negociar
sua propriedade com o rei. As duas testemunhas davam consistência legal ao
processo (Lv 24.10-16; Dt 17.6).
4. O casal não contava com uma testemunha verdadeira. Estava
tudo acabado e benfeito social e juridicamente. Ao saber da notícia, Acabe
ficou curado de sua enfermidade e foi tomar posse da vinha de Nabote (vv. 15,
16). Eles violaram o sexto mandamento, "não matarás"; o oitavo,
"não furtarás"; o nono, "não dirás falso testemunho contra o teu
próximo"; e o décimo, "não cobiçarás" (Dt 5.17, 19-21). Isso sem
contar os três primeiros mandamentos que já vinham violando, com sua idolatria,
desde o princípio. Mas Acabe e Jezabel não contavam com uma testemunha que
sabia de tudo e tinha autoridade para se vingar dessas barbaridades (1 Rs
21.17-19).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O episódio da vinha de Nabote nos mostra quão terrível é a
cobiça e quais são suas consequências
CONCLUSÃO
O triste episódio de Acabe se repete ao longo da história.
Que Deus nos livre de todas essas maldades. A lei não proíbe o desejo em si,
mas o desejo daquilo que pertence a outro. Não é pecado desejar bens e
conforto, as coisas boas de que necessitamos na vida. Na verdade, viver é
desejar. Desejar uma casa é mais natural do que respirar, mas para isso é
necessário trabalhar e fazer economias até conseguir a realização do seu desejo
com ajuda de Deus.
PARA REFLETIR
Sobre o décimo mandamento:
Qual a diferença entre cobiçar e desejar?
A cobiça é o desejo excessivo de possuir aquilo que pertence
ao outro. Não se trata de simplesmente almejar uma casa ou um boi, mas de
desejos incontroláveis de possuir a casa e o boi que já têm dono, e isso por
meio ilícito. É o mesmo que roubar.
Você acha normal o que aconteceu com a vinha de Nabote?
Explique que Acabe usou do seu poder como rei de forma
errada, além de tramar um plano sórdido para tirar a vida de um homem. As
atitudes de Acabe revelam seu caráter doentio.
O que você sentiria se tivesse a sua propriedade tomada?
Resposta livre. Explique que a lei de Deus, e a brasileira,
protegem o direito de propriedade.
Você já participou de uma artimanha para legitimar uma
injustiça?
Deixe seus alunos à vontade para responder a tal pergunta.
Se alguém se manifestar, oriente-o a nunca fazer tal maldade.
Você já cobiçou o que pertence ao outro?
Peça que os alunos sejam sinceros.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.41.
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SUGESTÃO DE LEITURA
Mais 201 Respostas
Uma continuação da obra 201 respostas. O autor complementa sua
versão anterior, a qual representa o resumo de uma pesquisa sobre os assuntos
relevantes e práticos da vida cristã e do mundo contemporâneo. Seus temas são de fácil entendimento, cujos
pontos principais são: família, homossexualismo, suicídio, religiões, etc.
A Difícil Doutrina do
Amor de Deus
A Difícil Doutrina do Amor de Deus não só critica as ideias
sentimentais a respeito do amor de Deus, por exemplo. "Deus odeia o
pecado, mas ama o pecador", como fornece uma perspectiva sobre a sua
natureza e por que Ele ama como ama. Restaurar a idéia correta de quem é Deus.
SUBSIDIOS
O Décimo Mandamento: Não Cobiçar (Exodo 20.17)
Este último mandamento está por baixo dos quatro
precedentes, visto que atinge o propósito do coração. Matar, adulterar, roubar
e mentir são resultados de desejos errados que inflamam nosso ser. E singular
que a lei hebraica inclua este desafio ao nosso pensamento e intenção. “Os
antigos moralistas não reconheciam esta condição” e não condenavam os desejos
maus. Mas é no coração onde se inicia toda a rebelião, e este mandamento revela
o aspecto interior de todos os mandamentos de Deus.
Paulo reconheceu este aspecto interior da lei quando se
conscientizou de sua condição pecaminosa (Rm 7.7). Muitas pessoas são
absolvidas de crimes com base em atos exteriores, mas são condenadas quando
levam em conta os pensamentos interiores. Estes desejos cobiçosos são, por
exemplo, pela propriedade ou pela mulher pertencente ao próximo (17). Tais desejos
criminosos precisam ser purgados pelo Espírito de Deus; só assim viveremos em
obediência perfeita à santa lei de Deus.
O Décimo Mandamento. A cobiça é "o desejo desordenado
de uma coisa que não possuímos" (G.A. Chadwick, Exodus in Expository
Bible). "O mais íntimo de todos os mandamentos, proibindo não um ato
externo, mas um estado mental escondido, isto é, um estado que é a raiz de
quase todo o pecado contra o vizinho" (Cambridge Bible). É basicamente o
pecado de Adão e Eva, de desejar aquilo que não era da vontade de Deus que
tivessem.
EXODO 20.17 NÃO
COBIÇARÁS.
(1) A cobiça inclui o desejo ou concupiscência por tudo
quanto é errado ou que pertence a outra pessoa. Paulo declara que esse mandamento
revela a profundidade da pecaminosidade humana (Rm 7.7-13).
(2) Essa lei, bem como as demais, desmascara a depravação do
homem e da mulher, e os conclama a buscarem graça e poder moral da parte de
Deus (Lc 12.15-21; Rm 7.24,25; Ef 5.3).
(3) Somente pelo poder do Espírito Santo é que podemos viver
uma vida que agrade a Deus (ver Rm 8.2).
MIQUEIAS 2.1-5 AI
DAQUELES QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade
contra certas pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o
próximo a fim de atingir seus intentos egoístas.
(1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio
após sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem
mais propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com
o sofrimento infligido ao próximo.
(2) Deus tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam
semeado. Deus enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao
cativeiro.
(3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos,
nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões.
LUCAS 12.15
ACAUTELAI-VOS... DA AVAREZA. Fazer dos ganhos ou das riquezas da terra o
propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição eterna (vv. 20,21).
(1) A palavra grega traduzida avareza (pleonexia),
literalmente significa a sede de possuir mais.
(2) A avareza nada tem com o provimento das nossas próprias
necessidades e as da nossa família (cf. Pv 6.6). Enquanto trabalhamos para
suprir as nossas necessidades, devemos ser ricos para com Deus e buscar em
primeiro lugar o seu reino e a sua justiça (v. 31; cf. Mt 6.33).
(3) Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus
e examinar se há egoísmo e avareza em seu próprio coração.
HEBREUS 13.5 SEM
AVAREZA. Note que a admoestação para se ficar livre do amor ao dinheiro,
segue-se à exortação contra a imoralidade (v. 4). A avareza e a imoralidade têm
estreita conexão entre si no NT (1 Co 5.11; 6.9,10; Ef 5.3; Cl 3.5). Com grande
freqüência o amor à abundância e ao luxo, bem como a busca constante de
riqueza, fazem da pessoa presa fácil dos pecados sexuais (ver 1 Tm 6.6-10).
SALMOS 106.15 ELE
SATISFEZ-LHES O DESEJO, MAS FEZ DEFINHAR A SUA ALMA. Devemos acautelar-nos
para não andarmos em busca daquilo que não é da vontade de Deus. Quando
insistimos em satisfazer nossos desejos egoístas, Deus, às vezes, permite que
façamos nossa própria vontade, mas com isso vem o definhamento espiritual e a
calamidade física. Deus não impede que o crente busque coisas contrárias à sua
vontade revelada como, por exemplo, atividades profissionais mundanas,
relacionamento amoroso ilícito, prazeres mundanos, desejos cobiçosos, ou
amizade com incrédulos, mas tais coisas levam a conseqüências destrutivas
(e.g., Gn 13.12,13; 19; Os 13.11).
A cobiça é um pecado
que gera outros tipos de pecados.
MATEUS 5.28 ATENTAR
NUMA MULHER PARA A COBIÇAR. Trata-se de cobiça carnal, ou concupiscência
(gr. epithumia). O que Cristo condena aqui não é o pensamento repentino que
Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge
de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado,
aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará
realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito,
imaginado e não resistido, é pecado.
(1) O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar
cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt
2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl
3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente
como o homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não
se vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar
tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado
(1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3).
O cristão deve aprender
a lição dos israelitas no deserto sobre a cobiça.
1CORINTIOS 10.6 ESSAS
COISAS... FEITAS EM FIGURA. O terrível juízo divino sobre os israelitas
desobedientes serve de exemplo e advertência aos que estão sob a Nova Aliança,
para não cobiçarem as coisas más. Paulo adverte aos coríntios que se eles forem
infiéis a Deus como Israel (vv. 7-10), eles também serão julgados e não
entrarão na pátria celeste prometida.
NÚMEROS 11.4 O
VULGO... VEIO A TER GRANDE DESEJO. O termo "vulgo" refere-se aos
não-israelitas que se juntaram ao povo de Israel, no êxodo (Êx 12.38).
Influenciaram Israel a rebelar-se contra Deus e a desejar os ilusórios prazeres
do Egito (v. 5).
“De ninguém cobicei a
prata, nem o ouro, nem as vestes.”
ATOS 20.33 DE NINGUÉM
COBICEI A PRATA. Paulo dá um exemplo a todos os ministros de Deus. Ele
nunca visou a riqueza, nem buscou enriquecer através do seu trabalho no
evangelho (cf. 2 Co 12.14). Paulo teve muitas oportunidades de acumular
riquezas. Como apóstolo, tinha influência sobre os crentes, e realizava
milagres de curas; além disso, os cristãos primitivos estavam dispostos a doar
dinheiro e propriedades aos líderes eclesiásticos de destaque, para serem
distribuídos aos necessitados (ver 4.34,35,37). Se Paulo tivesse tirado
vantagem dos seus dons e da sua posição, e da generosidade dos crentes, poderia
ter tido uma vida abastada. Não fez assim porque o Espírito Santo dentro dele o
orientava, e porque amava o evangelho que pregava (cf. 1 Co 9.4-18; 2 Co
11.7-12; 12.14-18; 1 Ts 2.5,6).
ELABORADO PELO EVANGELISTA;
NATALINO DOS ANJOS
FONTE DE PESQUISA.
Comentário Biblico Moody
Resumo dos Dez Mandamentos.
Por John Gill.
Biblia de Estudo Pentecostal
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