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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A CARTA AOS HEBREUS E A EXCELENCIA DE CRISTO - LIÇÃO 01 - COM SUBSIDIOS


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SUBSÍDIOS ELABORADOS PELO EVANGELISTA NATALINO ALVES DOS ANJOS. MEMBRO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS(MISSÃO) - CAMPO DE COTEGIPE - BAHIA

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD  - ADULTOS

1º Trimestre de 2018


Título: A supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus

Comentarista: José Gonçalves


Lição 1: A Carta aos Hebreus e a excelência de Cristo
 Data: 7 de Janeiro de 2018


 TEXTO ÁUREO

“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hb 1.1).


VERDADE PRÁTICA

Por meio de Cristo, Deus revelou-se de uma forma especial e definitiva ao seu povo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda — 2Tm 3.16
Hebreus, uma carta inspirada como as demais do Novo Testamento
Terça — 1Tm 3.16
Cristo, manifestado em carne
Quarta — Hb 1.1
A revelação profética na Antiga Aliança
Quinta — Hb 1.2,3
Cristo, a revelação final de Deus
Sexta — Hb 1.4,5
Cristo, superior aos anjos em natureza e essência
Sábado — Hb 1.6-8

Cristo, superior aos anjos em majestade e deidade



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Hebreus 1.1-14.



1 — Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,

2 — a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.

3 — O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;

4 — feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

5 — Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?

6 — E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.

7 — E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.

8 — Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.

9 — Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.

10 — E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos;

11 — eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão,

12 — e, como um manto, os enrolarás, e, como uma veste, se mudarão; mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.

13 — E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?

14 — Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?



HINOS SUGERIDOS

306, 439 e 561 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL
 Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.



I. Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus;
II. Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas;
III. Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado(a) professor(a), iniciaremos mais um trimestre pela graça de Deus. A carta de Hebreus é o objeto do nosso estudo nestes próximos três meses. Antes de iniciar o estudo da primeira lição em classe, apresente o comentarista deste trimestre: pastor José Gonçalves, escritor, conferencista, comentarista de Lições Bíblicas Adultos da CPAD, membro da Comissão de Apologética da CGADB e líder da Assembleia de Deus em Água Branca — PI.



COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição introdutória do nosso estudo da Carta aos Hebreus, queremos iniciar dizendo que assim como todos os escritos da Bíblia, esta carta é um documento especial. Em nenhum outro documento do Novo Testamento encontramos um apelo exortativo tão forte. Isso possuía uma razão de ser — os crentes hebreus davam sinais de enfraquecimento espiritual e até mesmo o risco de abandonarem a fé! Era, portanto, urgente admoestá-los a perseverarem. Jesus, a quem o autor mostra ser maior do que os profetas, maior do que todas as hostes angélicas, maior do que Arão, Moisés, Josué e até mesmo os céus, é nosso grande ajudador nessa jornada.

PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus é uma mensagem de instrução e exortação que serve à Igreja de Cristo ao longo dos séculos.


I. AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO
1. Autoria. A Carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor. Esse fato fez com que surgissem inúmeras controvérsias em torno de sua autoria. É certo que os cristãos primitivos sabiam quem realmente a escreveu; todavia, já por volta do segundo século da nossa era não havia mais consenso quanto a isso. Clemente de Alexandria, no final do segundo século, atribuiu ao apóstolo Paulo a sua autoria, contudo, ao afirmar que Paulo a escreveu em hebraico e que Lucas a teria traduzido para o grego, passou a ser duramente questionado. As razões são basicamente duas: O texto de Hebreus, um dos mais rebuscados do Novo Testamento grego, não parece ser uma tradução. Por outro lado, o estilo usado na carta não parece ser de forma alguma de Paulo. Outros nomes surgiram como possíveis autores de Hebreus: Barnabé, Apolo, Lucas, Clemente Romano, etc. O certo é que somente Deus sabe quem é o seu autor. Por outro lado, o fato de ter sua autoria desconhecida em nada diminui a sua autoridade.


2. Destinatários. Não há dúvida de que a Carta aos Hebreus foi escrita para cristãos judeus. Deve ser observado que essa carta foi endereçada a uma comunidade específica de cristãos e não a um grupo indeterminado. O autor conhece o público a quem endereça o seu texto e espera até mesmo encontrar-se com eles (Hb 13.19,23). Onde viviam esses crentes é um ponto debatido pelos teólogos. Baseados na expressão “os da Itália vos saúdam” (Hb 13.24), muitos eruditos argumentam que esses crentes se encontravam fora de Roma, capital do Império Romano. A data da carta é motivo de disputa, mas as evidências internas permitem-nos situá-la antes da destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 d.C.


3. Propósito. O escritor I. Howard Marshal observa que Hebreus combina instrução com exortação. De fato, essa carta possui uma grande carga exortativa. Ela exorta os crentes a terem ânimo, confiança e fé em um tempo marcado pela apostasia. Muitos pareciam estar desanimados com a oposição que a nova fé vinha sofrendo e em razão disso estavam voltando às antigas práticas judaicas. A carta, portanto, exorta esses crentes a suportarem as pressões e perseguições, lembrando-os que não haviam ainda derramado sangue pela sua fé (Hb 12.4). Essas palavras continuam ecoando nesses dias quando muitos crentes demonstram apatia e falta de fervor espiritual diante de um mundo hostil.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A autoria de Hebreus é desconhecida; seus destinatários eram cristãos judeus; seu propósito, exortar os cristãos a terem ânimo e fé.


SUBSÍDIO DIDÁTICO
 Professor(a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, se possível, reproduza o quadro-resumo que se encontra abaixo. O objetivo é pontuar as questões de autoria, destinatário e propósito da carta em estudo.



CONHEÇA MAIS
 Hebreus: Inigualável e não convencional

“Com relação à sua forma inigualável e não convencional, Orígenes observou: ‘Começa como um tratado, prossegue como um sermão e termina como uma carta’. Ao invés de iniciar com uma saudação, o primeiro parágrafo de Hebreus é semelhante às palavras de abertura de um tratado teológico formal (1.1-4). Então, o livro prossegue mais como um sermão do que como uma carta convencional do Novo Testamento, alternando-se entre um argumento cuidadosamente construído (baseado em uma exposição do Antigo Testamento) e uma séria exortação”. Para conhecer mais leia Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, pp.1529-39.



II. CRISTO — A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS
1. A revelação profética e a Antiga Aliança. Ao falar da supremacia de Jesus, o autor de Hebreus primeiramente o faz em relação aos profetas. Deus falou no passado pelos profetas e no presente pelo Filho (Hb 1.1). A revelação profética no antigo Israel fez com que esse povo se distinguisse dos demais. O autor mostra um Deus que se revela, que se comunica com os seus. Ele fala de uma forma direta a seu povo, não é um Deus mudo! Os advérbios gregos polymerôs (“muitas vezes”) e polytropos (“muitas maneiras”), que modificam o verbo falar, mostram a intensidade dessa comunicação. Deus, em nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação. Ele fala, e fala sempre o que é necessário.


2. A revelação profética e a Nova Aliança. Aos cristãos da Nova Aliança, Deus falou por intermédio do seu Filho (Hb 1.1). O uso das expressões “havendo falado” ou “depois de ter falado” (Hb 1.1,2) por parte do autor mostra que essa ação de Deus foi um fato consumado. Isso tem levado alguns intérpretes a dizer que a partir daquele momento, Deus não falaria mais diretamente com ninguém. Mas isso é ir além daquilo que o autor tencionava dizer. O uso dessa expressão é mais bem entendida como significando que Deus falou de forma completa nos dias do autor, todavia, sem a conotação temporal de que não falaria mais no futuro. O Espírito profético, que é o Espírito de Cristo (1Pe 1.11; Rm 8.9,10), continua dando à Igreja hoje a percepção do plano e vontade de Deus para o seu povo (Jo 14.26; 15.26; 16.13). E isso sempre em consonância com as Escrituras.


3. Cristo: a revelação final. O objetivo do autor aqui, evidentemente, é mostrar que Cristo é o clímax da revelação profética. Ele é a revelação final! O ministério profético na Antiga Aliança era de importância ímpar. O Senhor disse que falaria por intermédio de seus profetas: “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). O silêncio profético, portanto, era a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel. Os profetas eram importantes, mas a relevância deles estava muito longe daquela possuída por Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os profetas eram apenas servos, mas o Filho era o herdeiro de Deus e o agente da Criação (Hb 1.2). Ele é o redentor do mundo! Nenhum profeta morreu de forma vicária pelo povo de Deus.



SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Da Antiga à Nova Aliança, Cristo é a revelação plena de Deus Pai, por isso, Ele é superior aos profetas.


SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
 “REVELAÇÃO — [Do gr. apokalupsis; do lat. revelatio, tirar o véu] Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta. Tendo em vista o caráter e a urgência das profecias do último livro da Bíblia, Apocalipse é considerado a revelação por excelência (Ap 1.1-3).

REVELAÇÃO BÍBLICA — Conhecimento divino preservado nas Sagradas Escrituras, e posto à disposição da humanidade. Consta do Antigo e do Novo Testamento. É a nossa única regra de fé e prática.

REVELAÇÃO PROGRESSIVA — Evolução progressiva e dispensacional das verdades divinas que, tendo a sua gênese no Antigo Testamento, culminaram e se completaram no Novo. O texto-áureo da revelação progressiva acha-se em Hebreus 1.1,2” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. RJ: CPAD, 1999, pp.255,56).


III. CRISTO — SUPERIOR AOS ANJOS
1. Cristo: superior em natureza e essência. Devemos ter sempre em mente que o autor de Hebreus tenciona mostrar a superioridade de Cristo em relação às demais ordens da criação. O seu foco aqui são os anjos. A cultura judaica via os anjos como seres de uma ordem superior e mediadores da revelação divina (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2). Mesmo cercados de força e poder, os anjos eram inferiores ao Filho (Hb 1.4). Jesus é o reflexo da glória de Deus e possuidor da mesma essência divina (Hb 1.3). O autor usa dois vocábulos gregos que deixam isso bem definido: apaugasma e character, que significam respectivamente “radiância” e “reflexo”, traduzidos aqui como resplendor e “caráter”, com o sentido de expressão exata do seu ser. Embora sendo pessoas diferentes, tanto o Filho como o Pai possuem a mesma essência. Cristo é o Deus revelado!


2. Cristo: superior em majestade e deidade. O autor passa então a mostrar a supremacia de Cristo em relação aos anjos por meio de vários fatos documentados nas Escrituras. Os anjos são criaturas, o Filho é Criador. O filho é gerado, não criado. C. S. Lewis observa que o que Deus gera é Deus; assim como o que o homem gera é homem. O que Deus cria não é Deus; da mesma forma que o que o homem faz não é homem. Daí a razão de os homens não serem filhos de Deus no mesmo sentido que Cristo. Eles podem assemelhar-se a Deus em certos aspectos, mas não pertencem à mesma espécie. O mesmo se pode dizer dos anjos. Eles não possuem a mesma essência divina que o Filho. É por essa razão que o autor destaca que o Filho é chamado de “Deus” (v.8) e que por isso merece adoração (v.6). A Ele toda honra e glória!



SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Jesus Cristo é superior aos anjos em relação à natureza, essência, majestade e deidade.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“ANJOS. A palavra ‘anjo’ (hb. Malak; gr. angelos) significa ‘mensageiro’. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13.14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl 1.16).

(1) A Bíblia fala em anjos bons e em anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31). Tendo livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás (Ez 28.12-17; 2Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.9; Mt 4.10) e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.

(2) A Bíblia fala numa vasta hostes de anjos bons (1Rs 22.19; Sl 68.17; 148.2; Dn 7.9,10; Ap 5.11), embora os nomes de apenas dois sejam registrados nas Escrituras: Miguel (Dn 12.1; Jd 9; Ap 12.7) e Gabriel (Dn 9.21; Lc 1.19,26). Segundo parece, os anjos estão divididos em diferentes categorias: Miguel é chamado de arcanjo (lit.: ‘anjo principal’, Jd 9; 1Ts 4.16); há serafins (Is 6.2), querubins (Ez 10.1-3), anjos com autoridade e domínio (Ef 3.10; Cl 1.16) e as miríades de espíritos ministradores angelicais (Hb 1.13,14; Ap 5.11)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.386).



CONCLUSÃO

 O autor de hebreus não quis se identificar, mas isso em nada compromete a autoridade desse documento. Desde os primórdios, a igreja valeu-se dos ensinos dessa carta para fortalecer a fé dos crentes. Clemente de Alexandria fez amplo uso das exortações encontradas nessa carta e, ao assim fazer, reconhecia o profundo valor espiritual de Hebreus. Nesses últimos dias, onde os joelhos de muitos cristãos parecem vacilantes, faz-se necessário atentarmos diligentemente para o conselho encontrado em Hebreus, “se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (3.7).



PARA REFLETIR


A respeito de a Carta aos Hebreus e a Excelência de Cristo, responda:



Quem é o autor da carta aos Hebreus?

A carta aos Hebreus não revela o nome do seu autor.



Para quem a carta foi escrita e por quê?

Ela foi escrita para os cristãos judeus. O propósito da carta foi para exortar aos cristãos a terem ânimo e fé em tempos de apostasia.



Segundo as Escrituras, o Espírito de Deus deixou de falar nos dias atuais?

Não. Deus, em nenhum momento da história, deixou o seu povo sem orientação.



Qual a pior forma de castigo que poderia vir ao antigo Israel?

O silêncio profético.



Por que o escritor da Carta aos Hebreus diz que os anjos são inferiores ao Filho?

Porque os anjos são criaturas, o Filho é Criador.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


A Carta aos Hebreus e a excelência de Cristo

O tema deste 1º trimestre é sobre uma importante epístola, Hebreus, por isso, leve em conta algumas sugestões abaixo:

• Estude com afinco a Carta aos Hebreus, lendo quantas vezes puder, e for necessário, os 13 capítulos da carta;

• Faça uma análise histórico-cultural da carta. Para essa atividade, leia a introdução da Bíblia de Estudo Pentecostal (editada pela CPAD) da Carta aos Hebreus e a introdução do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento (editado pela CPAD). Por meio desse exercício é possível complementar mais informações importantes como: o propósito do autor, o contexto histórico dos destinatários da epístola.

• Faça uma análise teológica da carta. Aqui o assunto “Lei e Evangelho” tem grande relevância. Nesse aspecto, as obras mencionadas acima, bem como outras editadas pela CPAD, muito o ajudarão.

Ao iniciar seus estudos, tenha sempre em mente os objetivos gerais da lição, por exemplo, os da primeira lição: (I) Objetivo Geral: Apresentar as características da Carta aos Hebreus e a superioridade de Cristo; (II) Objetivos específicos: [1] Pontuar a autoria, o destinatário e o propósito da Carta de Hebreus; [2] Expor a superioridade de Cristo em relação aos profetas; [3] Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.

Note como os objetivos específicos obedecem rigorosamente cada Tópico e subtópico da lição. E que o objetivo geral é o resultado do desdobramento de todos esses tópicos e subtópicos: ou seja, as características da carta e superioridade de Cristo. É importante ter toda essa estrutura da lição bem construída e compreendida na mente, pois esse entendimento é essencial para elaborar uma aula objetiva e com conteúdo.

 Sugestão Pedagógica
 Ao introduzir o conteúdo da primeira lição, é importantíssimo reproduzir e explicar resumidamente o esboço da Epístola aos Hebreus. Faça isso conforme as suas possibilidades. Você garantirá maior eficiência no processo de ensino-aprendizagem. Bom trimestre!



SUBSIDIO COMPLEMENTAR.



HEBREUS
Esboço


I. O Argumento: Cristo e a Fé Cristã Sobrepujam o Judaísmo (1.1–10.18)

A. Em Revelação (1.1–4.13)
     Jesus Cristo é a Revelação Plena e Final de Deus à Humanidade

1. Superior aos Profetas (1.1-3)

2. Superior aos Anjos (1.4–2.18)
    Exortação: O Perigo da Negligência (2.1-4)

3. Superior a Moisés (3.1-6)
    Exortação: O Perigo da Incredulidade (3.7-19)

4. Superior a Josué (4.1-3)

B. Em Mediação (4.14–10.18)
     Como Nosso Grande Sumo Sacerdote, Supera em Tudo o Sacerdócio; Levítico do AT

1. Superior nas Suas Qualificações (4.14–7.25)
    Exortação: O Perigo de Permanecer Espiritualmente Imaturo (5.11–6.3)
    Exortação: O Perigo de Cair (6.4-20)

2. Superior em Seu Caráter (i.e., de Cristo) (7.26-28)

3. Superior em Seu Ministério (8.1–10.18)
    a. Situado em Melhor Santuário (8.1-5)
    b. Baseado em Melhor Concerto (8.6-13)
    c. Realizado Mediante um Melhor Culto (9.1-22)
    d. Cumprido Mediante um Melhor Sacrifício (9.23–10.18)



II. A Aplicação: Exortação à Perseverança (10.19–13.17)

A. No Âmbito da Salvação (10.19-38)

B. No Âmbito da Fé (10.39–11.40)

1. A Natureza da Fé (10.39–11.3)

2. Exemplos de Fé no Antigo Testamento (11.4-38)

3. A Vindicação da Fé: Aperfeiçoada em Cristo (11.39,40)

C. No Âmbito da Resignação (12.1-13)

D. No Âmbito da Santidade (12.14–13.17)

1. A Prioridade da Santidade (12.14-29)

2. A Prática da Santidade (13.1-17)

Conclusão (13.18-25)

Autor:
Desconhecido
Tema:
Um Melhor Concerto
Data:
Cerca de 67-69 d.C.



Considerações Preliminares

Este livro foi destinado originalmente aos cristãos de Roma. O seu título, nos manuscritos gregos mais antigos, diz apenas “Aos Hebreus”. Seu conteúdo, no entanto, revela que foi escrito a cristãos judeus. O emprego que o autor fez da Septuaginta (versão grega do AT), nas citações do AT, indica que os primeiros leitores foram provavelmente judeus de idioma grego que viviam fora da Palestina. A expressão “Os da Itália vos saúdam” (13.24) significa provavelmente que o autor escrevia para Roma, e que na ocasião incluiu saudações de crentes italianos que viviam longe da pátria. Os destinatários podem ter sido igrejas em lares, da comunidade cristã de Roma, das quais algumas estavam a ponto de abandonar a fé em Jesus e voltar para a antiga fé judaica por causa da perseguição e do desânimo.O escritor não se identifica no título original, nem através do livro, embora fosse bem conhecido dos seus leitores (13.18-24). Por alguma razão, perdeu-se a sua identidade ao findar-se o século I. Posteriormente, na tradição da igreja primitiva (séculos II ao IV), surgiram muitas opiniões diferentes sobre o possível escritor de Hebreus. A opinião de que Paulo haja sido o autor não tinha aceitação até o século V.
Muitos eruditos conservadores descartam a autoria de Paulo, uma vez que o estilo esmerado e alexandrino do autor, seu embasamento na Septuaginta, sua maneira de introduzir as citações do AT, seu método de argumentar e ensinar, a estrutura da argumentação e a omissão da sua identificação pessoal são características muito diferentes das de Paulo. Além disso, enquanto Paulo sempre apela à sua revelação recebida diretamente de Cristo (cf. Gl 1.11,12), esse escritor demonstra ser um dos cristãos da segunda geração aos quais o evangelho fora confirmado por testemunhas oculares do ministério de Jesus (2.3).
Entre os homens mencionados nominalmente no NT, a descrição que Lucas oferece de Apolo, em At 18.24-28, ajusta-se melhor ao perfil do escritor de Hebreus.
Deixando de lado o nome do escritor de Hebreus, uma coisa é certa: ele escreveu na plenitude do Espírito e com entendimento, revelação e autoridade apostólicos. A ausência de qualquer referência, em Hebreus à destruição do templo de Jerusalém e do seu culto levítico é um forte indício que o autor escreveu antes de 70 d.C.



Propósito

Hebreus foi escrito principalmente para os cristãos judeus que estavam sob perseguição e esmorecimento. O escritor procura fortalecê-los na fé em Cristo, demonstrando cuidadosamente a superioridade e finalidade da revelação e redenção da parte de Deus em Jesus Cristo. Demonstra que as disposições divinas para a redenção vistas no Antigo Concerto cumpriram-se e tornaram-se obsoletas pela vinda de Jesus e pelo estabelecimento de um Novo Concerto, mediante a sua morte vicária. O escritor anima seus leitores (1) a manterem firme sua confissão de Cristo até o fim, (2) a prosseguirem para a maturidade espiritual, e (3) não volverem ao estado de condenação caso abandonem a fé em Jesus Cristo.


Visão Panorâmica

Hebreus parece mais um sermão do que uma epístola. O autor descreve sua obra como “uma palavra de exortação” (13.22). Contém três divisões principais.
(1) Primeiro, Jesus, o poderoso Filho de Deus, é declarado a plena revelação de Deus à humanidade — maior do que os profetas (1.1-3), do que os anjos (1.4—2.18), Moisés (3.1-6) e Josué (4.1-11). Nesta divisão do livro, ocorre uma advertência solene no tocante às conseqüências do abandono da fé ou do endurecimento do coração pela incredulidade (2.1-3; 3.7—4.2).
 (2) A segunda divisão apresenta Jesus como o sumo sacerdote, cujas qualificações (4.14—5.10; 6.19—7.25), caráter (7.26-28) e ministério (8.1—10.18), são perfeitos e eternos. Há uma solene advertência para quem permanecer espiritualmente imaturo ou mesmo “cair” depois de se tornar participante de Cristo (5.11—6.12).
(3) A divisão final (10.19—13.17) admoesta enfaticamente os crentes a perseverarem na salvação, na fé, no sofrimento e na santidade.


Características Especiais

Oito características afloram neste livro.
(1) No NT é único quanto à sua estrutura: “começa como tratado, desenvolve-se como sermão e termina como carta” (Orígenes).
(2) É o texto mais refinado do NT, abeirando-se do estilo do grego clássico, mais do que qualquer outro escritor do NT (com exceção, quiçá, de Lucas, em Lc 1.1-4).
(3) É o único escrito do NT que desenvolve o conceito do ministério sumo sacerdotal de Jesus. (4) A cristologia do livro é ricamente variada, apresentando mais de vinte nomes e títulos de Jesus.
(5) Sua palavra-chave é “melhor” (13 vezes). Jesus é melhor do que os anjos e todos os mediadores do AT. Ele provê melhor repouso, concerto, esperança, sacerdócio, expiação pelo sacrifício vicário e promessas.
(6) Contém o principal capítulo do NT a respeito da fé (cap. 11).
(7) Está repleto de referências e alusões ao AT que oferecem um rico conhecimento da interpretação cristã primitiva da história e da adoração no AT, mormente no campo da tipologia.
(8) Adverte, mais do que qualquer outro escrito do NT contra os perigos da apostasia espiritual.



  
1.1,2 FALOU-NOS... PELO FILHO. Estes dois primeiros versículos estabelecem o tema principal deste livro. No passado, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas as coisas. A Palavra de Deus falada mediante seu Filho é final: ela cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Absolutamente nada, nem os profetas (v. 1), nem os anjos (v. 4), têm maior autoridade do que Cristo. Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem. O escritor de Hebreus confirma a supremacia de Cristo ao enumerar dEle sete grandes revelações (vv. 2,3)

1.3 ASSENTOU-SE À DESTRA. Depois de Cristo ter efetuado o perdão dos nossos pecados mediante a sua morte na cruz assumiu o seu lugar de autoridade à destra de Deus. A atividade redentora de Cristo no céu envolve seu ministério de mediador divino (8.6; 13.15; 1 Jo 2.1,2), de sumo sacerdote (2.17,18; 4.14-16; 8.1-3), de intercessor (7.25) e de batizador no Espírito (At 2.33).

1.4 MAIS EXCELENTE QUE OS ANJOS. Jesus é superior aos anjos pela mesma razão porque Ele é superior aos profetas: Ele é o Filho (vv. 4-14). Os anjos desempenharam um papel importante na outorga do concerto do AT (Dt 33.2; At 7.53; Gl 3.19). O autor, escrevendo aos judeus crentes, estabelece a superioridade de Cristo sobre os anjos, recorrendo ao AT. Para uma maior exposição sobre os anjos.

1.8 DO FILHO, DIZ: Ó DEUS. O escritor sacro destaca aqui a deidade de Cristo (ver Jo 1.1).

1.9 AMASTE A JUSTIÇA E ABORRECESTE A INIQÜIDADE. Não basta o crente amar a justiça; ele deve, também, aborrecer o mal. Vemos esse fato claramente na devoção de Cristo à justiça (Is 11.5) e, na sua aversão à iniqüidade; na sua vida, no seu ministério e na sua morte (ver Jo 3.19 nota; 11.33).
 (1) A fidelidade de Cristo ao seu Pai, enquanto Ele estava na terra, conforme Ele demonstrou pelo seu amor à justiça e sua aversão à iniquidade, é a base para Deus ungir o seu Filho (v. 9). Da mesma maneira, a unção do cristão virá somente à medida que ele se identificar com a atitude do seu Mestre para com a justiça e a iniquidade (Sl 45.7).
(2) O amor do crente à justiça e seu ódio ao mal crescerá por dois meios:
(a) crescimento em sincero amor e compaixão por aqueles, cujas vidas estão sendo destruídas pelo pecado, e
(b) por uma sempre crescente união com o nosso Deus e Salvador, do qual está dito: "O temor do 
SENHOR é aborrecer o mal?? (ver Pv 8.13; Sl 94.16; 97.10; Am 5.15; Rm 12.9; 1 Jo 2.15; Ap 2.6).

1.13 DOS ANJOS. "Anjo" (hb. malak; gr. aggelos) significa "mensageiro". Os anjos são descritos como mensageiros e servos de Deus, criados antes da terra (Jó 38.4-7). Para um estudo da atividade dos anjos em relação à nossa vida.



A PALAVRA DE DEUS
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”

A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS. A expressão “a palavra de Deus” (também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias aplicações na Bíblia.
(1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo quanto Deus tem falado diretamente. Quando Deus falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16,17; Gn 3.9-19), o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de Deus. De modo semelhante, Ele se dirigiu a Abraão (e.g., Gn 12.1-3), a Isaque (e.g., Gn 26.1-5), a Jacó (e.g., Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g., Êx 3–4). Deus também falou à totalidade da nação de Israel, no monte Sinai, ao proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras de Deus.

(2) Além da fala direta, Deus ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de Deus, assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”, ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta, ouviam, na verdade, a palavra de Deus.

(3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”, o que falavam e proclamavam era, verdadeiramente, a palavra de Deus. O sermão de Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41), por exemplo, criou tamanha comoção que, “no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos tessalonicenses que, “havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus” (1Ts 2.13; cf. At 8.25).

(4) Além disso, tudo quanto Jesus falava era palavra de Deus, pois Ele, antes de tudo, é Deus (Jo 1.1,18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas, escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que, quando as pessoas ouviam a Jesus, ouviam na verdade a palavra de Deus (Lc 5.1). Note como, em contraste com os profetas do AT, Jesus introduzia seus ditos: Eu “vos digo...” (e.g., Mt 5.18,20,22,23,32,39; 11.22,24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras, Ele tinha dentro de si mesmo a autoridade divina para falar a palavra de Deus. É tão importante ouvir as palavras de Jesus, pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). Jesus, na realidade, está tão estreitamente identificado com a palavra de Deus que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1,14; 1Jo 1.1; Ap 19.13-16; ver Jo 1.1).

(5) A palavra de Deus é o registro do que os profetas, apóstolos e Jesus falaram, i.e., a própria Bíblia. No NT, quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”, “Davi disse”, “o Espírito Santo diz”, ou “Deus diz”, nenhuma diferença fazia (ver At 3.22; Rm 10.5,19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava escrito na Bíblia era, sem dúvida alguma, a palavra de Deus.

(6) Mesmo não estando no mesmo nível das Escrituras, a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas, na igreja de hoje, pode ser chamada a palavra de Deus. (a) Pedro indicou que, a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação, era palavra de Deus (1Pe 1.25), e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação, porém, não pode existir independentemente da Palavra de Deus. Na realidade, o teste para se determinar se a palavra de Deus está sendo proclamada num sermão, ou mensagem, é se ela corresponde exatamente à Palavra de Deus escrita. (b) O que se diz de uma pessoa que recebe uma profecia, ou revelação, no âmbito do culto de adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo, ou não, a palavra de Deus? A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à avaliação por outros profetas. Todavia, há a possibilidade de tais profecias não serem palavra de Deus (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas, hoje, falam sob a inspiração do Espírito Santo; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31)

O PODER DA PALAVRA DE DEUS. A palavra de Deus permanece firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24,25). Não é, porém, estática; é dinâmica e poderosa (cf. Hb 4.12), pois realiza grandes coisas (55.11).
(1) A palavra de Deus é criadora. Segundo a narrativa da criação, as coisas vieram a existir à medida que Deus falava a sua palavra (e.g., Gn 1.3,4,6,7,9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33.6, 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De conformidade com João, a Palavra que Deus usou para criar todas as coisas foi Jesus Cristo (Jo 1.1-3).

(2) A palavra de Deus sustenta a criação. Nas palavras do escritor aos Hebreus, Deus sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora, essa palavra relaciona-se com Jesus Cristo segundo Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [Jesus]” (Cl 1.17).

 (3) A palavra de Deus tem o poder de outorgar vida nova. Pedro testifica que nascemos de novo “pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio Jesus é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1).

(4) A palavra de Deus também libera graça, poder e revelação, por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a Jesus Cristo. Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem, assim a palavra que sai da boca de Deus nos leva a crescer espiritualmente (55.10,11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que, ao bebermos do leite puro da palavra de Deus, crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2).

 (5) A palavra de Deus é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf.Ap 19.13-15). Jesus derrotou Satanás, pois fazia uso da Palavra de Deus: “Está escrito” (i.e., “consta como a Palavra infalível de Deus”; cf. Lc 4.1-11; ver Mt 4.1-11).

(6) Finalmente, a palavra de Deus tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT freqüentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio Jesus assegurou que a sua palavra condenará os que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12 nota). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de Deus, acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.

NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS. A Bíblia descreve, em linguagem clara e inconfundível, como devemos proceder quanto a palavra de Deus em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1,2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar, no Senhor, a palavra de Deus (Sl 56.4,10), amá-la (Sl 119.47,113), e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16,47). Devemos aceitar o que a palavra de Deus diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13), ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11), confiar nela (Sl 119.42), e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74,81,114; 130.5). Acima de tudo, devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17,67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl 119.9). Deus conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15), e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de Deus por onde quer que forem (At 8.4).

FONTES:
MANUAIS BIBLICOS
COMENTÁRIOS BIBLICOS
BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL



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