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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O MILAGRE ESTÁ EM SUA CASA - LIÇÃO 09 COM SUBSIDIOS


SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE COTEGIPE - BAHIA.

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD -ADULTOS
4º Trimestre de 2016

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai Cabral

Lição 9: O milagre está em sua casa
Data: 27 de Novembro de 2016



TEXTO ÁUREO

“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste” (Dt 10.17,18).

VERDADE PRÁTICA

Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o extraordinário.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — 2Rs 2.8
Eliseu divide as águas do Jordão
Terça — 2Rs 4.1-7
Eliseu multiplica o azeite da viúva de um dos filhos dos profetas
Quarta — 2Rs 4.19-35
Eliseu ressuscita o filho de uma sunamita
Quinta — 2Rs 4.42-44
Eliseu multiplicou os pães para cem homens
Sexta — 2Rs 5.9-14
Eliseu indicou a cura da lepra de Naamã
 Sábado — 2Rs 6.6,7
Eliseu fez o machado flutuar

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 4.1-7.

1 — E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 — E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 — Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 — Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 — Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 — E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 — Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.


HINOS SUGERIDOS

28, 58 e 262 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL

Ressaltar que em tempos de crise Deus opera o impossível.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS



Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apontar a crise financeira pela qual a viúva que procurou Eliseu passava;
II. Mostrar que Deus realiza milagres;
III. Enfatizar que Deus dá a provisão na medida certa.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na lição de hoje estudaremos a respeito do milagre da multiplicação do azeite realizado pelo profeta Eliseu. O milagre da multiplicação do azeite nos mostra que para Deus não existem impossíveis. Não importa a crise que o nosso país esteja enfrentando, o Senhor pode realizar o impossível para nos abençoar financeiramente. A viúva endividada, no momento de crise foi até a pessoa certa, um profeta e homem de Deus. É preciso ter cuidado, pois muitos estão buscando o milagre divino no lugar errado e com a pessoa errada. Em tempos de crises não faltam falsos profetas que prometem soluções milagrosas. Estes pseudosprofetas "vendem a bênção" do Senhor, ganhando com a dor e a miséria alheia. Precisamos estar atentos, pois Deus não negocia milagres.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Deus concedeu a Eliseu autoridade espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise financeira.


PONTO CENTRAL

Em tempos de crises, Deus realiza milagres.


I. UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES

1. A crise das dívidas. Não sabemos o nome da viúva nem dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.

2. O risco de perder os filhos. A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os necessitados e aflitos.

3. A viuvez. No Antigo Testamento, a mulher trabalhava somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A família da viúva que foi procurar a ajuda de Eliseu estava correndo sérios riscos.



SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A viuvez no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a questão da viuvez já era tratada com muita atenção. Inclusive, Deus advertira fortemente ao povo de Israel para que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso contrário, Ele castigaria contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx 22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).
Um detalhe interessante a ser notado é que as passagens tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, que tratam da questão da viuvez, não falam do cuidado com os viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no modelo de organização familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a posição social e econômica do marido, mas o contrário, sim. Lembremo-nos que, nos tempos antigos, ou seja, no período bíblico e também durante muitos séculos depois, não havia pensão alimentícia nem seguro social, e as mulheres também não tinham tantas alternativas de emprego em nossos dias. Já para o homem, que normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser privilegiado na questão das heranças. Por esse motivo as viúvas passavam geralmente grandes necessidades.
No período bíblico, perder o marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua posição social e econômica, e, conforme lembram-nos os teólogos Merril F. Unger e William White Jr, ‘a gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos’ (Dicionário Vine, p.33). No caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para a casa dos pais (Gn 28.1) e ficava sujeita à lei do levirato, que já era praticada antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Dt 25.5,6)” (COLEHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.43,44).

CONHEÇA MAIS



Escravos
“Nos tempos do Antigo Testamento, uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária para pagar uma dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação de Deus pela viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido pela pobreza e pela fraqueza no AT.
Óleo de oliva refinado era usado em cozimento, cosméticos e queimado como combustível na iluminação e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido facilmente vendido pela viúva, a dívida paga e, assim, as necessidades da própria família seriam atendidas”.
Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.245.



II. DEUS REALIZA MILAGRES

1. A fé do profeta. O capítulo quatro do segundo livro de Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um milagre em sua vida, creia.

2. A viúva procura Eliseu. Diante da crise, a viúva decidiu procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa”. A igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas decidiu ajudar uma pessoa necessitada.

3. Deus utiliza aquilo que temos. O que você tem em mãos para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de “uma botija de azeite” que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.



SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Deus não mudou. Ele continua a realizar milagres.



SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A solução dentro de casa
O problema da dívida daquela família precisava ser resolvido. Eliseu não pensou em buscar um empréstimo para saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou o que a que mulher tinha em sua casa. Curiosa essa pergunta, pois se a mulher veio até o profeta pedir ajuda para não ter seus filhos levados como escravos por causa de uma dívida, é plausível entender que ela não tinha bens de valor material em casa que fossem suficientes para a quitação do débito.
A mulher respondeu ao profeta: ‘Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite’ (2Rs 4.2). Em que um vaso de azeite seria útil em uma casa com falta de provisão? Lawrence O. Richards fala que “óleo de oliva refinado no cozimento, cosmético e queimado como combustível na iluminação, e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa do mais pobre dos hebreus’ (Guia do Leitor da Bíblia, p.245). É possível entender; dessa nota, que o azeite era um produto de pouco valor agregado, de baixo custo, mas essencial à vida de todos. A ordem de Eliseu à mulher foi que conseguisse muitos vasos emprestados, vazios, e que fechasse a porta de sua casa, e derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando o pouco que ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite, cessou o milagre.
Aquela mulher tinha então uma grande quantidade de azeite em casa, mas parece que não sabia o que fazer com ele. Indo mais uma vez ao profeta, contou-lhe o ocorrido e ouviu dele que vendesse o azeite, pagasse a dívida e vivesse do restante. É preciso saber trabalhar com o que se tem em mãos.
A ordem era clara. Aquele milagre não aconteceu para que ela gastasse o dinheiro com coisas desnecessárias, mas sim para que pagasse a dívida adquirida por seu falecido esposo. Como servos de Deus, precisamos entender que Deus dá o necessário para as necessidades, e não para as vaidades” (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.53-54).



III. PROVISÃO NA MEDIDA CERTA

1. Preparação para receber o milagre. Eliseu orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou para a viúva.


2. Provisão abundante. A viúva tinha somente uma botija de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos. Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.


3. Fé em ação. A viúva e seus filhos deveriam “tomar vasos emprestados”, tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos filhos.



SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Deus nos concede a sua provisão na medida certa.


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades. O pouco que aquela mulher tinha em casa foi feito em muito, mas ela precisava ser sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter recursos em abundância não é suficiente para que solucionemos problemas de escassez. É preciso que saibamos utilizar o que Deus nos deu.
A orientação de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite e pagasse a dívida que destruiria sua família que já estava desfalcada. A mulher já tinha visto o milagre sendo operado. Agora, deveria angariar os fundos necessários com a utilização correta do milagre de Deus. Lembre-se disso: Na hora em que a despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se você não sabe como aproveitá-los em prol de sua subsistência e de sua família” (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.54).



CONCLUSÃO
 Muitos crentes estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.


PARA REFLETIR
 A respeito do milagre está em sua casa, responda:

Quem deveria sustentar as viúvas?
As viúvas eram sustentadas pelos filhos e parentes mais próximos.

O que aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas?
A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida.

Qual foi a primeira pergunta do profeta para a viúva?
A primeira pergunta foi: O que você tem?

O que a viúva tinha em sua casa?
Uma botija de azeite.

O que você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?
Resposta pessoal.


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O Milagre Está em Sua Casa
 O nome Eliseu significa “Deus é salvação”. Auxiliar do profeta Elias, Eliseu era filho de Safate, de Abel-Meolá, no Vale do Jordão. Tinha como trabalho arar a terra com junta de bois. O jovem Eliseu foi convidado pelo profeta Elias a segui-lo. O texto bíblico mostra que ele “se levantou, e seguiu a Elias, e o servia” (1Rs 19.21).
O primeiro ponto digno de nota na vida do profeta Eliseu foi a sua humildade e a disponibilidade em aprender com o profeta Elias. Na caminhada com Deus, saber ouvir e ter o compromisso de aprender com o outro é muito importante. Na época de Eliseu não havia uma espécie de seminário teológico ou faculdade que tinha o objetivo de formar, embora houvesse escola de profetas, mas que nem de longe era parecida com as instituições modernas. Os profetas eram formados aos pés dos outros profetas. No dia a dia da caminhada, os profetas iam sendo formados, trabalhados e forjados diante de Deus e dos homens.
Outro ponto digno de nota é que o ministério do profeta Eliseu é permeado por milagres. Segundo especialistas em Antigo Testamento, excetuando a pessoa de Jesus Cristo, ninguém na história sagrada registrou a quantidade de sinais e maravilhas como consta o registro na vida do profeta mediante o seu ministério. Ele sarou águas infectadas (2Rs 2.19-22), fez brotar água no deserto (2Rs 3.9,16-20), proveu a necessidade da viúva (2Rs 4.1-7) e ressuscitou mortos (2Rs 4.18-37), além de curar leprosos (2Rs 5). Estes três últimos milagres antecipam o que o nosso Senhor faria em abundância em seu ministério terreno.
A vida e a obra de Eliseu nos ensinam que Deus traz provisão no momento oportuno. O ministério do profeta mostra uma profusa quantidade de ações divinas em favor das pessoas que por intermédio dele eram abençoadas.
Não podemos perder a dimensão da verdade bíblica de um Deus que provê. O que não significa abrir barganha com Ele. Nada disso. Resgatar a visão bíblica de que Deus intervém na circunstância de uma pessoa é urgente a fim de não cairmos no erro de uma religiosidade sem paixão, de uma ortodoxia morta e do gélido ceticismo.
À luz da vida de Eliseu, somos convidados a andar com Deus em fidelidade e verdade. Amá-Lo de todo o nosso coração, alma e pensamento. À medida que nos aproximamos mais de Deus por intermédio da oração e da leitura da Palavra, o Senhor se aproxima mais de nossas vidas. Por isso, busquemos ao Senhor, o reverenciemos enquanto há tempo.



SUBSIDIOS
Eliseu aumenta o óleo da viúva.

2 Rs 4
Certa mulher, que era viúva de um dos membros de um grupo de profetas, foi falar com Eliseu e disse: — O meu marido morreu. Como o senhor sabe, ele era um homem que temia a Deus, o SENHOR. Mas agora um homem a quem ele devia dinheiro veio para levar os meus dois filhos a fim de serem escravos, como pagamento da dívida.
Eliseu perguntou: — O que posso fazer por você? Diga! O que é que você tem em casa? — Não
tenho nada, a não ser um jarro pequeno de azeite! — respondeu a mulher.
Eliseu disse: — Vá pedir que os seus vizinhos lhe emprestem muitas vasilhas vazias.
Depois você e os seus filhos entrem em casa, fechem a porta e comecem a derramar azeite nas
vasilhas. E vão pondo de lado as que forem ficando cheias.
Então a mulher foi para casa com os filhos, fechou a porta, pegou o pequeno jarro de azeite e
começou a derramar o azeite nas vasilhas, conforme os seus filhos iam trazendo.
Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela perguntou se havia mais alguma. — Essa foi a última!
— respondeu um dos filhos. Então o azeite parou de correr.
Ela foi e contou ao profeta Eliseu. Aí ele disse: — Venda o azeite e pague todas as suas dívidas.
Ainda vai sobrar dinheiro para você e os seus filhos irem vivendo.

A seção 4.1-8 rompe a história sincronizada dos reinados dos soberanos de Judá e
Israel, e forma um interlúdio que trata do ministério milagroso de Eliseu. Em Israel,
podia-se vender um filho como escravo para pagar uma dívida (Ex 21.7; Dt 15.12-
18; Lv 25.9-34; cf. Jr 34.8-16; cf. o milagre de Elias em lR s 17.14-16).

“Que te hei de eu fazer? (2 Rs 4.1-44). A pergunta de Eliseu para a viúva cujos filhos estavam prestes a ser vendidos como escravos para pagar uma dívida resume a missão desse ministro ao povo comum de Israel. Elias confrontou reis. Eliseu se moveu silenciosamente entre o povo da terra. O seu ministério revelou o que Deus faria por Israel se o seu povo se voltasse plenamente a Ele. A multiplicação do azeite da viúva pelo ministério de Eliseu mostrou a capacidade de Deus de libertar o seu povo da servidão (w. 1-7).


O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am  5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”

Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.

O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.

(1) O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).

(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11 nota). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu Deus, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na sua Lei, proibe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, Deus impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).

(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).

A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS. No NT,
Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.

(1) Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).

(2) Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).

(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuisse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).

(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em Cristo.

DEUTERONOMIO
15.7-11 O POBRE. A obediência à lei de Deus devia também significar um propósito resoluto de socorrer os necessitados (cf. 24.19-21; Lv 19.10).
(1) Deus observa nossa atitude e desejo de ajudar os pobres e necessitados. Devemos usar nossos recursos materiais para ajudar os realmente necessitados. O espírito de cobiça e de egoísmo que não se preocupa com as necessidades dos outros, priva-nos da bênção de Deus (vv. 9,10).
(2) O NT destaca a necessidade da compaixão, sensibilidade e bondade para com os sofredores e outros que enfrentaram circunstâncias difíceis que os levaram à pobreza ou à penúria (Mt 25.31-36; Gl 6.2,10)

15.13 NÃO O DESPEDIRÁS VAZIO. Os israelitas não podiam mandar embora seus escravos sem provisões suficientes (cf. v. 12). O amor ao próximo (cf. Lv 19.18) os compelia a prover alimentos e suprimentos suficientes à sobrevivência deles, até conseguirem trabalho para ganhar a vida. Semelhantemente, o princípio do amor e da justiça no novo concerto, requer que tratemos os empregados com compaixão, eqüidade e justiça.

24.14 POBRE E NECESSITADO. Deus muitas vezes advertiu os israelitas a não se aproveitarem dos pobres, mas, pelo contrário, tratá-los com compaixão e respeito. O crente que deixar de tratar os pobres e necessitados com eqüidade, trará sobre si mesmo a condenação divina (v. 15; cf. Tg 5.1-6).
24.17 ESTRANGEIRO... ÓRFÃO... VIÚVA. Deus tem cuidado especial pelo estrangeiro, pelo órfão e pela viúva (Êx 22.21,22; 23.9). Auxiliar os necessitados, muito agrada a Deus (ver Lc 7.13; Hb 13.2; Tg 1.27).


LUCAS
7.13 ÍNTIMA COMPAIXÃO POR ELA. A compaixão que Jesus sentiu por essa viúva revela o seu amor e cuidado especiais pelas viúvas e qualquer outra pessoa que fica sozinha no mundo. O marido desta viúva morrera primeiro e, agora, o seu filho único (v. 12). Que situação! No tocante a essa compaixão de Deus, as Escrituras ensinam o seguinte:

 (1) Deus é pai dos órfãos e defensor das viúvas (Sl 68.5 nota). Estão sob seu cuidado e proteção especiais (Êx 22.22,23; Dt 10.18; Sl 146.9; Pv 15.25).

(2) Mediante o dízimo e a abundância do seu povo, Deus supre as necessidades deles (Dt 14.28,29; 24.19-21; 26.12,13).

(3) Ele abençoa aqueles que os ajudam e os honram (Is 1.17,19; Jr 7.6,7; 22.3,4).

(4) Ele está contra aqueles que tiram proveito deles ou os lesam ( Êx 22.22,24; Dt 24.17; 27.19; Jó 24.3; Sl 94.6,16; Zc 7.10).

 (5) São beneficiados pelo terno amor e compaixào de Deus (vv. 11-17; Mc 12.42,43; 18.2-8; 21.2-4).

(6) A igreja primitiva fez do cuidado deles uma prioridade (At 6.1-6).

(7) Tiago declara que um dos aspectos da verdadeira fé em Cristo é cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas aflições (Tg 1.27; cf 1 Tm 5.3-8).


FONTES DE PESQUISA:
Comentário Bíblico Popular - Novo Testamento
Comentário Bíblico Esperança Novo Testamento
Comentário Bíblico Willian Barclay Novo Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Wiersb - Velho Testamento.


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