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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A CORRUPÇÃO DOS ULTIMOS DIAS - LIÇÃO 09 COM SUBSIDIOS


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SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO



Lições Bíblicas CPAD   -   Adultos
                            3º Trimestre de 2015

Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


Lição 9: A corrupção dos últimos dias
Data: 30 de Agosto de 2015

TEXTO ÁUREO

“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2Pe 2.12).

VERDADE PRÁTICA

O ensino da Palavra de Deus, de modo cuidadoso, pode evitar que a corrupção domine os corações dos salvos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — 1Co 13.5
Quem tem amor “não busca seus interesses”
Terça — Rm 1.31
Homens sem Deus, sem afeto natural
Quarta — 1Jo 3.15
Qualquer que odeia ao seu irmão é homicida
Quinta — Mt 23.23-28
Quem ensina e não dá exemplo é hipócrita
 Sexta — 1Pe 3.15
O ensino bíblico dá segurança quanto à fé
 Sábado — Fp 4.8
O crente precisa ter cuidado com aquilo que pensa


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 3.1-4,14-16.

1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 — porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 — sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 — traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
14 — Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 — E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 — Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.


HINOS SUGERIDOS

5, 550 e 547 da Harpa Cristã


OBJETIVO GERAL

Descrever a corrupção dos últimos dias.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apontar as características dos tempos trabalhosos.
II. Apresentar o apóstolo Paulo como exemplo de obreiro em tempos difíceis.
III. Conscientizar os alunos acerca do valor do ensino bíblico nesses tempos trabalhosos.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Professor, os dias não são fáceis para quem deseja servir a Jesus com humildade, sinceridade e fidelidade ao Senhor. São tempos que requer dos líderes, sobriedade, temperança, firmeza. A lição desta semana visa munir os alunos de conhecimento sólido do Evangelho de Cristo a fim de que eles, autonomamente, discirnam a corrupção desses últimos dias. Tal corrupção deve ser combatida por aqueles que têm a vocação ministerial para servir a Igreja de Cristo Jesus na terra. Incentive os alunos a desenvolverem uma consciência crítica em relação a tudo o quanto se mostra claramente contra o princípio do Evangelho de Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Deus criou o homem bom e perfeito, mas ele pecou. Como resultado da Queda veio a morte e toda a sorte de corrupção. Na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados dos últimos dias. Sabemos que, infelizmente, a humanidade afastada de Deus, vem a cada dia se tornando mais e mais corrupta.


PONTO CENTRAL

Nesses tempos trabalhosos, o valor do ensino das Escrituras deve ser reconhecido e aplicado pelos verdadeiros obreiros do Senhor.
I. OS TEMPOS TRABALHOSOS

1. Nos últimos dias (v.1). Paulo inicia o capítulo três falando a respeito da extrema corrupção dos últimos dias. O termo “últimos dias” não se refere somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico sobre a Igreja. O apóstolo mostra a Timóteo o grande desafio que é permanecer fiel ao Senhor em tempos difíceis, quando os falsos mestres parecem se multiplicar. Ele faz uma lista com as características dos falsos mestres, homens sem Deus. Vejamos algumas:

a) Amantes de si mesmos. São homens que buscam os seus interesses em primeiro lugar, antes de valorizarem os outros e a obra do Senhor. Eles não têm amor, pois o verdadeiro amor “não busca seus interesses” (1Co 13.5).

b) Avarentos. São amantes do dinheiro, fruto do seu egoísmo. Hoje, há falsos obreiros, que só pregam ou fazem a obra de Deus esperando receber bens materiais (1Tm 6.10).

c) Presunçosos, soberbos. São homens cheios de orgulho, de arrogância, que se julgam superiores aos outros. Sabemos que Deus abomina a altivez e que a “soberba precede a ruína” (Pv 6.16,17).

d) Blasfemos. Blasfêmia é ofensa verbal a Deus, porém, ela não se limita às palavras. Jesus ensinou que para a blasfêmia contra o Espírito Santo não haverá perdão (Mt 12.31).

e) Desobedientes a pais e mães e ingratos. São péssimos exemplos na família, pois não honram seus pais e mães (cf. Êx 20.12). São ingratos com Deus, os pais, os amigos, à igreja e todo ministério.

f) Profanos e sem afeto natural. São homens que não sabem amar, por isso não respeitam as coisas sagradas (Lv 19.8,12).

g) Irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis. Nunca estão dispostos a perdoar e se reconciliarem. Cometem o crime de calúnia. Nas igrejas, esse crime é ignorado. Raramente se pune um caluniador. Não sabem conter-se, não tem autocontrole, nem domínio próprio. São pessoas impiedosas, desumanas.


2. Falsa aparência (v.5). Muitos vão à igreja, tem o linguajar de crente, se vestem como crentes, porém suas atitudes não condizem com a Palavra de Deus. Paulo adverte quanto a estes que querem viver apenas de aparência, enganando e sendo enganados. Porém, haverá um dia em que eles terão que prestar contas ao Senhor. Estes podem enganar a liderança e os crentes, mas jamais enganam a Deus. O Senhor conhece aqueles que são seus.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O apóstolo Paulo descreveu as características malévolas dos dias trabalhosos.



SUBSÍDIO DIDÁTICO

Caro professor, nesta oportunidade, você pode usar o artigo do subsídio para Lições Bíblicas da Escola Dominical, da Revista Ensinador Cristão (p.40) deste trimestre. O prezado professor poderá usá-lo para uma leitura reflexiva após a exposição do tópico primeiro ou pode igualmente usá-lo como introdução ao tópico para iniciar a lição. A ideia para a exposição deste tópico é que fique bem claro para os alunos a descrição que o apóstolo Paulo fez acerca dos falsos mestres. Por isso, abra esse tópico de maneira a aguçar a curiosidade dos alunos com questões como: “Dê exemplos de uma pessoa amante de si mesma”; “O que é uma pessoa avarenta?”.







II. PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS

1. Um obreiro exemplar (v.10). Paulo exorta Timóteo a fim de que ele perseverasse na sã doutrina e sempre procurasse pregar a Palavra de Deus em todas as ocasiões. Como líder, Paulo era um exemplo a ser seguido pelos demais pastores e por toda a igreja. Ele era um seguidor autêntico de Jesus, na proclamação do evangelho e da doutrina de Cristo.


2. Modo de viver. Muitos exortam, ensinam e pregam com muita desenvoltura, todavia, na prática não vivem aquilo que transmitem nos púlpitos. Paulo não somente ensinava, mas sua vida era um testemunho vivo do poder transformador do Senhor Jesus Cristo. Com toda autoridade, ele podia afirmar: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Fp 3.17).


3. Intenção, fé longanimidade e amor. A intenção de Paulo não era se promover, mas promover o Evangelho de Cristo. Seu desejo era ganhar almas para Cristo. Ele era um homem de fé, por isso, pôde suportar todos os embates, combates e sofrimentos por que passou durante o seu ministério. A fé nos faz vencer os embates do ministério.
Ser longânimo é ter paciência para suportar os fracos, os defeituosos, os problemáticos (Gl 5.22). O líder precisa cultivar esse dom, especialmente o amor. Paulo não só falou e ensinou, mas deu exemplo do que é ter amor. Na sua epístola de 1 Coríntios, ele dedica o capítulo 13 inteiro para falar a respeito da suprema excelência do amor.



SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O apóstolo Paulo é um exemplo de vida piedosa exemplar para vivermos esses dias trabalhosos.



SUBSÍDIO DIDÁTICO

Outro exemplo que pode auxiliá-lo a mostrar o quanto um homem de Deus pode ser um modelo para o povo escolhido do Senhor, com o objetivo de estimular ao povo a viver na presença de Deus, é apresentarmos o contexto do profeta Malaquias. Igualmente ao do apóstolo Paulo, o profeta Malaquias vivia num contexto hostil aos valores do Eterno. Mas a vida do profeta foi capaz de demonstrar “que Deus sempre amou seu povo, dizia Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e na verdade retribuía-o com desonra e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois enquanto se empenhavam em importar o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.10). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiânico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007, pp.548,49). Lembre aos alunos que o nosso Deus conta com as nossas vidas para sermos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16) numa geração hostil à vontade do Senhor.



III. O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS

1. O valor do ensino bíblico. Na atualidade é imprescindível que os líderes invistam recursos e tempo no ensino da Palavra de Deus. Somente o ensino bíblico ortodoxo conduz o homem à santidade e à santificação (Sl 119.105; Rm 15.4; 1 Co 4.17). O ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a viver de modo justo e digno. Nesses tempos difíceis em que estamos vivendo necessitamos de líderes dedicados ao estudo e ensino das Escrituras Sagradas.


2. Combatendo o “espírito do Anticristo” com a Palavra de Deus. Vivemos tempos difíceis, porém, sabemos que o Anticristo ainda não está no mundo, mas muito de seus seguidores já se encontram em plena atividade, inclusive realizando sua obra satânica de oposição a Cristo e a sua Igreja. Assevera-nos a Bíblia: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos [...]” (1Jo 2.18). Observe alguns dos “instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias contra o rebanho do Senhor:

a) O relativismo. O relativismo moral domina o pensamento na atualidade. Em nome de um falso pluralismo, e do “respeito às diferenças”, o Diabo vem convencendo as pessoas de que nada é errado, tudo é relativo.

b) Leis infames. Leis que criminalizam e preveem a prisão daqueles que usam textos da Bíblia para falar contra o homossexualismo. Leis que querem legalizar o uso de drogas e a prática do aborto.


3. A Palavra de Deus e seus referencias éticos. As leis de muitos países favorecem a imoralidade e a falta de ética na sociedade. Muitas delas são estabelecidas sob a égide de filosofias materialistas, relativistas e pluralistas. A Palavra de Deus, todavia, trás em seu âmago referenciais éticos e morais para a plena felicidade das famílias em qualquer civilização. Os que rejeitam esses referenciais ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e orientação. O resultado disso é a tragédia moral que vem se abatendo, especialmente sobre a família, e a sociedade como um todo.



SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O ensino da Palavra de Deus tem o valor de combater o “espírito do Anticristo” e promover os referenciais éticos do Reino de Deus.



SUBSÍDIO DE TEOLOGIA PASTORAL

“Conservando a sã doutrina e Manifestação do Espírito Santo
O que acho alarmante é o número crescente de pastores e igrejas que estão caindo vítimas desta mentalidade de ‘especialidades’. Muitas igrejas parecem só se envolverem em determinadas áreas ministeriais nas quais ou têm prazer ou acham particularmente fáceis. Temos igrejas da ‘Palavra’, igrejas do ‘louvor’, igrejas do ‘fogo e enxofre’, igrejas da ‘família’, igrejas do ‘discipulado’, e a lista prossegue sem fim. Em resposta a muitas pessoas feridas, cujas necessidades ou problemas não se ajustam em uma especialidade em particular, muitas igrejas teriam a dizer: ‘Desculpe, não fazemos esse tipo de serviço aqui’. Nestes últimos dias, a igreja precisa ser lugar de cura e refúgio para todo aquele que precisar — pouco importando qual seja a necessidade. Temos de insistir em ser uma igreja equilibrada. Podemos e devemos redescobrir que temos a imutável sã doutrina da Palavra de Deus e que ainda fluímos com o vento e a espontaneidade do Espírito” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E.; TRIPLETT, Loren (et al). Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, pp.633-34).



CONCLUSÃO

Vivemos tempos difíceis, por isso, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A Igreja do Senhor Jesus é formada de pessoas que são “sal da terra” e “luz do mundo”. Portanto, sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.


PARA REFLETIR

A respeito das Cartas Pastorais:

Paulo inicia o capítulo três falando a respeito de qual assunto?
Paulo inicia falando a respeito da extrema corrupção dos últimos dias.

O termo “últimos dias” se refere somente aos tempos escatológicos?
O termo “últimos dias” não se refere somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico sobre a Igreja.

Quais as características principais dos falsos mestres?
Amantes de si mesmos; avarentos; presunçosos, soberbos; blasfemos, etc.

Segundo a lição, qual era o verdadeiro propósito de Paulo?
Promover o Evangelho de Cristo.

Quais são os “instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias?
O relativismo e Leis infames.


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A corrupção dos últimos dias

“Amantes de si mesmos”; “avarentos”; “presunçosos, soberbos”; “blasfemos”; “desobedientes a pais e mães e ingratos”; “profanos sem afeto natural”; “irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis”; “sem amor para com os bons”; “traidores”; “obstinados”; “orgulhosos”; “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”; “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”: esta é a lista que o apóstolo Paulo deu a Timóteo para que o jovem pastor soubesse discernir os falsos líderes dos verdadeiros.

As características dos falsos ensinadores revelam pessoas que são capazes de fingir uma “capa de piedade”, mas ao mesmo tempo, internalizar um coração duro, sem qualquer respeito com a dignidade humana e com as pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo. Seu olhar só se desvia em direção de quem lhe possa beneficiar. Por isso, tal pessoa procura cercar-se de pessoas importantes, com um status quo vantajoso, pronto para beneficiá-la em tudo o que for possível.
Caro professor, você percebeu que tais características, descritas pelo apóstolo, parecem ser notícias do jornal do dia? Não são poucos os exemplos de desrespeito com as coisas de Deus e com as “ovelhas” que fazem parte do rebanho do Senhor. Diante disso, você pode se perguntar: O que fazer? A resposta do apóstolo para essa pergunta está no versículo 5: “destes afasta-te”.

Se lermos o Evangelho e atentarmos para o conselho de Jesus Cristo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis [...]” (Mt 7.15,16a); bem como o do apóstolo Pedro: “por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas” (2Pe 2.3); perceberemos que, implicitamente, o conselho evangélico e apostólico nos adverte a discernir o “falso profeta” do verdadeiro para nos afastarmos daquele. Ora, quem ler e compreende as mensagens de Jesus para guardar a sua alma desses “absurdos” realizados em nome da fé, não tem alternativa, senão, a de declarar enfática, curta e objetivamente o que o apóstolo Paulo afirmou: “afasta-se”. Afasta-se desses falsários para guardar a sua alma da incredulidade. Afasta-se desses que usam o Evangelho para se autobeneficiar, a fim de beneficiar-se da graça de Deus. Não empreste os seus ouvidos e nem o seu coração para quem só tem a avareza e a soberba como suas companheiras. Afasta-se, para salvar a sua alma disso tudo!



SUBSIDIOS

ÉPOCAS DE TERROR
2 Timóteo 3:1
A Igreja primitiva vivia numa era na que se fazia tarde. Esperavam em qualquer momento a Segunda Vinda. O cristianismo tinha sido embalado pelo judaísmo, e era natural que pensasse muito em termos e imagens judias. O pensamento judeu tinha uma concepção básica. Os judeus dividiam todo o tempo nesta era presente e na era por vir. Esta era presente era totalmente má; e a era por vir era a idade de ouro de Deus. Entre ambas as eras estava o Dia do Senhor. Esse dia seria aquele   em que Deus definida e pessoalmente interviria e destroçaria o mundo para refazê-lo. Esse Dia do Senhor ia ser precedido por uma época de terror; uma época em que o mal se uniria para seu último assalto final; uma época em que o mundo seria sacudido até seus fundamentos morais e físicos. Nesta passagem Paulo está pensando de acordo com esta concepção dos últimos tempos.
Diz que nestes últimos dias haverá tempos perigosos. A palavra perigoso em grego é capelos. Significa difícil mas tem certos usos que explicam seu significado aqui. É usada em Mateus 8:28 para descrever os dois endemoninhados gadarenos que se encontraram com Jesus entre os sepulcros. Eram maníacos violentos e perigosos. Plutarco a utiliza para descrever o que chamaríamos uma ferida feia. Antigos escritores de astrologia a usam para descrever o que chamaríamos a conjunção ameaçadora dos corpos celestes. Dá a idéia de ameaça, perigo, provocação. Nos últimos dias haveria tempos ameaçadores que poriam em perigo a própria existência da Igreja cristã e do bem mesmo; viria uma espécie de tremendo ataque do mal antes de sua derrota final.
Nas imagens judias destas épocas terríveis encontramos exatamente o mesmo tipo de descrição que temos aqui. Viria uma espécie de terrível reflorescimento do mal, em que todos os fundamentos morais se veriam sacudidos. No Testamento de Issacar, um dos livros escritos entre o Antigo e o Novo Testamento, obtemos esta descrição:
Saibam, pois, portanto, meus filhos,
que nos últimos tempos,
seus filhos trairão a simplicidade
e se aferrarão ao desejo insaciável;
e deixando a inocência, se aproximarão da maldade;
e traindo os mandatos do Senhor,
se aferrarão a Beliar.
E deixando a frugalidade,
seguirão seus próprios sentimentos malvados
e se dispersarão entre os gentios,
e servirão a seus inimigos (Testamento de Issacar, 6:1,2).

Em 2 Baruque, temos uma descrição ainda mais vívida do caos moral dos últimos tempos:
A honra se tornará em vergonha,
E a força se humilhará em desprezo,
E se destruirá a probidade,
E a beleza se converterá em fealdade...
E a inveja surgirá naqueles que
não pensavam nada de si mesmos,
E a paixão se apoderará dos pacíficos,
E muitos serão presa da ira para ferir muitos.
E levantarão exércitos para derramar sangue,
E no final perecerão junto com eles. (2 Baruque 27).
Nesta descrição que Paulo faz, ele está pensando em termos que são familiares aos judeus. Em termos modernos, haveria uma confrontação final com as forças do mal. Como disse E. K. Simpson: "O mundo se fará mais mundano". Como dizemos muitas vezes, as coisas têm que ficar muito pior para que logo possam melhorar.

Hoje em dia temos que tomar estas velhas descrições e traduzi-las para termos modernos. Nunca estiveram destinadas a ser outra coisa senão imagens e visões; violaríamos o pensamento judeu e o da Igreja primitiva se tomarmos com crua literalidade. Mas encerram a verdade permanente de que em algum momento chegará a consumação, em que o mal encontrará a Deus num tipo de colisão frontal, e em que chegará o triunfo final de Deus, que precederá o dia em que os reinos do mundo se convertam no Reino de Deus.


AS QUALIDADES DA IMPIEDADE
2 Timóteo 3:2-5
Esta é uma das mais terríveis descrições do Novo Testamento de como seria um mundo sem Deus. As terríveis qualidades da impiedade aparecem numa horrível série. Vamos vê-las uma por uma.

Não é casual que a primeira delas seja a vida centrada em si mesmo. O adjetivo utilizado é filautos, que significa amante de si mesmo. O amor próprio é o pecado básico, do qual provêm os outros pecados. No momento em que uma pessoa faz com que sua própria vontade e seu próprio desejo sejam o centro de sua vida, destroem-se as relações divinas e humanas. Uma vez que a pessoa se erige como Deus, a obediência a Deus e a caridade para com os homens se fazem impossíveis. Se o eu for o centro da vida, então Cristo desaparece dela. A essência do cristianismo não é entronizar o eu, antes, aboli-lo. Todo pecado começa com o egoísmo.

Os homens podiam converter-se em amantes do dinheiro (filarguros). Devemos lembrar que a tarefa de Timóteo tinha como centro a Éfeso. Éfeso era talvez o maior mercado do mundo antigo. Naqueles dias o comércio em geral chegava pelos rios dos vales; Éfeso estava na desembocadura do rio Cayster, e dominava o comércio de uma das terras interiores mais ricas de toda a Ásia Menor. Em Éfeso se encontravam algumas das maiores rotas do mundo. Estava a grande rota comercial do vale do Eufrates que vinha passando por Colossos e Laodicéia e deixava a riqueza do Este na entrada de Éfeso. Havia a rota proveniente do Norte da Ásia Menor e da Galácia que passava por Sardes. Havia a rota do Sul que centralizava o comércio do vale do Mender em Éfeso. Chamava-se a Éfeso "A feira das vaidades da Ásia Menor" e "A casa do tesouro da Ásia Menor".

Assinalou-se que o João que escreveu o Apocalipse pode ter estado pensando em Éfeso, quando escreveu essa passagem expressiva em que descreve o comércio dos homens: “mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas” (Apoc. 18:12-13). Éfeso era   uma cidade de uma civilização próspera, mundana e materialista; era o tipo de cidade em que as pessoas podiam perder sua alma muito facilmente. Há perigo nela. Há perigo quando os homens medem sua prosperidade pelas coisas materiais, quando a civilização se mede pelo dinheiro e os bens materiais. Devemos lembrar que é uma verdade permanente que é mais fácil uma pessoa perder sua alma na prosperidade que na adversidade; e que se está em caminho de perder a alma quando se determina o valor da vida pelo número de coisas que se possui. 


AS QUALIDADES DA IMPIEDADE
2 Timóteo 3:2-5 (continuação)
Nesses dias terríveis os homens seriam jactanciosos e soberbos. Nos escritos gregos estas duas palavras quase sempre iam juntas; e ambas são pitorescas.

A palavra jactancioso tem uma derivação interessante. É a palavra alazon, e derivam da palavra ale, que significa vagabundear. Originalmente um alazon era um curandeiro vagabundo. Plutarco utiliza a palavra para descrever a um médico curandeiro. O alazon era um desses curandeiros enganadores que iam pelo campo com remédios, encantamentos e métodos de exorcismo que, conforme proclamavam eram panacéias e curavam todos os males. Ainda podemos ver este tipo de pessoas em feiras e mercados gritando as virtudes de uma marca de remédios, ou de uma pílula ou pó que agirá em forma mágica. Logo a palavra começou a ampliar seu significado até que se referiu a qualquer pretensioso ou fanfarrão. Os moralistas gregos escreveram muito a respeito desta palavra. As Definições Platônicas definem ao substantivo correspondente (alazoneia) como: "Proclamar coisas boas que a pessoa realmente não possui". Aristóteles (Etica nicomaquea 7:2) define o alazon como: "a pessoa que pretende ter qualidades creditadas que não possui, ou que possui em menor grau do que diz". Xenofonte nos relata como Ciro, o rei persa, definiu alazon: "O nome alazon parece referir-se   àqueles que pretendem ser mais ricos do que são, ou mais valentes, e àqueles que prometem fazer o que não podem, e que, também, quando é evidente que o fazem para obter algo ou alguma lucro" (Xenofonte, Ciropedia, 2, 2, 12).

Xenofonte em seu Memorabilia nos relata como Sócrates condenou categoricamente a estes impostores: disse que se os encontraria em todas as expressões da vida, mas que o pior de todos seria na política. "O descarado maior de todos é o homem que enganou a sua cidade na crença de que ele é a pessoa correta para dirigi-la".

O mundo está cheio destes vangloriosos em nossos dias; os sagazes sabichão que enganam às pessoas ao fazê-la pensar que são sábios; quão políticos proclamam que seus partidos têm um programa que trará a Utopia e que só eles nasceram para ser líderes de homens; as pessoas que povoam as colunas de avisos anunciando que outorgam beleza, conhecimento, saúde por meio de seu sistema; as pessoas de igreja que têm uma bondade fanfarrona e ostentosa. O problema é que estes pretensiosos estão em toda sociedade competitiva e seu único desejo é o de destacar-se acima de seus semelhantes, com meios corretos ou com enganos.

Aliados de perto com os jactanciosos, mas — como já veremos — piores ainda que eles, figuram os soberbos. A palavra é huperefanos, que se deriva de duas palavras gregas que significam mostrar-se a si mesmo acima de outros. O homem huperefanos, disse Teofrasto, tem certo desprezo por todos exceto por si mesmo. É a pessoa culpado do pecado de soberba. É o homem resistido por Deus, porque diz-se repetidamente nas Escrituras, que Deus recebe ao humilde, mas resiste aos soberbos huperefanos (Tiago 4:6; 1 Pedro 5:5; Provérbios 3: 24). Teofilacto chamou a este tipo de orgulho akropolis kakon, a cidadela do mal, o topo dos males.

A diferença entre aquele que se vangloria e o soberbo é a seguinte. Aquele que se vanglória é uma pessoa fanfarrona, que proclama suas pretensões aos quatro ventos, e tenta obter o poder e a eminência   mediante alardes e jactâncias. Ninguém pode confundi-lo ou deixar de vê-lo. Mas o pecado do soberbo, neste sentido, está em seu coração. Até poderá parecer humilde, calado e inofensivo; mas no íntimo de seu coração está esse desprezo por todos os outros. Alimenta um orgulho que tudo consome e perverte. Em seu coração há um pequeno altar perante o qual se ajoelha perante si mesmo, e em seus olhos há algo que olha a todas as pessoas com um silencioso desprezo. 


AS QUALIDADES DA IMPIEDADE
2 Timóteo 3:2-5 (continuação)
Estas qualidades as gema do vanglorioso e o soberbo devem inevitavelmente resultar na blasfêmia. Usualmente se associa esta palavra com o insulto a Deus; mas em grego refere-se a insultar aos homens ou a Deus. A soberba gera a blasfêmia. Origina desobediência e desconsideração para com Deus, no orgulho que pensa que não necessita a Deus e que sabe mais que Ele. Origina o desprezo para com os homens, um desprezo que pode resultar em ações ferinos e em palavras que machucam. Os rabinos judeus consideravam num lugar elevado na lista de pecados o que chamavam o pecado do insulto. O insulto que provém da irritação é má, mas é perdoável, porque é lançado num momento de paixão; mas o insulto frio que provém do orgulho arrogante e depreciativo é algo horrível e imperdoável.

Haverá homens desobedientes aos pais. O mundo antigo considerava de grande importância os deveres para com os pais. As leis gregas mais antigas privavam dos direitos civis aqueles que golpeavam a seus pais; na lei romana bater no pai era tão mau como cometer um assassinato; na Lei judia a honra ao pai e à mãe encontra-se num lugar destacado na lista dos Dez Mandamentos. O sinal da suprema decadência de uma civilização se dá quando a juventude perde todo o respeito pela idade, e se nega a reconhecer a dívida impagável e seu dever básico para com aqueles que lhe deram a vida.

Haverá homens ingratos (acaristos), que se negarão a reconhecer a dívida que têm para com Deus e para com seus semelhantes. A estranha característica da ingratidão é que é o pecado que mais fere porque é o mais cego de todos. O homem de honra se distingue por pagar suas dívidas; e todo homem tem uma dívida com Deus e com seus semelhantes, que como pessoa de honra deve lembrar e pagar.

Haverá homens ímpios. A palavra grega é anosios. Anosios não significa tanto que os homens transgredirão as leis de Deus; significa que pecarão contra as leis não escritas, mas que são parte da própria essência da vida. Para os gregos era anosios negar-se a enterrar um morto; era anosios que um irmão se casasse com sua irmã, ou um filho com sua mãe. O homem que é anosios peca contra a decência fundamental da vida. Tal ofensa pode ocorrer ainda, e ocorre. O homem dominado por suas paixões mais baixas as gratificará da maneira mais desavergonhada, tal como o mostram as ruas de qualquer grande cidade a altas horas da noite. O homem que esgotou os prazeres normais da vida, e ainda não está satisfeito, buscará emocionar-se com prazeres anormais e que até envergonha nomear. Mais uma vez numa sociedade decadente e envilecida, podem-se esquecer os bons costumes.
Haverá homens que não terão afeto natural (astorgos). A palavra grega storge emprega-se especialmente para referir-se ao amor filial, ao amor entre pais e filhos. Se não existir o afeto humano, não pode existir a família. Nas épocas terríveis os homens estarão tão ensimesmados que até os laços mais íntimos não serão nada para eles. Em sua busca egoísta dos prazeres da vida, se negarão a reconhecer até os deveres fundamentais e os laços sobre os quais está edificada a vida.

Haverá homens implacáveis (aspondos). Sponde significa trégua, tratado ou acordo. Aspondos pode significar duas coisas. Pode referir-se ao homem que abriga um ódio tão profundo e implacável que nunca pode chegar a um acordo com o homem com o qual discutiu. Ou pode significar que o homem tem tão pouca honra que pode chegar a romper e não considerar os termos de um acordo. Em qualquer caso a palavra  descreve certa aspereza e dureza de mentalidade que separa o homem de seus semelhantes com um ódio implacável. Bem pode ser que devido a nossa condição de humanos, não possamos viver sem ter diferencia com nossos semelhantes, mas perpetuar estas diferencia é um dos piores de todos os pecados, e também um dos mais comuns. Quando estamos tentados a fazê-lo deveríamos escutar mais uma vez a voz de nosso bendito Senhor dizendo, até na cruz: "Pai, perdoa-lhes!".

AS QUALIDADES DA IMPIEDADE
2 Timóteo 3:2-5 (continuação)
Nestes dias terríveis os homens serão caluniadores. Em grego, caluniador era diabolos, precisamente a palavra que se utiliza para referir-se ao diabo. O diabo é o santo padroeiro de todos os caluniadores, e o amo de todos eles. Neste sentido a calúnia é o mais cruel de todos os pecados. Se roubam os bens de uma pessoa, pode refazer sua fortuna; mas se lhe tiram seu bom nome, faz-lhe um dano irreparável. Uma coisa é lançar no ar uma informação malvada e falsa, e outra muito diferente é detê-la. Muitos homens, e muitas mulheres, que nunca sonhariam em colocar suas mãos nos bolsos de outras pessoas e lhes roubar seu dinheiro ou seus pertences, não se detêm — e até encontram prazer nisso — em fazer correr uma história que arruíne o bom nome de outra pessoa, sem sequer tentar averiguar se a história é ou não certa. Há suficientes calunias em cada povo, e com freqüência em algumas igrejas, para fazer chorar o anjo que tudo o registra ao escrever estas cruéis palavras.

Haverá homens intemperantes (akrates). O verbo kratein significa controlar, ter poder sobre algo. O homem pode chegar a um grau em que, longe de controlá-lo, converta-se no escravo de um hábito ou de um desejo. Esse caminho é inevitavelmente o caminho à ruína, porque ninguém pode dominar nada a não ser que em primeiro lugar se domine a si mesmo.

Haverá homens cruéis. A palavra é anemeros, e seria melhor aplicada a uma besta selvagem que a um ser humano. Denota uma selvageria que não tem sensibilidade nem simpatia. Os homens podem ser selvagens para repreender, podem sê-lo também por suas ações sem piedade. Até um cão se arrepende quando machuca a seu amo, mas há pessoas que, em seu trato para com outros, carecem de toda humana simpatia e sentimentos.

AS QUALIDADES DA IMPIEDADE
2 Timóteo 3:2-5 (continuação)
Nestes terríveis últimos dias os homens se converterão em aborrecedores do bem (afilagathos). Pode chegar um momento na vida de um homem em que a companhia de boas pessoas e a presença de coisas boas sejam para ele nada mais que uma moléstia. Encontra que não tem nada que lhes dizer. O fanático da música barata não encontra prazer ouvindo música boa. Aquele que se alimenta de literatura barata finalmente deixará de encontrar prazer nas grandes obras mestras. Seu paladar mental perde sensibilidade: O homem que se afundou muito, quando encontra a companhia, a conversação e até a presença de gente boa, sente isso como algo que só deseja evitar.

Haverá homens traidores. A palavra grega (prodotes) significa nada menos que traidor. Devemos lembrar que isto se escreveu no começo dos anos de perseguição, justo no começo do momento em que se estava convertendo num crime o ser cristão. Neste momento particular, além do cristianismo, nos assuntos comuns da política, uma das maldições de Roma era a existência de informantes (delatores). As coisas iam tão mal que Tácito pôde dizer: "Aquele que não tinha inimigos era traído por seu amigo". Havia aqueles que gratificavam um velho rancor, e se vingavam de um inimigo informando contra ele. No que Paulo está pensando aqui é mais que na falta de fidelidade na amizade — ainda que já é bastante ferino — está pensando naqueles que para satisfazer um velho ódio,  gratificar um velho rancor, ganhar a recompensa barata do momento, delatavam os cristãos perante o governo romano.

Haveria homens impetuosos nas palavras e na ação. A palavra é propetes; significa descuidado, precipitado. Descreve à pessoa levada pela paixão, pelo impulso e pelo desejo a ponto que é totalmente incapaz de pensar prudente e sensivelmente. Faz-se muito mais danifico por falta de consideração que por qualquer outra coisa. Muitas vezes nos salvaríamos de nos ferir a nós mesmos e a outras pessoas, se só nos detivéssemos a pensar.
Haverá homens enfatuados (tetufomenos). Estarão envaidecidos, engrandecidos por sua própria importância. Ainda existem dignatarios da Igreja cujo pensamento principal é sua própria dignidade. O cristão é o seguidor e o discípulo daquele que era humilde e singelo de coração.

Haverá homens que amavam os prazeres mais do que a Deus. Voltamos no começo; tais pessoas põem no centro de suas vidas seus próprios anelos e desejos. adoram-se a si mesmos em lugar de adorar a Deus.
A acusação final a estas pessoas é que retêm a forma exterior da religião, mas negam seu poder. Ou seja, recitam os credos ortodoxos, seguem os movimentos de um correto e digno ritual, liturgia e adoração; mantêm todas as formas externas da religião; mas não sabem nada da religião como poder dinâmico que muda a vida dos homens.
Diz-se que, logo depois de ouvir um sermão evangelístico, Lorde Melbourne assinalou uma vez: "As coisas chegaram ao cúmulo, quando se permite que a religião invada a esfera da vida privada".

Bem pode ser que o maior impedimento da religião não seja o pecador total, mas sim o devoto brando de impecável ortodoxia e digno convencionalismo, que se horroriza quando se sugere que a verdadeira religião é um poder dinâmico que muda a vida pessoal do homem. Ninguém deveria nem sequer aproximar-se do cristianismo se não estiver   preparado para experimentar uma revolução pessoal através do poder transformador de Jesus Cristo.  



2TIMOTEO  3.1 NOS ÚLTIMOS DIAS... TEMPOS TRABALHOSOS. Os últimos dias incluem a era cristã na sua totalidade. Paulo, porém, profetiza pelo Espírito Santo (cf. 1 Tm 4.1) que as coisas se tornarão piores à medida que o fim se aproximar (cf. 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.18; Jd 17,18).

(1) Os últimos dias serão assinalados por um aumento cada vez maior de iniqüidade no mundo, um colapso nos padrões morais e a multiplicação de falsos crentes e falsas igrejas dentro do reino de Deus (Mt 24.11,12; ver 1 Tm 4.1). Esses tempos serão espiritualmente difíceis e penosos para os verdadeiros servos de Deus.

(2) Paulo faz essa advertência a fim de reanimar os obreiros que, com suas igrejas, permanecerem leais a Cristo e à sua revelação. A plena bênção da salvação em Cristo e o poderoso derramamento do Espírito Santo continuarão à disposição dos que permanecem leais à fé e à prática dos ensinos do NT. A apostasia na igreja redundará em mais graça e poder para os que se mantiverem firmes na fé original que foi entregue aos santos (At 4.33; Rm 5.20; Jd 3)

2TIMOTEO  3.2 AMANTES DE SI MESMOS. Paulo apresenta uma lista de pecados que têm suas raízes no amor próprio (vv. 2-4). Alguns, hoje, ensinam que a falta do amor a si mesmo (amor-próprio) é a raiz do pecado. A revelação bíblica ensina o contrário.

2TIMOTEO  3.3 SEM AFETO NATURAL. Nos últimos dias, o crente deve estar disposto a enfrentar um volume esmagador de impiedade.

(1) O apóstolo profetiza que Satanás promoverá uma grande destruição na família. Os filhos serão "desobedientes a pais e mães" (v. 2), e os homens e mulheres não terão afeto natural (gr. astorgoi). Esta expressão pode ser traduzida "sem afeição à família", e refere-se ao desaparecimento dos sentimentos de ternura e amor naturais; falta esta demonstrada por uma mãe que rejeita os filhos, ou mata seu bebê; por um pai que abandona a família, ou os filhos que negligenciam os devidos cuidados para com seus pais idosos (ver Lc 1.17).

(2) Os homens e mulheres passarão a amar idolatradamente o dinheiro e os prazeres, e estarão sempre em busca disso para a satisfação de seus desejos egoístas (v. 2). Ser pai ou mãe, com suas responsabilidades e encargos, e amor sacrificial na criação de filhos, já não será considerado missão nobre, nem dignificante (vv. 2-4). Pais amorosos darão lugar, cada vez mais, a pais egoístas e desumanos que abandonarão seus filhos (cf. Sl 113.9; 127.3-5; Pv 17.6; Tt 2.4,5; ver 2 Tm 4.3,4).

(3) Se os pais cristãos quiserem preservar suas famílias nos tempos difíceis dos últimos dias, devem hoje protegê-las contra as práticas infames da sociedade em que vivem (Jo 21.15-17; At 20.28-30), separá-los dos costumes sórdidos do mundo e evitar que os ímpios influenciem seus filhos (At 2.40; Rm 12.1,2). Os pais precisam aceitar o plano de Deus para a família (ver Ef 5.21-25; e não proceder como os ímpios (Lv 18.3-5; Ef 4.17). Eles, e suas famílias, realmente precisarão ser como forasteiros e peregrinos na terra (Hb 11.13-16)

2TIMOTEO  3.5 TENDO APARÊNCIA DE PIEDADE. Paulo se refere àqueles que dizem ser crentes, e, aparentam santidade, porém, não demonstram que foram libertos por Deus, do pecado, do egoísmo e da imoralidade. Tais pessoas toleram a imoralidade nas suas igrejas e ensinam que é possível praticar os pecados citados nos versículos 2-4 e, ao mesmo tempo, serem crentes (cf. vv. 5-9; 4.3,4; 2 Pe 2.12-19; ver 1 Co 6.9).

2TIMOTEO  3.8 RESISTEM À VERDADE. Uma das coisas que identifica o falso mestre na igreja é a sua oposição às verdades básicas do evangelho, ou sua indiferença para com elas (ver 1 Tm 4.1 nota).

2TIMOTEO  3.12 TODOS OS QUE PIAMENTE QUEREM VIVER... PADECERÃO PERSEGUIÇÕES. A perseguição, de uma ou de outra forma, é inevitável para quem deseja viver uma vida piedosa em Cristo (Mt 5.10-12; 10.22; At 14.22; Fp 1.29; 1 Pe 4.12; Mt 5.10). A lealdade a Cristo, à sua verdade e aos seus padrões justos de vida, envolve uma resolução constante de não deturpar a nossa fé, nem ceder às inúmeras vozes que apelam ao crente a conformar-se com o mundo e deixar de lado a verdade bíblica. Por causa dos seus padrões religiosos, os fiéis serão privados de privilégios e vantagens, e serão ridicularizados; terão grande tristeza ao verem o cristianismo bíblico rejeitado pela maioria. Devemos todos perguntar a nós mesmos: já sofri perseguição por causa da minha firme resolução de viver segundo a vontade de Deus? Ou minha falta de sofrimento é um sinal de que não tenho posição firme pela justiça, pela qual Cristo morreu?


2TIMOTEO  4.3,4 NÃO SOFRERÃO A SÃ DOUTRINA. No decurso da história da igreja sempre houve aqueles que não amam a sã doutrina. À medida que o fim se aproxima, a situação nesse sentido tornar-se-á pior (cf. 3.1-5; 1 Tm 4.1).

(1) "Não sofrerão a sã doutrina" (v. 3). Muitos professarão ser cristãos, freqüentarão as igrejas e mostrarão que servem a Deus, mas não aceitarão a fé apostólica original do NT, nem as exigências bíblicas ordenando que o crente separe-se da injustiça (3.5; cf. Rm 1.16).

(2) "Desviarão os ouvidos da verdade" (v. 4). A autêntica pregação bíblica de um homem de Deus não mais será aceita por muitas igrejas. Os desviados da verdade desejarão sermões que apresentem um evangelho menos exigente (cf. 2.18; 3.7,8; 1 Tm 6.5; Tt 1.14). Já não aceitarão trechos da Palavra de Deus que tratam de arrependimento, pecado, perdição, necessidade da santidade e de separação do mundo (cf. 3.15-17; Jr 5.31; Ez 33.32).

(3) "Amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (v. 3). Esses falsos crentes não quererão pastores segundo os padrões da Palavra de Deus (cf. 1.13,14; 1 Tm 3.1-10), mas buscarão os que toleram seus desejos egoístas e mundanos. Escolherão pregadores com dons de oratória, com a habilidade de divertir o povo e com uma mensagem que lhes assegure que é possivel ser crente e continuar vivendo segundo a carne (cf. Rm 8.4-13; 2 Pe 2).

(4) O Espírito Santo adverte todos que permanecem fiéis a Deus e se submetem à sua Palavra, que lhes aguardam perseguição e sofrimento, por amor à justiça (3.10-12; Mt 5.10-12). Além disso, devem separar-se das pessoas, das igrejas e das instituições que negam o poder de Deus para a salvação, e que pregam um evangelho modificado (3.5; ver Gl 1.9 nota; 1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1; Jd 3; Ap 2.24). Devemos sempre ser leais ao evangelho do NT e aos fiéis ministros de Deus que o proclamam. Assim, poderemos ter certeza de estreita comunhão com Cristo (Ap 3.20-22) e de tempos de refrigério pela presença do Senhor (At 3.19,20)

2TIMOTEO  4.4 À VERDADE. A Palavra de Deus deve ser nosso supremo guia quanto à verdade e norma de vida. (1) Devemos ter a Palavra de Deus, dada pelo Espírito Santo, como nosso guia único e suficiente, no julgamento daquilo que cremos e fazemos. (2) A tendência de certas igrejas de formular doutrinas, práticas ou novas verdades, partindo de experiências subjetivas, de milagres, do sucesso, dos alvos centralizados nos homens, sem sólida autenticidade bíblica, será um dos meios principais de Satanás semear engano durante a apostasia dos últimos dias (ver Mt 24.5,11; 2 Ts 2.11).

2TIMOTEO  4.7 COMBATI O BOM COMBATE. Ao passar em revista a sua vida dedicada a Deus, Paulo reconhece agora que a sua morte é iminente (v. 6), e descreve sua vida cristã nos seguintes termos.

(1) Considera a vida cristã como um "bom combate"; ela é a única luta que vale a pena. Lutou contra Satanás (Ef 6.12); contra os erros religiosos dos judeus e dos pagãos (3.1-5; Rm 1.21-32; Gl 5.19-21); contra o judaísmo (At 14.19; 20.19; Gl 5.1-6); contra o antinomismo e a imoralidade na igreja (3.5; 4.3; Rm 6; 1 Co 5.1; 6.9,10; 2 Co 12.20,21); contra os falsos mestres (vv.3-5; At 20.28-31; Rm 16.17,18); contra a deturpação do evangelho (Gl 1.6-12); contra o mundanismo (Rm 12.2); e contra o pecado (Rm 6; 8.13; 1 Co 9.24-27).

(2) Completou a sua carreira em meio a provações, dificuldades e tentações, e permaneceu fiel ao seu Senhor e Salvador durante toda a sua vida (cf. 2.12; Hb 12.1,2; 10.23; 11).

(3) Conservou lealmente a fé, em tempos de severas provações, de grande desalento e de muitas aflições, não somente quando era abandonado pelos amigos, mas também quando teve de enfrentar a oposição dos falsos mestres. Nunca cedeu terreno no tocante à verdade original do evangelho (1.13,14; 2.2; 3.14-16; 1 Tm 6.12).

2TIMOTEO  4.8 A COROA DA JUSTIÇA. Por ter Paulo permanecido fiel ao seu Senhor e ao evangelho que lhe foi confiado, o Espírito lhe testificou que a aprovação amorosa de Deus e a "coroa da justiça" o aguardavam no céu. Deus tem reservado no céu galardões para todos que conservam a fé com justiça (cf. Mt 19.27-29; 2 Co 5.10).

2TIMOTEO  4.8 OS QUE AMAREM A SUA VINDA. Os cristãos do NT anelavam grandemente a volta do Senhor para levá-los daqui, para ficarem com Ele para sempre (ver 1 Ts 4.13-18; cf. Fp 3.20,21; Tt 2.13). Uma marca distintiva dos fiéis de Deus é que eles se sentem fora do seu lugar, neste mundo, e já daqui eles aguardam o seu lar celestial (cf. Hb 11.13-16).

 2PERDRO  2.1 ENTRE VÓS HAVERÁ TAMBÉM FALSOS MESTRES. O Espírito Santo adverte repetidas vezes nas Escrituras que surgirão muitos falsos mestres dentro das igrejas. As advertências a respeito de mestres e líderes introduzindo heresias no meio do povo de Deus foram feitas antes por Jesus (ver Mt 24.11 nota; 24.24,25), e o Espírito Santo continuou advertindo através de Paulo (ver 2 Ts 2.7; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5), de Pedro (vv. 1-22), de João (1 Jo 2.18; 4.1; 2 Jo 7,11), de Judas (Jd 3,4,12,18) e das cartas de Cristo às sete igrejas (ver Ap 2.2,6).

2PEDRO  2.1 NEGARÃO O SENHOR QUE OS RESGATOU. De conformidade com Pedro, os falsos mestres dentro da igreja que estavam "negando (gr. arneomai = repudiar ou renunciar) o Senhor que os resgatou" tinham abandonado o caminho certo e se desviado (v. 15), tornando-se "fontes sem água" (v. 17). Antes, eles tinham se livrado da maldade do mundo, mediante Jesus Cristo, mas agora voltaram a emaranhar-se no pecado (v. 20).

2PEDRO  2.2 SERÁ BLASFEMADO O CAMINHO DA VERDADE. Muitos crentes professos seguirão esses falsos pregadores, com suas "dissoluções" (i.e., imoralidades sexuais). Por causa da vida pecaminosa desses líderes e seus seguidores, Deus e seu evangelho serão infamados (ver 2 Tm 4.3,4).

2PEDRO  2.3 POR AVAREZA... PALAVRAS FINGIDAS. Os falsos mestres comercializarão o evangelho, sendo peritos na avareza e em conseguir dinheiro dos crentes, a fim de promover ainda mais seus ministérios e seus modos luxuosos de vida.
(1) Os crentes devem estar a par de que um dos métodos principais dos falsos ministros é usar "palavras fingidas", ou seja, contar histórias impressionantes, mas inverídicas, ou publicar estatísticas exageradas a fim de motivar o povo de Deus a contribuir com dinheiro. Glorificam a si mesmos e promovem seu próprio ministério com esses relatos inventados (cf. 2 Co 2.17). Deste modo, o crente sincero, mas desinformado, torna-se um objeto de exploração.
 (2) Pelo fato de esses obreiros profanarem a verdade de Deus e fraudarem o seu povo com sua cobiça e engano estão destinados à perdição e à destruição.

2PEDRO  2.4 ANJOS... HAVENDO-OS LANÇADO NO INFERNO. Provavelmente, trata-se dos anjos que se rebelaram juntamente com Satanás, contra Deus (Ez 28.15 nota), e tornaram-se os espíritos maus referidos no NT. As Escrituras não explicam por que uns espíritos malignos estão em cadeias, enquanto outros estão livres para agir com Satanás na terra (cf. Jd 6; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

2PEDRO  2.8 AFLIGIA... A SUA ALMA JUSTA. Uma característica principal do homem de Deus é que ele ama a justiça e detesta a iniqüidade (ver Hb 1.9 nota). Sua alma se angustia e se aflige (vv. 7,8) pelo pecado, imoralidade e impiedade reinantes no mundo (ver Ez 9.4 nota; Jo 2.13-17; At 17.16).

2PEDRO  2.9 LIVRAR... OS PIEDOSOS. O modo de Ló reagir ante a iniqüidade e imoralidade ao seu redor (v. 8) tornou-se uma prova que determinou, tanto o seu próprio livramento, quanto seu destino na eternidade.
(1) Deus livrou Ló porque este rejeitava o mal e sentia repugnância na sua alma, diante "da vida dissoluta dos homens abomináveis".
 (2) Quando Cristo voltar para levar seu povo (ver Jo 14.3) e manifestar a sua ira sobre os ímpios (3.10-12), Ele levará para si mesmo a sua igreja visível que, por causa da sua fé nEle e do seu amor por Ele, é, aqui, como Ló, afligida pela conduta carnal, pela vida imoral e pelos demais pecados clamorosos da sociedade ao seu redor.
(3) Deus sabe como libertar seus servos fiéis do meio ambiente imoral e corrupto, em cada geração (cf. Mt 6.13; 2 Tm 4.18; Ap 3.10)

2PEDRO  2.10 DESPREZAM AS DOMINAÇÕES... AS AUTORIDADES. Pedro fala das pessoas ímpias e imorais que, como os homossexuais de Sodoma (v. 8; cf. Gn 19.4-11), desprezam todos os tipos de autoridades que refreiam o mal, inclusive Cristo e sua Palavra.

2PEDRO  2.15 CAMINHO DE BALAÃO. Trata-se do amor às honrarias pessoais e aos ganhos materiais, às expensas do povo de Deus (cf. Nm 31.16; Ap 2.14; ver Nm 25.2). Pedro enfatiza que a imoralidade sexual, o amor às honrarias e a cobiça por dinheiro, caracterizam esses falsos mestres e pregadores.

2PEDRO  2.16 FALANDO COM VOZ HUMANA. Pedro claramente crê nos milagres relatados no AT. Hoje, críticos auto-eleitos dentro da igreja zombam com arrogância dos milagres registrados na Palavra de Deus e consideram sem cultura e ingênuo quem neles acredita. O verdadeiro filho de Deus, no entanto, crê em Deus e aceita todos os milagres da Bíblia. Crê, também, que Deus realiza milagres hoje em resposta às orações e à fé dos seus (ver Jo 6.2).
2PEDRO  2.19 PROMETENDO-LHES LIBERDADE. O espírito de anarquia, prometendo liberação das restrições justas, predominará com altivez na sociedade e na igreja, nos últimos dias, antes da vinda de Cristo (ver 1 Tm 4.1 nota; 2 Tm 3.1). Os padrões morais imutáveis de Deus serão considerados antiquados e tidos como simples restrições legalistas à liberdade pessoal, à autodeterminação e à felicidade dos seres humanos. À medida que os homens e mulheres se auto-elegem como autoridades máximas neste campo, tornam-se escravos da corrupção moral (v. 19b; ver Rm 1.24,27).

2PEDRO  2.20 ESCAPADO... FOREM OUTRA VEZ ENVOLVIDOS. Os versículos 20-22 claramente mostram que alguns dos falsos mestres foram anteriormente redimidos do poder do pecado, e depois perderam a salvação (cf. vv. 1,15).


EZEQUIEL  9.2 SEIS HOMENS. São anjos designados por Deus para executarem o seu julgamento contra a cidade. Cada um portava uma arma (v. 1) com a qual mataria todos os iníquos (vv. 5,6). Juntamente com eles apareceu um sétimo anjo, vestido de linho branco, com um estojo de escrivão à sua cinta. Sua tarefa era pôr uma marca na testa de todos que permaneciam fiéis a Deus (vv. 2-4,11; cf. Ap 7.3; 9.4; 14.1; 22.4).

EZEQUIEL  9.4 QUE GEMEM POR CAUSA DE TODAS AS ABOMINAÇÕES. Deus ordenou que, no juízo, fossem poupados somente os que se mantivessem fiéis a Ele e à sua Palavra.
 (1) A lealdade deles a Deus era determinada por seu amor à justiça e a sua angústia e aversão quanto aos pecados cometidos ao seu redor. Receberiam, pois, um sinal especial de identificação da parte de Deus a letra hebraica taw (a última letra do alfabeto hebraico, que tinha originalmente a forma de cruz).
(2) Tristeza pelo pecado é evidência da verdadeira fé salvífica. Quem realmente pertence ao Senhor sente o mesmo pesar que Ele sente, ao ver o pecado em ação no mundo e na igreja (ver Hb 1.9).

EZEQUIEL  9.6 COMEÇAI PELO MEU SANTUÁRIO... PELOS HOMENS MAIS VELHOS. O julgamento divino começa com o próprio povo de Deus (ver 1 Pe 4.17), principalmente os líderes espirituais culpados. Pastores e demais obreiros da igreja têm maior responsabilidade diante de Deus, de serem sempre fiéis à sua Palavra e de terem sempre uma vida justa e santa (Tg 3.1). A falta do seu bom exemplo levará muita gente a desviar-se do Senhor e da sua Palavra.

FONTE DE PESQUISA:
Comentário Bíblico Popular - Novo Testamento
Comentário Bíblico Esperança Novo Testamento
Comentário Bíblico Willian Barclay Novo Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal

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