SUBSIDIO ELABORADO PELO EVANGELISTA: NATALINO ALVES DOS ANJOS. PROFESSOR NA E.B.D e PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO - CAMPO DE COTEGIPE - BAHIA.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD -ADULTOS
4º Trimestre de 2016
Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria
divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 9: O milagre está em sua casa
Data: 27 de Novembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...],
que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao
órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste” (Dt 10.17,18).
VERDADE PRÁTICA
Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o
extraordinário.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 2Rs 2.8
Eliseu divide as águas do Jordão
Terça — 2Rs 4.1-7
Eliseu multiplica o azeite da viúva de um dos filhos dos
profetas
Quarta — 2Rs 4.19-35
Eliseu ressuscita o filho de uma sunamita
Quinta — 2Rs 4.42-44
Eliseu multiplicou os pães para cem homens
Sexta — 2Rs 5.9-14
Eliseu indicou a cura da lepra de Naamã
Sábado — 2Rs 6.6,7
Eliseu fez o machado flutuar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1-7.
1 — E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas,
clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu
servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para
serem servos.
2 — E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer?
Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite.
3 — Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados
a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 — Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus
filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver
cheio.
5 — Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre
seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 — E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu
filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum.
Então, o azeite parou.
7 — Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e
disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do
resto.
HINOS SUGERIDOS
28, 58 e 262 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar que em tempos de crise Deus opera o impossível.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar a crise financeira pela qual a viúva que
procurou Eliseu passava;
II. Mostrar que Deus realiza milagres;
III. Enfatizar que Deus dá a provisão na medida certa.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito do milagre da
multiplicação do azeite realizado pelo profeta Eliseu. O milagre da
multiplicação do azeite nos mostra que para Deus não existem impossíveis. Não
importa a crise que o nosso país esteja enfrentando, o Senhor pode realizar o
impossível para nos abençoar financeiramente. A viúva endividada, no momento de
crise foi até a pessoa certa, um profeta e homem de Deus. É preciso ter
cuidado, pois muitos estão buscando o milagre divino no lugar errado e com a
pessoa errada. Em tempos de crises não faltam falsos profetas que prometem
soluções milagrosas. Estes pseudosprofetas "vendem a bênção" do
Senhor, ganhando com a dor e a miséria alheia. Precisamos estar atentos, pois
Deus não negocia milagres.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus concedeu a Eliseu autoridade espiritual para que ele
pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por muitos milagres. Na
lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por intermédio do seu
servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise financeira.
PONTO CENTRAL
Em tempos de crises, Deus realiza milagres.
I. UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES
1. A crise das dívidas. Não sabemos o nome da viúva nem
dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu.
Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A
situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos
filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.
2. O risco de perder os filhos. A mulher corria o risco
de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como
escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia
emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de
alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando
muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é
um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas
famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão
desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor,
socorrer os necessitados e aflitos.
3. A viuvez. No Antigo Testamento, a mulher trabalhava
somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era
amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se
tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não
houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria
ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher
lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos
tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A família da viúva que foi procurar a ajuda de Eliseu
estava correndo sérios riscos.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A viuvez no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a questão da viuvez já era tratada
com muita atenção. Inclusive, Deus advertira fortemente ao povo de Israel para
que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso contrário, Ele castigaria
contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx 22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).
Um detalhe interessante a ser notado é que as passagens
tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, que tratam da questão da viuvez, não
falam do cuidado com os viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no
modelo de organização familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a
posição social e econômica do marido, mas o contrário, sim. Lembremo-nos que,
nos tempos antigos, ou seja, no período bíblico e também durante muitos séculos
depois, não havia pensão alimentícia nem seguro social, e as mulheres também
não tinham tantas alternativas de emprego em nossos dias. Já para o homem, que
normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser
privilegiado na questão das heranças. Por esse motivo as viúvas passavam
geralmente grandes necessidades.
No período bíblico, perder o marido significava para a
mulher perder de forma dramática a sua posição social e econômica, e, conforme
lembram-nos os teólogos Merril F. Unger e William White Jr, ‘a gravidade da
situação era aumentada se ela não tivesse filhos’ (Dicionário Vine, p.33). No
caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para a casa dos pais (Gn 28.1) e
ficava sujeita à lei do levirato, que já era praticada antes de Moisés, mas foi
estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Dt 25.5,6)” (COLEHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2012, pp.43,44).
CONHEÇA MAIS
Escravos
“Nos tempos do Antigo Testamento, uma família de uma
pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária para pagar uma
dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação de Deus pela
viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido pela pobreza e pela fraqueza no
AT.
Óleo de oliva refinado era usado em cozimento, cosméticos
e queimado como combustível na iluminação e era sempre mantido em combustão,
mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido facilmente vendido pela
viúva, a dívida paga e, assim, as necessidades da própria família seriam
atendidas”.
Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,
p.245.
II. DEUS REALIZA MILAGRES
1. A fé do profeta. O capítulo quatro do segundo livro de
Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a
fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se
quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois
o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não
podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um
milagre em sua vida, creia.
2. A viúva procura Eliseu. Diante da crise, a viúva
decidiu procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à
mulher foi: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa”. A
igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma
pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os
pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como
homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira
daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas
decidiu ajudar uma pessoa necessitada.
3. Deus utiliza aquilo que temos. O que você tem em mãos
para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus
operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas
derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de
Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de “uma botija de azeite”
que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Deus não mudou. Ele continua a realizar milagres.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A solução dentro de casa
O problema da dívida daquela família precisava ser
resolvido. Eliseu não pensou em buscar um empréstimo para saldar aquela
pendência financeira. Ele perguntou o que a que mulher tinha em sua casa.
Curiosa essa pergunta, pois se a mulher veio até o profeta pedir ajuda para não
ter seus filhos levados como escravos por causa de uma dívida, é plausível
entender que ela não tinha bens de valor material em casa que fossem
suficientes para a quitação do débito.
A mulher respondeu ao profeta: ‘Tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite’ (2Rs 4.2). Em que um vaso de azeite seria
útil em uma casa com falta de provisão? Lawrence O. Richards fala que “óleo de
oliva refinado no cozimento, cosmético e queimado como combustível na
iluminação, e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa do mais pobre dos
hebreus’ (Guia do Leitor da Bíblia, p.245). É possível entender; dessa nota,
que o azeite era um produto de pouco valor agregado, de baixo custo, mas
essencial à vida de todos. A ordem de Eliseu à mulher foi que conseguisse
muitos vasos emprestados, vazios, e que fechasse a porta de sua casa, e
derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à palavra do
profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando o pouco que
ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite, cessou o
milagre.
Aquela mulher tinha então uma grande quantidade de azeite
em casa, mas parece que não sabia o que fazer com ele. Indo mais uma vez ao
profeta, contou-lhe o ocorrido e ouviu dele que vendesse o azeite, pagasse a
dívida e vivesse do restante. É preciso saber trabalhar com o que se tem em
mãos.
A ordem era clara. Aquele milagre não aconteceu para que
ela gastasse o dinheiro com coisas desnecessárias, mas sim para que pagasse a
dívida adquirida por seu falecido esposo. Como servos de Deus, precisamos
entender que Deus dá o necessário para as necessidades, e não para as vaidades”
(COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, pp.53-54).
III. PROVISÃO NA MEDIDA CERTA
1. Preparação para receber o milagre. Eliseu orientou a
viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas
vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem
medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu
coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre
chegará, assim como chegou para a viúva.
2. Provisão abundante. A viúva tinha somente uma botija
de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não
importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos.
Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.
3. Fé em ação. A viúva e seus filhos deveriam “tomar
vasos emprestados”, tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro
de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não
houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas
incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para
aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é
para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e
quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com
o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu
dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro,
pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos
filhos.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus nos concede a sua provisão na medida certa.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os
momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades. O pouco que aquela
mulher tinha em casa foi feito em muito, mas ela precisava ser sábia no tocante
ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter recursos em abundância
não é suficiente para que solucionemos problemas de escassez. É preciso que
saibamos utilizar o que Deus nos deu.
A orientação de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite
e pagasse a dívida que destruiria sua família que já estava desfalcada. A
mulher já tinha visto o milagre sendo operado. Agora, deveria angariar os
fundos necessários com a utilização correta do milagre de Deus. Lembre-se
disso: Na hora em que a despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se
você não sabe como aproveitá-los em prol de sua subsistência e de sua família”
(COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, p.54).
CONCLUSÃO
Muitos crentes
estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas
dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor,
creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do
profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida.
Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.
PARA REFLETIR
A respeito do
milagre está em sua casa, responda:
Quem deveria sustentar as viúvas?
As viúvas eram sustentadas pelos filhos e parentes mais
próximos.
O que aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas?
A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para
os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida.
Qual foi a primeira pergunta do profeta para a viúva?
A primeira pergunta foi: O que você tem?
O que a viúva tinha em sua casa?
Uma botija de azeite.
O que você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?
Resposta pessoal.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Milagre Está em Sua Casa
O nome Eliseu
significa “Deus é salvação”. Auxiliar do profeta Elias, Eliseu era filho de
Safate, de Abel-Meolá, no Vale do Jordão. Tinha como trabalho arar a terra com
junta de bois. O jovem Eliseu foi convidado pelo profeta Elias a segui-lo. O
texto bíblico mostra que ele “se levantou, e seguiu a Elias, e o servia” (1Rs
19.21).
O primeiro ponto digno de nota na vida do profeta Eliseu
foi a sua humildade e a disponibilidade em aprender com o profeta Elias. Na
caminhada com Deus, saber ouvir e ter o compromisso de aprender com o outro é
muito importante. Na época de Eliseu não havia uma espécie de seminário
teológico ou faculdade que tinha o objetivo de formar, embora houvesse escola
de profetas, mas que nem de longe era parecida com as instituições modernas. Os
profetas eram formados aos pés dos outros profetas. No dia a dia da caminhada,
os profetas iam sendo formados, trabalhados e forjados diante de Deus e dos
homens.
Outro ponto digno de nota é que o ministério do profeta
Eliseu é permeado por milagres. Segundo especialistas em Antigo Testamento,
excetuando a pessoa de Jesus Cristo, ninguém na história sagrada registrou a
quantidade de sinais e maravilhas como consta o registro na vida do profeta mediante
o seu ministério. Ele sarou águas infectadas (2Rs 2.19-22), fez brotar água no
deserto (2Rs 3.9,16-20), proveu a necessidade da viúva (2Rs 4.1-7) e
ressuscitou mortos (2Rs 4.18-37), além de curar leprosos (2Rs 5). Estes três
últimos milagres antecipam o que o nosso Senhor faria em abundância em seu
ministério terreno.
A vida e a obra de Eliseu nos ensinam que Deus traz
provisão no momento oportuno. O ministério do profeta mostra uma profusa
quantidade de ações divinas em favor das pessoas que por intermédio dele eram
abençoadas.
Não podemos perder a dimensão da verdade bíblica de um
Deus que provê. O que não significa abrir barganha com Ele. Nada disso.
Resgatar a visão bíblica de que Deus intervém na circunstância de uma pessoa é
urgente a fim de não cairmos no erro de uma religiosidade sem paixão, de uma
ortodoxia morta e do gélido ceticismo.
À luz da vida de Eliseu, somos convidados a andar com
Deus em fidelidade e verdade. Amá-Lo de todo o nosso coração, alma e
pensamento. À medida que nos aproximamos mais de Deus por intermédio da oração
e da leitura da Palavra, o Senhor se aproxima mais de nossas vidas. Por isso,
busquemos ao Senhor, o reverenciemos enquanto há tempo.
SUBSIDIOS
Eliseu aumenta o óleo da viúva.
2 Rs 4
Certa mulher, que era viúva de um dos membros de um grupo
de profetas, foi falar com Eliseu e disse: — O meu marido morreu. Como o senhor
sabe, ele era um homem que temia a Deus, o SENHOR. Mas agora um homem a quem
ele devia dinheiro veio para levar os meus dois filhos a fim de serem escravos,
como pagamento da dívida.
Eliseu perguntou: — O que posso fazer por você? Diga! O
que é que você tem em casa? — Não
tenho nada, a não ser um jarro pequeno de azeite! —
respondeu a mulher.
Eliseu disse: — Vá pedir que os seus vizinhos lhe
emprestem muitas vasilhas vazias.
Depois você e os seus filhos entrem em casa, fechem a
porta e comecem a derramar azeite nas
vasilhas. E vão pondo de lado as que forem ficando
cheias.
Então a mulher foi para casa com os filhos, fechou a
porta, pegou o pequeno jarro de azeite e
começou a derramar o azeite nas vasilhas, conforme os
seus filhos iam trazendo.
Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela perguntou se
havia mais alguma. — Essa foi a última!
— respondeu um dos filhos. Então o azeite parou de
correr.
Ela foi e contou ao profeta Eliseu. Aí ele disse: — Venda
o azeite e pague todas as suas dívidas.
Ainda vai sobrar dinheiro para você e os seus filhos irem
vivendo.
A seção 4.1-8 rompe a história sincronizada dos reinados
dos soberanos de Judá e
Israel, e forma um interlúdio que trata do ministério
milagroso de Eliseu. Em Israel,
podia-se vender um filho como escravo para pagar uma
dívida (Ex 21.7; Dt 15.12-
18; Lv 25.9-34; cf. Jr 34.8-16; cf. o milagre de Elias em
lR s 17.14-16).
“Que te hei de eu fazer? (2 Rs 4.1-44). A pergunta de
Eliseu para a viúva cujos filhos estavam prestes a ser vendidos como escravos
para pagar uma dívida resume a missão desse ministro ao povo comum de Israel.
Elias confrontou reis. Eliseu se moveu silenciosamente entre o povo da terra. O
seu ministério revelou o que Deus faria por Israel se o seu povo se voltasse
plenamente a Ele. A multiplicação do azeite da viúva pelo ministério de Eliseu
mostrou a capacidade de Deus de libertar o seu povo da servidão (w. 1-7).
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am 5.12-14 “Porque
sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis
o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que
for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o
bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará
convosco, como dizeis.”
Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente
os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para
que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr
2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como
os crentes devem tratar os pobres e necessitados.
O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo
pelos pobres, necessitados e oprimidos.
(1) O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser
deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o
libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor
(cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes
também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11
nota). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti
não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR,
teu Deus, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na
sua Lei, proibe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv
25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo,
o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do
pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era
obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si
mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos
que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv
19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente,
deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se
cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além
disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado,
simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de prover
o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de
propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as
terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de
ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de
tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber
qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, Deus
impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento
justo aos necessitados (ver Dt 24.14).
(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam
tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça.
Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas,
palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3;
5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).
A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES
E NECESSITADOS. No NT,
Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude
pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
(1) Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos
pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados,
samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus (cf.
Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15;
20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e
desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).
(2) Jesus espera que seu povo contribua generosamente com
os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava
uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29).
Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os
marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24;
18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de
Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os
irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).
(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam
igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando
a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes
da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se
a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e
aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei
fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem
missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em
Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir
para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuisse conforme
se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda
aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe
terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4;
9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos,
ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir com
generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (ver Rm 12.8; ver
1Tm 6.17-19).
(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e
necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas
aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja
primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia
suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37).
Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos
necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens,
cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente
qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos
o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Deus quer
que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja
igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia
não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades
materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em
Cristo.
DEUTERONOMIO
15.7-11 O POBRE. A obediência à lei de Deus devia também
significar um propósito resoluto de socorrer os necessitados (cf. 24.19-21; Lv
19.10).
(1) Deus observa nossa atitude e desejo de ajudar os pobres
e necessitados. Devemos usar nossos recursos materiais para ajudar os realmente
necessitados. O espírito de cobiça e de egoísmo que não se preocupa com as
necessidades dos outros, priva-nos da bênção de Deus (vv. 9,10).
(2) O NT destaca a necessidade da compaixão, sensibilidade e
bondade para com os sofredores e outros que enfrentaram circunstâncias difíceis
que os levaram à pobreza ou à penúria (Mt 25.31-36; Gl 6.2,10)
15.13 NÃO O DESPEDIRÁS VAZIO. Os israelitas não podiam
mandar embora seus escravos sem provisões suficientes (cf. v. 12). O amor ao
próximo (cf. Lv 19.18) os compelia a prover alimentos e suprimentos suficientes
à sobrevivência deles, até conseguirem trabalho para ganhar a vida.
Semelhantemente, o princípio do amor e da justiça no novo concerto, requer que
tratemos os empregados com compaixão, eqüidade e justiça.
24.14 POBRE E NECESSITADO. Deus muitas vezes advertiu os
israelitas a não se aproveitarem dos pobres, mas, pelo contrário, tratá-los com
compaixão e respeito. O crente que deixar de tratar os pobres e necessitados
com eqüidade, trará sobre si mesmo a condenação divina (v. 15; cf. Tg 5.1-6).
24.17 ESTRANGEIRO... ÓRFÃO... VIÚVA. Deus tem cuidado
especial pelo estrangeiro, pelo órfão e pela viúva (Êx 22.21,22; 23.9).
Auxiliar os necessitados, muito agrada a Deus (ver Lc 7.13; Hb 13.2; Tg 1.27).
LUCAS
7.13 ÍNTIMA COMPAIXÃO POR ELA. A compaixão que Jesus sentiu
por essa viúva revela o seu amor e cuidado especiais pelas viúvas e qualquer outra
pessoa que fica sozinha no mundo. O marido desta viúva morrera primeiro e,
agora, o seu filho único (v. 12). Que situação! No tocante a essa compaixão de
Deus, as Escrituras ensinam o seguinte:
(1) Deus é pai dos
órfãos e defensor das viúvas (Sl 68.5 nota). Estão sob seu cuidado e proteção
especiais (Êx 22.22,23; Dt 10.18; Sl 146.9; Pv 15.25).
(2) Mediante o dízimo e a abundância do seu povo, Deus supre
as necessidades deles (Dt 14.28,29; 24.19-21; 26.12,13).
(3) Ele abençoa aqueles que os ajudam e os honram (Is
1.17,19; Jr 7.6,7; 22.3,4).
(4) Ele está contra aqueles que tiram proveito deles ou os lesam
( Êx 22.22,24; Dt 24.17; 27.19; Jó 24.3; Sl 94.6,16; Zc 7.10).
(5) São beneficiados
pelo terno amor e compaixào de Deus (vv. 11-17; Mc 12.42,43; 18.2-8; 21.2-4).
(6) A igreja primitiva fez do cuidado deles uma prioridade
(At 6.1-6).
(7) Tiago declara que um dos aspectos da verdadeira fé em
Cristo é cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas aflições (Tg 1.27; cf 1 Tm
5.3-8).
FONTES DE PESQUISA:
Comentário Bíblico Popular - Novo Testamento
Comentário Bíblico Esperança Novo Testamento
Comentário Bíblico Willian Barclay Novo Testamento
Biblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Wiersb - Velho Testamento.
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