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segunda-feira, 22 de junho de 2015

A RESSURREIÇÃO DE JESUS - LIÇÃO 13 COM SUBSIDIOS


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SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO

Lições Bíblicas CPAD  -  Adultos
2º Trimestre de 2015

Título: Jesus, o Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas, o médico amado
Comentarista: José Gonçalves



Lição 13: A ressurreição de Jesus
Data: 28 de Junho de 2015

TEXTO ÁUREO

“E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?” (Lc 24.5).

VERDADE PRÁTICA

A ressurreição de Jesus é a garantia de que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — 1Rs 17.17-24
A ressurreição no contento do Antigo Testamento

Terça — Lc 7.11-17
A ressurreição no contexto do Novo Testamento

Quarta — Lc 24.39
A ressurreição literal de Jesus segundo o Evangelho de Lucas

Quinta — Lc 24.41-43
Jesus não está morto. Ele verdadeiramente ressuscitou

Sexta — Jo 20.10-18; At 2.32
As evidências da ressurreição de Jesus, o Filho de Deus

Sábado — Rm 4.25
O propósito da ressurreição de Jesus segundo o Evangelho de Lucas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 24.1-8.

1 — E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.
2 — E acharam a pedra do sepulcro removida.
3 — E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4 — E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes.
5 — E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
6 — Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia,
7 — dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.
8 — E lembraram-se das suas palavras.

HINOS SUGERIDOS

183, 545, 546 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Apresentar a ressurreição de Cristo como a garantia da realidade da vida vindoura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Explicar a doutrina da ressurreição.
II. Expor a natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo.
III. Elencar as evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus.
IV. Discutir o propósito da ressurreição de Jesus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A Bíblia declaro que a ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: “E apareceu [Jesus] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.5-8 — ARA). Jesus ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

As Escrituras ensinam que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Antes da Queda a morte não tinha domínio sobre o homem. Todavia, como um ser moralmente livre, o homem pecou fazendo com que o pecado entrasse no mundo e, com ele, a morte. A morte passou então a todos os homens.
Ainda na Antiga Aliança, o Senhor deu vida aos mortos para revelar o seu poder sobre a morte. E mesmo ainda não estando totalmente revelada, a doutrina da ressurreição já era crida por santos do Antigo Testamento (Jó 19.25). Elesanelavam pela redenção do corpo.
Jesus se revelou como o Messias prometido e a sua morte e ressurreição garantiram que a penalidade do pecado — a morte —, fosse vencida. Em Cristo, o direito de viver eternamente em um corpo físico tornou-se novamente real.

PONTO CENTRAL

Jesus Cristo ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis provas (At 1.3).


I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO

1. No Contento do Antigo Testamento. O Antigo Testamento registra três casos de pessoas que ressuscitaram. Os três casos aconteceram no ministério profético de Elias e Eliseu. Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21 onde um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu. Esses fatos demonstram, já na Antiga Aliança, o poder de Deus para dar vida aos mortos.

2. No contento do Novo Testamento. Com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição é demonstrada em sua plenitude (2Tm 1.10).
O Novo Testamento registra vários casos de pessoas sendo ressuscitadas. Algumas foram ressurreições efetuadas pelo Senhor Jesus, enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35-43; Lc 7.11-17; Jo 11.11-45; At 9.36-42; 20.9,10). Em todos os casos, exceto a ressurreição de Jesus, as pessoas ressuscitadas morreram novamente.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.



II. A NATUREZA DA RESSSURREIÇÃO DE JESUS

1. Uma ressurreição literal. O testemunho do terceiro Evangelho é de uma ressurreição física e literal. O próprio Jesus, quando ressuscitou, disse: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).


2. Uma ressurreição corporal. A apologética cristã sempre assegurou que a ressurreição de Jesus foi um evento físico no qual o seu corpo foi revivificado. Isto significa que, apesar de transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado. Lucas põe em relevo esse fato quando registra Jesus comendo com os discípulos após a ressurreição (Lc 24.43). Em sua primeira Carta aos Coríntios o apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã é falsa se a ressurreição de Jesus não aconteceu de forma corporal (1Co 15.14,15).



SÍNTESE DO TÓPICO (II)

A ressurreição de Cristo foi corporal e literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discípulos durante 40 dias.



SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, neste tópico, é interessante enfatizar que, após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Cristo: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: “Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite” (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os primeiros seguidores de Jesus, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.








III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Evidências diretas. As Escrituras apresentam muitas evidências da ressurreição de Jesus. Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas. O texto de Lucas 24.13-35 narra o encontro que dois discípulos, no caminho de Emaús, tiveram com Jesus após a sua ressurreição. Trata-se de uma evidência direta da ressurreição porque mostra Jesus ressuscitado com um corpo físico e tangível. Evidência semelhante pode ser vista no relato da ressurreição do Evangelho de João 20.10-18. Nesses relatos observamos que as pessoas para as quais o Senhor apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até mesmo chegaram a tocá-lo. Não se tratava, portanto, de uma visão ou sonho, mas de um encontro real!

2. Evidências indiretas. Como vimos, os Evangelhos apresentam muitas provas diretas da ressurreição do Senhor, todavia, apresentam também outras provas indiretas. Antes da ressurreição encontramos um grupo de discípulos desanimado, triste e cabisbaixo. Era um cenário desanimador. Após a ressurreição e Pentecostes, esses mesmos discípulos se apresentam ao povo com uma ousadia nunca vista. Eles agora passaram a testemunhar que o Senhor deles estava vivo e apresentavam provas disso. Eles curavam os doentes, levantavam os paralíticos, expeliam os demônios e testemunhavam: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas” (At 2.32). A ressurreição de Jesus se tornou o principal tema da pregação apostólica.



SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos de Jesus mais fortes e maduros na fé.



SUBSÍDIO DIDÁTICO

“Antes de Jesus sair da terra, Ele leva os discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que Deus os abençoe. Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão direita do Pai.
A partida de Cristo, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discípulos estão cheios ‘com grande júbilo’ e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza, é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o Messias, o Filho divino de Deus, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o Espírito. Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém” (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.479).



IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Salvação e justificação. Aos discípulos no cenáculo, Jesus destaca a salvação como propósito da ressurreição (Lc 24.46-48). A ressurreição de Jesus difere de todas as outras, assim como Jesus difere de todos os homens. Ele é o Deus que se fez carne (Jo 1.14); o segundo Adão, representando a humanidade caída (Rm 5.12; 1Co 15.45), o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5), que nos salva de nossos pecados (1Tm 1.15). A Bíblia diz que Ele morreu por causa de nossas transgressões (Rm 4.25); e que seu sacrifício foi em resgate de todos (1Tm 2.6). Mostra ainda que a sua ressurreição foi por “causa de nossa justificação” (Rm 4.25) e que nesse aspecto Ele foi designado filho de Deus com poder pela ressurreição dos mortos (Rm 1.4).

2. A redenção do corpo. A ressurreição de Jesus é a garantia de que os crentes também ressuscitarão dos mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre os mortos, Jesus se tornou as primícias daqueles que ressuscitarão para não mais morrer (1Co 15.23). O apóstolo Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou então a nossa fé é vã (1Co 15.17). Na ressurreição, Jesus derrotou a morte de forma que não precisamos mais temê-la (1Co 15.55-58). Na ressurreição, receberemos corpos incorruptíveis e imortais (1Co 15.42-49).



SÍNTESE DO TÓPICO (IV)

O propósito da ressurreição de Jesus é salvar; justificar e redimir o corpo de todo aquele que crerese arrepender dos seus maus caminhos.



CONCLUSÃO

Sem dúvida uma das maiores notícias, e que foi dada por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de Jesus, a crença na ressurreição dos mortos não era consenso. Os fariseus acreditavam nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam.
Até mesmo os discípulos de Jesus se mostraram incrédulos e lentos em aceitá-la. Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus se apresentou a seus discípulos com provas incontestáveis a fim de que nenhum deles ficasse com dúvida. A ressurreição de Jesus era uma realidade inconteste para a Igreja Apostólica a ponto de se tornar o principal tema de sua pregação.

PARA REFLETIR

Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Cite os casos de ressurreição registrados no ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.

Por que a doutrina da ressurreição dos mortos ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi demonstrada em sua plenitude (2Tm 1.10).

Jesus ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Sim, apesar de transformado. Cristo ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.

Como os apologistas classificam as evidências da ressurreição de Jesus?
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.

Quais os propósitos da ressurreição de Jesus?
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A ressurreição de Jesus

Passou o dia da crucificação, possivelmente na tarde da uma sexta-feira, mas quinta-feira para nós — para os judeus o dia começa a partir das 18hs. Passou o Sábado de Aleluia. Chegou o Domingo — Foi-se o primeiro dia, passou-se o segundo, mas chegou o terceiro. O mestre de Nazaré ressuscitou. O Deus Pai o fez Senhor e Cristo e deu-lhe um nome que é sobre todo o nome (Fp 2.9-11). Ele apareceu aos doze apóstolos e a mais de 500 pessoas da Palestina no período de quarenta dias (Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; At 1.1-3; 1Co 15).
Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10), foram ao túmulo de Cristo. Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: “Ele não está aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando estava na Galileia, ele disse a vocês: O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia” (Lc 24.6,7). Sim, Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado.
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o seu aparecimento posterior aos discípulos foram eventos tão grandiosos que o apóstolo Paulo os relatou detalhadamente: “[Jesus] apareceu a Pedro e depois aos doze apóstolos. Depois apareceu de uma só vez, a mais de quinhentos seguidores, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns já morreram. Em seguida apareceu a Tiago e, mais tarde, a todos os apóstolos. Por último, depois de todos, ele apareceu também a mim, como para alguém nascido fora de tempo” (1Co 15.4-8). Jesus Ressuscitado é a razão da nossa fé!


SUBSIDIOS
Observemos o afeto e o respeito que as mulheres demonstraram para com Cristo, depois que Ele morreu e foi sepultado. observemos a surpresa que sentiram quando encontraram a pedra removida, e a tumba vazia. os cristãos costumam ficar confundidos com aquilo que deveria consolá-los e animá-los. Esperavam encontrar o seu Mestre envolto em panos, ao invés de anjos em trajes refulgentes. os anjos lhes asseguraram que Ele havia ressuscitado dentre os mortos; ressuscitou por seu poder. Estes anjos do céu não trouxeram um Evangelho novo, e sim lembraram às mulheres as Palavras de Cristo, e ensinaram-nas a aplicá-las.

Podemos nos maravilhar quanto a estes discípulos, que criam em Jesus, o Filho de Deus, o verdadeiro Messias. Poderiam ter tardado tanto em crer em sua ressurreição e poder, mesmo depois de por tantas vezes terem ouvido o Senhor lhes dizer que deveria morrer e ressuscitar e em seguida entrar em sua glória, e que em mais de uma ocasião haviam presenciado e visto o Senhor ressuscitar mortos? Todos os nossos erros em termos de religião surgem por ignorarmos ou nos esquecermos das Palavras que o Senhor Jesus Cristo disse.

Agora Pedro corre até o sepulcro; ele, que há pouco fugira de seu Mestre, estava maravilhado. Há muitas coisas que nos causam  estupefação e confusão, e que seriam claras e proveitosas para nós se entendêssemos corretamente as palavras de Cristo.

1. A ida das mulheres da Galiléia e de Pedro à sepultura – Lc 24.1-12.
O presente trecho relata a chegada das mulheres à sepultura (Lc 24.1-3), a aparição e a mensagem dos anjos (Lc 24.4-7), e por fim, a saída das mulheres e a chegada de Pedro (Lc 24.8-12).

a) A ida das mulheres da Galiléia à sepultura – Lc 24.1-3.
Depois do relato de que as mulheres da Galiléia olharam com atenção onde e como o corpo do Senhor fora depositado, preparando depois ungüentos em casa e descansando durante o sábado segundo a lei (Lc 23.55s), Lucas passa a narrar a história da ressurreição do Senhor. Por essa razão essas mulheres são, forçosamente, aquelas que haviam seguido o Senhor desde a Galiléia. Lucas cita três dessas mulheres por nome (Lc 24.10). Todos os evangelistas citam Maria Madalena; Mateus e Marcos falam também da “outra Maria”, a mãe de Tiago; Marcos menciona como terceira apenas Salomé, enquanto Lucas cita como terceira Joana. Mais provável é que todas elas juntas fizeram essa caminhada bem cedo ao raiar do dia.
Lucas relata que, chegadas à sepultura, as mulheres viram que a pedra fora afastada. Conforme Marcos durante o caminho até a sepultura as mulheres consideraram uma série de planos e preocupações quanto à retirada da pedra. Mateus informa acerca de um tremor no local da sepultura, depois do qual desceu um anjo que afastou a pedra. Lucas não mencionada nada disso. De forma muito palpável, porém, Lucas descreve o susto e a alegria das mulheres.

b) A aparição e a mensagem dos anjos – Lc 24.4-7.
Enquanto as mulheres ainda estavam perplexas, perguntando-se quem teria retirado a pedra da sepultura, surgiram diante delas dois homens com vestes reluzentes. As mulheres ficaram espantadas pelo fato de que a pedra fora afastada. Lucas explica, por meio dos discípulos que caminham para Emaús, que os dois homens eram “anjos” (Lc 24.23). Por conseqüência, o presente texto fala de dois anjos. Marcos e também Mateus, no entanto, falam apenas de um anjo em forma humana. O relato do presente evangelista coincide neste aspecto com Jo 20.12. Não há fundamento para declarar que essas diferenças constituem contradições. Os dois primeiros sinóticos tão somente mencionam o anjo que falou às mulheres. O verbo ephistemi = “aproximar-se” é usado para aparições de anjos (Lc 2.9; At 12.7), e descreve o fato inesperado e súbito. Certamente é incorreto considerar as vestes brancas dos anjos como trajes festivos, porém constituem a apresentação exterior da condição interior imaculada e pura. Marcos indica o local exato em que o anjo estava sentado na sepultura. Mateus, que antes descrevera o anjo sentado sobre a pedra, silencia sobre onde ele estava depois no interior da sepultura. Lucas não diz nada a respeito de tudo isso.

Ao olhar para os dois personagens angelicais as mulheres foram tomadas de grande susto. Marcos relata de forma sucinta e completo que “ficaram atemorizadas”, expressando assim o supremo grau de surpresa e espanto. Lucas, no entanto, ilustra ainda mais a forma como o temor das mulheres se manifestou. Ele escreve: “E baixaram os rostos para o chão.” Por temor as mulheres inclinaram o rosto até o solo. A vestimenta alva e radiante dos anjos ofuscava os olhos, a forma e a aparição incomuns atordoavam os ânimos.
O espanto das mulheres, porém, foi de natureza completamente diversa do pavor dos guardas romanos da sepultura. Os anjos não traziam para aqueles vigias palavras de tranqüilidade, de fortalecimento e consolo. As mulheres, porém, foram interpeladas amigavelmente pelos anjos, para livrá-las do medo e permitir que se alegrassem com o Senhor, que teria ressuscitado dentre os mortos. A fala dos anjos é transmitida por todos os sinóticos. Mateus e Marcos trazem adicionalmente a breve palavra pela qual as mulheres receberam encorajamento.
Conforme Mateus o anjo justifica por que era capaz de falar tão amigavelmente com as mulheres. Ele sabia que elas procuravam Jesus, o crucificado, na sepultura. Procuravam-no com uma fé fraca, mas com um amor intenso, com esperanças desfeitas, mas com persistente fidelidade. Amigos de Jesus não têm motivos para temer os anjos. De acordo com Lucas os anjos dirigiram às mulheres a pergunta: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” A pergunta dos anjos não diz que Jesus tornou a viver, mas que ele é, em sentido supremo, o Vivo por excelência. Ele é o Vivo porque ele próprio é a vida (Jo 6.35). Tudo o que está vivo em toda a criação recebe vida dele, em sua pessoa  vivem todos os seres vivos, porque ele próprio é essencialmente a vida. Por isso ele concede aos vivos a vida natural, aos crentes a vida espiritual e eterna. Por isso não pôde ficar retido na morte (At 2.24).

Agora as mulheres estavam preparadas para ouvir a grande palavra da Páscoa que todos os três sinóticos trazem quase que simultaneamente. Pelo fato de o anjo afirmar que Jesus fora ressuscitado, o grande milagre da Páscoa é atribuído a Deus como impulso e causa. A ressurreição de Jesus Cristo é atribuída a Deus também em outras passagens do NT (cf. At 2.24; 3.15; 4.10; 10.40; Rm 4.24; 1Co 6.14; 15.15; 2Co 4.14). Dessa forma, contudo, não é contestado que Jesus tenha ressurgido dentre os mortos por sua própria autoridade divina. Ele declara, referindo-se ao templo de seu sagrado corpo: “Em três dias eu o edificarei” (Jo 2.19), aludindo à sua ressurreição (Jo 2.22). Jesus declara igualmente: “Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi-o de meu Pai” (Jo 10.18). Assim a ressurreição é enfatizada tanto como obra de Deus Pai, quanto também como obra do próprio Redentor.

A ressurreição de Jesus é apresentada às mulheres não como ato do Crucificado, mas como um feito de Deus. Corresponde à posição e identidade dos anjos, como espíritos ministradores e mensageiros a serviço de Deus [Hb 1.14], anunciar a obra de Deus, o que também é o que melhor se adapta ao estágio de fé das mulheres. Aquilo que as discípulas de Jesus não esperavam do Mestre crucificado e morto elas ainda esperavam da onipotência de Deus. A fé em Jesus havia soçobrado, a fé no Deus todo-poderoso ainda estava viva em seus corações abalados. O que Deus fizera com muitos por meio da palavra de seu Filho, ele agora fazia com seu Filho unigênito ao ressuscitá-lo. No primeiro instante as mulheres provavelmente não entenderam o sentido correto da mensagem pascal. O Ressuscitado precisava introduzir-se somente aos pouco na compreensão dessa palavra do anjo.

De acordo com Lucas e Mateus os dois homens ou anjos tentam conduzir as duas mulheres galiléias à fé na ressurreição de Jesus não apenas pela referência à sepultura vazia, mas enveredando por um caminho ainda mais digno. As mulheres devem considerar o que o Senhor lhes dissera
pessoalmente há muito tempo. Os dois anjos enfatizam que há muito tempo Jesus falara de sua paixão, morte e ressurreição, já na Galiléia e não somente nos últimos dias. Diversas vezes o Senhor apontou para essa verdade (cf. Mt 12.40; 16.21; 17.22s). O que Jesus dissera há tanto tempo e em tantas ocasiões precisava voltar ainda mais facilmente à recordação delas. Cumpriu-se a primeira parte da profecia, a saber, aquela sobre a cruz e a morte, para a mais profunda dor delas. Será que conseguiriam confiar em que sua profecia da ressurreição também se cumpriria? O que Jesus profetizou acerca de sua ressurreição acaba, portanto, de se cumprir. Deus despertou-o contra todas as expectativas humanas.

c) Saída das mulheres e chegada de Pedro – Lc 24.8-12.
Os anjos lembraram às mulheres o prenúncio de Jesus. Pode-se compreender facilmente que elas se recordavam dos discursos do Senhor.

Se o Ressuscitado não tivesse aparecido às mulheres e se não as tivesse instado expressamente para uma santa alegria, a alegria da Páscoa teria acabado em breve; porque tiveram pouco sucesso com os apóstolos. Os apóstolos de forma alguma deram crédito à mensagem delas acerca da ressurreição de Jesus. A notícia das mulheres parecia aos discípulos como falação tola ou farsa. A expressão leros, que ocorre somente aqui no NT, significa, conforme Hesíquio, o mesmo que “tolice”, “fofoca” ou “mentira”. Lucas descreve de forma muito sumária a impressão causada pelas primeiras notícias. Parece que todos os onze apóstolos consideraram essas mulheres doidas. As discípulas do Senhor, porém, não se deixaram perturbar ou demover pela incredulidade e zombaria dos apóstolos, e levaram a boa nova da Páscoa aos outros. Disseminaram sem cessar o evangelho da ressurreição de Cristo.

Que estranho e extraordinário! Mulheres, que segundo a ordem apostólica devem calar-se na igreja (1Co 14.34s), foram incumbidas da mensagem da Páscoa: “O Senhor ressuscitou!” – Isso está certo? Por que isso acontecia? Essas perguntas raramente são levantadas. Estamos inclinados a pensar que as mulheres da Galiléia foram incumbidas do primeiro anúncio da ressurreição do Senhor porque foram as primeiras presentes no local em que aconteceu o milagre da manhã da Páscoa. Enquanto os discípulos haviam se dispersado e fugido, elas não apenas foram juntas até a sepultura, mas também permaneceram muito unidas entre si. Por isso as mulheres eram as mais aptas para reunir novamente os discípulos dispersos. Os apóstolos, que o Redentor havia escolhido para suas testemunhas até o fim do mundo, “tropeçaram” e se “escandalizaram” na cruz, perdendo por isso a prerrogativa de serem as primeiras testemunhas. Por isso as mulheres, como primeiras testemunhas da ressurreição, tiveram de lembrar os apóstolos dessas coisas.

Conforme o quarto evangelho, Pedro e João foram imediatamente até a sepultura, depois de receber a notícia de Maria Madalena. Segundo Lucas, Pedro dirige-se sozinho até a sepultura. Lucas, porém, declara depois que Pedro não correu sozinho até a sepultura (Lc 24.24). Por isto, as pequenas e insignificantes diferenças do relato completam-se até formar uma unidade, e não há contradições.


BUSCANDO NO LUGAR ERRADO
Lucas 24:1-12
O sábado judeu é o nosso sábado; era o último dia da semana, e comemorava ou descanso do Deus depois dou trabalho da criação. O domingo cristão é o primeiro dia da semana e lembra a ressurreição de Jesus. De modo que naquele primeiro domingo cristão, as mulheres foram ao sepulcro para levar, conforme acreditavam, os últimos tributos de amor a seu querido morto, e perfumar e ungir o corpo de Jesus com suas essências.

As tumbas orientais estavam quase sempre escavadas na Rocha. Envolvia-se o corpo em longas tiras de tecido como ataduras, e o deitavam em uma prateleira dentro da tumba. Depois se fechava a tumba com uma grande pedra circular do tamanho da roda de um carro que corria através da entrada. Quando as mulheres chegaram, a pedra estava fora de lugar.

Aqui temos precisamente uma das discrepâncias nos relatos da ressurreição que os críticos e os adversários do cristianismo tanto assinalam. Em Marcos o mensageiro na tumba é um jovem com uma longa roupa branca (Marcos 16:5); em Mateus é um anjo do Senhor (Mateus 28:2). Aqui nos deparamos com dois homens com vestimentas resplandecentes; e em João com dois anjos (João 20:12). As diferenças existem, é verdade; mas também é verdade que, qualquer que seja a descrição, o fato básico de que a tumba estava vazia nunca varia; isso é o que importa. Nunca duas pessoas descrevem o mesmo episódio e incidente nos mesmos termos; e nada tão maravilhoso como a ressurreição jamais escapou de certa medida de elaboração e adorno à medida que era contada e repetida. Mas no centro da história permanece o único fato importante, a tumba vazia.

As mulheres voltaram com sua história ao resto dos discípulos, e eles se negaram a acreditar. Disseram que era uma história de loucos. A palavra que empregaram era usada pelos autores médicos gregos para descrever o murmúrio de uma mente doente e febril. Só Pedro foi ver se era verdade. O fato de que o fizesse diz muito a favor dele. A história de sua negação não era algo que pudesse silenciar-se; e no entanto, Pedro teve a coragem moral de enfrentar àqueles que conheciam sua vergonha. Nele havia algo de herói assim como algo de covarde. O homem que foi uma pomba que revoava estava por converter-se em uma rocha.

A pergunta mais importante e desafiante nesta história é a formulada pelos mensageiros na tumba: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?”
Há muitos que ainda procuram a Jesus entre os mortos.

(1) Há os que vêem Jesus como o maior homem e o herói mais nobre que jamais viveu, como alguém que viveu a vida mais bela que se viveu sobre a Terra, e depois morreu. Isso não basta. Jesus não está morto; Ele vive. Não é um herói do passado; é uma presença viva hoje.

(2) Há os que e vêem Jesus como um homem cuja vida deve ser estudada, e cujas palavras devem ser examinadas, e cujos ensinos devem ser analisados. Há uma tendência a pensar no cristianismo e em Cristo como algo que deve ser estudado. Esta tendência pode ser observada no simples fato da proliferação de grupos de estudo e a extinção das reuniões de oração. Sem dúvida nenhuma o estudo é necessário; mas Jesus não é somente alguém que deve ser examinado; é alguém com quem devemos nos encontrar e viver cada dia na vida; não é  simplesmente uma figura em um livro, embora se trate do livro mais grandioso do mundo; mais uma vez, Ele é uma presença viva.

(3) Há os que e vêem Jesus como o modelo e exemplo perfeito. Ele o é; mas a verdade é que um exemplo perfeito pode ser a coisa mais desanimadora do mundo.
Por muitos séculos os pássaros deram ao homem um exemplo do vôo, no entanto só na época moderna o homem pôde voar. Recordamos que quando meninos na escola recebemos um caderno. Acima a página tinha uma linha de escritura impressa; logo seguiam os artigos em branco nos quais teríamos que copiá-la. Que desalentadores eram nossos esforços para reproduzir o modelo perfeito! Mas depois chegava a professora e com sua mão guiava as nossas sobre as linhas até que conseguíamos fazer algo parecido.

Isso é o que Jesus faz. Não é somente o modelo e o exemplo. Ajuda-nos, nos guia, e nos dá forças para segui-lo. Não é simplesmente um modelo na vida; novamente, é a presença divina que nos ajuda a viver.
Bem pode ser que tenha faltado ao nosso cristianismo esse "algo" tão essencial, porque nós também estivemos procurando entre os mortos Aquele que está vivo.

LUCAS  24.1,2 Na contagem de tempo dos judeus, um “dia” incluía qualquer parte do dia; assim, a sexta-feira foi o primeiro dia, o sábado foi o segundo e o domingo foi o terceiro dia. Quando as mulheres chegaram, de madrugada, Jesus já tinha ressuscitado. Jesus rinha morrido na sexta-feira; José tinha levado seu corpo e o tinha preparado para o enterro imediatamente antes do início do sábado judeu, no pôr-do-sol da sexta-feira. O sábado judeu tinha terminado no pôr-do-sol do sábado; sendo assim, as mulheres saíram no domingo bem cedo, muito de madrugada. Elas trouxeram especiarias ao sepulcro, da mesma maneira como as pessoas levam flores aos túmulos hoje em dia - como um sinal de amor e respeito. Quando chegaram, acharam a pedra do sepulcro removida (veja Mt 28.2). A pedra não tinha sido rolada para que Jesus pudesse sair, pois Ele já tinha saído. Ela foi rolada para que os outros pudessem entrar e ver por si mesmos que Jesus tinha verdadeiramente ressuscitado dos mortos, exatamente como disse que faria.

LUCAS  24.3 A pedra tinha sido rolada, e as mulheres entraram esperando poder realizar a sua tarefa com as especiarias. Muitos sepulcros eram suficientemente grandes para que se pudesse entrar, e estas mulheres entraram no sepulcro, mas não acharam o corpo do Senhor Jesus. Naturalmente, o corpo não estava ali porque Jesus tinha ressuscitado, exatamente como
tinha dito que faria. Mas os seguidores de Jesus não esperavam isto. Eles tinham ouvido pelo menos três vezes, mas não chegaram a crer nisto verdadeiramente (9.21-27, 44-45; 18.31-34).

LUCSAS  24.4-7 Mateus e João revelam que estes dois varões com vestes resplandecentes eram anjos. Quando os anjos apareciam às pessoas, pareciam humanos. Estes homens no sepulcro  surpreenderam as mulheres e a sua aparência estonteante as amedrontou. As mulheres reagiram com humildade, curvando-se diante deles. Os anjos fizeram a pergunta
óbvia: “Por que buscais o vivente entre os mortos?” Então um dos anjos pronunciou as palavras que têm emocionado a todos os crentes desde aquela manhã da ressurreição:
“Não está aqui, mas ressuscitou”. Então os anjos lembraram as mulheres de que Jesus
tinha predito acertadamente tudo o que tinha   acontecido a Ele.

LUCAS  24.8,9 Estas mulheres deviam ter estado entre os seguidores de Jesus e tinham ouvido as predições da sua morte, pois Lucas diz que elas lembraram-se das suas palavras e subitamente tudo fez sentido. Tudo tinha acontecido exatamente como Jesus tinha dito que seria. Assim, estas mulheres deixaram o sepulcro e anunciaram todas essas coisas aos onze (discípulos, menos Judas Iscariotes) e a todos os demais dentre os seguidores de Jesus que podiam estar escondidos desde a crucificação. Mateus e Marcos dizem que o anjo disse a elas que fossem e contassem aos discípulos o que tinha acontecido. As mulheres obedeceram, correndo com as boas notícias até os discípulos entristecidos e confusos.

LUCAS  24.10,11 As mulheres são citadas aqui, provavelmente porque alguns daqueles que mais tarde se tornaram crentes podem telas conhecido ou ouvido falar delas. Maria Madalena tinha sido uma leal seguidora - Jesus tinha expulsado dela sete demônios (8.2). Todos os Evangelhos a colocam ao lado da cruz e no sepulcro. A primeira aparição de Jesus a um ser humano, depois
da sua ressurreição, foi a esta mulher (Mc 16.9; Jo 20.11-16). Joana foi mencionada anteriormente entre as mulheres que seguiam a Jesus (8.3). Maria, a mãe de Tiago também
é mencionada em Marcos 15.40; 16.1 (ela  pode ser a “outra Maria” de Mt 28.1). Entre
as outras estão incluídas Salomé (Mc 16.1) e outras pessoas não citadas nominalmente —
todas mulheres. Elas levaram a sua história até os apóstolos - dando-lhes o recado que o anjo lhes tinha dado. O fato de que a mensagem tivesse sido transmitida por mulheres confere
credibilidade e força persuasiva ao relato de Lucas. Naquela época nenhuma pessoa que inventasse uma história como esta teria mulheres como testemunhas oficiais. Pela lei judaica, as mulheres não podiam fazer isto. Surpreendentemente, os discípulos não acreditaram nisto - as suas palavras lhes pareciam como desvario. Aparentemente, as palavras de Jesus sobre morrer e ressuscitar tinham ido além das suas expectativas. Muitos céticos tentaram escrever a respeito  da ressurreição como sendo uma história inventada por um grupo de discípulos muito exaltados. Mas aqui aconteceu o oposto. Os discípulos não estavam procurando ansiosamente nenhuma razão para crer que Jesus tivesse ressuscitado; na verdade, eles não
estavam imaginando isto. Quando ouviram a respeito da ressurreição, eles se recusaram
a crer sem uma evidência concreta. Nem mesmo a ausência do corpo era suficiente para
convencê-los.

LUCAS  24.12 - João 20.3-4 revela que outro discípulo correu ao sepulcro com Pedro. E quase certo que este outro discípulo fosse João, o autor do quarto Evangelho. Quando Pedro chegou ao sepulcro, ele se abaixou e olhou para dentro. Ele viu só os lenços ali postos. Pedro foi embora admirando consigo aquele caso.


A morte de Jesus na cruz – Lc 23.44-49

44 – Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
45 – E rasgou-se pelo meio o véu do santuário.
46 – Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.
47 – Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.
48 – E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos.
49 – Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas.

No relato de Lucas a história da paixão é cada vez mais sucinta à medida que se precipita em direção do desfecho. Não são mencionados aqui o instante em que Jesus recomenda sua mãe a João, o lamento do crucificado e o último refrigério do moribundo. A ruptura da cortina do templo é mencionada como ocorrendo antes da morte do Senhor. De acordo com Mateus ela aconteceu um instante depois. Diante da rápida seqüência dos acontecimentos é impossível falar de um momento anterior e posterior. Lucas foi o único a registrar a última palavra do Senhor na cruz. Em vista de sua breve síntese, a relação dos sinais durante a morte de Jesus no relato de Lucas assemelha-se mais a Marcos que a Mateus. Como seus dois antecessores sinóticos, Lucas omite que as pernas dos dois criminosos executados foram quebradas e que se furou o lado do Senhor. Na descrição bastante minuciosa do sepultamento do Senhor, Lucas converge com as narrativas dos outros evangelistas.

Conforme Mc 15.25 Jesus foi crucificado na terceira hora, i. é, 9 horas da manhã. A sexta hora, por conseguinte, era por volta do meio-dia. Portanto, Jesus estava pendurado há três horas na cruz quando se iniciou a escuridão que durou três horas, até por volta das 15 horas da tarde. Os escárnios  dirigidos contra Jesus situam-se nas primeiras três horas. Jesus, que nesse período se calou diante da zombaria, interrompeu o silêncio com sua promessa ao criminoso arrependido. Com o começo das trevas provavelmente toda a zombaria silenciou. Essa escuridão em pleno meio-dia não deve ser imaginada como um eclipse solar, porque de acordo com as leis da astronomia ele não pode ocorrer na época da lua cheia, quando se celebrava a Páscoa. Mateus e Marcos não falam a respeito de um eclipse solar. Somente Lucas fala do escurecimento do sol. Trata-se de um escurecimento milagroso, uma linguagem divina nos sinais da natureza. O significado das trevas na morte de Jesus resulta da advertência com que o Senhor se despediu do povo: “Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (Jo 12.35). A nação judaica desprezou essa advertência. Jesus morreu porque Israel assim o quis. Pelas mãos de Israel “a luz do mundo” apagou-se para este povo, e as trevas infernais tornaram-se sua morada. A escuridão foi um sinal com que Deus interpretou a morte de seu Filho para o povo judeu.

A ruptura da cortina no templo atestou o efeito da morte de Jesus, apavorando os judeus e fortalecendo a fé dos discípulos do Senhor. Tratava-se da cortina entre o santo e o santíssimo do templo que impedia o olhar para dentro do santíssimo e encobria o acesso ao trono da graça. Uma explicação sobre o significado da ruptura dessa cortina é fornecida pela carta aos Hebreus (Hb 6.19s; 9.12; 10.19s), que apresenta a morte vicária de Cristo, o verdadeiro sumo sacerdote, como entrada para o santíssimo. Dessa maneira o novo e vivo acesso através da cortina foi preparado para nós. A ruptura da cortina no momento da morte do Senhor caracteriza sua morte como a reconciliação entre Deus e as pessoas, por meio da qual foi tirado o muro que separa o pecador de Deus. Através desse sinal Deus apresenta a morte de Jesus como morte sacrificial expiatória, atestando que o Filho do Homem entregou sua vida como resgate por muitos (Mt 20.28). É praticamente um sinal de que o culto sacrificial do AT fora suspenso, o que acarretaria a decadência do templo judeu. Rasgando-se a cortina, o templo deixava de ser a morada de Deus entre seu povo. Pela morte de Jesus o templo, portanto, foi demolido, para que, ressuscitado após três dias, edificasse o novo templo, não feito por mãos, de seu corpo transfigurado. Para os sumo sacerdotes descrentes a ruptura da cortina visava ser um sinal de Deus de que aquele que fora rejeitado por eles de fato era o Cristo e o Filho de Deus e que o templo e seu culto, ao qual defendiam fanaticamente, estava fadado ao desaparecimento.

Lucas acrescenta a esses dois episódios a última exclamação de Jesus, depois do que faleceu imediatamente. A prece “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” evoca o Salmo 31.5, no qual falta, porém, a interpelação “Pai”. A justificação no Sl 31 “Porque tu me redimiste, Senhor, Deus fiel!”[t.a.?] não é repetida por Jesus em sua oração. Aquele salmo expressa a confiança total em Deus, que salva do perigo de vida. Jesus, no entanto, expressa a consciência plena da unidade não turbada com o Pai no céu, a cuja proteção ele, ao morrer, confia sua vida terrena.

Lucas ainda informa acerca do impacto do sofrimento do Jesus moribundo sobre os circunstantes. Primeiramente é citado o capitão romano, depois o povo e por fim os adeptos do Senhor. Em concordância com Mateus e Marcos o presente evangelista menciona o tipo de impressão que a morte do Senhor causou sobre o capitão gentio que realizava a vigília na cruz. Conforme Lucas o gentio declarou que “Este homem era justo”, que Jesus não era um malfeitor, como se pensava. “O acontecido” visto pelo capitão não se refere apenas ao último grito do Senhor pouco antes de morrer, mas a todo o comportamento de Jesus na cruz. O capitão sabia agora que Jesus era mais que um justo. Porque na cruz Jesus havia, por duas vezes, chamado Deus de seu Pai. Em decorrência, conforme Mateus e Marcos o centurião também era capaz de testemunhar o Senhor como Filho de Deus.

Ao complementar os relatos dos demais evangelistas, Lucas cita especialmente a impressão da morte de Jesus sobre as multidões que haviam se aglomerado para esse espetáculo. O termo theoria = “espetáculo” assinala a curiosidade que atraiu a multidão. Bateram no peito e deram meia-volta quando presenciaram esses fatos.

Os mesmos acontecimentos também foram vistos por todos os conhecidos do Senhor, que estavam presentes em Jerusalém, e pelas mulheres que o haviam seguido da Galiléia. Mateus e Marcos igualmente se referem à presença das mulheres, mencionando também seus nomes. As mulheres, já citadas anteriormente por Lucas, são mencionadas por ele somente na ida até o sepulcro na manhã da ressurreição (Lc 24.10). Enquanto o povo se afastava da cruz, os amigos de Jesus aos poucos se reuniram em torno de seu corpo.


O sepultamento de Jesus – Lc 23.50-56

50 – E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo
51 – (que não tinha concordado com o desígnio e ação dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus, e que esperava o reino de Deus,
52 – tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus,
53 – e, tirando-o do madeiro, envolveu-o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.
54 – Era o dia da preparação, e começava o sábado.
55 – As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. [v. 49]
56 – Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.

A introdução fundamental dessa história é trazida pelo evangelho de João. Os judeus foram os primeiros a solicitar a remoção do corpo, depois José de Arimatéia pediu pelo corpo do Senhor. Conforme João juntou-se ainda Nicodemos, que trazia ungüentos para o sepultamento. José de Arimatéia é caracterizado com mais detalhes por Marcos e Lucas que por Mateus. Dentre as mulheres Mateus salienta com maior nitidez as duas Marias, a Madalena e “a outra”. Conforme Marcos trata-se da Maria de José, que se sentou defronte à sepultura. Mateus é o único a relatar o lacre do sepulcro (Mt 27.62-66).
Lucas descreve José de Arimatéia como um homem bom e justo. Ele não era justo no sentido jurídico, mas teocrático. Bengel faz a excelente observação: “Toda pessoa boa também é justa, mas não vice-versa.” Não se afirma que José de Arimatéia tenha sido o único que discordou da decisão e do procedimento do Sinédrio.

José de Arimatéia pediu a Pilatos o corpo do Senhor. Muitas vezes os procuradores romanos concediam esses favores em troca de dinheiro. Conforme determinações da lei romana os corpos dos condenados não podiam ser negados aos conhecidos. Não é mencionada a razão pela qual Pilatos entregou o corpo de Jesus ao eminente conselheiro.

Acerca do sepulcro em que Jesus foi deitado afirma-se com grande ênfase que ninguém ainda havia sido colocado nele. A referência cronológica “dia da preparação e começo do sábado” coincide com Mc 15.42 e Jo 19.42. Isso diz respeito ao entardecer de sexta-feira por volta do pôr do sol. Por causa da proximidade do sábado foi preciso acelerar o sepultamento do corpo. As mulheres da Galiléia que haviam seguido a Jesus ainda compraram ervas e ungüentos após o sepultamento do corpo, a fim de concluir o embalsamento em si depois do sábado. O fato de Marcos informar que foram compradas especiarias apenas depois do sábado não contradiz o que Lucas escreve aqui.

Talvez possamos imaginar a situação toda da seguinte maneira: considerando que urgia o tempo por causa da proximidade do sábado, o sepultamento e a preparação do corpo só podiam ser feitos às pressas. Conforme Jo 19.40 “tomaram o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro” e também aconteceu com o falecido Lázaro. Baseado em Jo 19.39 cita-se Nicodemos, “que levou cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés”. O fato de que na seqüência, nos v. 55b-56, se afirma que as mulheres contemplavam o sepulcro, observando como seu corpo era posicionado, e que depois de seu retorno à cidade aproveitaram o restante do dia da preparação para providenciar os ungüentos e perfumes – mostra que cada palavra desse relato possui um valor muito grande. – O rico estoque de mirra e aloés adquirido por Nicodemos parece não ter sido suficiente para honrarem a Jesus. Por isso planejaram completar a precipitada preparação do corpo com outra mais exaustiva e final, i. é, adquirir mais alguns ungüentos e perfumes além dos já preparados, após o sábado, visando correr de volta ao sepulcro no primeiro dia da semana, ou seja, na manhã do domingo de Páscoa, com a finalidade de arrumar e aprontar tudo da melhor forma. As mulheres não haviam corrido ao sepulcro na manhã do domingo da Páscoa para saudar o Ressuscitado, mas para terminar de embalsamar o morto.

ALI O CRUCIFICARAM
Lucas 23:32-38

Quando um criminoso chegava ao lugar da crucificação sua cruz era apoiada sobre o chão. Em geral era uma cruz em forma de "T", sem a parte de acima contra a qual a cabeça podia descansar. Era bastante baixa, de maneira que os pés do delinqüente estavam a apenas um metro ou menos do chão. Havia em Jerusalém uma companhia de mulheres piedosas que tinham como prática ir às crucificações e dar às vítimas um sorvo de vinho com alguma droga que amortecia a terrível dor. Ofereceram a Jesus essa bebida, mas ele a rechaçou (Mateus 27:34). Estava disposto a enfrentar o pior da morte com a mente limpa e os sentidos claros. Os braços da vítima eram estendidos sobre a barra horizontal e cravavam suas mãos. Os pés não se cravavam, mas sim eram atados frouxamente à cruz. Na metade da mesma havia um pedaço de madeira que sobressaía, chamado cadeira, que suportava o peso do criminoso, já que de outra maneira os pregos teriam esmigalhado suas mãos.

Depois a cruz era elevada e erigida em seu lugar. O que fazia terrível a crucificação era o seguinte: a dor desse terrível processo era tremendo, mas não era suficiente para matar a um homem, e se deixava que a vítima morresse de fome e de sede sob o forte sol do meio-dia e as geladas da noite. Sabia-se que muitos criminosos ficavam pendurados na cruz por mais de uma semana até morrer enlouquecidos.

As roupas do criminoso pertenciam aos quatro soldados entre os quais tinha marchado à cruz. Todo judeu vestia cinco objetos: a túnica interior, o manto exterior, o cinto, as sandálias e o turbante. Os soldados repartiam quatro entre si. Ficava o grande manto exterior. Este estava tecido em uma peça sem costura (João 19:23, 24). Se fosse cortado e dividido perdia o valor, de modo que os soldados brincaram com ele à sombra da cruz. Para eles não significava nada senão um criminoso a mais que estava agonizando e morrendo lentamente.
A inscrição que ficava sobre a cruz era o mesmo pôster que se levava diante do homem quando partia através das ruas ao lugar da crucificação.

Jesus disse muitas coisas maravilhosas, mas raramente disse algo mais maravilhoso que: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” O perdão cristão é assombroso. Quando Estêvão estava sendo lapidando também orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (Atos 7:60). Não há nada tão bonito nem tão raro como o perdão cristão. Quando o espírito de rancor ameace trazendo amargura a nossos corações, escutemos outra vez a nosso Senhor orando por todos aqueles que o crucificaram, e escutemos a seu servo Paulo dizendo a seus amigos: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4:32).

A idéia de que este fato terrível foi realizado em ignorância corre através do Novo Testamento. Tempos depois Pedro disse às pessoas: “Eu sei que o fizestes por ignorância” (Atos 3:17). Paulo disse que crucificaram a Jesus porque em realidade não o conheciam (Atos 13:27).
Marco Aurélio, o grande imperador romano e o santo estóico, costumava dizer-se a si mesmo cada manhã: "Hoje te encontrarás com todo tipo de pessoas desagradáveis; elas te machucarão; te injuriarão, e te insultarão; mas não podes viver assim; tu sabes mais porque és um homem no qual habita o espírito de Deus."

Outros podem ter em seu coração o espírito que não perdoa; outros podem pecar por ignorância, mas nós sabemos mais; somos homens e mulheres de Cristo e devemos perdoar como Ele o fez.

A PROMESSA DO PARAÍSO

Lucas 23:39-43
As autoridades crucificaram a Jesus entre dois conhecidos criminosos com propósitos estabelecidos e deliberados. Fizeram-no para humilhar a Jesus diante da multidão, e para que fosse contado entre os ladrões. A lenda se ocupou muito do ladrão arrependido. Deram-lhe vários nomes: Dimas, Demas, e Dumaco. Uma lenda o faz aparecer como um Robin Hood judeu que roubava os ricos para dar aos pobres.

A lenda mais bonita conta como a família sagrada quando fugia com o pequeno menino Jesus, de Belém ao Egito, foi atacada por ladrões. Jesus foi salvo pela misericórdia de um jovem que era filho do chefe do bando de ladrões. O pequeno Jesus era tão bonito que o jovem delinqüente não pôde pôr suas mãos sobre ele, mas sim o liberou dizendo: "Ó, o mais bendito de todos os meninos, se alguma vez chegar o momento de ser misericordioso comigo, lembre de mim e não esqueça esta hora." Assim, diz a lenda, o ladrão que salvou a Jesus quando era um bebê, encontrou-se com Ele na cruz do Calvário e desta vez Jesus o salvou.

A palavra paraíso é um termo persa que significa jardim murado. Quando um rei persa queria honrar de maneira especial a um de seus súditos o convidava a acompanhá-lo a passear pelo jardim. Jesus  prometeu ao ladrão arrependido algo mais que a imortalidade. Prometeu-lhe o honroso posto de acompanhante pelo jardim nos átrios do céu.

Sem dúvida esta história nos diz, acima de tudo, que nunca é muito tarde para voltar para Cristo. Há outras coisas das quais devemos dizer: "Já passou o momento para isso. Agora estou muito velho." Mas nunca podemos dizer isso de voltar para Cristo. O convite se mantém enquanto palpite o coração do homem. Como escreveu o poeta sobre o homem que se matou ao cair de seu cavalo que galopava:
"Entre o estribo e o chão,
Pedi misericórdia, e achei misericórdia."
Para nós é literalmente certo que enquanto há vida há esperança.

O LONGO DIA TERMINA

Lucas 23:44-49
Cada oração desta passagem tem um rico significado.

(1) Quando Jesus morreu houve uma escuridão. Foi como se o próprio Sol não suportasse olhar o que as mãos do homem tinham feito. O mundo está sempre escuro quando os homens procuram eliminar e destruir a Cristo.

(2) O véu do templo se rasgou em dois. Este véu guardava o lugar santíssimo onde morava a própria presença de Deus, ao qual ninguém podia entrar salvo o sumo sacerdote, e só uma vez ao ano no Dia da Expiação. Foi como se o caminho à presença secreta de Deus, até o momento fechado a todos os homens, fosse aberto a todos. Foi como se o coração de Deus, escondido até esse momento, despiu-se perante os homens. A chegada de Jesus, sua vida e sua morte, rasgam o véu que tinha oculto a Deus do homem. Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:9). Na cruz os homens viram o amor de Deus, como nunca o tinham visto nem voltariam a vê-lo.

(3) Jesus clamou com uma grande voz. Três dos evangelhos nos falam a respeito deste grande grito (comp. Mateus 27:50; Marcos 15:37).
João, por outro lado, não menciona o grande clamor, mas diz que Jesus morreu dizendo: “Está consumado!” (João 19:30). Em grego e aramaico estas palavras são uma só. Portanto elas e o grande clamor são a mesma coisa. Jesus morreu com um grito de triunfo em seus lábios. Não disse: “Está consumado!” como quem foi abatido até cair de joelhos e finalmente golpeado, como alguém que admite sua derrota, disse-o como um vencedor que ganhou seu último encontro com o inimigo, como quem concluiu uma tarefa tremenda. Consumado! É o grito de Cristo, crucificado e entretanto vitorioso.

(4) Jesus morreu com uma oração em seus lábios. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” É o salmo 31:5 com uma palavra adicionada – a palavra Pai. Esse versículo era a primeira oração que toda mãe judia ensinava a seu filho para que fosse a última coisa que dissesse de noite. Assim como nos foi ensinado, possivelmente, a dizer: "Esta noite me deito a dormir", a mãe judia ensinava a seu filho a dizer, antes de que chegasse a escuridão ameaçadora: "Em tuas mãos encomendo o meu espírito." E Jesus a tornou ainda mais bela porque começou com a palavra Pai. Até na cruz Jesus morreu como um menino que dorme nos braços de seu pai.

(5) O centurião e a multidão se comoveram profundamente ao morrer Jesus. Sua morte tinha obtido o que sua vida não tinha podido obter; tinha quebrado os duros corações dos homens. Já estava sendo cumprida sua declaração: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (João 12:32). O magnetismo da cruz tinha começado a obrar, já com seu último suspiro.

LUCAS  24.6 RESSUSCITOU. A ressurreição de Cristo Jesus (ver Mt 28.6) é confirmada pelos seguintes fatos:
(1) O túmulo vazio. Se os inimigos de Jesus tivessem furtado o seu corpo, eles o teriam mostrado, para confirmar que Ele não ressuscitara. Se os discípulos tivessem furtado o seu corpo, nunca teriam sacrificado suas vidas e posses em prol daquilo que saberiam ser mentira e engano. O túmulo vazio revela que Jesus realmente ressuscitou e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.
(2) A existência, o poder, a alegria e a devoção da igreja primitiva. Se Jesus não tivesse ressuscitado e aparecido aos seus, estes nunca teriam passado do desânimo para alegria, coragem e esperança indizíveis (vv. 52,53).
(3) A composição do Novo Testamento. O Novo Testamento foi escrito por homens que deram a sua vida em prol da verdade e da justiça ensinadas por Jesus. Nunca teriam se dado ao trabalho de escrever a respeito do Messias e dos seus ensinos, se a sua carreira tivesse terminado em morte e desilusão (ver 1 Co 15.12-19).
(4) O batismo no Espírito Santo e suas inerentes manifestações na igreja. O derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecoste, como realidade prática, comprova que Jesus ressuscitara e fora exaltado à destra de Deus (cf. At 1.3-5; 2.33). Se Cristo não tivesse ressuscitado, não teria havido nenhum batismo experimental no Espírito Santo (cf. Jo 16.7).
(5) Os milhões de pessoas que, no decurso desses últimos 2.000 anos, experimentaram nos seus próprios corações e vidas a presença de Jesus e o testemunho do Espírito Santo.

MATEUS  28.6 JÁ RESSUSCITOU. A ressurreição de Jesus Cristo é uma das verdades essenciais do evangelho (1 Co 15.1-8). Qual a importância da ressurreição de Cristo para os que nEle crêem?
(1) Ela comprova que Ele é o Filho de Deus (Jo 10.17,18; Rm 1.4).
(2) Garante a eficácia da sua morte redentora (Rm 6.4; 1 Co 15.17).
(3) Confirma a verdade das Escrituras (Sl 16.10; Lc 24.44-47; At 2.31).
(4) É prova do juízo futuro dos ímpios (At 17.30,31).
(5) É o fundamento pelo qual Cristo concede o Espírito Santo e a vida espiritual ao seu povo (Jo 20.22; Rm 5.10; 1 Co 15.45), e a base do seu ministério celestial de intercessão pelo crente (Hb 7.23-28).
(6) Garante ao crente a sua futura herança celestial (1 Pe 1.3,4) e sua ressurreição ou transformação quando o Senhor vier (ver Jo 14.3 nota; 1 Ts 4.14ss).
(7) Ela põe à disposição do crente, na sua vida diária, a presença de Cristo e o seu poder sobre o pecado (Gl 2.20; Ef 1.18-20; Rm 5.10).

MATEUS  28.9 JESUS LHES SAI AO ENCONTRO. A ressurreição de Cristo está bem comprovada historicamente. Depois de ressurgir, Cristo permaneceu na terra por quarenta dias, aparecendo e falando com os apóstolos e muitos outros seus seguidores. Suas aparições depois da ressurreição são as seguintes:

(1) a Maria Madalena (Jo 20.11-18); (2) às mulheres que voltavam do sepulcro (vv. 9,10); (3) a Pedro (Lc 24.34);
(4) aos dois que iam a caminho de Emaús (Lc 24.13-32);
(5) a todos os discípulos, exceto Tomé e outros com eles (Lc 24.36-43);
(6) a todos os discípulos num domingo à noite, uma semana depois (Jo 20.26-31);
(7) a sete discípulos junto ao mar da Galiléia (Jo 21.1-25);
(8) a 500 crentes na Galiléia (cf. vv. 16-20 com 1 Co 15.6);
(9) a Tiago (1 Co 15.7);
(10) aos discípulos que receberam a Grande Comissão (vv. 16-20);
(11) aos apóstolos, no momento da sua ascensão (At 1.3-11); e,
(12) ao apóstolo Paulo (1 Co 15.8).

MATEUS  28.10 NÃO TEMAIS. Por que estas mulheres não deviam ter medo? A declaração do anjo nos dá a resposta: pois eu sei que buscais a Jesus (v. 5). As mulheres permaneceram leais a Jesus quando o mundo o desprezou e o crucificou. Quando Cristo voltar para buscar os seus fiéis, estes não terão motivo para temer, se também permaneceram leais a Ele no meio de um mundo que rejeita o seu amor, a sua salvação e a sua santa Palavra. João expressa esta verdade em 1 Jo 2.28: E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda .

MATEUS  28.18 TODO O PODER. O povo de Deus tem esta promessa de poder e autoridade divinos para proclamar o evangelho por todo o mundo (vv. 19,20). Porém, antes de mais nada, eles devem obedecer ao mandamento de Jesus, de esperar o cumprimento da promessa do Pai, que é o poder do Espírito Santo derramado no dia de Pentecoste. Não se pode esperar que o poder visto em At 1.8 acompanhe os que vão às nações, se primeiro não observarmos o padrão de At 1.4 (ver Lc 24.47-49; At 1.8; 2.4).

MATEUS  28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.

 (1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, da parte de Cristo e dos apóstolos (ver Ef 2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).

(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom do Espírito Santo (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).

(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31).

(4) Note-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em Cristo devem abandonar o presente sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11).

(5) Os que crêem em Cristo e no evangelho devem ser batizados em água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a Cristo e aos propósitos do seu reino (ver At 22.16).

(6) Cristo estará com seus seguidores obedientes, através da presença e do poder do Espírito Santo (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder (Lc 24.49; ver At 1.8).

MATEUS  28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de Cristo para os que estão empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de retidão. Jesus ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele está contigo na pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16,26), e através da sua Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.

JOÃO  20.16 JESUS APARECE PRIMEIRO A MARIA. A primeira pessoa a quem Jesus aparece depois da ressurreição é a Maria Madalena. Ela não foi uma pessoa de notável destaque nos evangelhos. Mesmo assim, Jesus lhe aparece em primeiro lugar, antes de se revelar a alguns dos principais dos discípulos. Através dos tempos, Jesus manifesta a sua presença e amor de modo especial aos "menores". O povo especial de Deus consiste de desconhecidos, que, como Maria na sua tristeza, mantêm amor e devoção inabaláveis ao seu Senhor.
Bíblia de Estudo Pentecostal.






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