AGUARDANDO A
DIVINA PROMESSA
ATOS 1. 1-11
Introdução
Lucas inicia seu segundo volume relatando o que Jesus
continuou “a fazer e a ensinar”, depois de sua partida para o céu. Sua obra foi
continuada pelo seu Santo Espírito através dos atos dos apóstolos.
Porém, antes de partir, durante os 40 dias em que esteve
ressurreto entre os seus discípulos, Jesus lhes ordenou com clareza que, para
continuarem sua obra eterna, eles deveriam aguardar a “promessa do Pai”. Por isso
podemos dizer que:
Aguardar pacientemente as promessas divinas é o dever de
todo cristão.
Neste texto, Lucas nos mostra três atitudes que devemos
ter ao aguardarmos as promessas divinas:
I - Confiar na
promessa de Jesus Cristo - v. 1 a 5
1. A ascensão de Jesus inicia uma nova era religiosa.
Não cremos num Cristo crucificado e morto, mas em Cristo
ressuscitado e exaltado.
Deus vem até nós na pessoa de Jesus Cristo.
2. A promessa do Pai é o batismo (e a plenitude) do
Espírito Santo (Mt 3.11).
É Jesus quem batiza no Espírito Santo.
É Jesus quem dá continuamente o Espírito Santo a quem lhe
pede - Lc 11.13
3. A igreja que deseja ser missionária deve estar aberta
para a ação do Espírito Santo.
O Espírito Santo será uma fonte a jorrar para a vida
eterna - Jo 7.37 a 39
II - Compartilhar
o evangelho de Jesus Cristo - v. 6 a 8
1. Jesus nos dá o Espírito Santo para termos poder na
evangelização do mundo.
Ele condiciona a sua volta à evangelização universal - Mt
24.14
Deus quer que todos cheguem à salvação - 1Tm 2.4 a 5
2. O recebimento do Espírito Santo nos torna testemunhas
de Jesus Cristo.
Não recebemos o Espírito Santo para propósitos egoístas.
Ser testemunha é falar e demonstrar o significado da
vida, morte e ressurreição de Jesus.
Testemunhar é falar
sobre a presença transformadora de Jesus em nossas vidas.
3. Temos que ser
testemunhas até os confins da terra - Mt 28.18 a 20
A idéia do v.8 não é
de prioridade geográfica, mas teológica. Jerusalém foi o ponto inicial da
missão de Jesus e da Igreja. Temos, hoje, a responsabilidade de evangelizar as
nações enquanto evangelizamos os bairros.
III - Consolar-nos com o retorno certo de Jesus Cristo - v. 9 a 11
1. A ascensão de Jesus
marca o passo final da aprovação do seu trabalho redentor.
A aceitação do seu
trabalho pelo Pai é demonstração do trabalho bem sucedido.
A ascensão de Jesus
Cristo demonstra sua divindade.
2. Podemos ter certeza
de que assim como ele subiu, Ele também voltará.
Subiu em poder e
glória - simbolizada pela nuvem - Lc 9.34ss e Ap 11.12
Voltará para ser
reconhecido como Rei e Senhor - Fp 2.9 a 11 e Ap19.16
3. Consolar-nos ou
encorajar-nos aguardando a volta de Jesus, não é algo passivo.
No aguardo do retorno
de Jesus devemos ser ativos.
Ele só voltará depois
do evangelho ter sido pregado por todo o mundo - Mc 13.11
Conclusão
Eis a síntese do livro
de Atos: Jesus nos dá o seu Espírito.
Pelo Espírito Santo,
nos faz pregadores do evangelho a todas as nações.
E, ele voltará após o
cumprimento de nossa tarefa!
A PREPARAÇÃO PARA O TESTEMUNHO
ATOS 1. 12-26
Introdução
No seu evangelho,
Lucas dem onstrou que D eus tem um plano para a hum anidade. Ali, relata com o
a vinda e o ministério de João Batista, a vinda de Jesus, a sua vida e obra e
seu sacrifício, fizeram parte desse plano. Agora, em Atos, Lucas m ostra-nos
que:
Deus tem um plano para
a Igreja testemunhar de Cristo para todas as nações.
Este texto nos ensina
que Deus requer da Igreja duas atitudes para cumprir o seu plano:
I - Deus requer dependência dele mesmo - v. 12 a 14
1. Deus tem um plano e
cabe a nós a responsabilidade de descobri-lo através da: Oração - os discípulos
demonstraram submissão e dependência ao irem para o Cenáculo - lugar de
meditação e oração.
Palavra - Pedro usou
das Escrituras (v. 16) para aquela situação específica.
2. É necessário
compreendermos o plano divino.
Para entendermos o
plano divino necessitamos orar em grupo e com perseverança
-v.14 e 24
3. O sucesso no
cumprir o plano de Deus.
A oração em grupo (
revelando a unidade e a ajuda mútua) e perseverante (revelando a firmeza em
manter-se a posição na linha de frente da batalha, não deixando o inimigo
avançar) é a chave para a Igreja realizar o plano de Deus – Ef 6.18ss; 1Ts
5.17; 1Tm2.1 a 8.
II - Deus requer obediência a ele mesmo - v. 15 a 26
1. Os discípulos
reconheceram a anterior instrução e foram buscá-la.
Eles descobriram que
Deus já previra a traição de Judas e que era necessário outro
apóstolo - v. 16 e 24.
Obs.: A necessidade de
se substituir Judas apresentou-se diante do fato que, conforme
diz Stott, “Jesus traçou um paralelo entre os doze
apóstololos e as doze
tribos de Israel. Se a
Igreja primitiva deveria ser aceita e vista em continuação
direta (e, na verdade,
como a plenitude) do Israel do Antigo Testamento, o número
de seus fundadores não
poderia ser alterado...”
2. A unidade entre os
irmãos facilita o entendimento do plano de Deus.
Os discípulos, em
unidade, apontaram Matias e José como os candidatos à vaga
de Judas.
Em consenso, lançaram
sortes e aceitaram a decisão, trazendo Matias para compor
os “doze”.
3. A obediência é o
outro lado da dependência.
Assim como todos os
discípulos oraram, todos agiram, obedecendo a Deus.
A Igreja que ora e
obedece a Deus, segue o exemplo de Jesus - Lc. 22.42
Conclusão
O que você está
fazendo para cumprir o plano que Deus tem para a nossa Igreja?
Dependa e obedeça ao
Senhor! Desenvolva de modo prático essas atitudes:
1. Dependência:
Procure, no NT,
motivos para oração. Faça uma lista e comece a orar.
Participe das reuniões
de oração, compartilhe com outros irmãos e, ore.
Avalie suas orações,
verificando se elas estão em sintonia com a vontade de Deus.
2. Obediência:
Fale de Cristo!!!
Obedeça os desafios
das mensagens anteriores!
Obedeça - orando e
lendo a Palavra. “Depender de Deus faz parte da obediência".
A VINDA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
ATOS 2. 1-13
Introdução
Prometido pelos
profetas, por João Batista e pelo próprio Senhor Jesus,
0 Espírito Santo, ao
vir, no dia de “pentecostes”, iniciando a Igreja, a nova com
unidade que Deus criou
para levar a salvação a todas as nações, manifestou- se de modo inequívoco,
poderoso e sobrenatural. Diante disso podem os afirmar:
Todo homem, ao aceitar
a Cristo, experimenta em sua vida a presença e a obra do Espírito Santo.
No texto de hoje
encontramos dois aspectos da presença do Espírito Santo na vida humana.
I - A vinda do Espírito Santo - v.1 a 4
1. O ES veio em
cumprimento às promessas.
No Antigo Testamento -
Is 32.5; Ez 36.26 e 27; Joel 2.28ss;
No Novo Testamento -
Mt 3.11 e paralelos; João 16.7; Atos 1.5
2. O Espírito Santo
veio para todos e não só para alguns.
Conforme 1.15, todos
os 120 estavam reunidos.
Se somos cristãos,
temos o Espírito Santo (em nossas vidas) - Rm 8.9 - Obs. 1
(p. 63/64)
3. O Espírito Santo
veio em manifestação sobrenatural.
Som como de um vento
impetuoso - v. 2 - Ez 13.13; Jo 3.8
Línguas como que fogo
- v. 3 - Êx 19.18; Mt 3.11
Ficaram cheios(temos
pelo menos 6 sinônimos: batizar, vir, derramar, receber, dar e cair) e passaram
a falar em outras línguas ... - v. 4
II - A obra do Espírito Santo - v. 5 a 13
1. O Espírito Santo
veio iniciar e dirigir a Igreja - v. 4, 8; Jo 16.13 e 14
2. O Espírito Santo
veio despertar a atenção dos não cristãos - v. 5, 6;
Uma das tarefas do
Espírito Santo é convencer o mundo do pecado, da justiça e
do juízo - Jo 16.8 a
11;
3. O Espírito Santo
veio proclamar as grandezas de Deus - v. 11, 14ss.
Pelo poder e no
controle do Espírito Santo, as grandezas de Deus foram proclamadas por: Pedro,
Estevão, Felipe, João, Paulo etc... Jo 15.26; 16.13 e 14
O ministério do
Espírito Santo é o de glorificar a Jesus Cristo - Jo 16.14
Conclusão
Na ocasião.da sua
conversão, todo verdadeiro cristão experimenta o “seu próprio
pentecoste”.
A vinda do Espírito
Santo foi o marco inicial na vida da Igreja.
A obra do Espírito
Santo foi, e é, a capacitação da Igreja para o cumprimento da
sua missão: “proclamar
as grandezas de Deus para todas as nações debaixo dos céus ...”
Como você tem
participado dessa missão de proclamação?
O ESPÍRITO SANTO GLORIFICA A JESUS, OU A MENSAGEM QUE GLORIFICA A
JESUS CRISTO
ATOS 2.14 A 41
Introdução
O livro de Atos dos
Apóstolos poderia ser chamado de “Atos do Espírito Santo”.
“Ele me glorificará
porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar” ... Jo 16.14.
E, assim foi: Depois
de inaugurar a Igreja, o Espírito Santo usa a Pedro para glorificar a Jesus!
O ministério do
Espírito Santo é glorificar a Jesus através das nossas mensagens.
Vemos nesses
versículos quatro particularidades da mensagem que glorifica a Jesus:
I - A mensagem que glorifica a Jesus é esclarecida - v. 14 e 15
1. Homens covardes e
temerosos, transformados em homens ousados e destemidos
- Jo 20.19
2. A verdade é
apresentada: não há embriaguez, mas o controle e plenitude do Espírito
Santo - Ef 5.18
II - A mensagem que glorifica a Jesus é estabelecida - v. 16 a 21
1. O que aconteceu é o
cumprimento das Escrituras (veja Joel 2.28ss) - v. 16 a 20
Nesta profecia
específica temos: parte do cumprimento aconteceu naquele dia, parte do
cumprimento ocorreria na queda de Jerusalém, e parte se cumprirá no fim dos
tempos.
2. O que está
acontecendo possibilita a salvação prometida - v. 21
Pedro, mesmo cheio do
ES, não deixa de usar as Escrituras Sagradas - v. 17/21; 25/28; 34 e 35
III - A mensagem que
glorifica a Jesus é estruturada - v. 22 a 36
1. Jesus é apresentado
como aprovado - v. 22
2. Jesus é apresentado
como crucificado - v. 23
3. Jesus é apresentado
como ressuscitado - v. 24 a 32
4. Jesus é apresentado
como exaltado - v. 33 a 36
IV - A mensagem que glorifica a Jesus é eficiente - v.37 a 41
Provoca:
1. Arrependimento -
v.38
2. Batismo - v.38
3. Dom do Espírito
Santo - v. 38
4. Aceitação da
Palavra - v. 39 a 41
A Palavra é para
todos; é para os que Deus chamar; é para a salvação.
Conclusão
Quando permitimos ao
Espírito Santo agir, cumprindo o que fora prometido no AT, através de Joel 2, e
quando ele faz o que Jesus mencionou em João 16:
1. Ele agirá
concedendo poder para a pregação da mensagem;
2. Ele agirá em
conformidade com a Palavra de Deus;
3. Ele agirá para
glorificar a Jesus e;
4. Ele agirá para a
salvação de muitas pessoas.
Temos dado liberdade
para o Espírito Santo agir em conformidade com sua missão?
A IGREJA PRIMITIVA, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO
ATOS 2.42 A 47
Introdução
Neste texto temos uma
visão do funcionamento da Igreja dos dias apostólicos.
Essa visão nos serve
de padrão para avaliarmos a Igreja dos nossos
dias. Diante deste
texto, podemos dizer que:
Só a igreja que mantém
o modelo original do cristianismo terá sucesso
em sua missão.
O texto nos apresenta
cinco características de uma igreja padrão:
I - A Igreja deve
caracterizar-se pela perseverança - v. 42
1. Perseverar na
doutrina dos apóstolos.
2. Perseverar na
comunhão.
3. Perseverar no
partir do pão.
4. Perseverar na
oração.
II - A Igreja deve
caracterizar-se pelo temor - v. 43
1. Definição de temor.
Temor é “levar Deus a sério”.
2. O temor é dirigido a
Deus.
3. A conseqüência do
temor a Deus será a realização de prodígios e sinais.
III - A Igreja deve
caracterizar-se pelo desprendimento - v. 44 e 45
1. O desprendimento
pressupõe a fé comum.
2. O desprendimento
pressupõe a unidade.
3. O desprendimento
pressupõe o amor mútuo.
IV - A Igreja deve
caracterizar-se pela alegria - v. 46
1. A alegria tem por
base a unanimidade.
2. A alegria
permite-nos ter uma convivência íntima.
3. A alegria é um
sentimento do “coração”.
V- A Igreja deve caracterizar-se
pela gratidão - v. 47
1. Um dos aspectos da
gratidão é uma vida de louvor a Deus.
2. Um dos frutos da
gratidão é a simpatia.
3. Outro fruto da
gratidão é chamar a atenção de todos.
Conclusão
- v. 47
Enquanto isso, o
Senhor acrescentava-lhes, dia a dia, os que iam sendo salvos ...”
Ao seguir o padrão
original, a Igreja tem, da parte de Deus, a bênção sobre o seu ministério.
A nossa participação
tem feito com que a nossa Igreja se caracterize como a Igreja Primitiva?
Como seria
caracterizada a Igreja se todos os membros fossem iguais a você?
PRINCÍPIOS PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA
ATOS 2.47
Introdução
Ao tratamos de “crescimento
da igreja” , devemos lembrar que ele ocorre de três maneiras:
Biologicamente, através
do acréscimo à igreja dos filhos dos crentes.
Transferências, através
do acréscimo à igreja de crentes que vêm de
outras igrejas. Conversões,
através do acréscimo à igreja dos salvos pelo poder do
Espírito Santo.
Além dessas maneiras,
temos que atentar para outros princípios:
Toda a comunidade deve seguir os princípios bíblicos sobre
o crescimento da igreja.
No
texto em questão, vamos aprender dois
princípios para uma igreja
crescer:
I
- O pastor precisa querer que a igreja cresça e deve estar disposto a
pagar
o preço:
1. O pastor precisa
querer que a igreja cresça.
a. O plano de Deus
para a igreja é que ela se desenvolva e cresça - Ef 4.15 e 16
b. O pastor deve
decidir-se conscientemente a favor do crescimento - Ef 6.18 a 20
2. O pastor deve estar
disposto a pagar o preço.
a. Ele precisa
dispor-se a assumir a responsabilidade pelo crescimento da igreja - 1 Pe 5.1 e
3
b. Ele precisa esforçar-se
firmemente para realizar essa obra - Cl 1.28 e 29
c. Ele precisa
dispor-se a repartir o ministério - em dois níveis:
c.1 - com a equipe
pastoral - Ef 4.11, Fp 2.19 a 30, Cl 1.7 e 8, 1Ts 3.1 e 2
c.2 - com os leigos -
Atos 6.1 a 7, Ef 4.12ss.
d. Ele precisa
dispor-se a ter membros que não vai pastorear-Cl 2.1 e 2 ,1Tm 1.3,
Tito 1.5
e. Ele precisa
dispor-se a discipular e investir em si mesmo.
e.1 - discipular - At
20.4, 1Tm 1.2,18; Tito 1.4
e.2 - investir em si
mesmo - 1Co 9.26 e 27, Fp 3.12/16, 2Tm 4.6/8
II
- A igreja precisa querer crescer e deve estar disposta a pagar o preço:
1. A igreja precisa
querer crescer -
a. Reconhecendo que
este é o propósito de Jesus - Mt 16.18
b. Reconhecendo que
esta é a ordem de Jesus - Mc 16.15
2. A igreja deve estar
disposta a pagar o preço -
a. Ela precisa
dispor-se a seguir a liderança que Deus lhe dá - Hb 13.7 e 17
b. Ela precisa
dispor-se a investir recursos na obra do Senhor - 1Co 8.5 e 9.6
c. Ela precisa
dispor-se a reajustar seus padrões de comunhão - At 2.46
d. Ela precisa
dispor-se a receber novos líderes que surgirão em seu meio - Tt 2.5
e. Ela precisa
dispor-se a desenvolver diversos ministérios - Mt 9.37 e 38, Et 4.12ss
Conclusão
-
Estamos dispostos a
fazer a igreja crescer?
Desenvolvamos nossa
tarefa, pois Deus nos promete o crescimento -1 Co 3.16 e 17
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