ELABORADO PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES. PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E PESQUISADOR. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS DE COTEGIPE - BAHIA. (A.D. MISSÃO).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
- ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares
Lição 9: A necessidade de termos uma vida santa
Data: 27 de Agosto de 2017
TEXTO ÁUREO
“Mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”
(1Pe 1.15).
VERDADE PRÁTICA
Cremos na necessidade
e na possibilidade de termos uma vida santa e irrepreensível por obra do
Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus
Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lv 10.10
O profano é aquele que lida com as coisas sagradas como se
fossem banais
Terça — Êx 26.33
Santo é a separação daquilo que é de uso comum
Quarta — Lv 19.2
Deus é santo
Quinta — Hb 9.14
O sangue de Cristo nos santifica
Sexta — 1Pe 1.16
Deus nos chamou para a santificação
Sábado — Hb 12.14
Sem a santificação ninguém verá o Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Pedro 1.13-22.
13 — Portanto,
cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente
na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14 — como filhos obedientes, não vos conformando com as
concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15 — mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver,
16 — porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo.
17 — E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de
pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da
vossa peregrinação,
18 — sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos vossos pais,
19 — mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado,
20 — o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido,
ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por
amor de vós;
21 — e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos
e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
22 — Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para
amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um
coração puro.
HINOS SUGERIDOS
75, 91 e 282 da Harpa
Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar os
crentes a respeito da necessidade e da possibilidade de termos uma vida santa
diante de Deus e da sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Conceituar santidade;
II. Mostrar a necessidade de termos uma vida santa;
III. Apontar para a possibilidade de termos uma vida santa.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Justificação,
regeneração e santificação são obras que o Senhor Jesus realiza na vida do
pecador que se arrepende. Nesse aspecto, a santificação, o tema desta lição,
tem duas perspectivas em sua natureza. A primeira é instantânea, pois no exato
momento em que o pecador se arrepende de seus pecados, Cristo Jesus o justifica
e regenera, tornando-o santo, isto é, essa pessoa passa a pertencer
exclusivamente a Cristo. A segunda perspectiva é progressiva, pois enquanto
vivemos neste mundo, o nosso corpo mortal não foi redimido, transformado e
glorificado e, por isso, precisamos dia após dia estar diante de Jesus,
buscando a Deus e consagrando a nossa vida para o Espírito Santo sobrepujar a
natureza má da nossa “carne”. A Palavra de Deus nos mostra que fomos chamados
para sermos santos em toda a esfera da vida (1Pe 1.15,16).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Quando o pecador se
arrepende e aceita Jesus como seu Salvador pessoal, ele é justificado,
regenerado, santificado e adotado na família de Deus. A santificação é
especialidade do Espírito Santo; é instantânea, mas ao mesmo tempo progressiva,
pois esse processo continua na vida do crente. O presente estudo pretende
explicar a necessidade e a possibilidade de uma vida santa.
PONTO CENTRAL
É necessário e,
principalmente, possível vivermos uma vida santa.
I. DEFININDO OS
TERMOS
1. A santidade de Deus. Essa santidade é absoluta, pois Deus
é santo em seu caráter e essência, conforme disse o profeta Amós, em duas
ocasiões: “Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade” e “Jurou o Senhor Jeová
pela sua alma” (Am 4.2; 6.8). A santidade é característica fundamental de Deus
(Is 6.3; Ap 4.8). Ele é singular por causa de sua majestade infinita e também
em virtude de se tratar de um Ser totalmente distinto e separado, em pureza, de
suas criaturas (Sl 99.1-5). Essa santidade é a plenitude gloriosa da excelência
moral de Deus, que existe nEle e que nEle se originou, não tendo sido derivada
de ninguém: “Não há santo como é o SENHOR [...]” (1Sm 2.2).
2. Significado. O verbo hebraico qadash, “ser santo”, e seus
derivados “santo, santificar, dedicar, consagrar”, no Antigo Testamento,
significam “separar”. Quando aplicado à religião de Israel, tem a ideia de
“separar para Deus, retirar do uso comum”, tal como pode ser visto em Levítico
10.10. Isso vale para lugares (Êx 3.5), casas e campos (Lv 17.14,16),
utensílios e animais (Lv 8.10,11; 10.12,13,17), o ouro do Templo (Mt 23.17,19),
pessoas (Êx 28.41) e muitas outras coisas, como dias santos, festas, etc.
Assim, o sentido de santidade é de afastar-se de tudo o que é pecaminoso, de
tudo o que contamina. A Septuaginta traduz qadosh, “santo”, pelo termo grego
hagíos, “santo”, palavra adotada pelos escritores do Novo Testamento. Há outro
termo menos comum, mas igualmente importante, taher, “purificar”, e seu cognato
katharizo, no grego, usado na Septuaginta e no Novo Testamento nos sentidos
cerimonial e moral.
3. Exclusividade. Dizer que qualquer coisa, objeto ou pessoa
é consagrada, separada ou dedicada a Deus significa dizer que isso pertence a
Ele (Êx 13.2) ou serve a Ele com exclusividade (Êx 30.30; Lv 20.26). O que é
sagrado não pode ter uso comum; o azeite da unção e o incenso do santuário não
podiam ter outro uso (Êx 30.33,38). O sagrado deve ser tratado como tal. Os
antigos hebreus levavam a santidade a sério. Todos esses rituais de consagração
são representações visuais de verdades espirituais reveladas no Novo Testamento
(Cl 2.17; Hb 8.5; 9.9).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O nosso chamado para
ser santo, isto é, afastar-se de tudo aquilo que é pecaminoso, está baseado na
santidade de Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Este tópico tem uma
característica conceitual, por esse motivo sugerimos que o prezado professor, a
prezada professora, estude bem os termos tanto do Antigo quanto do Novo
Testamento para o termo “santo”. Nesta oportunidade, disponibilizamos o
conceito exegético desse termo:
“Santo (Antigo Testamento): qõdesh: ‘santidade, coisa santa,
santuário’. Este substantivo ocorre 469 vezes com os significados de:
‘santidade’ (Êx 15.11), ‘coisas santas’ (Nm 4.15 — ARA) e ‘santuário’ (Êx
36.4).
Santo (Novo Testamento): hagiasmos, é traduzido em Rm
6.19,22; 1Ts 4.7; 1Tm 2.15; Hb 12.14 por ‘santificação’. Significa: (a)
separação para Deus (1Co 1.30; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2); (b) o estado resultante, a
conduta que convém àqueles que são separados (1Ts 4.3,4,7; e os quatro
primeiros textos citados acima). A ‘santificação’ é, pois, o estado
predeterminado por Deus para os crentes, no qual Ele pela graça os chama, e no
qual eles começam o curso cristão e assim o buscam. Por conseguinte, eles são
chamados ‘santos’ (hagioi)" (VINE, W. E.; UNGER, Merril F. (et all).
Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivos das Palavras do Antigo e
do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.281,970).
CONHEÇA MAIS
Santificação
“A Santificação precisa ser distinguida da justificação. Na
justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a
própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela
tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo
(Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre ‘de uma vez por todas’ na condição legal
ou judicial da pessoa diante de Deus. A santificação, em contraste, é um
processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a
momento”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1762.
II. A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. Israel. O apelo à
santidade diz respeito à pureza da nação de Israel para manter o povo distante
da idolatria, da prostituição e de outras práticas pecaminosas. Deus escolheu
Israel para ser sua propriedade particular dentre todos os povos, reino sacerdotal
e povo santo: “[...] então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo
santo [...]” (Êx 19.5,6). O estilo de vida dos israelitas devia estar de acordo
com a santidade do seu Deus: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus,
sou santo” (Lv 19.2). Essa santidade exigida era mais do que natural, porque
Deus é santo (Lv 11.44), e os israelitas foram “separados”, ou seja,
“retirados” dentre os povos para Deus.
2. A Igreja. Os três propósitos de Deus com Israel são os
mesmos para a Igreja: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Assim como os
israelitas, fomos chamados por Deus e separados para o seu serviço; agora somos
“sacerdócio real, nação santa e povo adquirido”. Desde os tempos do Antigo
Testamento, a idolatria e a prostituição sempre caminharam juntas (Jz 8.33; Os 4.13,14).
Esses são os mesmos desafios da igreja hoje: “Porque esta é a vontade de Deus,
a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição” (1Ts 4.3). Devemos
fugir da prostituição e também da idolatria (1Co 6.18; 10.14).
3. Uma exigência natural. Essa exigência é mais do que
natural porque Deus é Santo: “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede
santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16) assim como o é seu Filho Jesus
Cristo (Lc 1.35; Jo 6.69). Da mesma maneira como Deus escolheu e santificou o
povo de Israel para viver em santidade, assim também o Senhor Jesus nos chamou
para vivermos uma vida santa. Israel precisava viver longe das práticas imorais
dos cananeus, nós, da mesma forma devemos nos abster da prostituição.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Da mesma forma que
Deus separou Israel para ser santo, Ele separou a Igreja para ser santa.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Quem subirá ao monte
do Senhor Quem estará no seu lugar santo? ‘Aquele que é limpo de mãos e puro de
coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este
receberá a bênção do Senhor e justiça do Deus da sua salvação’ ([Sl 24]
vv.3,4).
Estou profundamente convencido de que oração pelo reavivamento
é uma ofensa diante de Deus se não tivermos um coração puro. É quase uma
blasfêmia ousar entrar na presença do Deus santo e pedir que nos abençoe se os
nossos corações não estiverem puros diante dEle. A oração pelo reavivamento tem
um pré-requisito. Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu lugar
santo? Quem estará em sua presença? Quem estará na sala do trono — o santo dos
santos — conforme descreve Hebreus 10?” (BLACKABY, Henry. Santidade: O plano de
Deus para uma vida abundante. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, pp.77-78).
III. A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. A santificação
posicional. É o primeiro aspecto da santificação, também chamado de
santificação passada ou instantânea. É posicional porque acontece uma mudança
no ser humano, de pecador para santificado em Cristo (At 26.18; 1Co 1.2). É a
santificação que ocorre quando o pecador recebe, pela fé, a Jesus como Senhor e
Salvador pessoal (1Co 1.30). Essa santificação é instantânea, mas é também o
começo de uma vida progressiva de santificação. Todos nós, salvos em Jesus,
somos santos, e é assim que somos reconhecidos no Novo Testamento (At
9.13,32,41) e é dessa maneira que o apóstolo Paulo se dirige aos crentes nas
suas epístolas (Rm 1.7). A base dessa santificação é o sacrifício de Jesus (Hb
10.10,14), mas ela é obra do Deus trino e uno por ocasião da conversão do
pecador a Cristo (Jo 17.17; 1Co 6.11; 1Pe 1.2).
2. A santificação real. É conhecida como a santificação
presente. Ela é progressiva (Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade: “Mas
todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo
Espírito do Senhor” (2Co 3.18). Observe que havia crentes carnais na Igreja de
Corinto (1Co 3.3) e, mesmo assim, eles são considerados “santos”, por isso
precisavam de crescimento espiritual (2Pe 3.18). De igual modo, o apóstolo
Pedro exorta à santificação (1Pe 1.15,16) os mesmos que ele antes chama
“santos” (1Pe 1.2). Isso é possível porque somos nascidos de Deus (1Jo 4.7;
5.1) e o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17; 2Tm 1.14).
3. A santificação futura. É o terceiro aspecto da
santificação, conhecido também como “glorificação” (Fp 3.11). Na ressurreição,
seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus
declara “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo
glorioso” (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como Ele é (1Jo 3.2).
Essa é a nossa esperança.
4. É possível ser santo? Sim! É possível. E deve ser o
desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa, assim como o
Mestre teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os
pecadores, desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9,10).
Assim, Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue de Jesus:
“E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue,
padeceu fora da porta” (Hb 13.12); o Espírito Santo (2Ts 2.13); e a própria
Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O Senhor nos forneceu todos os recursos
necessários para uma vida santa e separada do mundanismo (Rm 12.1,2).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A santificação tem
uma perspectiva passada, presente e futura, destacando a suficiência do
sacrifício de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“No mundo, os crentes
são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao
mundo (Jo 15.9), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2), não amar para o
mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do mundo (ver Hb 1.9),
morrer para o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4).
Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus
valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação
naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (Lc 23.35). Note, é claro, que os
termos ‘mundo’ e ‘terra’ não são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra
criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc” (ARRINGTON, French
L; SRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD,
pp.1957-58).
CONCLUSÃO
O nosso dever não
consiste apenas em nos afastar do pecado e de toda a forma de paganismo, mas
também de combatê-los com a pregação do evangelho e com nossa maneira de viver,
assim como fizeram os primeiros cristãos. O cristianismo é a única religião do
planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). É Ele quem nos capacita a viver
em santidade e a vencer as tentações. Somos privilegiados porque temos Jesus e
o Espírito Santo.
PARA REFLETIR
A respeito da necessidade e da possibilidade de ter uma vida
santa, responda:
Qual o significado de qadash e qual o sentido de
santificação?
O verbo hebraico qadash, “ser santo”, e seus derivados
“santo, santificar, dedicar, consagrar”, no Antigo Testamento, significam
“separar”.
O que é santificação posicional?
É o primeiro aspecto da santificação, também chamado de
santificação passada ou instantânea.
O que é santificação real?
É conhecida como a santificação presente.
O que é santificação futura?
É o terceiro aspecto da santificação, conhecido também como
“glorificação” (Fp 3.11).
Quais os três meios que Deus disponibilizou para a
santificação?
Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue
de Jesus; o Espírito Santo (2Ts 2.13) e a própria Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef
5.26).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A necessidade e a
possibilidade de termos uma vida santa
Santidade é para
mostrar superioridade espiritual em relação ao outro? É mostrar que você tem o
controle da própria natureza nas mãos? É se mostrar orgulhoso da “autoridade
espiritual” que possui? Essas perguntas, prezado professor, prezada professora,
são boas sugestões para iniciar a lição desta semana.
É preciso desenvolver a perspectiva bíblica de que a
santidade nada tem a ver com superioridade espiritual em relação ao outros;
muito menos a sensação de que se tem o controle da própria natureza humana; tão
pouco é se apresentar uma pessoa orgulhosa como portadora de determinada
“autoridade espiritual”. É preciso salientar que a Bíblia mostra a santidade
como uma atitude de quem, sendo alcançado pela graça de Deus, devolve-Lhe o
amor que o Pai depositou em sua vida. Então, essa pessoa tem a plena
consciência que não pertence ao mundo, muito menos a si própria, mas somente a
Deus. E consagrada, separada, escolhida por Deus como propriedade exclusiva
dEle.
Por que fomos chamados para ser santos?
Logo, somos santos porque Deus nos separou para isso, por
intermédio de sua graça manifesta no sacrifício de Jesus, pois assim, a
santidade não passa por mera ambição de seguir uma carreira espiritual ou
eclesiástica, mas pela forte convicção de que Deus nos chamou e separou para
trilhar o mesmo caminho de Jesus neste mundo. Por isso, somos os seus
discípulos!
Distinguindo “mundo” da “terra”
É preciso deixar claro para classe, que biblicamente, neste
mundo, os crentes são considerados forasteiros, peregrinos e, por isso, não
devem se conformar com ele, pois não pertencemos mais ao sistema filosófico de
vida do mundo (Rm 12.2; cf. Jo 15.9; Hb 11.13; 1Pe 2.11). Aqui, é importante
destacar que quando falamos que não pertencem os a este mundo, partimos do
pressuposto da distinção entre as palavras “mundo” e “terra”. Não por acaso nos
referimos a “mundo” como um sistema filosófico de vida para o indivíduo, e não
como a terra, isto é, a beleza da Criação, criada por Deus, para glorificar o
seu nome e ser bênção em nossas vidas. Ora, Deus não proíbe a contemplação da
natureza criada como obras de suas mãos, como as montanhas, as florestas, os
mares, enfim, a terra toda criada, pois “Os céus manifestam a glória de Deus e
o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1).
Que Deus nos molde e ajude a sermos santos em toda a nossa
maneira de viver! (1Pe 1.15)
SUBSIDIOS.
A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz
o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós
Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.
O conceito de separação do mal é fundamental para o
relacionamento entre Deus e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange
duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:
(a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo
quanto é contrário a Jesus Cristo, à justiça e à Palavra de Deus;
(b)
acercar-se de Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a
adoração e o serviço a Ele.
(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de Deus
para o seu povo (Lv 11.44 nota; Dt 7.3 nota; Ed 9.2). O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado
de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. Uma
principal razão por que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e
Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos
povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2) No NT, Deus ordenou a separação entre o crente e (a) o
sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg
1.27; 4.4; ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO); (b) aqueles
que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co
5.9-11; 2Ts 3.6-15); e (c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam
erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9
nota; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de (a)
ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb
1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), (c) amor genuíno para
com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm
9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e (d) temor de Deus ao nos aperfeiçoarmos
na santificação (7.1).
(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o
povo de Deus, (a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm
1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1); (b) vivamos
inteiramente para Deus como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e (c)
convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21;
Fp 2.15).
(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio
Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu
cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será
nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios
filhos (6.16-18).
(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do
erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com Deus
(6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18;
cf. Rm 8.15,16).
ROMANOS 12.2 NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO, MAS
TRANSFORMAI-VOS. Paulo deixa subentender várias coisas neste versículo.
(1) Devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau
(At 2.40; Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1 Jo 5.19).
(2) Devemos resistir
às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso
proclamar as verdades eternas e os padrões justos da Palavra de Deus, por amor
a Cristo (1 Co 1.17-24).
(3) Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar
aquilo que é justo (v. 9; 1 Jo 2.15-17; ver Hb 1.9) e não ceder aos vários
tipos de mundanismo que rodeiam a igreja, tais como cobiça, egoísmo,
oportunismo, conceitos humanistas, artifícios políticos visando ao poder,
inveja, ódio, vingança, impureza, linguagem imunda, diversões ímpias, vestes
imodestas e provocantes, imoralidade, drogas, bebidas alcoólicas e companhias
mundanas.
(4) Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar
(1 Co 2.16; Fp 2.5), mediante a leitura da Palavra de Deus e sua meditação (Sl
119.11,148; Jo 8.31,32; 15.7). Devemos permitir que nossos planos, alvos e
aspirações sejam determinados pelas verdades celestiais e eternas e não por
este presente século mau, profano e passageiro.
1PEDRO 1.16 SEDE SANTOS. Deus é santo, e as
qualidades de Deus devem ser as qualidades do seu povo. A idéia principal de
santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor,
para o seu serviço e adoração (ver Lv 11.44). A santidade é o alvo e o
propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Deus,
ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb
12.14). É o Espírito de Deus que realiza em nós a santificação, que purifica do
pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem de Cristo e que
nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a Deus segundo a sua
Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9). Para ensino adicional
sobre a santidade como maneira de viver.
EXODO 19.6 UM REINO SACERDOTAL E O POVO SANTO.
Como parte do propósito de Deus para os israelitas ao tirá-los do Egito, eles
deviam ser um reino sacerdotal (i.e., separados e consagrados ao serviço de
Deus) e uma nação santa . Da mesma forma, os crentes do NT devem ser um reino
de sacerdotes (1 Pe 2.5-9; Ap 1.6; 5.10; 20.6) e um povo santo, i.e., um povo
separado do modo ímpio de vida do mundo e que anda nos caminhos justos de Deus
e na sua santa vontade (ver At 9.13).
LEVITICO 11.44 SEREIS SANTOS. As instruções no
tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11)
foram dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para
ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu
derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias
para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas
(cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios
inerentes nessas instruções continuam válidos hoje.
(1) O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor
quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu
corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos
sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de
viver" (1 Pe 1.15).
(2) A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a
necessidade da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em
relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1;). Todos os aspectos da nossa
vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1 Co 10.31)
2CRONICAS 29.5 SANTIFICAI-VOS, AGORA... TIRAI... A
IMUNDÍCIA. Quatro coisas são indispensáveis num avivamento e renovação
espiritual do povo de Deus.
(1) Confissão de pecados conhecidos. Devemos reconhecer as
áreas da nossa vida em que nos desviamos da vontade de Deus e da sua Palavra e
devemos confessar diante de Deus esses pecados específicos (vv. 6,7; ver Sl
51.3; cf. Mt 5.25).
(2) Santificação da casa do Senhor (vv. 5,18). A igreja é a
casa de Deus, segundo o novo concerto (2 Co 6.16; Ef 2.21,22; 1 Tm 3.15). Tudo
o que nas crenças, no culto e na vida da igreja claramente contraria a vontade
de Deus, conforme é revelado nas Escrituras, deve ser abolido. Semelhantemente,
o próprio crente como templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), deve ser purificado
de toda a injustiça (ver 1 Jo 1.9).
(3) Renovação do concerto (vv. 10,11). Devemos renovar a
nossa dedicação a Deus, ao seu reino e à sua causa justa na terra, e devemos
manifestar um desejo sincero de desviar-nos da iniqüidade do mundo e resistir o
pecado.
(4) Anunciar um sacrifício expiatório (vv. 20-24). Devemos
apropriar-nos, pela fé, da expiação pelo sangue de Jesus Cristo, que sofreu na
cruz a fim de salvar e santificar o seu povo (ver Hb 9.11-14; ver 1 Co 10.16)
A SANTIFICAÇÃO
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo: graça e paz vos sejam
multiplicadas”. Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”,
“separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com
Deus e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão
bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”
(Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a
santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa
consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo
algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm
6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus
mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a
operação do Espírito Santo mediante a salvação em Cristo, pela qual Ele nos
liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas
pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de
Cristo, produz em nós o fruto do Espírito e nos capacita a viver uma vida santa
e vitoriosa de dedicação a Deus (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl
5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas
a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante
de Deus, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do
mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que
Deus lhe deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm
6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória
no seu Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo, temos a capacidade
para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres
da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de Deus
para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada
da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr
29.5 nota). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em
Cristo. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb
12.14).
(4) Os filhos de Deus são santificados mediante a fé (At
26.18), pela união com Cristo na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm
6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e
pelo poder regenerador e santificador do Espírito Santo no seu coração (Jr
31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de Deus, com a cooperação do
seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de Deus quanto à
santificação, o crente deve participar da obra santificadora do Espírito Santo,
ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da
carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da
corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha
profunda comunhão com Cristo (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes
(Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de
Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de Deus (Mt
6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm
6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja
cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um
processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é
apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é
liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver
para Deus (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto,
a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual
continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos
progressivamente transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3.18)
crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos
maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12,
17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra experiência
específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de
Deus uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que Deus o
está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda
mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a Deus
como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do Espírito Santo graça, pureza,
poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a Deus (Rm 12.1,2;
6.19-22).
FONTES DE PESQUISA:
MANUAIS BÍBLICOS
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.
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