Lições Bíblicas CPAD - Adultos
2º Trimestre de 2015
Título: Jesus, o
Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas, o médico amado
Comentarista: José
Gonçalves
Lição 4: A tentação de
Jesus
Data: 26 de
Abril de 2015
TEXTO ÁUREO
“Porque não
temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém
um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15).
VERDADE PRÁTICA
Jesus firmou-se na
Palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
— Lucas 4.2; 1Co 10.13
A tentação é uma
realidade para todos os crentes
Terça
— Lc 4.3; 1Pe 5.8
A necessidade
constante de vigilância ante a tentação
Quarta
— Gn 3.6; Lc 4.3,4
A tentação de ser
saciado em um momento de necessidade
Quinta
— Lc 4.5-8
A tentação de ser
prestigiado e assim descumprirmos o propósito divino
Sexta
— Lc 4.9
A tentação de ser
notado quando Deus quer discrição
Sábado
— Lc 4.12,13
Em Jesus Cristo
podemos vencer a tentação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas
4.1-13.
1 — E
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto.
2 — E
quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma,
e, terminados eles, teve fome.
3 — E
disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se
transforme em pão.
4 — E
Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem,
mas de toda palavra de Deus.
5 — E
o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os
reinos do mundo.
6 — E
disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim
me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 — Portanto,
se tu me adorares, tudo será teu.
8 — E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o
Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
9 — Levou-o
também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
10 — porque está escrito: Mandará aos seus
anjos, acerca de ti, que te guardem
11 — e que te sustenham nas mãos, para que
nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
12 — E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito
está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.
13 — E, acabando o diabo toda a tentação,
ausentou-se dele por algum tempo.
HINOS SUGERIDOS
75,
308, 422 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que Jesus foi tentado, mas venceu toda tentação pelo poder da Palavra de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
· I. Compreender a
realidade da tentação.
· II. Explicar como
Jesus venceu a tentação de ser saciado.
· III. Saber como
Jesus venceu a tentação de ser celebrado.
· IV. Analisar as
artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse à tentação de ser notado.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O
Diabo é um anjo do mal que, dia e noite, procura fazer com que os servos de
Deus sejam seduzidos pelo pecado. Como homem Jesus também foi tentado em tudo
(Hb 4.15b), mas o Mestre venceu toda tentação. O Inimigo foi derrotado em todas
as áreas na vida de Jesus. A tentação vem para todos os filhos de Deus, porém,
a Palavra do Senhor nos garante que, se resistirmos ao Diabo, ele fugirá de nós
(Tg 4.7).
Lucas
diz que o Diabo se ausentou de Jesus por um tempo (Lc 4.13), ou seja, até
encontrar outra oportunidade para atacá-lo novamente. Jesus estava iniciando
seu ministério quando foi conduzido ao deserto para experimentar vários tipos
de tentação, mas o Inimigo, mesmo sem sucesso, o tentou até a cruz.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A tentação é uma
realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá se deparar. Não existe
ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi
tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz
da Palavra de Deus.
Nesta lição iremos
aprender como Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás. Veremos a sutileza
do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carência e
necessidade física, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer “não” a cada
uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de Jesus é também a
nossa.
PONTO CENTRAL
A tentação é uma realidade, mas em
Jesus podemos vencê-la.
I.
A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1.
Uma realidade humana. Já foram assinalados em
comentários anteriores que devemos levar em conta o fato bíblico e teológico
incontestável de que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como
Deus, não podia ser tentado, mas como homem, mesmo sendo perfeito, sim (Jo
17.5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No mistério da encarnação, Jesus não perdeu a sua
natureza divina, nem tampouco os atributos da divindade, mas, como diz a
tradução americana de Philips, Ele “abdicou de seus privilégios” (Fp 2.7). Como
homem Ele foi tentado em todas as coisas, assim como nós, porém, não
transgrediu (Hb 4.15). À luz do ensino bíblico, portanto, a tentação de Jesus
Cristo foi real e não apenas uma encenação. O homem perfeito, Jesus, foi
tentado em tudo, mas não pecou! (1Pe 2.22).
2.
Vencendo a tentação. Lucas revela que Cristo foi
conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em
sua condição humana, foi capacitado pelo Espírito Santo para enfrentar Satanás.
A capacitação de poder sobre Jesus revela o lado messiânico da sua missão. Na
teologia lucana, o Messias seria revestido pelo Espírito para realizar a obra
de Deus, e isso incluía desfazer as obras do Diabo. A vitória de Jesus sobre a
tentação é também a nossa vitória. Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do
pecado com oração, com a Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em
Cristo podem sim, também, vencer a tentação (1Co 10.13).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A
tentação é uma realidade para todos os filhos de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Diabo tentou o
Filho do homem, mas também o Filho de Deus. Foi uma disputa entre Jesus, cheio
do Espírito Santo, e o acusador dos homens. O Diabo tinha vencido, com Adão e
Eva. Ele tinha esperanças de triunfar sobre Jesus” (ROBERTSON, A. T.Comentário
de Lucas: À Luz do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013,
p.80).
II.
A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
1.
A sutileza da tentação. A primeira
tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa tentação Jesus
respondeu: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem” (Lc 4.3,4). O Diabo,
por certo, sabia que por ocasião do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe
da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era,
precisava enfrentar a tentação em sua condição humana, e não fazer uso de seus
atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era,
evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar
todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua missão
de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer não, o seu
alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de Deus.
2.
Gratificação pessoal. Depois de 40 dias de jejum
total, Jesus, sem dúvida alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o
seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos
necessários para a manutenção do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o
desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo é apenas para uma
gratificação pessoal, como queria o Diabo, então ele se converte em pecado.
Satanás queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais necessárias
do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o pão material
era o pão espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma
artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou
prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Jesus
foi tentado a satisfazer sua necessidade de ser saciado.
CONHEÇA MAIS
O jejum
“Segundo a leitura
médica, trinta a quarenta dias de completo jejum exaure as energias do corpo,
causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão. Mesmo neste estado de
fraqueza, Jesus permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e agiu de acordo com a
Palavra de Deus” (Guia do Leitor da Bíblia. CPAD. p.655).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Jesus experimenta
três tentações específicas. A primeira envolve suas necessidades físicas (Lc
4.3,4). O Diabo presume que Jesus é o Filho de Deus — ‘Se tu és o Filho de
Deus’ significa ‘Visto que Tu és o Filho de Deus’. Claro que Jesus pode exercer
o poder de Deus e transformar uma pedra do chão em pão. O Diabo sugere que o
uso deste poder para aliviar a fome era verdadeira prova de que Jesus é o Filho
de Deus. Mas se Jesus transformasse uma pedra em pão, tal milagre revelaria sua
falta de fé na bondade de Deus. Ele teria obedecido a Satanás em vez de ser
obediente a Deus. Ele teria usado seu poder para satisfazer as necessidades
pessoais em vez de usá-lo para a glória de Deus.
Jesus resiste à
tentação do Diabo citando Deuteronômio 8.3. O ponto de sua resposta é que o
bem-estar humano é mais que assunto de ter comida suficiente. O mais importante
é obedecer à Palavra de Deus e confiar no Senhor que cuida de nós. Jesus
obedece à Palavra de Deus, embora implique em fome física” (Comentário
Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
III.
A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1.
O príncipe deste mundo. No texto de
Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domínio sobre os reinos do mundo. Jesus
não contestou as palavras de Satanás quando este afirmou que possuía autoridade
sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o próprio Cristo afirmou que Satanás é o
príncipe deste mundo (Jo 16.11). O apóstolo João nos diz que “o mundo está no
maligno” (1Jo 5.19). E o apóstolo Paulo diz que o Diabo é “príncipe das
potestades do ar” (Ef 2.2). Vivemos em um mundo caído e com um sistema iníquo,
mas, assim como Jesus Cristo, não fazemos parte dele (Jo 8.23; 17.9; 18.36). É
lamentável quando crentes não apenas vivem de acordo com os padrões deste mundo,
mas também ficam totalmente comprometidos com ele.
2.
A busca pelo poder terreno. Por trás
desse sistema iníquo existe toda uma filosofia de domínio. Esse poder pode
estar presente tanto na esfera material como na espiritual. É a busca pela
glória e poder terreno. O Diabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser
chamado “senhor”, é algo que fascina os homens. Satanás sabia que derrubaria
Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir
conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A
isca foi lançada e Adão a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o mesmo
aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante de
Satanás. Por certo, muitos estão exercitando poder e domínio neste mundo, mas
provavelmente também estão se curvando diante de Satanás.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Como
homem, Jesus foi tentado a buscar honra e celebração para si.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A segunda tentação
é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc
4.5-8). Num momento de tempo, ele traz à presença de Jesus todos os reinos do
mundo. Afirma que eles lhes foram dados e que ele tem o direito de dispor deles
como quiser. A afirmação do Diabo é meia-verdade. Embora ele tenha grande poder
(Jo 12.31; 14.30), não tem autoridade para dar a Jesus os reinos do mundo e a
glória deles. Ele promete que Jesus pode se tornar o governante da terra se tão
somente Ele o adorar. Satanás tenta ludibriar Jesus para obter poder político e
estabelecer um reino no mundo maior que o dos romanos.
O Reino que Jesus
veio estabelecer é muito diferente. É um reino no qual Deus reina, e é formado
por homens e mulheres livres da escravidão do pecado e de Satanás” (Comentário
Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
IV.
A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1.
A artimanha do Inimigo. O Diabo não
desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez com seu
jargão predileto: “Se tu és” (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a frase:
“porque está escrito” (Lc 4.10). Satanás tenta derrotar Jesus usando a Bíblia!
Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Quando a Palavra do
Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, então ela é de fato a
Palavra dEle. Porém, quando passa a possuir um sentido particular, isto é, que
Deus não disse, não é mais a Palavra dEle, mas palavras de Satanás. A Bíblia
usada fora do seu contexto, como fez o Diabo e as seitas que ele criou, não é a
Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. É preciso muito cuidado quando se vê
alguém manusear a Bíblia. Pode ser que esse “manuseio” não esteja a serviço de
Deus!
2.
A busca pelo prestígio. Quando o
Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto mais alto (Lc
4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber
que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir
aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou frente
aos apelos de Satanás.
Há um
reconhecimento e uma fama que são bíblicas e não há nada pecaminoso nisso (Gn
12.2; 2Sm 7.9). Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em si
mesmo, então passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos não medem
esforços para se exibir. Isso é pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou
espiritual.
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
Jesus
venceu a tentação de ser notado pelos homens.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A terceira
tentação tem a ver com provar a verdade da promessa de Deus (Lc 4.9-12). Jesus
se deixa levar voluntariamente com o maligno até o ponto mais alto do templo. A
localização precisa no templo é incerta, mas do ponto mais alto do templo
Satanás instiga Jesus a pular: ‘Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui
abaixo’ (v.9). A sugestão dele é esta: ‘Antes de tu te dispores em tua missão,
é melhor que te certifiques da proteção de Deus. Então, por que não pulas e não
te asseguras de que Deus tomará conta de Ti?’. O maligno foi refutado duas
vezes com as Escrituras, então ele cita o Salmo 91.11,12 para garantir que Deus
o protegerá de qualquer dano. Este é um exemplo de torcer as Escrituras para
servir a um propósito, pois o Salmo 91 não garante que Deus fará milagres sob
as condições que estipularmos” (Comentário Bíblico Pentecostal. Volume
1. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.338).
CONCLUSÃO
Jesus venceu
Satanás no deserto e em todas as outras situações em que o confrontou durante o
seu ministério terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvário, o Filho de
Deus derrotou Satanás de forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14). Posteriormente, o
apóstolo Paulo ensinaria à Igreja que todos aqueles que se encontram em Cristo
também participam dessa vitória (Ef 1.20-22; 2.6). Em Cristo somos mais do que
vencedores (Rm 8.37; 1Co 15.57), todavia, como cristãos criteriosos, não
devemos subestimar o mal (Lc 22.31-34).
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas,
responda:
De que forma a lição explica a tentação
de Jesus?
Ela explica que a tentação é uma
realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias tentações. Porém, Ele
venceu todas.
Qual foi a primeira tentação de Jesus?
A primeira tentação foi a sugestão do
Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia que Jesus
estava em jejum e, certamente, estava com fome.
Qual foi a segunda tentação?
A segunda tentação foi a oferta que o
Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8).
Satanás tentou derrotar Jesus usando
até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a Palavra de Deus.
Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de forma errada, fora
do seu contexto.
Quando Jesus derrotou Satanás de forma
definitiva?
Quando da sua morte e ressurreição na
cruz do calvário.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A
tentação de Jesus
O evangelista Lucas
registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (4.1). Após o nosso Senhor ser
cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto, onde foi
tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor Jesus ficou em
comunhão com Deus Pai através de jejum e oração. Entretanto, ao sentir fome,
nosso Senhor começou a ser tentado pelo Diabo. O relato do capítulo 4 do
Evangelho de Lucas retrata três tentações que o Senhor Jesus foi provado: as
necessidades físicas (vv.3,4), a oferta de autoridade sobre os reinos (vv.5-8)
e provar a verdade da promessa de Deus (vv.9-12).
A primeira tentação
de Jesus revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício próprio, pois
antes agradava obedecer a Deus que a Satanás. Seria natural, se com fome, o
nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser verdadeiramente o Filho
de Deus. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta: nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3).
A segunda tentação
de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e governar todos os
reinos do mundo. Satanás colocou diante de Jesus toda a autoridade do mundo, e
em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade,
pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha autoridade para dar ou não a
Jesus reinos ou a glória desse mundo. A promessa de torná-lo o grande soberano
do mundo não “encheu os olhos” de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu:
“O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt
6.13).
A terceira tentação
mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do Templo. A proposta
de Satanás: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens aos anjos para
livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do Templo e cair salvo
no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser reconhecido como
“Messias”. Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não queimou etapas,
mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a Deus. As coisas do
Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.
As três tentações
de Jesus Cristo expuseram três áreas que o ser humano se mostra frágil: A das
pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as
tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo poder e da
possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio para a
formação da autoimagem.
SUBSIDIOS
As tentações de Jesus
LUCAS - (4:1-13).
Jesus acabara de ser batizado, e agora antecipava o
ministério público ao qual Se dedicara. Primeiramente, porém, passou algum
tempo em reflexão quieta no deserto. Que tipo de Messias haveria de ser?
Deveria usar Seus poderes para fins pessoais? Ou para estabelecer um império
poderoso que dominaria o mundo com justiça? Ou para operar milagres
espetaculares, embora sem razão de ser? Rejeitou todos estes conceitos por
aquilo que eram: tentações do diabo. O fato de que eram tentações subentende
que Jesus sabia que possuía poderes incomuns. “Para nós, não é uma tentação o
transformar pedras em pães, ou pular de um pináculo do Templo” (Barclay).
Jesus, porém, não era restrito às nossas limitações. Sabia que tinha poderes
que outros homens não possuem, e deveria resolver como os empregaria. Esta
história inteira tem outro interesse para os crentes, a saber: deve ter vindo
de ninguém mais senão o próprio Jesus. Mateus tem a segunda e a terceira
tentação na ordem inversa, fato este que nunca foi explicado de modo
satisfatório (as razões sugeridas são todas subjetivas).
4.1,2. Mateus e Marcos nos dizem que Jesus foi levado
pelo Espírito ao deserto, mas somente Lucas diz que Jesus estava cheio do
Espirito Santo. Também diz que era “no (e não pelo) Espírito” que Jesus foi
guiado. Satanás realmente tentou a Jesus, mas havia mais do que isto na
história. Era o plano de Deus que, logo de início, Jesus enfrentasse a questão
de que tipo de Messias haveria de ser.
4.3,4. Satanás começou com a fome de Jesus, e passou a
levantar uma dúvida quanto à Sua Filiação divina. Jesus acabara de ouvir uma
voz do céu chamando-0 de “Filho” (3:22). Satanás sugere que verifique Sua filiação
ao transformar uma pedra em pão. O problema para Jesus era saber se a voz que
agora ouvia vinha do mesmo lugar da voz celestial. Sua resposta veio de uma
passagem da Bíblia (Dt 8:3). Aquilo que não concorda com a Escritura não vem de
Deus. A essência da tentação talvez tenha sido o uso dos poderes milagrosos
para fornecer pão aos famintos, i.é, tornar- Se um obreiro social. Mas não
havia famintos com Jesus no deserto, de modo que talvez seja mais provável que
a tentação fosse para usar Seus poderes para suprir Suas próprias necessidades
pessoais. As palavras com que a tentação foi rejeitada têm uma aplicação ampla.
O homem deve interessar- se por muitas coisas além do pão (cf. Jo 4:34). Não é
simplesmente um animal, vivendo no nível das necessidades físicas.
4. 5-8. Lucas não diz, conforme diz Mateus, que o diabo
levou Jesus a um alto monte para mostrar-Lhe todos os reinos do mundo.
Enfatiza, não o lugar de onde foi vista a visão, mas, sim, o fato de que o
Maligno fez aparecer diante de Jesus toda a pompa deste mundo. Alegou que era
dele (para Satanás como “o príncipe deste mundo” cf. Jo 12:31; 14:30; 16:11), e
prometeu dá-lo a Jesus somente se Este o adorasse. Quer dizer que Jesus via a
possibilidade de estabelecer um reino que seria muito mais poderoso do que
aquele dos romanos. Não é difícil ver como semelhante visão pudesse ser considerada ura alvo legítimo.
Significaria um governo ocupado somente com o bem-estar genuíno do povo, e o
caminho seria aberto para muita coisa boa. Mas importava em transigir.
Importava em usar os métodos do mundo. Importava em expulsar os demônios por
Belzebu.
Para Jesus, significava virar as costas à Sua vocação.
Seu reino era de um tipo bem diferente (Jo 1836-37). Já Se identificara com os
pecadores que viera salvar (3:21). Isto significava que seguiria o caminho da
humildade, não aquele da glória terrestre. Significava que Ele teria uma cruz,
não uma coroa. Procurar a soberania terrestre era adorar à maldade, e Jesus
decisivamente a renunciou. Mais uma vez, apelou à Bíblia (Dt 6:13), indicando
que a adoração a Deus é exclusiva. Nenhum outro deve ser adorado senão Ele.
4. 9-12, A terceira tentação está localizada em
Jerusalém. Jesus é convidado a lançar-Se do pinãcub do templo. O artigo mostra
que um pináculo específico está em mente, mas não podemos identifica-lo com
certeza (as sugestões incluem o ápice do santuário, o topo do pórtico de
Salomão, e o topo do pórtico real). A tentação pode ter sido no sentido
de operar um milagre espetacular mas sem razão de ser, a
fim de compelir à maravilha e à crença de certo tipo. Mas visto que não se diz
que qualquer outra pessoa estava presente, a tentação pode ter sido, pelo
contrário, conforme a resposta de Jesus parece indicar, a de ser presunçoso com
Deus ao invés de confiar nEle humildemente. Farrar chama a atenção a
um fato importante quando cita o comentário de Agostinho
de que Satanás nada mais pode fazer do que sugerir: somente a pessoa tentada
pode realizar o ato errado (atira-te para baixo). O Maligno nesta ocasião cita a
Escritura (Sl 91:11-12) para assegurar Jesus que Ele ficaria bastante seguro.
Este, porém, é um emprego errôneo da Bíblia. É torcer um
texto para servir um propósito. Jesus rejeita esta tentação, conforme fizera
com as outras duas, ao apelar para o significado verdadeiro da Bíblia (Dt
6:16). Não cabe ao homem submeter Deus ao teste, nem sequer quando o homem é o
próprio Filho de Deus encarnado.
Note-se que em todas as três ocasiões Jesus enfrentou as
tentações ao citar de Deuteronômio, e, de fato, da porção restrita entre 6:13 e
8:3. Estes capítulos se referem às experiências de Israel no deserto, o povo de
Deus! É bem possível que Jesus dedicara muito pensamento a estas passagens
enquanto refletia sobre a missão à qual Deus O chamava. Havia paralelos
entre a experiência do antigo povo de Deus e Sua própria
experiência. Estava unido com o povo de Deus.
4.13. No decurso de todas estas tentações, nenhum recurso
especial estava aberto a Jesus. Enfrentou a tentação da mesma maneira que nós
devemos enfrentá-la, com o uso da Escritura, e ganhou a vitória. Lucas completa
a narrativa com Satanás decisivamente derrotado. “Acabara de tentar Jesus de
todas as maneiras” (TEV), mas Jesus nio cedera. Isto não quer dizer que a
partir deste momento Jesus não seria sujeitado a mais tentações. Conzelmann
sustenta que Lucas retrata Satanás como estando ausente durante o ministério de
Jesus, mas isto não está de acordo com os fatos (cf. a obra de Satanás em 8:12;
10:18; 11:18; 13:16; 22:3,31, e referências a tentações ou testes, que
subentendem sua atividade, em 8:13; 11: 4, 16; 22:28). O diabo O deixou somente
“até que uma nova ocasião se apresentasse,” conforme a tradução de Rieu. Nesta
vida, não há isenção da tentação. Não havia para Jesus, e não há para nós.
A tentação de Jesus em Mateus o que podemos aprender.
Mt.4.1 Então, foi
conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
MATEUS 4.1 JESUS FOI TENTADO. A tentação de
Jesus por Satanás foi uma tentativa de desviá-lo da perfeita obediência à
vontade de Deus. Note que Cristo em cada caso submeteu-se à autoridade da
Palavra de Deus, ao invés de submeter-se aos desejos de Satanás (vv. 4,7,10).
Que podemos aprender da tentação de Cristo?
(1) Satanás é o
nosso maior inimigo. O cristão deve estar consciente de que está numa guerra
espiritual contra poderes malignos invisíveis, porém claramente reais (ver Ef
6.11,12).
(2) Sem o devido emprego da Palavra de Deus, o cristão
não pode vencer o pecado e a tentação. Como usar a Palavra de Deus para vencer
a tentação:
(a) Reconheça que mediante a Palavra o cristão tem poder
para resistir a qualquer sedução que Satanás lhe apresente (Jo 15.3,7).
(b) Coloque (i.e., memorize) a Palavra de Deus na sua
alma e mente (ver Tg 1.21).
(c) Medite nos versículos memorizados, de dia e de noite
(Dt 6.7; Sl 1.2; 119.48).
(d) Repita a passagem memorizada, para si mesmo e para
Deus, no momento em que você for tentado (vv. 4,7,10).
(e) Reconheça e
obedeça ao impulso do Espírito Santo para obedecer à Palavra de Deus (Rm
8.12-14; Gl 5.18).
(f) Envolva todos estes passos com oração (Ef 6.18).
Passagens para memorização em casos de tentação: Tentação
em geral (Rm 6 e 8). Tentação para imoralidade (Rm 13.14), mentira (Cl 3.9; Jo
8.44), mexerico (Tg 4.11), desobediência aos líderes -espirituais (Hb 13.17),
desânimo (Gl 6.9), medo do futuro (2 Tm 1.7), concupiscência (5.28), desejo de
vingança (6.15), negligência com a Palavra de Deus (4.4), preocupação
financeira (6.24-34; Fp 4.6,19).
MATEUS 4.2 JEJUM DE 40 DIAS. Jesus jejuou 40
dias, e depois teve fome , e a seguir foi tentado por Satanás a comer. Isto
pode indicar que Cristo absteve-se de alimento, mas não de água. Abster-se de
água por 40 dias requer um milagre. Uma vez que Cristo teve que enfrentar a
tentação, como representante do homem ele não poderia empregar nenhum outro
meio para vencê-la além do de um homem cheio do Espírito Santo (ver Êx 34.28; 1
Rs 19.8; Mt 6.16).
MATEUS 4.6 ESTÁ ESCRITO. Satanás empregou a
Palavra de Deus com a finalidade de tentar Cristo a pecar. Às vezes, o
descrente emprega as Escrituras na tentativa de persuadir o crente a fazer algo
que aquele sabe que está errado ou que é impróprio. Alguns textos bíblicos,
retirados do seu contexto, ou não comparados com outros trechos da Palavra de
Deus, podem até mesmo dar a aparência de justificar o comportamento pecaminoso
(ver, e.g., 1 Co 6.12). O crente deve conhecer profundamente a Palavra de Deus
e precaver-se daqueles que pervertem as Escrituras a fim de satisfazerem os
desejos da natureza humana pecaminosa. O apóstolo Pedro fala daqueles que
torcem as Escrituras, para sua própria perdição (2 Pe 3.16).
MATEUS 4.10 SATANÁS. Satanás (do gr. satan, que
significa adversário), foi antes um elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi
designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de
o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos
homens (Ez 28.12-15).
(1) Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo
uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam
ser identificados (após sua queda) com os demônios ou espíritos malignos.
Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e
sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de
Deus.
(2) Satanás, também chamado a serpente , provocou a queda
da raça humana (Gn 3.1-6; ver 1 Jo 5.19).
(3) O império do mal sobre o qual Satanás reina (12.26) é
altamente organizado e exerce autoridade sobre as regiões do mundo inferior, os
anjos caídos (25.41; Ap 12.7), os homens perdidos (vv. 8,9; Jo 12.31; Ef 2.2) e
o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2 Co 4.4; ver 1 Jo 5.19 nota). Satanás não é onipresente,
onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada
a seus inumeráveis demônios (8.28; Ap 16.13, 14; ver Jó 1.12 nota).
(4) Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de
Satanás (1 Jo 3.8), de estabelecer o reino de Deus e de livrar o homem do
domínio de Satanás (12.28; Lc 4.19; 13.16; At 26.18). Cristo, pela sua morte e
ressurreição, derrotou Satanás e ganhou a vitória final de Deus sobre ele (Hb
2.14).
(5) No fim da presente era, Satanás será confinado ao
abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará
uma derradeira tentativa de derrotar a Deus, seguindo-se sua ruína final, que
será o seu lançamento no lago de fogo (Ap 20.7-10).
(6) Satanás atualmente guerreia contra Deus e seu povo (Ef
6.11-18), procurando desviar os fiéis da sua lealdade a Cristo (2 Co 11.3) e
fazê-los pecar e viver segundo o sistema do mundo (cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 5.15; 1
Jo 5.19).
O cristão deve sempre orar por livramento do poder de
Satanás (6.13), para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11),
e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18; 1
Pe 5.8,9).
A tentação de Jesus
- Mt 4.1-11; Mc 1.12-13
LUCAS 4.1-13
Lc.4.1 E Jesus,
cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto.
(1) O Espírito (veja 3:22) assegurou Jesus da presença e ajuda de Deus.
Todos os Evangelhos Sinópticos notam que Jesus foi guiado pelo Espírito, mas
somente Lucas tem a expressão cheio do Espírito Santo (veja também At
2:4; 6:3, 5; 7:55; 11:24).
Lc.4.2 E quarenta
dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e,
terminados eles, teve fome.
(2) O período de quarenta dias pode
ter precedido as tentações, ou as três tentações podem representar as lutas que
continuaram durante todo o período. Sobre o número quarenta, compare os jejuns
de Moisés e Elias (Ex 34:28; Dt9:9; 1 Rs 19:8; e cf. Lv 12:1-4; Ez4:6; 29:11).
Jesus foi levado para ser tentado (Mt
4:1). No deserto (em contraste a “ao” em Mateus e Marcos) indica que foi
na força do Espírito (cf v. 1) que ele venceu—i.e., foi guiado pelo Espírito
através de toda a experiência. Nesta e nas duas próximas histórias (4:14-30), o
ministério de Jesus é explicado pelo poder do Espírito (cf. 3:21). O fato de
não ter pecado aqui é mediante a ajuda do Espírito. Tentado neste ponto
indica “provar” ou “testar”, a fim de produzir perplexidade ou fracasso, i.e.,
pecado.
Esta é a primeira referência ao diabo em
Lucas. Outras referências se acham em 4:3,6,13; e 8:12. Veja também as
referências a Satanás citadas em 10:18. No episódio da tentação, tanto Jesus
como o diabo pressupõem o messianismo de Jesus e sua filiação divina (v. 3), a
autoridade das escrituras para revelar a vontade de Deus (vs. 4,10), e a
soberania de Satanás sobre o presente século (v. 6). As tentações tinham o
propósito de fazer Jesus “provar” seu messiado e, dessa forma, pervertê-lo.
Lc.4.3 E disse-lhe
o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
(3) O diabo atacou um ponto de especial sensibilidade — a
fome de Jesus. O desafio exigia que Jesus empregasse sua filiação divina a fim
de aliviar uma necessidade física. A coisa não era errada em si mesma e Jesus
tinha poder para tal. Mas este não era o papel do Filho de Deus (1:35). Nem
faria ele o seu primeiro prodígio à ordem de tal aliado, ou mesmo em associação
com ele. Jesus superou a tentação sempre presente de colocar as coisas
materiais à frente das espirituais, e também assim podem fazê-lo os seus
seguidores.
Lc.4.4 E Jesus lhe
respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra de Deus.
(4) Cristo não defendeu sua filiação
divina; em vez disso deu uma resposta adequada a qualquer filho de Deus em
tentação semelhante. Sua resposta foi uma citação literal de Deuteronômio 8:3,
extraída da Septuaginta. O contexto do Velho Testamento descrevia a provisão do
maná feita por Deus, talvez implicando que Jesus quis dizer: “Deus
cuidou de Israel e cuidará de mim”. Além do mais, Jesus não veio suprir de pão
a humanidade, mas satisfazer às suas
necessidades mais profundas.
Lc.4.5 E o diabo,
levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos
do mundo.
(5) Lucas tem a segunda e terceira
tentações na ordem inversa da que foi dada por Mateus. Não se pode saber a
ordem primitiva, mas o conteúdo é o elemento principal. Mateus indica que o
acontecimento deu-se em uma montanha muita alta. Este foi provavelmente um caso
de experiência visionária em lugar de transporte corporal, desde que Satanás
não teria controle sobre os movimentos do corpo de Jesus e desde que não havia
um ponto físico de onde todos os reinos do
mundo pudessem ser vistos.
Lc.4.6 E disse-lhe
o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi
entregue, e dou-o a quem quero.
(6) Somente Lucas registra a declaração de Satanás de que
o mundo é seu (cf. 4:2; 10:18). O mundo pode ter sido dado ao diabo por
concessão de Deus ou pelos pecados do homem (cf. Mt8:29; Jo 12:31; 14:30;
16:11; Ef 2:2; 1 Jo 3:8; 5:18; Ap 13:2,4). Mas, no final não seria seu e sim de
Deus. Jesus podia então recusar, sabendo que um dia iria ter o mundo nos seus
próprios termos, e não nos de Satanás. Pode ser que o diabo estivesse se
oferecendo para promover o reino messiânico caso o Messias o seguisse. Ou ele
pode ter estado influenciando Jesus para ser um Messias político, uma tarefa
que o Senhor repudiou através de todo o seu ministério. De qualquer forma,
aceitar a ajuda do diabo nas atividades do reino seria destruir a natureza
íntima do mesmo. Autoridade é encontrada em outro ponto em Lucas 4:32,36; 5:24;
7:8; 9:1; 10:19; 12:5,11; 19:17; 20:2,8,20; 22:53; 23:7.
Lc.4.7 Portanto,
se tu me adorares, tudo será teu.
(7) Adorar, seria reconhecer que o diabo tinha o poder final sobre o mundo,
o que não era verdade (veja Dn 5:21). Assim sendo, em última análise, o mundo
não lhe pertencia para que o pudesse dar.
Lc.4.8 E Jesus,
respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o
Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
(8) Jesus, citando Deuteronômio 6:13,
rejeitou o caminho do messiado político, o que levou muitos judeus a
rejeitá-10. O contexto da passagem do Velho Testamento era a entrada em Canaã e
a necessidade de evitar envolvimentos com divindades estrangeiras. Israel
deveria lembrar-se da verdadeira fonte de suas bênçãos. Aqui, os reinos só no
final seriam de Deus para os conceder. Satanás tinha usurpado esta autoridade e
a rebelião precisava ser abafada.
Lc.4.9 Levou-o
também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
(9) Lucas
coloca a tentação relativa a Jerusalém no ponto culminante, de acordo
com sua ênfase especial sobre a cidade (2:22). Como na primeira tentação, a fé
que Jesus tinha como Filho de Deus foi de novo desafiada (veja versículo 3).
Como antes, esta pode ter sido uma experiência visionária (cf. Ez 8:3).
Lc.4.10 porque
está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem
Lc.4.11 e que te
sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
(10,11) Aqui, pela primeira vez, Satanás
fez uso das Escrituras. Os rabis deram uma interpretação messiânica ao Salmo
91:11 e seguintes. Jesus não argumentou contra o uso feito por Satanás dessa
passagem, desde que esse não era o conflito básico. A tentação pedia que Jesus
criasse uma situação de perigo, enquanto na primeira tentação a crise (fome) já
existia. Era como se Satanás estivesse dizendo: “Você não poderá conhecer- se,
nem a veracidade da promessa de Deus, enquanto não fizer um teste’ ’.
Lc.4.12 E Jesus,
respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.
(12) Pela terceira vez Jesus respondeu com
passagens das Escrituras. Deuteronômio 6:16 referia-se ao fato de Israel ter
tentado a Deus em Massá. Falando com simplicidade, Jesus
estava dizendo que tentar Deus
é não confiar nele (veja 1 Co 10:9; mas
cf. Is 7:12). Nenhum propósito seria servido se ele cedesse à tentação.
Lc.4.13 E,
acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.
(13) Foi salientado que o que aconteceu a
Jesus pode ser comparado aos caminhos da tentação estabelecidos em 1 João
2:14-17 e à tentação original de Gênesis 3:6. Talvez esta história esteja
afirmando que Jesus foi tentado através de todos os meios pelos quais o homem
pode ser tentado (veja Hb 4:15). Satanás apartou-se, mas
não era para sempre (22:3).
Em seguida a esta história, Lucas registra três milagres,
mostrando que Jesus tinha realmente poder messiânico. Eles se encontram na
ordem inversa das tentações. A ameaça no cume do monte corresponde à tentação
do pináculo; a expulsão do demônio (4:35) ao desejo de Satanás ver-se adorado
por Jesus; e a pesca (5:6) à tentação do pão.
LUCAS 4.1 JESUS, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. O
Espírito Santo conferiu poder a Jesus e o guiou, ao enfrentar a tentação de Satanás
(vv. 1,2).
LUCAS 4.2 TENTADO PELO DIABO. Um dos aspectos
principais da tentação de Jesus girou em torno do tipo de Messias que Ele seria
e como empregaria a sua unção da parte de Deus.
(1) Jesus foi tentado a utilizar sua unção e posição para
servir a seus próprios interesses (vv. 3,4), obter glória e poder sobre as
nações, ao invés de aceitar a cruz e o caminho do sofrimento (vv. 5-8), e ajustar-se
à expectativa popular de um Messias sensacional (vv. 9-11).
(2) Satanás ainda tenta os líderes cristãos a usarem sua
unção, posição e capacidade em seu próprio benefício, para estabelecer sua
própria glória e reino, e para agradar o povo mais do que a Deus. Quem se
entrega ao egoismo, na realidade já se rendeu a Satanás.
LUCAS 4.4 NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ. Jesus cita o AT
(Dt 8.3), ao enfrentar a tentação de Satanás.
(1) Jesus está dizendo que tudo o que é importante na
vida depende de Deus e da sua vontade (Jo
4.34). Esforçar-se por sucesso, felicidade ou coisas materiais, à parte
do caminho e propósito de Deus, levará à amarga desilusão e terminará em
fracasso.
(2) Jesus salienta essa verdade ao ensinar que devemos
buscar em primeiro lugar o reino de Deus (i.e., o governo, atividade e poder de
Deus em nossa vida); somente então é que outras coisas necessárias serão
concedidas, de acordo com a sua vontade e propósito (ver Mt 5.6; 6.33).
LUCAS 4.5 OS REINOS DO MUNDO. Jesus rejeita a
oferta que Satanás lhe fez, do domínio sobre todos os reinos do mundo.
(1) O reino de Jesus, na presente era, não é um reino
deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino para si através dos métodos
mundanos de transigência, poder terreno, artifícios políticos, violência,
domínio, popularidade, honra e glória humanas.
(2) O reino de
Jesus é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do
mundo. Como reino celestial:
(a) é alcançado através do sofrimento, da abnegação, da
humildade e da mansidão;
(b) requer que dediquemos nosso corpo como sacrifício
vivo e santo (Rm 12.1), em completa devoção e obediência a Deus;
(c) implica em lutar com armas espirituais contra o
pecado, a tentação e Satanás (Ef 6.10-20); e (d) importa em resistirmos à
conformação com este mundo (Rm 12.2).
A TENTAÇÃO DE ADÃO
E EVA.
GENESIS 3.1 A
SERPENTE. Nesse episódio, a serpente levantou-se contra Deus através da sua
criação. Declarou que aquilo que Deus dissera a Adão não era a verdade
(vv.3,4); por fim, ela foi a causa de Deus amaldiçoar a criação, inclusive a
raça humana que Ele fizera à sua imagem (vv. 16-19; 5.29; Is 23.6; Rm 8.22; Gl
3.13a). A serpente é, posteriormente, identificada com Satanás ou o diabo (Ap
12.9; 20.2). Certamente Satanás controlou a serpente e usou-a como instrumento
para efetuar a tentação (2 Co 11.3,14; Ap 20.2; ver Mt 4.10).
GENESIS 3.4 CERTAMENTE NÃO MORREREIS. A raça
humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta
(ver 2.16).
(1) Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé
que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina.
Satanás insinuou que Deus não estava falando sério no que dissera ao casal (2.16,17).
Noutras palavras, a primeira mentira proposta por Satanás foi uma forma de
antinomianismo, negando o castigo da morte pelo pecado e apostasia.
(2) Um dos pecados capitais da humanidade é a falta de fé
na Palavra de Deus. É admitir que, de certo modo, Deus não fala sério sobre o
que Ele diz da salvação, da justiça, do pecado, do julgamento e da morte. A
mentira mais persistente de Satanás é que o pecado proposital e a rebelião
contra Deus, sem arrependimento, não causarão, em absoluto, a separação de Deus
e a condenação eterna (ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota; 1 Jo 2.4).
GENESIS 3.5 SEREIS COMO DEUS. Satanás, desde o
princípio da raça humana, tenta os seres humanos a crer que podem ser
semelhantes a Deus, inclusive decidindo por conta própria o que é bom e o que é
mau.
(1) Os seres humanos, na sua tentativa de serem como Deus
, abandonam o Deus onipotente e daí surgem os falsos deuses (ver v. 22 nota; Jo
10.34 nota). O ser humano procura, hoje, obter conhecimento moral e
discernimento ético partindo de sua própria mente e desejos, e não da Palavra
de Deus. Porém, só Deus tem o direito de determinar aquilo que é bom ou mau.
(2) As Escrituras declaram que todos que procuram ser
deuses desaparecerão da terra e de debaixo deste céu (Jr 10.10,11). Este será
também o destino do anticristo, do qual está escrito:
querendo parecer Deus (2 Ts 2.4).
GENESIS 3.6 A MULHER... COMEU... E ELE COMEU COM ELA.
Quando Adão e Eva pecaram, sua morte moral e espiritual ocorreu imediatamente
(2.17), ao passo que a morte física veio posteriormente (5.5). (1) Deus tinha
dito: No dia em que dela comeres, certamente morrerás (2.17). Por conseguinte,
a morte espiritual e moral ocorreu imediatamente quando pecaram (Jo 17.3). A
morte moral consistiu na morte da vida de Deus dentro deles, quando a sua
natureza se tornou pecaminosa; a morte espiritual destruiu a comunhão que antes
tinham com Deus. Depois do pecado de Adão e Eva, toda pessoa, ao nascer, entra
neste mundo com uma natureza pecaminosa (Rm
GENESIS 5.12; 1 Jo 1.8; Ec 7.20). Essa corrupção
da natureza humana abrange o desejo inato da pessoa seguir seu próprio caminho
egoísta, ignorando a Deus e ao próximo, e é transmitida a todos os seres
humanos (5.3; 6.5; 8.21; ver Rm 3.10-18; Ef 2.3). (2) Atentemos, ainda, para o
fato de que as Escrituras não ensinam em nenhum lugar que todos pecaram quando
Adão pecou, nem que a culpa do seu pecado foi imputada a toda a raça humana
(ver Rm 5.12). A Bíblia ensina, sim, que Adão deu origem à lei do pecado e da
morte sobre a totalidade da raça humana (5.12; 8.2; 1 Co 15.21,22).
GENESIS 3.7 CONHECERAM QUE ESTAVAM NUS. Quando
Adão e Eva viviam em inocência moral (i.e., antes da queda), a nudez não era
imoral, nem causava sentimento de vergonha (2.25). Depois que pecaram, no entanto,
a consciência de estarem nus passou a associar-se ao pecado e à condição caída
e depravada da raça humana. Por causa do mal que a nudez passaria a causar no mundo,
o próprio Deus vestiu Adão e Eva (v. 21), e agora Ele ordena que todas as
pessoas se vistam com pudor e modéstia (ver 1 Tm 2.9).
GENESIS 3.8 ESCONDEU-SE ADÃO E SUA MULHER. A culpa
e a consciência do pecado motivaram Adão e Eva a fugir de Deus. Tinham medo e
constrangimento na sua presença, sabendo que tinham pecado e que estavam sob o
desagrado de Deus. Nessa condição, viram que era impossível chegar à sua
presença com confiança (ver At 23.1; 24.16). Em nossa condição pecaminosa, também
somos semelhantes a Adão e Eva. Deus, no entanto, proporcionou um caminho para
purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e nos restaurar
à comunhão com Ele o caminho chamado Jesus Cristo (Jo 14.6). Mediante a
redenção que Deus proveu através do seu Filho, podemos vir a Ele e receber o
seu amor, misericórdia, graça e ajuda em tempo oportuno (ver Hb 4.16; 7.25).
GENESIS 3.13 A SERPENTE ME ENGANOU. Satanás
provocou a queda da raça humana por meio do engano. Esse é um dos seus métodos
principais de desviar as pessoas do caminho e da verdade de Deus.
(1) A Bíblia ensina que Satanás engana e cega as mentes
dos incrédulos neste mundo, para que não compreendam o evangelho (ver 2 Co 4.4).
(2) Conforme o
ensino de Paulo, é através do engano satânico que certas pessoas da igreja
crerão que poderão viver na imoralidade e, mesmo assim, herdar o Reino de Deus
(ver 1 Co 6.9; Gl 5.21).
(3) O engano será o meio principal que Satanás usará para
levar as massas à rebelião contra Deus no fim da história (2 Ts 2.8-12; Ap
20.8).
(4) Todos os cristãos devem estar preparados para uma
luta severa e contínua contra os enganos de Satanás, no que respeita à sua vida
pessoal, casamento, lar, escola, igreja e trabalho (ver Mt 24.4,11,24; Ef 6.11).
GENESIS 3.15 ESTA TE FERIRÁ A CABEÇA, E TU LHE FERIRÁS
O CALCANHAR. Este versículo contém a primeira promessa implícita do plano
de Deus para a redenção do mundo. Prediz a vitória final da raça humana e de
Deus contra Satanás e o mal. É uma profecia do conflito espiritual entre a
semente da mulher (i.e., o Senhor Jesus Cristo) e a semente da serpente (i.e.,
Satanás e os seus seguidores; ver v.1 nota). Deus promete aqui, que Cristo
nasceria de uma mulher (cf. Is 7.14), e que Ele seria ferido ao ser
crucificado, porém, ressuscitaria dentre os mortos para destruir completamente
(i.e., ferir ) Satanás, o pecado e a morte, para salvar a humanidade (Is 53.5;
Mt 1.20-23; Jo 12.31; At 26.18; Rm 5.18,19; 16.20; 1 Jo 3.8; Ap 20.10).
GENESIS 3.16-19 MULTIPLICAREI GRANDEMENTE A TUA DOR.
O castigo imposto sobre o homem e a mulher (vv. 16-19), bem como o efeito do
pecado sobre a natureza, tinham o propósito de relembrar à humanidade as
conseqüências terríveis do pecado e de levar cada um a depender de Deus, com fé
e obediência. O desígnio de Deus é que a raça humana seja redimida do seu
presente estado de pecado e perdição.
(1) A tentativa de
Eva de ficar livre de Deus e de agir independente do seu marido, seria
frustrada, surgindo em seu lugar um forte desejo pelo seu marido. A profunda atração
que ela sentiria por Adão, e o governo dele sobre ela, -trariam aflições e
sofrimentos, juntamente com alegria e bênçãos (1 Co 11.7-9; Ef 5.22-25; 1 Tm
2.11-14).
(2) Por causa da maldição que Deus pronunciou sobre a
natureza, Adão e Eva enfrentariam adversidades físicas, pesado labor, lutas e, finalmente,
a morte para si e para todos os seus descendentes.
GENESIS 3.20 CHAMOU ADÃO O NOME DE SUA MULHER EVA.
Adão deu à sua esposa o nome de Eva , que significa vida , porque ela era a
primeira mãe dos seres humanos, em todas as gerações.
GENESIS 3.22 SABENDO O BEM E O MAL. Adão e Eva
tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios padrões de conduta (ver
v. 5). O ser humano, através da queda, tornou-se até certo ponto independente
de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal.
(1) Neste mundo, o julgamento ou discernimento humano,
imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal
coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos
somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra.
(2) Todos quantos
confessam Cristo como Senhor, retornam ao propósito original de Deus para a
humanidade. Passam a depender da palavra de Deus para determinarem o que é bom.
GENESIS 3.24 LANÇADO FORA O HOMEM. Adão perdera a
perfeita comunhão que tinha com Deus. Agora foi posto fora do jardim e iniciou
uma vida dependente de Deus, em meio ao sofrimento. Além disso, Satanás, devido
à queda de Adão e Eva, passou a ter poder sobre o mundo, pois o NT,
referindo-se a ele, Satanás, chama-o de príncipe deste mundo (Jo 14.30; 2 Co
4.4; 1Jo 5.19). Contudo, Deus amou a raça humana de tal maneira que decidiu
derrotar Satanás. Deus faz isso, reconciliando o homem e o mundo com Ele,
mediante a morte do seu Filho (ver v.15 nota; 2 Co 5.18,19; Rm 5.10; Cl 1.20;
Jo 3.16; Ap 21.1-6).
ELABORADO PELO EVANGELISTA;
NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR DA E.B.D e PESQUISADOR
O EVANGELHO DE LUCAS INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - Leon L. Morris,
COMENTÁRIO BIBLICO MOODY
COMENTARIO BIBLICO POPULAR
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário