SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE GUIRATINGA - MATO GROSSO.
Lições Bíblicas CPAD
- Adultos
1º Trimestre de 2016
Título: O final de todas as coisas — Esperança e glória
para os salvos
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 8: A Grande Tribulação
Data: 21 de Fevereiro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu
te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar
os que habitam na terra” (Ap 3.10).
VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande
Tribulação começará na Terra.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 26.41
O crente precisa estar sempre em constante oração e
vigilância
Terça — Mt 24.21
Haverá um tempo de muita aflição na Terra
Quarta — 1Ts 1.10
A Igreja de Cristo não passará pela Grande Tribulação
Quinta — Ap 13.1
A besta que subiu do mar será um dos cúmplices de Satanás
Sexta — Ap 13.11,18
O número da besta é número de homem: 666
Sábado — Is 13.11
Deus, o justo Juiz, visitará e julgará a maldade do mundo
com poder e glória
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 24.21,22; Apocalipse 7.13,14.
Mateus 24
21 — porque haverá, então, grande aflição, como nunca
houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.
22 — E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles
dias.
Apocalipse 7
13 — E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão
vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?
14 — E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me:
Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as
branquearam no sangue do Cordeiro.
HINOS SUGERIDOS
70, 157 e 547 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que depois do arrebatamento da Igreja terá início
a Grande Tribulação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber o que será a Grande Tribulação;
II. Explicar a manifestação da trindade satânica na
Grande Tribulação;
III. Compreender como será o juízo de Deus sobre o mundo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Basta ler as manchetes dos jornais ou assistir aos
noticiários para saber que as aflições deste mundo estão a cada dia pior. Temos
visto o terror que os milhares de refugiados, vindo de diferentes nações, têm
enfrentado para conseguir abrigo nos países europeus. Milhares de pessoas,
inclusive crianças, morrem diariamente em busca de um lugar seguro e digno para
viver. Todavia, nada se compara com a grande aflição que virá sobre a Terra
durante a Grande Tribulação. Será um tempo de aflição e angústias incomuns.
Porém aqueles que fazem parte da Igreja do Senhor não mais estarão neste mundo.
A Grande Tribulação será o juízo de Deus sobre as nações ímpias que não se
arrependeram de seus pecados. Este período de aflição vai durar sete anos e os
que ficarem aqui na terra verão a manifestação do governo do Anticristo.
Que possamos viver em santidade, mantendo sempre as
nossas vestes alvas, a fim de sermos arrebatados por Cristo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Esta lição é uma advertência para todos aqueles que não
querem ficar na Terra, quando a Igreja do Senhor for arrebatada. Veremos que
depois do arrebatamento se dará a Grande Tribulação, o pior período da história
da humanidade. Dos 22 capítulos do Apocalipse, 13 são dedicados a este
acontecimento. Mais do que saber todos os detalhes deste período tenebroso, o
cristão deve orar e vigiar (Mt 26.41), para não fazer parte dos que não subirão
com a Igreja no arrebatamento.
PONTO CENTRAL
Depois que a Igreja do Senhor subir aos céus para se
encontrar com Ele, na Terra terá início a Grande Tribulação.
I. A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O que é a Grande Tribulação? Segundo o Dicionário de
Profecia Bíblica, a Grande Tribulação é um “período de aflição e angústias
incomuns que terá início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz,
estará enviando sobre o mundo o seu juízo” (Is 13.11). Este período de aflição
e angústias terá a duração de sete anos (Dn 9.27 a — “semana de anos”). Ela
ocorrerá, entre o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda
fase, para reinar). Só os santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos
dos juízos de Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles
que aceitam a Cristo e obedecem à sua Palavra. Será uma aflição “como nunca
houve” na Terra (Mt 24.21; Ap 7.13,14).
2. A Igreja passará pela Grande Tribulação? É preciso
ressaltar que a Igreja não é o prédio onde os crentes se reúnem, mas a
comunidade de salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus afirma que esta
comunidade não passará pela Grande Tribulação: “[...] e esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
futura” (1Ts 1.10). João, no Apocalipse, registrou o livramento da igreja de
Filadélfia, um exemplo de Igreja que será arrebatada: “Como guardaste a palavra
da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10; Is 57.1).
Esta promessa é para todas as Igrejas do Senhor (Ap 3.13,22).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Grande Tribulação será um tempo de angústia e aflição
que virá sobre a Terra.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Grande Tribulação
Jesus alertou seus discípulos de que os últimos dias,
aqueles imediatamente anteriores à sua segunda vinda, iriam compor o período de
tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro na história humana (Mt
24.21).
Os discípulos estavam familiarizados com o tempo de
angústia descrito nesta profecia, pois muitos profetas já haviam alertado
Israel sobre a vinda de um tal período de intenso sofrimento. Jeremias o
chamara de ‘tempo de angústia para Jacó’ (Jr 30.7). O AT e o NT referem-se a
ele por diversos nomes, como ‘Dia do Senhor’, ‘Septuagésima Semana’, ‘Dia da
Desolação’, ‘Ira Vindoura’, ‘Hora do Julgamento’, ‘Tribulação’ e ‘Grande
Tribulação’.
Tanto o profeta Daniel como o apóstolo João foram claros
ao especificarem que esta fase durará sete anos. O perverso ‘príncipe que há de
vir’ (o Anticristo, em Dn 9.26) firmará aliança com Israel, dando início a um
tempo de sete anos. Ele então romperá esta aliança após três anos e meio,
profanando o Templo reconstruído em Jerusalém. A Grande Tribulação será o mais
terrível período de sofrimento e terror já experimentado pela humanidade.
Apesar de perdurar por sete anos, a devastação neste tempo parecerá
interminável para aqueles que perderam o arrebatamento e foram deixados na
terra.
Diversas passagens bíblicas proféticas explicam que a
Grande Tribulação incluirá:
1. Juízo sobre aqueles que rejeitaram o Salvador;
2. O fim da condescendência para com aqueles que se
rebelam contra Deus;
3. Uma decisão para aqueles que devem escolher entre
Cristo e o Anticristo;
4. Caos, a ponto de pôr em dúvida o ilusório sentimento
de segurança do homem;
5. Um reavivamento sem precedentes e a maior colheita de
almas na história humana” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.247-48).
II. A MANIFESTAÇÃO DA TRINDADE SATÂNICA NA GRANDE
TRIBULAÇÃO
1. A manifestação do Anticristo. O Anticristo será aquele
que se colocará no lugar de Cristo. Ele é a besta que João viu subindo “do mar”
ou dos “povos” (Ap 13.1; Lc 21.25). O espírito dele já está no mundo (1Jo 2.18;
4.3). Com certeza, será um líder político e fará “grandes coisas” (Dn 7.8,
20,25). O Anticristo tem um “sinal”, um “nome” e um “número” (Ap 13.17). Seu
número é 666 (Ap 13.18). Quem não tiver essa marca será morto (Ap 13.15) e não
poderá comprar ou vender qualquer coisa durante o seu reinado (Ap 13.16,17).
2. Um governo único. A tentativa de um governo único pode
ser vista na criação da Comunidade Europeia que conta hoje com cerca de 28
estados-membros. Os 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3 indicam que
haverá um conglomerado de nações que aceitarão a liderança do Anticristo. Será
a “ponta pequena” que Daniel viu que dominará os povos com muita eloquência (Dn
7.8) e fará guerra aos santos (Dn 7.25).
3. O falso profeta. Ele, juntamente com o Diabo e o
Anticristo, vão formar a chamada trindade satânica, que dominará o mundo após o
arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus. O governo do Anticristo prevalecerá
por três anos e meio (Dn 7.25-28), pois virá a vitória final de Cristo sobre
todos os reinos, poderes humanos e malignos (Ap 12.10).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A trindade satânica será revelada ao mundo durante a
Grande Tribulação.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“A HEGEMONIA DO ANTICRISTO
Daniel foi o primeiro profeta a escrever sobre o empenho
do Anticristo em formar um governo mundial. Durante o último século, diversos
grupos têm trabalhado febrilmente nos bastidores em prol de um governo mundial
único, sempre em nome da paz mundial. Tais condições estabelecerão as bases
para a subida do Anticristo ao poder.
O vácuo espiritual deixado pelo desaparecimento de
milhões de crentes também possibilitará que o Anticristo promova seus planos
para estabelecer uma religião mundial única. Esta religião pagã reunirá todas
as crenças, com exceção do cristianismo bíblico. Todavia, com a operação do Espírito
Santo por meio dos 144.000 evangelistas e das duas testemunhas em Jerusalém,
muitos virão a Cristo durante a Grande Tribulação, não obstante tal escolha,
muito provavelmente, resulte em morte.
A MARCA DA BESTA
O Anticristo romperá seu tratado com a nação de Israel,
profanará o Templo reconstruído em Jerusalém e matará as duas testemunhas que
vinham proclamando o evangelho. Então assumirá o controle total do sistema
monetário mundial, exigindo que todos levem sua marca; ou seja, a marca da
besta (Ap 13.16,17)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.249,50).
III. O JUÍZO DE DEUS SOBRE O MUNDO (Ap 6.1-17; 8.1-14)
1. O livro selado e sua abertura (Ap 5.1). João viu um
livro “escrito por dentro e por fora” com sete selos. Ninguém podia abrir tal
livro. Jesus é o único digno de abri-lo e desatar os sete selos. João
contemplou o livro onde estão registrados os juízos de Deus que virão sobre a
humanidade. Com a abertura do primeiro selo se dará os primeiros dos três
julgamentos. Quando o primeiro selo é aberto, surge um cavalo branco com um
cavaleiro (Ap 6.1,2). Os cavalos representam o julgamento de Deus contra o
pecado dos homens. A Bíblia não afirma que o cavaleiro montado no cavalo branco
é Jesus Cristo, mas o Anticristo que virá seduzir as nações.
2. O segundo selo. Ao abrir o segundo selo, João vê que
outro cavalo saiu e desta vez ele é vermelho. Este cavalo vermelho representa a
guerra, o sangue que será derramado na Terra. Haverá uma terrível guerra
mundial. O inimigo atacará Jerusalém, profanará o templo (Dn 8.13) e os judeus
são aconselhados a fugir para as montanhas (Mt 24.16).
3. O terceiro selo. Como resultado da guerra, haverá uma
terrível fome, figurada pelo cavalo preto (Ap 6.5) e quem não tiver o sinal da
besta não poderá comprar nem vender (Ap 13.17,18). Haverá uma escassez nunca
vista.
4. O quarto e quinto selos. Na abertura do quarto selo,
aparece um cavalo amarelo, simbolizando a morte que acontecerá em decorrência
dos flagelos anteriores (Ap 6.7,8).
No quinto selo, João deixa de ver animais e tem a visão
dos mártires que foram mortos na Grande Tribulação por sua fé em Cristo, por
seu testemunho e amor à Palavra de Deus (Ap 6.9-11); estes são salvos em meio à
Grande Tribulação. Eles clamam por vingança contra os “que habitam sobre a
terra” (Ap 6.10).
5. O sexto e o sétimo selo. Vê-se um grande tremor de
terra, eclipse total do sol, a lua fica vermelha, “estrelas” caem (meteoros), o
espaço sideral se muda, os montes e ilhas são arrasados, os governantes da
Terra, os poderosos e os povos se escondem, clamando que os montes caiam sobre
eles, por causa da “ira do cordeiro” (Ap 6.12-17). Não se sabe quantos morrerão
nesse evento.
Quando o sétimo selo for aberto, o mundo já estará na
segunda metade da Grande Tribulação e sete anjos tocarão sete trombetas. São
mais sete acontecimentos terríveis que cairão sobre a Terra, tipificados nas
sete trombetas (Ap 8—11).
6. As sete trombetas e as sete taças da ira de Deus (Ap
8—11; 15—16). Sete anjos tocam sete trombetas, e vários acontecimentos
catastróficos tem início: a vegetação é queimada; os mares são atingidos pela
mortandade dos peixes; rios e fontes de água são prejudicados; o espaço sideral
é abalado; demônios e anjos terríveis são soltos e atormentam os moradores da
Terra; a terça parte dos homens morre pelas catástrofes enviadas por Deus como juízo
sobre o mundo pecaminoso, que blasfema contra o Criador.
As sete taças da ira de Deus (Ap 15—16) representam as
últimas pragas ou os últimos juízos de Deus sobre a humanidade ímpia (Sl 9.17).
Sete anjos são encarregados de derramar esses juízos terríveis sobre os homens
que rejeitaram a Cristo. No capítulo 16 de Apocalipse, são descritos os eventos
das sete taças.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus julgará o mundo.
SUBSÍDIO
ESCATOLÓGICO
“A Ira Divina
Até este ponto, os juízos infligidos à terra durante a
Grande Tribulação são, em grande medida, consequências de atos humanos. Daqui
em diante, contudo, os juízos são claramente sobrenaturais. Apocalipse 6.12-15
descreve um terremoto tão poderoso que ‘todos os montes e ilhas foram removidos
do seu lugar’. Aparentemente, também ocorrem colossais erupções vulcânicas,
escurecendo o céu e fazendo a lua parecer vermelha. O apóstolo João também
escreve sobre objetos semelhantes a meteoritos caindo sobre a terra. As pessoas
terão plena consciência de que testemunham a mão de Deus em ação (Ap 6.15-17).
Então saraiva, fogo e sangue cairão do céu, incendiando
um terço das árvores e plantas da terra. Mais dois meteoros cairão do céu,
matando um terço da vida marinha, destruindo um terço dos navios e envenenando
um terço da água potável da terra. As trevas envolverão a terra, com a luz do
sol e da lua sendo diminuída em um terço.
Apocalipse 9 descreve uma praga de criaturas semelhantes
ao gafanhoto e picam as pessoas. Por cinco meses, essas criaturas atormentarão
os incrédulos, mas não os matarão” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.249,250).
CONCLUSÃO
O cristão precisa viver em santidade para que não venha
fazer parte da Grande Tribulação. Que jamais venhamos nos esquecer da
recomendação bíblica: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1Ts 5.22,23).
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
O que é a Grande Tribulação?
Segundo o Dicionário de Profecia Bíblica, a Grande
Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que terá início após o
arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o mundo o
seu juízo” (Is 13.11).
Quanto tempo vai durar a Grande Tribulação?
Terá a duração de sete anos.
Quando ocorrerá a Grande Tribulação?
Ela ocorrerá, entre o arrebatamento da Igreja e a vinda
de Jesus em Glória (segunda fase, para reinar).
A Igreja passará pela Grande Tribulação?
A Igreja não passará pela Grande Tribulação.
Como é formada a trindade satânica?
O falso profeta, juntamente com o Diabo e o Anticristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Grande Tribulação
Enquanto está ocorrendo no céu o Tribunal de Cristo e as
Bodas do Cordeiro, na terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início
da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o
Arrebatamento da Igreja de Cristo e a Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao
mundo. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das 70 semanas das
quais falou o profeta Daniel. Veja o gráfico abaixo:
As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulaçao
será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da
“tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de
“transtorno” e de “punição” (1Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn 12.1; 1Ts 5.3;
Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo
intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra
o criador. Neste sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação
são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis, que
sobreviveram aos ataques do Anticristo.
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por
intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o
desdobramento do sétimo selo — Ap 8—11) e do derramamento das taças (Ap 16).
Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do
Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).
SUBSIDIO ADICIONAL
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Mt 24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca
houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.”
Começando com 24.15, Jesus trata de sinais especiais que
ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de
24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais
indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais
conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação
(24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15),
um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande
tribulação de que a vinda de Cristo à terra está prestes a ocorrer. Esse
sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo
judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27; 1Jo 2.18). O
Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no
templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final
da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos
ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
(2) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo
desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante
aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra
(ver 24.33 nota). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é
mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias
(ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7). Por causa da grande expectativa da
volta de Cristo (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a
informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26).
A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de
todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas
que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) Jesus admoesta a todos os crentes a estarem
especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que
se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas,
sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios.
Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de Deus (ver 7.22;
Gl 1.9).
(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a
sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo
4.1). Deus permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes
no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3).
Serão dias difíceis, pois Jesus declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o
engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os
escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro
(ver 1Tm 4.16; Tg 1.21).
(3) Quem entre o povo de Deus não amar a verdade será
enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do
surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico
de terrível sofrimento e tribulação para
todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10).
(2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu
na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).
(3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr
30.5-7).
(4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e.,
o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12).
(5) Os fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de
livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap
3.10).
(6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus
e gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap
7.9-17; 14.6,7).
(7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição
pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17; 13.15).
(8) Será um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os
ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
(9) A declaração de Jesus de que aqueles dias serão
abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias
preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se
não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.
(10) A grande
tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva (Ap
19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e
destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
(11) Não devemos
confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com a sua
descida imprevista do céu, em 24.42-44, a qual ocorrerá num momento diferente
do da sua volta final, no fim da tribulação.
(12) O trecho principal das Escrituras que descreve a
totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6–18.
MATEUS 24.15-28 A GRANDE TRIBULAÇÃO Esta seção
inteira trata da grande tribulação.
24.29 O SOL
ESCURECERÁ. Imediatamente após a tribulação haverá sinais cósmicos
assombrosos que precederão o aparecimento imediato de Cristo (v. 30). A volta
de Cristo à terra com poder e grande glória não surpreenderá nenhum santo, da
tribulação, atento à Palavra de Deus e aos sinais cósmicos relacionados com o
sol, a lua, as estrelas e o abalamento das potências dos céus (cf. Is 13.6-13).
MATEUS 24.30 O FILHO DO HOMEM VINDO. O versículo
30 descreve o aparecimento de Cristo nos céus, depois da tribulação, precedido
dos sinais precursores do versículo 29. Ele vem com juízo contra os ímpios (Ap
19.11 20.3), para livrar os seus fiéis e para estabelecer a justiça na terra (Ap
20.4). Todos os crentes que foram arrebatados da terra para o céu (ver Jo 14.3
voltarão com Cristo na sua vinda com poder e grande glória (ver Ap 19.14 nota).
O sinal mencionado neste versículo é provavelmente o próprio Cristo vindo sobre
nuvens de glória, rodeado de refulgente luz
MATEUS 24.31 AJUNTARÃO OS SEUS ESCOLHIDOS.
Quando Jesus Cristo voltar à terra, depois da tribulação, ocorrerão os
seguintes eventos:
(1) o juízo divino sobre os ímpios (v. 30; Ap 19.11-21),
sobre o Anticristo (Ap 19.20) e sobre Satanás (Ap 20.1-3).
(2) ocorre o julgamento das nações e a separação das
pessoas vivas na terra, à vinda de Cristo (ver 25.32; 13.4);
(3) os santos de todas as eras estarão reunidos. Isto
inclui a reunião dos santos que já estão no céu (cf. Mc 13.27; Jo 14.3; Ap
19.14; Ap 20.4,6) e dos santos vivos na terra, no advento de Cristo (ver
13.40); e
(4) O reinado de Cristo na terra por mil anos (ver Ap
20.4).
MATEUS 24.32 A FIGUEIRA. O brotar das folhas da
figueira (v. 32; cf. Lc 21.29-31) simboliza eventos que ocorrerão durante a
tribulação (vv. 15-29). Por outro lado, alguns intérpretes crêem que a figueira
também representa a restauração de Israel como um estado político (cf. Lc
13.6-9; Os 9.10). Em 21.29 a figueira aparece destacada das demais árvores,
assim como Israel foi chamado para ser um povo separado (Dt 33.28).
MATEUS 24.33 TODAS ESSAS COISAS. Todas essas
coisas refere-se a todos os sinais que ocorrerão durante a tribulação (vv.
15-29). O sinal principal é a abominação da desolação. À medida que os eventos
proféticos se sucedem, os fiéis da tribulação examinando as Escrituras verão
todas estas coisas e saberão que o Senhor está próximo, às
portas (v. 33)
MATEUS 24.34 ESTA GERAÇÃO. Esta geração pode
referir-se à geração que presencia a intensificação dos sinais gerais dos
tempos (vv. 4-14), que terminam com os sinais da tribulação (ver v. 5). Ou pode
referir-se ao povo judaico como raça, que permaneceu distinta até hoje.
MATEUS 24.36 MAS UNICAMENTE MEU PAI. O versículo
36 afirma que o Filho não sabe o tempo da sua volta. Esta expressão refere-se
apenas ao tempo em que Cristo esteve na terra. Certamente,
quando Jesus reassumiu a sua glória anterior (Jo 17.5),
passou a conhecer a data da sua futura volta. Os santos da tribulação poderão
saber o tempo da sua volta, observando os sinais dessa
tribulação que Cristo descreveu.
MATEUS 24.37 A VINDA DO FILHO DO HOMEM. As
declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange
dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da
sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (ver Ap 3.10), para
buscar os santos da igreja, i.e., o arrebatamento (ver v. 42; Jo 14.3 nota; 1
Ts 4.14), como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação,
para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11 20.4). Que
Cristo se referiu a dois eventos, i.e., tanto à sua volta imprevisível (vv.
42,44), como também à sua volta previsível (vv. 29,30), vê-se pelo fato que Ele
cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os
dias de Noé . As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de
Cristo são:
(1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando
os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão
despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc
17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da
tribulação.
(2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por
causa dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase
exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos.
A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v. 27; cf. Gn
7.4). Aqui trata-se da segunda fase da volta de Cristo, depois da tribulação.
(3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes
dos nossos dias, i.e., os crentes da igreja, antes da tribulação, que não
saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3
nota; cf. 1 Ts 4.14).
Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do
Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente (vv. 42,44). Note
que Jesus assemelha os discípulos (i.e., os santos da igreja), não com Noé (i.e.,
os crentes da tribulação), mas com o povo do dilúvio (cf. não o perceberam v.
39 com não sabeis v. 42). Isto porque os santos da igreja, em certo sentido,
assemelham-se ao povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da volta de Cristo
e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem, portanto,
aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer momento (v.
44)
APOCALIPSE 3.10 A HORA DA TENTAÇÃO. A promessa de
Cristo, no sentido de livrar os fiéis de Filadélfia da hora da tentação, é
idêntica à promessa bíblica aos tessalonicenses, de que seriam preservados da
"ira futura" (1 Ts 1.10). Esta promessa é válida para todos os fiéis
de Deus, em todas as eras (vv. 13,22). Essa hora inclui o tempo divinamente
determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a "todo o
mundo" nos últimos anos desta era, imediatamente antes do estabelecimento
do reino de Cristo na terra (5.10; 6.19; 20.4). A respeito desse tempo, a
Bíblia revela as seguintes verdades:
(1) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os
ímpios (6.18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn
9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1 Ts 5.2).
(2) Esse período de
provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, i.e., contra os que
aceitarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede,
exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e lágrimas (7.9-17; Dn
12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as catástrofes naturais da
guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o
martírio (6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças
demoníacas (9.3-5; 12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do
Anticristo (6.9; 12.17; 13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir,
aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período terrívelmente calamitoso para quem
tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que
morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam
livres da perseguição (14.13).
(3) Quanto aos vencedores anteriores àquele tempo (ver 2.7
nota; Lc 21.36), Deus os preservará da tribulação, através do arrebatamento,
quando os fiéis encontrarão o Senhor nos ares, antes de Deus derramar a sua ira
(ver Jo 14.3). Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em
guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira.
(4) Os crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas
coisas que estão para vir sobre o mundo, só o conseguirão mediante a fidelidade
a Cristo e sua Palavra e a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36 nota),
para não serem enganados (ver Mt 24.5)
Comentário Bíblico Popular - Novo Testamento
Comentário Bíblico Esperança Novo Testamento
Comentário Bíblico Willian Barclay Novo Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Wiersb - Velho Testamento.
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