Lições Bíblicas CPAD -
Adultos
1º Trimestre de 2016
Título: O final de todas as
coisas — Esperança e glória para os salvos
Comentarista: Elinaldo
Renovato
Lição 1: Escatologia, o estudo
das Últimas Coisas
Data: 3 de Janeiro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).
VERDADE PRÁTICA
O estudo da Escatologia
bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre
com o Senhor Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 24.3
A preocupação dos discípulos
de Jesus a respeito da sua segunda vinda
Terça — Lc 12.40
O Filho do Homem virá a
qualquer momento
Quarta — At 1.7
Não se pode especular quanto à
segunda vinda do Filho de Deus
Quinta — 2Pe 3.8
O tempo de Deus não é o nosso
tempo
Sexta — Mt 24.36
Só Deus sabe o tempo da vinda
de Jesus e o fim do mundo
Sábado — Mt 24.23-25
Antes da vinda de Jesus
surgirão falsos cristos e falsos profetas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 24.4,5,11-13; 1
Tessalonicenses 1.10.
Mateus 24
4 — E Jesus, respondendo,
disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 — porque muitos virão em meu
nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
11 — E surgirão muitos falsos
profetas e enganarão a muitos.
12 — E, por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
13 — Mas aquele que perseverar
até ao fim será salvo.
1 Tessalonicenses 1
10 — e esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
futura.
HINOS SUGERIDOS
442, 500 e 513 da Harpa
Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar o real significado da
Escatologia Bíblica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Definir a Escatologia;
II. Mostrar a preocupação do
homem com os fins dos tempos;
III. Explicar algumas das
diferentes interpretações escatológicas.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste primeiro
trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas coisas, pois em breve Jesus
virá! Muitos já não creem na Segunda Vinda de Cristo, por isso, desprezam as
profecias bíblicas. Todavia, Jesus virá como um ladrão, na hora que ninguém
espera. Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e
aguardamos a sua vinda a qualquer momento.
O comentarista do trimestre é
o pastor Elinaldo Renovato de Lima — autor de diversos livros, líder da
Assembleia de Deus em Parnamirim, RN.
Que o estudo de cada lição
possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele virá e estaremos para
todo o sempre em sua presença.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre teremos a
oportunidade ímpar de estudar a respeito do tempo do fim. Nesta primeira lição,
examinaremos a Escatologia bíblica. Para os salvos em Jesus Cristo este é um
tema que traz esperança, pois não há nada melhor do que ter a certeza de que o
Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a eternidade. No
entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para
regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os
ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl
9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a conversão. Por isso, a
Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus, cumprindo a Grande
Comissão (Mt 28.19,20).
PONTO CENTRAL
O estudo da Escatologia
Bíblica traz esperança para os salvos em Jesus Cristo.
I. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA
1. Definição. A palavra
escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos,
“estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é , que significa
“últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas
coisas”. Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que
acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A escatologia
estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja,
Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
2. A escatologia e a volta de
Jesus. O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre
alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento:
“Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora
que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades
bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a
todos aqueles que amam a prática do pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Escatologia Bíblica tem como
objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Embora lide com eventos futuros,
a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de
Cristo como em seu futuro retorno. Como afirma Berkouwer: ‘Não é o
desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na
reflexão escatológica’. A verdadeira questão é ‘se as expectativas bíblicas são
certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.
Eis uma verdade com a qual
quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará. Os cristãos
fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo
(Mt 24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt
25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que voltaria. Ele virá
sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao
mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai
conhece (Mc 13.32).
Embora os estudiosos
normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões sobre os
detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo.
Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à
Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel”
II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS
DOS TEMPOS
1. Os discípulos de Jesus.
Certa vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre:
“[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do
fim do mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro
século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que
chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas
não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os
“escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente,
hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e
que o fim não virá (2Pe 3.3,4).
2. As previsões falsas sobre o
futuro. O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande
número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade.
São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda
de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.
3. Falsos profetas. Certo
pastor marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande
Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro
“profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências
bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo
seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém! Marcou o
“fim do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os discípulos de Jesus sempre
se preocuparam com os fins dos tempos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Marcos 13.32 assinala que
apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. Mateus 24.42 alerta:
‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Paulo
escreve: ‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o
ladrão de noite’ (1Ts 5.2). Estas passagens indicam que Jesus pode retornar a
qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens trazem
sinais que precederão a volta de Cristo. O próprio Jesus mencionou sinais que
marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14”
III. INTERPRETAÇÕES
ESCATOLÓGICAS
Existem diferentes
interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em
uma única lição, porém estudaremos algumas:
1. Futurista. Essa
interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir,
começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem
dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos.
Essa corrente, porém, subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista. Esta
corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de
sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a
Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será
pré-tribulacional”. O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina
fundamental, porém, o povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal
assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a
corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap
4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação.
Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para
estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.
b) Pré-milenista. Essa
corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo
virá reinar sobre a Terra.
Grande parte dos cristãos do
primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade
“tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela
filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma
referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c) Midi-tribulacionistas. Os
midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da
Tribulação.
d) Pós-tribulacionistas. Os
pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No
entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Jesus disse à
igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora
da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra” (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande
Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a
quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts
1.10).
2. Histórica. Considera que o
Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior
parte. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.
3. Preterista. Os preteristas
entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano,
incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias
bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos
ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande
Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10),
a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).
4. Simbolista. É também
chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”,
simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o
mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá
um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja
está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio
será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam
que Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma
ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos
salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão
literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Existem várias interpretações
escatológicas a respeito do fim.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Os termos pré-milenismo,
amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um
reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado
em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da
própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O
amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o
pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do
pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O pré-milenialismo é a opinião
escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu
reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes
do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa: ‘Todas as
formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de
Cristo. A sua duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu
governo será teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei’.
Dentro do pré-milenialismo, em
geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da
Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e
pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos
quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à
Tribulação e ao Milênio”
Defendemos a interpretação
futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica
sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros escatológicos,
podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos
que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins
dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande
Tribulação.
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia
Bíblica, responda:
Defina “escatologia”.
A palavra escatologia tem
origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”,
“mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é éschata, que significa “últimas
coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.
Quais os temas estudados pela
escatologia?
Estado Intermediário,
Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o
Estado Perfeito Eterno.
Quando se dará a volta de
Cristo?
A qualquer momento Cristo
poderá voltar.
Cite três interpretações
escatológicas a respeito do fim.
Pré-tribulacionista,
Pré-milenista, Midi-tribulacionistas.
O que a corrente Preterista
entende a respeito do Apocalipse?
Os preteristas entendem que o
Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a
destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C..
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Escatologia, o estudo das
Últimas Coisas
Esperança: o fundamento da
Escatologia Bíblica.
“O único motivo por que a
promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com
Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os
alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal.
CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena redenção do nosso corpo; a nova
realidade de uma transformação radical nos termos que o apóstolo Paulo escreveu
em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta promessa, o apóstolo
conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v.18).
A sentença acima, pronunciada
pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande tema da
verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal esperança
consolando uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de aguardarmos
algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a realidade última da
manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por isso, essa esperança se inicia e
permanece em nós por intermédio de Jesus Cristo (Ef 2.12). Éramos um povo sem
esperança, já condenado como filhos da ira, com uma natureza essencialmente
alienada de Deus e do seu plano de salvação. Mas, “estando nós ainda mortos em
nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”
(Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa esperança! Se o Pai, por intermédio de
Jesus, o seu Filho, nos vivificou em Cristo, significa que Ele completará essa
boa obra iniciada em nós. Por isso, a “esperança” é o fundamento primeiro da
Escatologia Bíblica.
Enfatize a esperança cristã
Ao iniciar a primeira lição
deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a preocupação com
os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de Apocalipse, dê
ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas coisas não pode
ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da Palavra de
Deus, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles tinham como alvo
de consolar, confortar e animar o povo de Deus.
Subsídio
adicional:
“ENTRETANTO, o Espírito Santo
nos diz claramente que nos últimos tempos alguns na igreja se desviarão de
Cristo e se tornarão seguidores de mestre com idéias de inspiração diabólica”
ITm. 4.1. Alguns falsos ensinadores têm introduzido no meio do povo de Deus
ensinos deturpantes sobre as coisas que ainda hão de acontecer. Ë de se
lamentar que essas heresias têm desviado muitos cristão que por sua vez perdem
o gosto pelo verdadeiro ensino, contido nas Sagradas Escrituras, concernente ao
futuro.
O estudo da Escatologia requer
muita atenção e cuidado para não entrar na classe dos falsos mestres que Paulo
enfatizou que, nos últimos tempos surgiriam.
Não é difícil o estudo sobre
Escatologia, desde que o estudante dedicado busque a orientação de Deus que por
sua vez iluminará a mente do seu discípulo. Uma coisa é certa: o Espírito Santo
é o único e verdadeiro intérprete que merece toda a nossa confiança, no que
tange a todo o conteúdo plausível da Bíblia Sagrada, o Livro de Deus.
I – DEFININDO O TERMO
ESCATOLOGIA.
O termo escatologia deriva de
duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e
“estudo” ou “tratado”. É o estudo ou doutrina das últimas coisas. É chamada
bíblica, no nosso caso, porque ela pode ser extrabíblica.
No estudo da escatologia
bíblica, é de caráter fundamental, Ter o cuidado em não apresentar falsas
interpretações, evitando, com isso, questionamento e especulações. Deus nos
adverte dizendo que devemos “manejar bem a Palavra da verdade.”(II Tm.2.15).
“Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará e não
mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”.(Hc.2.3).
II – ENTENDENDO O CAMPO DA
ESCATOLOGIA BÍBLICA.
Littera scripta manet – “a
palavra escrita permanece”, disse Horácio na Roma Antiga a mais de 2.000 anos
atrás. O que caracteriza o vislumbre do cumprimento das profecia no palco da
escatologia, é a maneira de como Deus trabalha para mostrar a sua vontade,
revelada na palavra escrita. Este trabalho consiste em ampliar a revelação
divina, nos dando a entender que a palavra escrita continua em pé, revigorada
pela forte atuação e inspiração do Espírito Santo de Deus. A ordem que o
profeta Jeremias recebeu do Senhor foi esta: “escreve num livro todas as
palavras que eu te disse”, Jr. 30.2.
Não podemos duvidar nem
admitir falha na palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo; 2Tm.
3.16. A inerrância das escrituras tem sua base na infabilidade da Palavra do
Senhor.
Com isso podemos ir mais além
do que Horácio afirmou. “a palavra escrita ‘não’ apenas permanece – ela
floresce como trepadeira nas fronteiras do nosso entendimento”. Ela alcança o
mais profundo dos recônditos da nossa alma. Para entender o campo da
escatologia, precisamos saber de 3 (três) verdades básicas.
1 – A IGREJA – ALVO DA
REVELAÇÃO DIVINA.
Toda a revelação aponta para o
futuro. O futuro consiste num plano traçado por Deus para que a Igreja caminhe
neste mundo “pela fé a esta graça, na qual estando firme, gloria-se na
esperança da glória de Deus”, Rm. 5.2
Argumentando o fato de nós
sermos alvo da revelação divina, o apóstolo Paulo escreveu aos Efésios dizendo
que Deus “nos elegeu antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção
por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”, Ef.
1.4,5. Somente aqueles que são santos e filhos de Deus é que têm o privilégio
de ter a revelação das coisas que em breve hão de acontecer.
Em contraste, o mundo pagão,
que não tem a revelação de Deus, se fecha num ciclo de falsas expectativas em
relação ao futuro.
No consenso filosófico da
humanidade a maior parte da população do mundo vê com grande otimismo a era que
está por vir. Pressentindo um fantástico progresso material e científico,
vivendo na era da velocidade e vendo a aquisição do conhecimento se acelerar,
muitos poderão se tornar otimistas demais. Contudo o apóstolo Paulo nos
adverte: “quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhes sobrevirá
repentina destruição”, ITm. 5.3.
Aos olhos dos franceses do
final do século XIX, o novo século parecia uma espécie de Idade de Ouro. Mas o
entusiasmo durou até 1914, quando a 1ª Guerra Mundial pôs fim ao sonho dourado.
Outra parte da humanidade
certamente adentrará o 3º milênio cheia de superstições, medo, insegurança e
pessimismo; preocupada com desgraças, desemprego, violência e caos social.
A história registra que, na
passagem do ano 999 para 1.000, a maior parte da Europa não conseguiu comemorar
a data, pois esperava o “Apocalipse”. Segundo o historiador Frederick H.
Martins, um sentimento de terror dominou a multidão amontoada na imensa
Basílica de São Pedro, em Roma, na noite de 31 de dezembro de 999. Inclusive o
Papa Silvestre II parecia aterrado.
Isso aconteceu porque o povo
não tinha acesso à Bíblia. Quem conhece a revelação sabe que o mundo irá de mal
a pior, mas não se desespera. E o Senhor Jesus profetiza: “homens desmaiarão de
terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo… e quando estas
coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e levantem a cabeça, pois a vossa
redenção está próxima, Lc. 21.26,28.
2 – OS QUATRO TIPOS DE
ESCATOLOGIA.
Além de ser um dos capítulos
da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas
concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo
nos apresenta o Dicionário Teológico (CPAD).
a) Escatologia consistente.
Termo nascido com Alberto
Schweitzer, segundo o qual a ações e a doutrina de Cristo, tinha um caráter
essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois de que o Senhor Jesus haja
se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas.
Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele Jamais deixou
de se referir à vida prática e sofrida do homem.
b) Escatologia idealista.
Corrente doutrinária que
relaciona a escatologia bíblica às verdades infinitas. Os que defendem tal
posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer
efeito sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera
utopia, ou seja, projeto irrealizável, fantasia.
Mas, o que dirão elas, por
exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as
que estão por se cumprirem? Não esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da
Bíblia. Se descremos daquela, não podemos crer nesta.
c) Escatologia individual.
Estudo das últimas coisas que
dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado
intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem
é feita, quer a Israel, quer a Igreja.
d) Escatologia realizada.
Ponto de vista defendida por
C.H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras
foram cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, não nos resta
nenhuma expectativa profética de acordo com o ensino de Dodd.
Gostaríamos, porém que ele nos
respondesse as seguintes perguntas:
· A 2ª vinda de Cristo já foi
realizada?
· A grande Tribulação já é
história?
· O julgamento final já foi
consumado?
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES.
Para melhor compreender o
campo da escatologia bíblica, faz-se necessário um resumido estudo sobre as
sete dispensações, sabendo que, a última dispensação é para o futuro.
Segundo o Pr. Severino Pedro
da Silva, em seu livro “Escatologia”, uma dispensação “é um período em que o
homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial
da vontade tanto permissiva como diretiva de Deus”.
A palavra dispensação deriva
do termo grego “oikonimia” que por sua vez significa economia que é a “boa
ordem na administração na despesa de uma casa”.
As sete dispensações são:
3.1 – Dispensação da Inocência
Seu início deu-se na criação e
findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado.
3.2 – Dispensação da
Consciência
Esta dispensação começou em
Gn. 3 e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656 a.C., abrangendo o
período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn. 7.21,22.
3.3 – Dispensação do Governo
Humano
Esta dispensação começou em
Gn. 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do Dilúvio até a dispersão
dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada de
Abraão; Gn. 10.15; 11.10-19;12.1.
3.4 – Dispensação Patriarcal
Teve início com a Aliança de
Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos depois do dilúvio. Sua
duração foi de 430 anos; Gl. 3.17; Hb. 11.9,13. A palavra chave é PROMESSA. Por
meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a ser herdeiros da
promessa.
3.5 – Dispensação da Lei
Ela teve início em Êx. 19.8,
quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que o Senhor falou,
faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do Êxodo à cruz.
3.6 – Dispensação da graça
Esta dispensação começou com a
morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e terminará em plenitude com
o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos
continuarão até Apocalipse 8.1-4.
3.7 – Dispensação do Reino
Esta dispensação terá, de
acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos; Ap. 20.1-6. É também
chamada de a dispensação do Governo Divino.
Esta dispensação é algo para o
futuro, logo após o julgamento das nações descrito em Mt. 25.31-46, e antes do
Juízo do Grande Trono Branco (GTB).
É neste ponto, é que se
encontra a essência do entendimento do campo da escatologia bíblica, ou seja,
compreender o que Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios.
Esta última dispensação, que é
a juntura do presente século e do vindouro, fornece um nítido exemplo de
sobreposição das dispensações, isto é, que às vezes há um período transitório
entre uma e outra.
III – MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
DA ESCATOLOGIA.
Nesta seção aprenderemos os
métodos utilizados na interpretação de porções bíblicas que concerne ao futuro.
Lembrando que, na história da Igreja tem sido adotados vários métodos de
interpretação no que tange às escrituras proféticas. No entanto, faz-se
necessário o bom conhecimento e a maneira correta de se aplicar dois métodos de
interpretação que devem merecer nossa atenção.
1 – Método alegórico ou
figurado
O termo alegoria é definido,
por alguns teólogos, como qualquer declaração de fatos supostos que admite a
interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou
figurada. Se não atentarmos para o sentido real, figurado ou literal, de uma
profecia bíblica, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de
menos importância, e assim corremos o risco de anular a revelação de Deus
naquela profecia.
Portanto, o método alegórico
deve ser utilizado de maneira correta. Leia Gl. 4.21-31 e observe que Paulo
tomou figuras ilustradas no texto com focos literais da antiga dispensação, mas
apresentou-os como sobras de eventos futuros.
2 – Método literal ou textual
Este método se preocupa em dar
um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o
significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o
texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia.
Ambos os métodos são válidos.
Há uma perfeita ralação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Por
exemplo, no texto de Jo.1.6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era
João. E em Jo. 1.29 nos fala: “Eis aí o Cordeiro de Deus.” Palavras
pronunciadas pelo próprio João Batista ao ver a Jesus.
Agora vejamos os métodos de
interpretação aplicado em ambos os textos. O 1º está falando literalmente de um
homem, cujo nome, de fato, era João. No 2º texto João Batista usou a forma
figurada para denotar a pessoa de Jesus.
Em se tratando do livro de
Apocalipse, que em sua parte, é um livro escatológico, têm surgido diversas
classes de intérpretes, as quais devem ser conhecidas pelos pastores e por
aqueles que exercem o Ministério da Palavra. Por quê?
Porque os crentes
pentecostais, em sua maioria, não sabem em que classe de intérpretes do
Apocalipse, eles se encaixam, e por conseguinte deixam ser levados por ensinos
deturpantes que contradizem a Palavra de Deus. Por exemplo, os Adventistas do
7º Dia, vêem a vinda de Cristo, a este mundo, como em uma única vez, sem ser
dividida em duas fases distintas, e assim não dão espaço para o período da
Grande Tribulação e a restauração de Israel.
Vejamos os principais
intérpretes com seus respectivos ensinos.
1º – Os Preteristas. Esta
classe crê que a maior parte do Apocalipse já foi cumprida, a muito tempo
atrás. Eles relegam tudo ao passado. O relacionamento que eles fazem entre o
texto e o evento é muito subjetivo e precário.
2º – Os Historicistas. Os
intérpretes que assumem esta posição procuram encaixar todos os acontecimentos
previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana. Interpretam o
Apocalipse como um estudo progressivo dos destinos da Igreja desde o seu início
até a consumação. Estes asseveram que as profecias estão cumpridas em parte e
em parte estão por cumprir e algumas estão sendo cumpridas diante de nós.
3º – Os futuristas. Estes
interpretes dividem-se em dois grupos:
a) Futuristas extremos – acham
que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor Jesus Cristo.
b) Futuristas simples –
Aceitam que os 3 primeiros caps. do livro como já cumpridos; tudo o que se
segue refere-se à aparição vindoura de Cristo. A maioria dos Pentecostais
Fundamentalistas têm uma visão futurista do livro. Sob esta perspectiva tudo,
ou quase tudo que é narrado após o cap. 4, será cumprido num curto espaço de
tempo (sete anos) após o término da Dispensação da Igreja.
Os intérpretes do Apocalipse
estão também divididos na forma COMO ABORDAM O MILÊNIO. (Os mil anos
mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a interpretação
do Apocalipse como um todo. É necessário levantarmos, aqui, alguns pontos.
1º – Amilenistas. Ensinam que
não haverá nenhum Milênio, pelo menos não na terra. Alguns simplesmente dizem
que, como o Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio
Literal. Outros interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o
número mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que
este período da Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do
justo como do ímpio, seguindo-se imediatamente o reinado eterno no novo céu e
na nova terra. A maioria dos amilenistas consideram Agostinho (o bispo de
Hipona, no Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do
amilenismo.
2º – Pós-Milenista. Começou a
espalhar-se a partir do século XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do
Milênio, como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do
Evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos
reinos seculares. Após haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do
justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O
pós-milenismo também espiritualiza irritadamente as profecias da Bíblia, não
dando espaço à restauração de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra
durante o Milênio.
3º – Pré-Milenista. Acreditam
que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o tribunal de Cristo,
será antes do Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações,
mas há de ser prontamente derrotado para todo o sempre. Segue-se o julgamento
do GTB, que sentenciará o restante dos mortos. Aí sim, teremos o reino eterno
no novo céu e na nova terra.
A perspectiva Pré-Milenista e
futurista simples, juntas, encaixam-se melhor nas orientações de Jesus. É essa
classe de intérpretes do Apocalipse que a maioria dos Pentecostais pertence.
IV – VIAGEM AO FUTURO.
Tomaremos agora uma carruagem
para fazer uma pequena viagem no tempo e no espaço, para se ter uma visão
panorâmica das coisas que em breve hão de acontecer, e com isso, teremos um
compreensão melhor da conjuntura dos fatos ordenados por Deus na sua Palavra.
Esta seção, constitui dos temas que a Escatologia bíblica estuda. Senhores
passageiros, apertem os cintos, pois já estamos decolando.
1 – ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS
MORTOS.
Para se ter uma seqüência
lógica deste fato, vamos fazer uma revisão sobre a doutrina da Morte.
O QUE É MORTE?
É o resultado do pecado de
nossos pais.
A morte caracteriza-se de duas
maneiras: 1º, morte como estado; e morte do agente, Ap.6.8.
Como estado a Bíblia fala de 3
tipos de morte: Física, espiritual e eterna.
a) Morte física. O seu
significado é: dissolução vital do organismo.
O que acontece na morte
física?
Resposta: alma e espírito
separam-se do corpo.
Mas para melhor entender o que
é alma, a Bíblia nos revela 4 designações para a alma, a saber:
Primeiro – alma como
indivíduo, como cidadão; Rm.13.1.
Segundo – alma no sentido
biológico, isto é, o sangue; Lv. 17.11.
Terceiro – como sentimento do
homem; Mt. 26.38.
Quarto – alma como parte
imortal do homem. Jesus disse: Não temeis o que mata o corpo e não mata a alma.
Quando a Bíblia fala do sono
da alma, refere-se ao corpo físico. Jacó falou: Irei e dormirei com os meus
pais.
No sentido espiritual e
eterno, alma não dorme; Ap. 6.9.
b) Morte espiritual. É o
estado do pecador separado de Deus. É a separação da comunhão com Deus; Ef. 2.1
Existe solução para a morte
espiritual?
Sim, desde que o pecador
aproxime-se de Deus com um coração arrependido.
c) Morte eterna. É a eterna
separação da presença de Deus – a impossibilidade de arrependimento e perdão.
Portanto não há solução para esse tipo de morte. É chamada a 2ª morte, porque a
primeira é física. É identificada como punição do pecado; Rm. 6.23. Os ímpios,
depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizerem à graça de Deus
e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo); Ap. 20.14,15. Esse tipo de morte tem
sido alvo de falsas teorias que rejeitam o ensino real da Bíblia.
O que é estado Intermediário?
E um modo de existir entre a
morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No A.T., esse lugar é
identificado como sheol (no hebraico), e no N.T. como Hades (no grego). Os dois
termos dizem respeito ao reino da morte.
A) OS MORTOS – JUSTOS. Todos os
justos, de Adão até à ressurreição de Cristo, ao morrerem, suas almas (com
possível exceção de Enoque e Elias), desciam ao Paraíso, que naquele tempo
constituía um compartimento do Sheol ; cf. Gn. 37.35.
B) OS MORTOS – ÍMPIOS. Desde o
tempo de Adão até o julgamento do GTB, as almas dos ímpios seguem para o mundo
invisível, ou seja, o Sheol ou Hades aguardando o julgamento final quando serão
lançados no Lago de Fogo; cf. Nu.16.30,33.
CORRIGINDO UM GRAVE ERRO
Infelizmente, estes nomes
Sheol e Hades têm sido traduzidos incorretamente em certos casos em algumas
versões das Escrituras, por exemplo, como inferno, sepultura, e abismo. Por
exemplo, Gn. 37.35, Jacó expressou-se: “…na verdade com choro hei de descer ao
meu filho à sepultura”. (grifo nosso). Este termo sepultura não é a cova,
propriamente dito, que no original hebraico é traduzido por Queber. E sim o
Mundo Invisível dos mortos traduzido por Sheol. A Bíblia, Edição revista e
Corrigida, traduz de maneira correta este termo em Jó 17.15,16: “Onde estaria
então agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? Ela
descerá até aos ferrolhos (portas) do Sheol”.
Observe agora o contraste
entre as palavras Sheol (mundo invisível) e Queber (sepultura, cova, túmulo) no
A.T.
QUEBER
– usada no plural;
– existe muitas queberes
– abriga ou recebe cadáveres
– localizada na superfície da
terra
– há uma para cada indivíduo
– o homem coloca corpos na
queber
SHEOL
– usada na forma singular; Jó
17.15,16
– existe apenas um Sheol
– jamais recebe cadáveres
– localizado abaixo (no
centro) da terra
– lugar onde há muita gente
– somente Deus envia o homem
ao Sheol; Lc.16.22,23.
Concluímos, então, que o uso
da palavra queber prova que ela significa sepultura, túmulo, que acolhe o
cadáver, enquanto o Sheol acolhe o espírito do homem.
O Sheol-Hades, antes e depois
do Calvário.
Antes do Calvário, o
Sheol-Hades dividia-se em 3 partes distintas. A primeira parte é o lugar dos
justos, chamada Paraíso, Seio de Abraão, Lugar de consolo; Lc. 16.22,25. A
Segunda é a parte dos ímpios, e é denominada lugar de tormento; Lc.16.23. A
terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como lugar de
trevas, Lugar de prisões eternas, Abismo. Lc. 16.22; 2Pe. 2.4; Jd. v. 6. É aí
onde Satanás será preso durante o Milênio, e onde se encontra aprisionada uma
classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir
nos dias da Grande Tribulação.
Depois do Calvário, houve uma
mudança dentro do mundo dos mortos. Depois da sua morte Jesus esteve 3 dias no
coração da Terra, isto é, no Paraíso, do qual Ele havia dito ao malfeitor. Por
esta ocasião, Cristo aproveitou a oportunidade e “pregou aos espíritos em
prisão, os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus
esperava, nos dias de Noé”; 1 Pe. 3.18-20. Depois disso efetuou a grande
mudança no Sheol-Hades “subindo ao alto levou cativo o cativeiro”; Ef. 4.8,
isto é, trasladou o Paraíso para o 3º céu, na presença de Deus, debaixo do seu
altar; Ap. 6.9, separando completamente das partes inferiores onde continuam os
ímpios mortos. E isto foi o cumprimento cabal de sua promessa, quando esteve
ainda na terra: e as portas do inferno (Hades) não prevalecerão contra a minha
Igreja.
Somente os justos gozam dessa
mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabará, e
viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.
2 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA.
Uma característica singular
que identifica a Igreja fiel é o sentimento de constante expectativa que a
domina no tocante ao retorno de Cristo. E ela sabe que não ficará neste vale de
lágrimas. Os crentes sabem que o arrebatamento é uma realidade que lhe diz
respeito.
A definição da 2ª vinda de
Cristo é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes. E
localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto
o arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no Monte das
Oliveiras; Zc. 14.4. Outras vezes, é enfocada especificamente para diferenciar
a revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.
2.1 – Palavras usadas para
descrever o arrebatamento
Existem usualmente três
palavras que todos nós usamos para explicar tão maravilhoso fenômeno.
a) Arrebatamento; 1 Ts. 4.17.
b) Trasladação; Na carta aos
hebreus vemos Enoque, um símbolo da Igreja.
c) Rapto. Palavra latina,
RAPERE; significa transportar de um lugar para outro. Equivale ao grego:
ARPAZO, usado em Jo. 10.28,29; At.8.39, etc.
2.2 – Propósitos do
Arrebatamento
a) Livrar os embaixadores do
Rei do perigo iminente; 2Co. 5.20; Ap.3.10; I Ts. 1:10.
b) Recompensar a Igreja de
Cristo, mediante a outorga de galardões, no soleníssimo Tribunal de Cristo; 2
Co. 5.10.
c) Conduzir a Igreja à Bodas
do Cordeiro, que se dará em seguida ao Tribunal e, enquanto na Terra ocorrerá a
Grande Tribulação.
d) Introduzir a Igreja no
Reino da Glória e imortalidade, conforme o desejo expresso por Jesus; Jo. 14.3
2.3 – A trombeta do
arrebatamento
O toque da trombeta no dia do
arrebatamento se relaciona com o alarido e a voz do arcanjo. O alarido
significa originalmente uma expressão militar, uma voz de comando. Nesse dia
ouvir-se-á a voz do ARCANJO. Como se sabe, a palavra ARCANJO significa chefe de
anjos. Certamente a voz do ARCANJO será para comandar os anjos, que se oporão
às hostes demoníacas instaladas nos ares, abrindo caminho para o povo de Deus
que estará sendo arrebatado.
Visto que, em Mt. 24.30,31
encontramos os anjos a recolher os eleitos, logo após ser proferida a
lamentação por todas as nações, alguns serão levados a pensar que a Igreja não
será arrebatada até Cristo haver destruído os exércitos do anticristo. Ora,
devemos considerar, porém, que o cap. 24 de Mateus não apresenta os eventos em
ordem cronológica. Jesus não tinha qualquer intenção em revelar o dia ou a hora
de sua vinda. A palavra então, no início de Mt. 24.30, traduz um vocábulo grego
de sentido muito geral (tote), dando a entender que os acontecimentos ocorrerão
todos dentro do mesmo período de tempo, mas não necessariamente na ordem
apresentada.
2.4 – Fatos ligados ao
arrebatamento
Quando Cristo vier para buscar
a Igreja, ocorrerão duas coisas na terra, por ocasião desse evento:
a) Ressurreição dos mortos
crentes. Em 1 Ts. 4.14, diz que Cristo trará em sua companhia os espíritos
daqueles que dormem no Senhor, e Ele ficará parado nas nuvens, enquanto os
espíritos continuam descendo a procura de seus corpos a serem ressuscitados em
um corpo glorioso. ALELUIA!!! cf. 1 Ts. 4.16.
b) Transformação dos vivos.
Após a ressurreição dos mortos crentes, segue-se a transformação dos vivos que
estiverem preparados para aquele momento; 1 Co. 15.52.
“Vai pois, povo meu, entra nos
teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti”. Is. 26.20ª.
3 – A GRANDE TRIBULAÇÃO.
Logo após o arrebatamento da
Igreja e antes da manifestação pessoal de Jesus a este mundo, terá lugar uma
série de eventos terríveis em sua magnitude e alcance. É um tempo de tribulação
e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel refere-se a uma
tribulação jamais dantes experimentada; Dn. 12.1. Jeremias descreve-a como o
tempo de angústia para Jacó; Jr. 30.7. confira também as palavras de Jesus em
Mc. 13.19. O ponto culminante deste tempo de angústia será de tal forma que se
“o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas por causa
dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias; Mc. 13.20.
Deve ficar bem claro que uma
das condições para o desencadeamento da Grande Tribulação será precisamente, o
rapto da Igreja. O rapto assinalará o fechamento do longo parêntese que definiu
a Dispensação da Graça. Após, é que o Rei Jesus voltará a tratar diretamente
com Israel e com o mundo gentílico.
3.1 – Quanto tempo durará a
Grande Tribulação?
A Grande Tribulação durará uma
semana de anos, Dn. 9. 27. Será a Septuagésima semana de Daniel. Uma semana de
anos corresponde a sete anos; a semana será dividida em duas etapas de três
anos e meio. A última etapa da 70ª semana é assim designada: tempo, tempos e
metade de um tempo.
3.2 – Desvendando um mistério.
O anjo disse a Daniel sobre
estas setenta semanas de anos que estão determinadas sobre o povo de Israel. As
primeiras sessenta e nove terminaram com a crucificação do Messias; Dn. 9.26.
Muitos acreditam num interlúdio entre a 69ª e a 70ª semana, como se esta
estivesse indefinidamente adiada. Esse interlúdio é a era da graça. Quando a
influência restringidora da operação do Espírito Santo em, e através da Igreja,
for removida, por ocasião do arrebatamento, então iniciará a última e terrível
semana.
3.3 – Quem dominará o mundo
naqueles dias?
O líder terreno durante a G.T.
será o arquiinimigo do Senhor Jesus: o anticristo. A palavra anti tem este
sentido básico no grego: em lugar de e não contra. Ele não dirá ser o anticristo.
Antes reivindicará ser o verdadeiro Cristo.
O anticristo aparecerá no
cenário mundial. Fará um concerto por sete anos com o povo de Israel. Já que o
mundo está em suas mãos, três espíritos imundos semelhantes a rãs saem da boca
da trindade satânica para congregar todas as nações para a peleja contra
Israel, isto é, para a Grande Batalha do Armagedom. Esta Batalha culminará no
triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quanto ao anticristo e aos seus aliados,
serão lançados no Lago de Fogo. Israel, é claro, será restaurado e purificado;
Is. 2.5-22; 16.1-5; 24.1-15; 26.20,21. E as nações serão julgadas; Mt.
25.31-46.
3.4 – A Igreja passará pela
Grande Tribulação?
Mui freqüentemente, os que
afirmam que a Igreja passará pela G.T., salientam: Deus não prometeu que a
Igreja escapará da tribulação e do sofrimento. O que eles não sabem é que a
Bíblia usa a palavra tribulação (no grego, thlipsis) de duas maneiras
diferentes. Algumas vezes, ela refere-se à aflição, à perseguição, à pressão e
à angústia que nos são causadas por um mundo ímpio. Ela também é traduzida por
aflições quando Paulo fala de nossas tribulações diárias que, se comparadas à
eternidade, duram apenas um momento; IICo. 4.17. Mas os julgamentos da
tribulação, referidos em Apocalipse, não pertencem à mesma classe; representam
a ira de Deus. Mas não estamos esperando a ira; quer vivamos ou morramos,
aguardamos o arrebatamento para estarmos para sempre com o Senhor; 1 Ts. 5.10.
“Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei ‘da hora da tentação’ que há de vir
sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra”; Ap. 3.10. A passagem em
foco indica que a Igreja jamais passará pela G.T. Aqueles que advogam que a
Igreja passará por este sombrio período, fazem sua defesa no significado da preposição
“EK”.
Esta preposição “ek” leva os
intérpretes a uma interpretação literal de sair de dentro. Para emergir de
dentro da hora da tentação, deve (segundo este conceito) ter estado presente
durante aquela hora. Mas essa forma de interpretação, não combina com a tese e
argumento principal da natureza do pensamento das Escrituras, por vários
motivos:
a) Ora, usando a preposição
gramatical de: “ek” e “apo” (fora de) reforça o conceito geral das demais
escrituras. À referência direta deste versículo, qualquer estudioso sabe que se
refere à hora da G.T., que de um certo modo envolverá todo o mundo, e, na sua
fase final, terá como alvo a cidade de Jerusalém e a Terra Santa.
b) A palavra da significa para
fora de e em si traz a idéia de ser guardado da Tribulação (não meramente
conservado através dela, como alguns asseveram). Ora, se a Igreja estivesse
destinada a passar pela G.T., uma coisa seria certa; em lugar de ler-se: “…eu
te guardarei ‘da’ hora da tentação”. Ler-se-ia: “eu te guardarei ‘na’ hora da tentação”.
Convictos, desta verdade podemos afirmar: A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE
TRIBULAÇÃO.
4 – O MILÊNIO
“…e reinarão com Cristo
durante mil anos”; Ap. 20.4b. O milênio será, de acordo com as escrituras, um
tempo de restauração para todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça
encherá a Terra.
Será verdadeiramente a Idade
Áurea da Terra, acerca do qual os poetas têm entoado, e pela qual este mundo
triste e sofrido tem esperado através de todos os séculos, desde que o seu Rei
foi crucificado e assim o Senhor da Glória foi rejeitado pelos que lhe
pertenciam e por cuja razão, o reino foi adiado.
Haverá profundas mudanças na
Terra, durante o Milênio. A maldição que Deus pronunciou devido ao pecado, será
removida e assim a benção de Deus mover-se-á sobre a Terra.
Vejamos agora alguns itens a
serem considerados sobre o Milênio.
4.1 – A forma de Governo
TEOCRÁTICO, isto é, o próprio
Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; Dn. 7.4.
4.2 – A Sede do Governo
Jerusalém, será a capital do
mundo. A desprezada cidade tantas vezes pisada pelos exércitos invasores.
4.3 – Condições espirituais
As condições espirituais em
evidência durante o Milênio contrastarão fortemente com as prevalecentes nos
dias atuais. Então terá sua total realização a profecia de Joel 2.28,29, em
que, o Espírito Santo será derramado sobre Israel e as demais nações.
4.4 – O conhecimento do Senhor
será universal durante o Milênio; Is. 11.9; Jr. 31.34. Tal qual hoje o mal
prevalece e muitas nações jazem nas trevas da idolatria, naquele tempo a
justiça de Deus prevalecerá e todas as nações conhecerão o nome do Senhor Jeová
Rafá.
4.5 – Satanás será amarrado
durante o Milênio. Esse inimigo, tanto de Deus como do homem, será algemado e
lançado no abismo, de maneira que ele ficará impossibilitado de exercer o seu
nefasto programa de engano entre os homens; Ap. 20.1-3.
4.6 – Haverá paz universal
durante este período em estudo. Hoje os esforços humanos para promover a paz
entre os homens são vãos. Porém chegará o dia em que o Príncipe da Paz
estabelecerá a perfeita harmonia entre as nações.
4.7 – Fim do Milênio
Satanás será solto do abismo,
por um pouco de tempo e enganará as nações afim de congregá-las para a batalha.
O fato de que o homem dará
ouvidos aos enganos de Satanás, embora tenha usufruído das bênçãos e das
melhores influências espirituais, durante este período, mostrará que o estado
de depravação natural do coração humano, ainda se encontra enraizado dentro do
seu instinto pecaminoso, por natureza, e este estado de depravação será
revelado no fim desse período de 1.000 anos.
Mas, no ponto pinacular da
rebelião contra o Senhor, Deus enviará fogo do céu que os devorará.
O fim do Milênio marcará
também o fim de todas as dispensações terrestre e o fim do tempo.
5 – O JULGAMENTO FINAL
E Ap. 20.11-15 descreve-se o
julgamento que terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das
nações, realizando-se não sobre a terra, como foi o caso do julgamento das
nações, mas sim nas regiões celestiais onde Deus habita. A primeira
ressurreição, Ap.20.6, ocorrerá antes do início do Milênio e será para os
mortos justos pertencentes a todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo
durante a G.T.; Ap.7
Sendo que os participantes da
1ª ressurreição são descritos como bem aventurados, e santos, naturalmente os
demais mortos que não viverem até o fim do Milênio não o são. Por essa razão
cremos que perante o GTB comparecerão os mortos ímpios.
A presença do Livro da Vida
será necessária na condenação daqueles que alegarão méritos das suas obras,
quando deveriam ter aceitado a Cristo como seu Salvador, fato que teria
colocado seus nomes nesse livro do Cordeiro.
Os ímpios serão julgados
segundo as suas obras. O registro delas será aberto e lido para determinar o
grau de castigo. O Lago de Fogo será para todos os ímpios. Para este lugar
serão removidos para sempre a morte e o Hades.
6 – O ESTADO PERFEITO E
ETERNO.
Jesus não deixou de mencionar
sobre essa era perfeita. Apocalipse 21 e 22 descrevem as glórias deste estado
eterno.
A cidade de Jerusalém, a
celestial, baixará de vez sobre a Terra. A nova terra tem seu relevo totalmente
diferente.
Quem preparou esta cidade foi
Jesus. A cidade é quadrangular. Nessa cidade não haverá mais noite, nem
precisará da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre os seus e reinarão
pelos séculos dos séculos. Deus enxugará de nossos olhos toda a lágrima.
Conheceremos as águas límpidas
do Rio da Vida e sentiremos o gostoso sabor do fruto da Árvore da Vida.
ALELUIA.
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