Lições Bíblicas CPAD - Adultos
2º
Trimestre de 2015
Título: Jesus,
o Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas, o médico amado
Comentarista: José
Gonçalves
Lição 2: O nascimento de
Jesus
Data: 12
de Abril de 2015
TEXTO ÁUREO
“E deu à luz o
seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2.7).
VERDADE PRÁTICA
Deus revelou seu
amor à humanidade ao enviar a este mundo o seu filho Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 1.55
Deus é fiel e
cumpre as suas promessas
Terça — Lc 1.41
Deus revitaliza as
profecias a respeito do Messias
Quarta — Lc 4.18;
6.20
Deus revela-se aos
carentes e necessitados
Quinta — Lc 2.11
Deus revela a
realeza do Messias para toda a humanidade
Sexta — Lc 2.25,26
Deus revela-se aos
piedosos e às minorias
Sábado — Lc 2.36,38
Deus revela-se aos
humildes e contritos de coração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 2.1-7.
1 — E
aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para
que todo o mundo se alistasse.
2 — (Este
primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.)
3 — E todos
iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
4 — E subiu
da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi
chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),
5 — a fim
de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida.
6 — E
aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à
luz.
7 — E deu à
luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na estalagem.
HINOS SUGERIDOS
169, 184, 185 da
Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a vinda
de Jesus Cristo ao mundo é uma prova do amor de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Apresentar o nascimento de Jesus no contexto profético.
II.
Conhecer como se deu o anúncio do nascimento de Jesus segundo Lucas.
III.
Explicar o porquê de o nascimento de Jesus ter ocorrido entre os pobres.
IV.
Mostrar o nascimento de Jesus dentro do judaísmo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje
estudaremos a respeito do nascimento do Filho de Deus. É importante lembrar que
quando Jesus veio ao mundo, a Palestina estava debaixo do jugo do Império
Romano. César Augusto era o imperador. Os imperadores romanos eram vistos por
todos como um deus. Porém, o Rei dos reis em breve nasceria. Jesus nasceu em um
lugar simples, em um estábulo. Seu berço não foi de ouro, foi uma simples
manjedoura. Ele abriu mão de toda a sua glória para vir ao mundo salvar todos
os perdidos. Jesus veio revelar-se aos piedosos e às minorias.
O decreto de César
Augusto de que todos teriam que se alistar a princípio parece algo ruim para
José e Maria, mas na verdade é uma prova de que Deus controla a história. Tudo
contribuiu para que as profecias se cumprissem e o Filho de Deus nascesse em
Belém (Mq 5.2).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Lucas narra o
nascimento de Jesus, situando-o no contexto das profecias bíblicas e do
judaísmo dos seus dias. O “silêncio profético”, que já durava quatrocentos
anos, foi rompido pelas manifestações divinas na Judeia. A plenitude dos tempos
havia chegado e o Messias agora seria revelado!
O nascimento de
Jesus significava boas novas de alegria para todo o povo. Os pobres e os
piedosos seriam os primeiros a receberem a notícia. Dessa forma, Deus mostrava
que a salvação, por Ele provida, alcançaria a todos os homens.
PONTO CENTRAL
Jesus veio ao mundo
como um de nós para salvar os perdidos.
I. O NASCIMENTO DE
JESUS NO CONTEXTO PROFÉTICO
1. Poesia e
profecia. No relato do nascimento de Jesus há duas belíssimas poesias
conhecidas na teologia cristã comoMagnificat de Maria, a mãe de Jesus, e
o Benedictus de Zacarias, o sacerdote (Lc 1.46-55,67-79). Esses
cânticos são de natureza profética e como tal contextualizam o nascimento de
Cristo dentro das promessas de Deus a seu povo. Maria, por exemplo, diz que, ao
nascer Jesus, Deus estava se lembrando das promessas feitas a Abraão (Lc 1.55).
Por outro lado, Zacarias afirma da mesma forma que tal visitação era o
cumprimento do que Deus havia prometido na antiguidade aos profetas (Lc 1.70).
O nascimento de Jesus não se tratava, portanto, de um evento sem nexo com a
história bíblica. Foi um fato que aconteceu na plenitude dos tempos e
testemunhou o cumprimento das promessa de Deus (Gl 4.4).
2. A restauração do
Espírito profético. Já observamos que, na teologia lucana, o Espírito
Santo ocupa um lugar especial. Encontramos 17 referências ao Espírito Santo no
terceiro Evangelho e 54 no livro de Atos dos Apóstolos. Isso é significativo se
levarmos em conta que Mateus fala apenas 12 vezes no Espírito Santo e Marcos 6.
Lucas focaliza o revestimento do Espírito, mostrando que o dom profético,
silenciado no período Interbíblico, foi revivificado com a vinda do Messias.
Não é à toa que a maioria das referências ao Espírito, nesse Evangelho, ocorra
nos dois primeiros capítulos que relatam o nascimento de Jesus (Lc 1.41,67;
2.25-27).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O nascimento de Jesus
se deu na plenitude dos tempos, cumprindo todas as profecias bíblicas.
SUBSÍDIO HISTÓRICO
“O censo consistia
no alistamento obrigatório dos cidadãos no recenseamento, o que servia de base
de cálculo para os impostos. Quirino era governador do Império legado pela
Síria, em d.C., mas este pode ter sido seu segundo mandato. Além disso, Lucas
fala do censo que trouxe José e Maria a Belém como um prote (que
provavelmente signifique, aqui, ‘o anterior’ e não o ‘primeiro’). Assim, o ano
de nascimento de Cristo continua a ser objeto de debate” (RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.653).
II. O ANÚNCIO DO
NASCIMENTO DE JESUS
1. Zacarias e
Izabel. Em sua narrativa dos fatos que precederam o anúncio do nascimento
de Jesus, Lucas diz que o sacerdote Zacarias havia entrado no “templo para
ofertar incenso” (Lc 1.9). A queima do incenso fazia parte do ritual do Templo
e ocorria no período da manhã e à tarde (Êx 30.1-8; 1Rs 7.48-50). Foi durante
um desses turnos que um anjo de Deus apareceu a Zacarias para informar-lhe que
a sua oração havia sido ouvida pelo Senhor e que a sua mulher, embora já não
fosse mais fértil, geraria um menino, cujo nome seria João (Lc 1.13). João, o
Batista, nasceu para ser o precursor do Messias, anunciando a sua missão. Ele
seria a “Voz do que clama no deserto” e precederia o Senhor, preparando o seu
caminho (Lc 3.4,5).
2. José e Maria. Cerca
de seis meses após o anúncio do nascimento de João, o Batista, o anjo Gabriel é
enviado a Nazaré, lugar onde moravam José e sua noiva, Maria. Ela era uma
virgem e estava noiva de José. O anúncio de que ela geraria um filho, sem que
para isso fosse necessário haver intercurso sexual, deixou-a apreensiva (Lc
1.34). O anjo informa-lhe que desceria sobre ela o Espírito Santo e o poder de
Deus a envolveria com a sua sombra (Lc 1.35). Aqui está o milagre da encarnação
— O Filho de Deus fazendo-se carne, a fim de que, através desse grande
mistério, possamos alcançar a salvação (Jo 1.1,14).
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
O anjo Gabriel
anunciou a Maria o nascimento do Filho de Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, converse
com os alunos explicando que jamais devemos adorar a Maria; todavia, não
podemos deixar de reconhecer seu valor. Afinal, ela foi escolhida para ser mãe
do Filho de Deus. Esta escolha está certamente baseada num caráter de especial
dignidade. Sua pureza, humildade e ternura são um exemplo para todos os crentes
que desejam agradar a Deus (Adaptado de: PEARLMAN, Myer. Lucas: O
Evangelho do Homem Perfeito. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, p.27).
III. O NASCIMENTO DE
JESUS E OS CAMPONESES
1. A nobreza dos
pobres. É um fato de fácil constatação o destaque que os pobres recebem no
Evangelho de Lucas. Quando deu início ao seu ministério, Jesus o fez dizendo as
seguintes palavras: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres” (Lc 4.18). Os pobres faziam parte das bem-aventuranças
de Jesus (Lc 6.20). Pobres são os carentes tanto de bens materiais como
espirituais. No anúncio do nascimento de Jesus, um anjo do Senhor é enviado
especialmente aos camponeses pobres que pastoreavam os seus rebanhos no campo.
Jesus veio para todos, independente da condição social. O Filho de Deus dedicou
total atenção as minorias do seu tempo: as mulheres, crianças, gentios,
leprosos, etc. Ele chegou a ser chamado de amigo de publicanos e pecadores,
pois estava sempre perto dos mais necessitados. Como Igreja do Senhor, temos
atendido os desvalidos em suas necessidades? Será que temos seguido o exemplo
do Salvador? Como “sal” da terra e “luz” do mundo precisamos revelar Cristo aos
carentes e necessitados, pois eles conhecerão o amor de Cristo mediante as
nossas ações.
2. A realeza do
Messias. A mensagem angélica anunciada aos pastores que se encontravam no
campo era que havia nascido na “cidade de Davi, [...] o Salvador, que é Cristo,
o Senhor” (Lc 2.11). Lucas lembra o fato de que Cristo nasceu em Belém, cidade
de Davi, cumprindo dessa forma a profecia bíblica (Mq 5.2). Mas o Messias não
apenas nasce em Belém, cidade de Davi, Ele também possui realeza porque é da
descendência de Davi, como atesta a sua árvore genealógica (Lc 3.23-38). Mas
não era só isso. Lucas também detalha como o anjo de Deus falou da realeza do
Messias aos camponeses! Ele é o Salvador, o Cristo, o Senhor (Lc 2.11). Essas
palavras proferidas pelo anjo, além de mostrar a realeza do Messias, destacam
também a sua divindade. Jesus é Deus feito homem!
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
Os pastores que
estavam no campo foram os primeiros a saber que o Filho de Deus havia nascido.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, antes de
iniciar a explicação do tópico, faça a seguinte indagação: “Por que os pastores
foram os primeiros a saber do nascimento do Messias?”; “Por que os sacerdotes e
escribas não foram os primeiros a saber?”. Ouça os alunos e incentive a
participação de todos. Explique que os pastores faziam parte de uma classe
social bem simples. Eles eram pobres. As Boas-Novas de salvação não foram
anunciadas primeiro aos poderosos e nobres, mas aos humildes, pobres, a pessoas
comuns do povo, mostrando que Cristo veio ao mundo para todos.
IV. O NASCIMENTO DE
JESUS E O JUDAÍSMO
1. Judeus piedosos. Lucas
mostra que o nascimento de Jesus aconteceu sob o judaísmo piedoso. Ele ocorre
dentro do contexto daqueles que alimentavam a esperança messiânica. São pessoas
piedosas que aguardavam o Messias e, quando Ele se revelou, elas prontamente o
reconheceram. Primeiramente, Lucas cita Zacarias, um sacerdote piedoso e sua
esposa, Isabel. A Escritura sublinha que ambos eram justos diante de Deus e
viviam irrepreensivelmente nos preceitos e mandamentos do Senhor (Lc 1.6).
Lucas apresenta também Simeão, outro judeu piedoso de Jerusalém, e que esperava
a consolação de Israel. A ele foi revelado, pelo Espírito Santo, que não
morreria antes que visse o Messias (Lc 2.25,26). Da mesma forma a profetisa
Ana, uma viúva piedosa, que continuamente orava a Deus e jejuava. Quando viu o
menino Jesus, deu graças a Deus por Ele e falava da sua missão messiânica (Lc
2.36-38).
2. Rituais
sagrados. Lucas coloca o cristianismo dentro do contexto do judaísmo e não
como uma seita derivada deste. Como qualquer judeu de seu tempo, Jesus se
submete aos rituais da religião judaica (Lc 2.21-24). Como Homem Perfeito, Ele
cumpriu toda a lei de Moisés.
SÍNTESE DO TÓPICO
(IV)
José e Maria, como
pais piedosos, seguiram todos os rituais do judaísmo no nascimento de Jesus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A legislação sobre
o parto (2.21-24). O texto em Levítico 12.1-5 registra o compromisso materno de
oferecer um sacrifício para o ritual de purificação após o nascimento da
criança. Foi para dar cumprimento a esse dispositivo legal do Antigo Testamento
que a família se dirigiu ao Templo (veja também Lv 12.6-8)” (RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.653).
“Lucas descreveu
como o Filho de Deus entrou na História. Jesus viveu de forma exemplar, foi o
Homem Perfeito. Depois de um ministério perfeito, Ele se entregou como
sacrifício perfeito pelos nossos pecados, para que pudéssemos ser salvos.
Jesus é o nosso
Líder e Salvador perfeito. Ele oferece perdão a todos aqueles que o aceitam
como Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz é a verdade” (Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1337).
CONCLUSÃO
Já observamos que
Lucas procura situar o nascimento de Jesus dento do contexto histórico. Dessa
forma ele dá detalhes sobre fatos da história universal mostrando que Deus foi,
é e continuará sendo Senhor da História. É dentro dessa história que se cumpre
as profecias. O Messias prometido, diferentemente do Messias esperado pelos
judeus, nasce em uma manjedoura e não em um palácio.
Os pobres, e não os
ricos, são os convidados a participar do seu natal. A lógica do Reino de Deus
se manifesta oposta à do reino dos homens. Todos aqueles que se sentem carentes
e necessitados são convidados a participarem dele.
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do
Evangelho de Lucas, responda:
De que forma devem
ser entendidos os cânticos de Zacarias e Maria?
Eles devem ser
entendidos como sendo de natureza profética. Esses cânticos contextualizam o
nascimento de Cristo dentro das promessas de Deus ao seu povo.
Como era o
relacionamento de José e Maria antes da anunciação angélica?
Eles eram noivos.
De que forma a lição
conceitua os pobres?
Os pobres são os
carentes tanto de bens materiais como espirituais.
De acordo com a
lição, qual o propósito de Lucas mostrar Jesus cumprindo rituais judaicos?
Lucas deseja mostrar
que Jesus, como Homem Perfeito, se submeteu e cumpriu os rituais judaicos,
tendo, com isso, cumprido a Lei.
Dentro de que
contexto Lucas procura situar o nascimento de Jesus?
Lucas procura situar o
nascimento de Jesus dentro do contexto histórico.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O nascimento de Jesus
O evangelista,
doutor Lucas, o médico amado, escreveu a história do nascimento de Jesus
Cristo, paralelamente, a de João Batista. Podemos chamar de histórias dos
nascimentos dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os
anúncios do nascimento de João Batista e de Jesus Cristo (Lc 1.5-25, cf.
vv.26-38); depois, a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45) o cântico de Maria e
a informação de que ela passara três meses na casa de sua prima Isabel (Lc
1.46-56); em seguida, a narrativa do nascimento de João Batista (Lc 1.57-66); o
cântico de Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de
Jesus Cristo (Lc 2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belém (Lc
2.8-20); em seguida, a circuncisão e a apresentação de Jesus no Templo (Lc
2.21-24); a alegria de Simeão e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador
(Lc 2.25-38); e o encontro de Jesus com os doutores da Lei, no Templo, aos doze
anos de idade (Lc 2.39-52).
Nas seções
narrativas dos anúncios natalícios sobre Jesus Cristo e João Batista, e de seus
respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tomou
um vulto grandioso na História da Igreja: o Magnificat, cântico de
Maria exaltando a Deus pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o
cântico de Zacarias quando bendiz o Deus de Israel e profetiza sobre o
ministério de João Batista (1.68-79).
As narrativas dos
nascimentos de Jesus e de João têm o objetivo de deixar claro, desde o início
da obra evangélica, a importância suprema da pessoa Jesus Cristo. Enquanto João
tinha pai e mãe, e fora fruto do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a
narrativa igualmente deixa clara que a mãe de Jesus, Maria, não conheceu homem
algum. E que o Filho de Deus fora concebido no ventre de Maria pela obra do
Espírito Santo.
No Benedictus,
o cântico de Zacarias, João Batista foi profetizado como o precursor do
Messias, Jesus, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo
e por Herodes. João Batista descortinou o caminho do Filho de Deus para o
arrependimento do povo, após apresentá-lo a fim de que esse povo reconhecesse o
Filho de Deus, o desejado entre as nações.
É importante que o
estudante da Bíblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas
estão estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma
como Jesus Cristo é apresentado a partir do capítulo 3 do Evangelho.
Isaias.7.14 Portanto,
o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e será o seu nome Emanuel.
7.14 UMA VIRGEM
CONCEBERÁ... EMANUEL. Virgem (hb. almah). Na língua original o termo pode
significar virgem ou mulher jovem em idade de casar .
(1) A aplicação imediata desse sinal seria a uma nubente que
fora virgem até à ocasião do seu casamento. Antes do seu filho ter idade
suficiente para distinguir entre o certo e o errado, os reis da Síria e de
Israel seriam destruídos (v. 16).
(2) O pleno cumprimento desta profecia ocorreu quando Jesus
Cristo nasceu da virgem Maria (Mt 1.23). Maria era virgem e permaneceu virgem
até a ocasião do nascimento de Jesus (Mt 1.18,25). A concepção do seu Filho
deu-se mediante um milagre do Espírito Santo, e não pela ação de homem algum
(ver Mt 1.16,23; Lc 1.35).
(3) O filho da virgem devia se chamar Emanuel , i.e., Deus
conosco (Mt 1.23). Este nome revestiu-se de novo e profundo significado com a
vinda pessoal ao mundo, do Filho unigênito de Deus (cf. Jo 3.16).
“E deu à luz o seu
filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2.7).
LUCAS 2.7 NUMA MANJEDOURA. Cristo nasceu numa
estrebaria, onde guardavam gado, situada talvez numa caverna. A manjedoura era
uma espécie de gamela onde o gado se alimentava. O nascimento do Salvador, o
maior evento de toda a História, ocorreu em circunstâncias as mais humildes.
Jesus, sendo o Rei dos reis, não nasceu nesta vida como rei, nem viveu como um
rei aqui na terra. Os filhos de Deus são sacerdotes e reis, mas nesta vida
devemos ser como Ele era humilde e simples.
LUCAS 2.11 O SALVADOR... CRISTO, O SENHOR. Na
ocasião do seu nascimento, Jesus é chamado Salvador .
(1) Como Salvador, veio nos libertar do pecado, do domínio
de Satanás, do mundo ímpio, do medo, da morte e da condenação pelas nossas
transgressões (ver Mt 1.21).
(2) O Salvador também é Cristo, o Senhor . Foi ungido como o
Messias de Deus, e o Senhor que reina sobre o seu povo (ver Mt 1.1, nota sobre
o nome de Cristo). Ninguém pode ter Cristo como Salvador, enquanto o recusar
como Senhor.
LUCAS 2.22 PARA O APRESENTAREM AO SENHOR. Assim
como José e Maria apresentaram Jesus ao Senhor, também todos os pais devem
consagrar seus filhos ao Senhor. Devem orar constantemente para que, desde o
início até o fim da vida, eles andem na vontade do Senhor, servindo e
glorificando a Deus, com total devoção.
LUCAS 2.24 A OFERTA...
UM PAR DE ROLAS. A oferta de um par de rolas indica que José e Maria eram
pobres (Lv 12.8). Desde o início do seu ministério, Cristo identificou-se com
os necessitados (9.58; Mt 8.20; ver Ap 2.9).
LUCAS 2.25 JUSTO E TEMENTE A DEUS. O vocábulo
grego aqui para justo é dikaios (no hb. yasher). A idéia original é reto . No
AT, este termo não significa uma simples conformidade com regras e leis, mas
que o homem vive em retidão diante de Deus, tanto no coração como no viver.
(1) A retidão que Deus requeria no AT era a do coração,
baseada na verdadeira fé, no amor e temor a Deus (Dt. 4.10,29; 5.29). A
evidência dessa condição do coração nos pais de João Batista revela-se nas
palavras vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do
Senhor (ver 1.6; Gn 7.1; 17.1; 1 Rs 9.4, onde o termo inclui a integridade de
coração ).
(2) Os justos do AT
não eram perfeitos. Quando cometiam pecado, obtinham perdão, oferecendo a Deus
um sacrifício de animal, em atitude de sincero arrependimento e fé (Lv 4.27-35).
LUCAS 2.25 ESPERANDO A CONSOLAÇÃO. Numa época
de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e
cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do
Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos
abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt
2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas
esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que
mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu
Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do
Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na
sua presença (Ap 21,22).
LUCAS 2.36,37 ANA... SERVINDO A DEUS. Ana era
uma profetisa que esperava devotadamente a vinda de Cristo. Permaneceu viúva
durante muitos anos, sem voltar a casar-se, dedicando-se ao Senhor em jejuns e
orações, de noite e de dia (v. 37). A Bíblia ensina que o estado de solteiro
pode ser uma bênção maior do que o estado marital. Paulo declara que os solteiros
têm maior oportunidade para ocupar-se com as coisas do Senhor, para agradar-lhe
e a Ele dedicar-se com toda devoção (ver 1 Co 7.32-35).
LUCAS 2.40 O MENINO CRESCIA. Como verdadeiro
homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Crescia em sabedoria,
conforme a graça de Deus. Era perfeito quanto à natureza humana, prosseguindo
para a maturidade, segundo a vontade de Deus.
LUCAS 2.52 CRESCIA JESUS EM SABEDORIA. Entre
2.52 e 3.1, passaram-se cerca de 18 anos da vida de Jesus, sem haver menção
deles. Como foi a sua vida durante esses anos? Mt 13.55 e Mc 6.3 nos deixam ver
que Jesus cresceu em uma família numerosa, que seu pai era carpinteiro e que
Ele aprendera aquele ofício. É provável que José tenha morrido antes de Jesus
começar seu ministério público, e que Jesus tenha sustentado sua mãe e seus
irmãos e irmãs mais novos. O ofício de carpinteiro incluía os consertos
domésticos, a fabricação de móveis e a construção de implementos agrícolas,
tais como arados e jugos. Durante todos esses anos, Ele crescia e se
desenvolvia tanto física como espiritualmente, de conformidade com a vontade de
Deus, plenamente consciente de que Deus era seu Pai (v. 49).
MATEUS 1.1 GERAÇÃO DE JESUS CRISTO. O Evangelho
segundo Mateus começa com a genealogia de Jesus Cristo, a qual retrata a
linhagem ancestral de Jesus pela linha paterna (a de José), segundo o costume
judaico (v. 16). José não era o pai biológico de Jesus, contudo era o pai legal
(v. 20). Mateus fez assim a fim de comprovar aos judeus que Jesus era o Messias
esperado, que governaria eternamente o povo de Deus (cf. Is 11.1-5), pois Deus
prometera que o Messias seria um descendente da família de Davi (2 Sm 7.12-19;
Jr 23.5), bem como da de Abraão (Gn 12.3; Gl 3.16).
MATEUS 1.1 O FILHO DE DAVI. (1) Mateus comprova
que Jesus foi um descendente legal de Davi, levantando a genealogia de José, o
qual era da casa de Davi. Embora Jesus tenha sido concebido pelo Espírito
Santo, contudo Ele foi formalmente registrado como filho de José e, portanto,
tornou-se legalmente um descendente de Davi.
(2) A genealogia por Lucas (ver Lc 3.23) mostra a linhagem
de Jesus através dos ascendentes de Maria, sua mãe, que também era da linhagem
davídica. Lucas enfatiza que Ele procede da carne (i.e., filho) de Maria e,
portanto, um como nós (cf. Rm 1.3). Assim, os escritores dos Evangelhos
declaram o direito legal e também físico de Jesus ao messiado.
MATEUS 1.1 CRISTO. O termo Cristo (gr. Christos)
quer dizer ungido . É a forma grega do hebraico Messias (Dn 9.25,26). (1) Desde
o início do seu Evangelho, Mateus afirma que Jesus é o Ungido de Deus, ungido
com o Espírito Santo (cf. Is 61.1; Lc 4.18; Jo 3.34; At 10.38). (2) Foi ungido
como Profeta, para trazer conhecimento e verdade (Dt 18.15); como Sacerdote,
para oferecer o supremo sacrifício e expiar nossas culpas (Sl 110.4; Hb
10.10-14); e como Rei, para governar, guiar e estabelecer o reino da justiça
(Zc 9.9).
MATEUS 1.16 MARIA, DA QUAL NASCEU JESUS. O
nascimento virginal de Jesus é salvaguardado na sua genealogia. Note que a
palavra gerou é usada no caso de todos os nomes até chegar a José. Aí, a
declaração bíblica muda. Não está escrito que José gerou a Jesus, mas, sim, que
José é o marido de Maria, da qual nasceu JESUS (ver 1.23 nota).
MATEUS 1.21 JESUS. Jesus é a forma grega do
hebraico Yeshua (Josué), que signfica O SENHOR salva (Js 1.1 nota). O termo
define a futura missão do Filho de Maria, que é salvar o seu povo dos seus
pecados (v. 21). O pecado é o maior inimigo da raça humana, arruinando a vida e
a alma da pessoa. Através da morte expiatória de Jesus e do poder santificador do
Espírito Santo, quem vem a Jesus é libertado da culpa e da escravidão do pecado
(ver Jo 8.31-36; At 26.18; Rm 6; 8.1-16).
MATEUS 1.23 A VIRGEM DARÁ À LUZ. Tanto Mateus
como Lucas concordam em declarar inequivocamente que Jesus nasceu de uma mãe
virgem, sem a intervenção de pai humano, e que Ele foi concebido pelo Espírito
Santo (v. 18; Lc 1.34,35). A doutrina do nascimento virginal de Jesus, de há
muito vem sendo atacada pelos teólogos liberais. É inegável, no entanto, que o
profeta Isaías vaticinou a vinda de um menino, nascido de uma virgem, que seria
chamado Emanuel , um termo hebraico que significa Deus conosco . (Is 7.14).
Essa predição foi feita 700 anos antes do nascimento de Cristo.
(1) A palavra virgem é a tradução correta da palavra grega
parthenos, empregada na Setuaginta, em Is 7.14. A palavra hebraica significando
virgem (almah) , empregada por Isaías, designa uma virgem em idade de
casamento, e nunca é usada no AT para qualquer outra condição da mulher, exceto
a da virgindade (cf. Gn 24.43; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14). Daí, Isaías, Mateus e
Lucas afirmarem a virgindade da mãe de Jesus (ver Is 7.14).
(2) É de toda importância o nascimento virginal de Jesus.
Para que o nosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar,
Ele teria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável (Hb 7.25,26).
O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências.
(a) A única maneira de Ele nascer como homem era nascer de
uma mulher.
(b) A única maneira de Ele ser um homem impecável era ser
concebido pelo Espírito Santo (v. 20; cf. Hb 4.15).
(c) A única maneira
de Ele ser deidade, era ter Deus como seu Pai. A concepção de Jesus, portanto,
não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí, o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus (Lc 1.35). Por isso, Jesus Cristo nos é
revelado como uma só Pessoa divina, com duas naturezas: divina e humana, mas
impecável.
(3) Por ter vivido como ser humano, Jesus se compadece das
fraquezas do ser humano (Hb 4.15,16). Como o divino Filho de Deus, Ele tem
poder para libertar o ser humano da escravidão do pecado e do poder de Satanás
(At 26.18; Cl 2.15; Hb 2.14; 4.14,15; 7.25). Como ser divino e também homem
impecável, Ele preenche os requisitos como sacrifício pelos pecados de cada um,
e também como sumo sacerdote, para interceder por todos os que por Ele
aproximam-se de Deus (Hb 2.9-18; 5.1-9; 7.24-28; 10.4-12).
MATEUS 1.25 NÃO A
CONHECEU. A expressão "até que" chama a atenção para o fato de que, depois do
nascimento de Cristo, José e Maria tiveram todo relacionamento físico comum de
um casal. Sabemos que Jesus teve irmãos e irmãs (12.46,47; 13.55,56; Mc
3.31,32; 6.3; Lc 8.19, 20).
Lucas 2:1-7
No Império Romano se realizavam censos periódicos com duplo
objetivo: para impor as contribuições e para descobrir aqueles que podiam
cumprir o serviço militar obrigatório. Os judeus estavam isentos do serviço
militar, e, portanto, o censo na Palestina tinha um propósito predominantemente
impositivo. Com respeito a estes censos, temos informação bem definida do que
acontecia no Egito; e é quase seguro que o que passava ali, também acontecia em
Síria, e Judéia era parte desta província.
A informação que temos provém de documentos escritos sobre
papiros e descobertos entre o pó em cidades e vilas egípcias e nas areias do
deserto. O recenseamento era feito a cada quatorze anos. encontraram-se
documentos de cada censo entre 20 d. C. e 270 d. C.
Se se respeitava o prazo de quatorze anos, então o censo em
Síria deve ter sido no ano 8 A. C. e portanto Jesus deve ter nascido esse ano.
Pode ser que Lucas tenha cometido um pequeno engano. Cirênio não foi governador
de Síria até o ano 6 A. C., mas teve um posto oficial nessa zona com
antecedência, entre os anos 10 e 7 A. C. e o censo deve ter sido tomado durante
esse período. Os críticos questionaram o fato de que todos deviam retornar à
sua cidade de origem para ser recenseados; mas existe um decreto de governo no
Egito que diz:
Gaio Vibio Máximo ordena: devido a que chegou o momento de
recensear, é-nos necessário obrigar a todos aqueles que por qualquer causa
residem fora de seus distritos a retornar a seus lares, para que cumpram com o
censo e para que também atendam diligentemente o cultivo de suas parcelas.
Se isto acontecia no Egito, bem podia acontecer na Judéia
onde se respeitava a velha linhagem tribal, e os homens tinham que ir aonde
residia sua tribo. Este é um exemplo de como um maior conhecimento demonstrou a
exatidão do Novo Testamento.
A distância entre Nazaré e Belém era de uns cento e vinte
quilômetros. As comodidades que se ofereciam aos viajantes eram muito
primitivas. A estalagem oriental estava composta por uma série de casinhas que
davam a um pátio comum. Os viajantes levavam sua própria comida; tudo o que
outorgava o hospedeiro era forragem para os animais e fogo para cozinhar. A
cidade estava repleta e não havia lugar para a Maria e José. Portanto seu filho
nasceu no pátio comum. As fraldas consistiam em um tecido quadrado com uma tira
longa que saía diagonalmente de uma ponta. O menino era envolto no tecido e
logo se enrolava na tira. A palavra que traduzida manjedoura, significa o lugar
onde se alimentavam os animais: também poderia referir-ser ao estábulo.
O fato de que não houvesse lugar na hospedaria é um símbolo
do que ia acontecer com Jesus. O único local no qual houve lugar para ele foi a
cruz. Procurou uma entrada aos corações repletos dos homens e não a encontrou;
continua procurando, e continua sendo rechaçado.
Visto que José era da família de Davi, tinha de alistar-se
em Belém, chamada a cidade de Davi, embora não se registre que Davi tivesse
qualquer contato com ela depois de deixá-la. De modo semelhante, nunca se diz
que Jesus visitasse Belém depois de ter nascido ali. A presença de Maria
provavelmente nio fosse necessária. Pouco se sabe dos regulamentos que
governavam tal contingência, mas a probabilidade é que, mesmo se ela tivesse
bens, o comparecimento de José bastaria. Talvez José não quisesse deixá-la em
Nazaré. Ela ficara três meses com Isabel depois de começar sua gravidez (1:56)
e não temos meios de saber quanto tempo mais tarde o casamento começou. Ficar
em Nazaré talvez expusesse Maria a calúnias. Lucas se refere a Maria como “sua
noiva” talvez porque, embora fossem casados (Mt 1:24), o casamento ainda não
fora consumado (Mt 1:25).
O nascimento do Filho de Deus é descrito com muita
simplicidade. Maria enfaixou-o com longas faixas que seriam passadas muitas
vezes ao redor das crianças. Que a própria Maria enfaixou a criança indica um
nascimento na solidão. Que Ele foi deitado numa manjedoura tem sido entendido
no sentido de Jesus ter nascido num estábulo. É possível. Mas também é possível
que o nascimento tenha ocorrido num lar muito pobre onde os animais
compartilhavam do mesmo teto com a família. Uma tradição que remonta a Justino
diz que ocorreu numa caverna (Diálogo com TrifSo, 78), e pode ser correta.
Alguns pensaram que o nascimento ocorreu ao ar livre (possivelmente no pátio de
uma hospedaria), sendo ali que provavelmente haveria uma manjedoura. Não
sabemos. Sabemos apenas, que tudo indica
a obscuridade, a pobreza e até mesmo a rejeição. Não havia lugar para eles na
hospedaria, É possível que José tenha deixado sua viagem para o último momento.
Ou que o hospedeiro nio quisesse abrigá-los. Outra possibilidade é que a
palavra não significasse hospedaria aqui, mas, sim, um quarto numa casa (como
em 22:11). Talvez fosse reservado para José e Maria, mas que outros o ocupassem
antes de eles terem chegado. Devemos refletir, talvez, que foi a combinação de
um decreto pelo imperador na Roma distante e das línguas mexeriqueiras de
Nazaré que trouxeram Maria a Belém exatamente no tempo certo para cumprir a
profecia acerca do local de nascimento de Cristo (Mq 5:2). Deus opera através
de todos os tipos de pessoas para levar a efeito Seus propósitos.
Nascimento em Belém.
A providência divina agiu por meio de César Augusto, e o decreto imperial do
recenseamento possibilitou que Maria e José, morando em Nazaré da Galiléia,
cumprissem a profecia de Miquéias relativa ao nascimento do Messias em Belém
(Mq 5.2).
Com quanta simplicidade é narrado acontecimento tão
profundo! As circunstâncias do nascimento formavam um contraste gritante com a
verdadeira natureza da criança. Lucas mostra como foram ordinários os
acontecimentos em que Deus operou extraordinariamente. A referência ao
primogênito de Maria, não é uma evidência conclusiva para atribuir-lhe outros
filhos nascidos mais tarde. Faixas eram costumeiramente usadas para vestir os
recém-nascidos. Um quadrado de tecido tinha uma ponta mais comprida unida a ele
num dos cantos e esta era enrolada em volta da criança depois do quadrado ser
posto no lugar.
Uma manjedoura ou comedouro transformou-se em berço para a
criança. Assim, um menino no comedouro de animais tornou-se o foco da história
do mundo. José foi obrigado a alojar-se num estábulo porque a hospedaria estava
lotada. Essas acomodações porém, apesar de inferiores segundo os padrões
atuais, talvez não fossem tão más como se pensa, especialmente considerando-se
os alojamentos pouco satisfatórios das hospedarias da época. O texto não diz
porque a hospedaria estava tão cheia. Talvez fosse devido ao número de pessoas
que se apresentou para o recenseamento. Outros sugerem que pode ter havido uma
festa em Jerusalém e as acomodações de Belém estivessem tomadas por peregrinos.
Este parágrafo da Bíblia começou com César e terminou com
Jesus. O mundo de então pode ter considerado o primeiro como muito mais
importante, mas o Deus da história inverteu essa concepção.
ELABORADO PELO EVANGELISTA; NATALINO DOS ANJOS
PROFESSOR NA E.B.D.e PESQUISADOR.
DIRIGENTE DA CONGREGAÇÃO DA A.D. MISSÃO NO BAIRRO NOVO HORIZONTE
CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO
PRESIDENTE; PASTOR EDSEU VIEIRA.
FONTES DE PESQUISA;
Comentário Bíblico Moody
Comentário Biblico Esperança
Comentário Biblico Mundo Hispano
Bíblia de Estudo Pentecostal
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